Proposta de Redação
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Proposta de Redação
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa
sobre o tema “Jeitinho Brasileiro” e a corrupção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
No livro “O jeitinho brasileiro: a arte de ser mais igual que os outros”, Livia Barbosa mostra a
ambiguidade do conceito:
“ […] o jeitinho é sempre uma forma “especial” de se resolver algum problema ou situação difícil
ou proibida; ou uma solução criativa para alguma emergência, seja sob a forma de conciliação,
esperteza ou habilidade. Portanto, para que uma determinada situação seja considerada jeito,
necessita-se de um acontecimento imprevisto e adverso aos objetivos do indivíduo. Para resolvê-la,
é necessária uma maneira especial, isto é, eficiente e rápida, para tratar do ‘problema’.”
Neste mesmo livro, Barbosa traz outro ponto interessante. O jeitinho brasileiro pode ser visto tanto
como um favor, quanto como uma forma de corrupção. Segundo a autora, ele estaria localizado entre
esses dois polos, onde o primeiro é positivo e o outro é negativo, podendo pender mais para um lado
ou para o outro. O que caracterizaria o jeito como algo positivo ou negativo depende da situação em
que ele ocorre e a relação que existe entre as pessoas envolvidas.
Digamos, por exemplo, que você pediu para que uma pessoa fizesse um favor para você. Até aí não
vemos nenhum problema. Podemos pensar que essa pessoa é sua amiga, tornando a situação mais
comum ainda. Mas vamos supor que esse seu amigo seja um funcionário do DETRAN e você irá
perder sua CNH por dirigir em alta velocidade. Ou seja, o que era um simples favor começa a se
caracterizar como algo ilegal. Isso demonstra os dois pontos: como o favor começa a pender para o
polo negativo, a depender da situação, e como a relação entre os indivíduos envolvidos é um fator
que contribui para o jeitinho.
TEXTO II
A crise fez muitos brasileiros questionarem o que há de corrupção em seu próprio dia a dia – se
políticos e empresários envolvidos em escândalos estariam apenas repetindo, em maior escala,
aquilo que já seria parte do cotidiano. Em discussão, o chamado “jeitinho”, termo amplo que pode
ser entendido positiva ou negativamente, e que, para alguns, é terreno fértil para a corrupção
sistêmica.
Mas, para pesquisadores ouvidos pela DW Brasil, esta correlação precisa ser analisada com cautela,
e é difícil determinar uma relação de causa e efeito. Enquanto para uns o jeitinho pode estar
intimamente ligado à corrupção em larga escala, outros contestam o termo até como algo
exclusivamente brasileiro.
“O jeitinho e o favor estão no centro de como a corrupção se tornou sistêmica no país”, avalia
Chalhoub. O historiador pondera, porém, a existência de leis e regulamentos impossíveis de serem
cumpridos no Brasil. Nestes casos, o jeitinho seria uma questão de sobrevivência, por exemplo, para
a grande parte da parcela da população que trabalha no mercado informal.
“Pessoas em situações de subordinação e dependência não têm alternativa para lidar às vezes com
regras absurdas, por isso, tendo a reservar uma tolerância ao jeitinho para os oprimidos, que não
criaram o sistema que os submete à necessidade de sobreviver nessa condição. Para empreiteiros,
governos e juízes, o jeitinho não tem desculpa”, opina. […]
Já o sociólogo Sérgio Costa contesta o jeitinho como característica própria da sociedade brasileira.
Para o pesquisador do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Livre de Berlim, a
interpretação e negociação de normas existentes ocorre em qualquer sociedade moderna, inclusive
na Alemanha.
“As normas – sejam aquelas inscritas nos códigos sociais, sejam as definidas no corpo legal vigente
– servem de orientação geral, mas só ganham concretude e efetividade quando são interpretadas e
negociadas nas relações concretas”, argumenta.
Costa ressalta que a corrupção é diferente do jeitinho ao visar troca de vantagens e facilidades para a
obtenção de benefícios próprios. Se por um lado a negociação de normas fortalece a coesão e
solidariedade, avalia, a corrupção é nociva aos laços sociais por representar uma quebra de
confiança.
“Não me parece que o jeitinho seja o pai da corrupção sistêmica. Enquanto o primeiro faz parte das
relações interpessoais cotidianas e torna as normas algo experenciado e vivido, a corrupção tem
lugar na interface entre política e economia e visa não negociar, mas violar as normas para distribuir
recursos públicos, indevidamente, a atores privados”, conclui Costa.
Fonte: NEHER, Clarissa. O que há de corrupção no jeitinho brasileiro? DW, 2017. Disponível
em: https://www.dw.com/pt-br/o-que-h%C3%A1-de-corrup%C3%A7%C3%A3o-no-jeitinho-
brasileiro/a-40206625. Acesso em: 28 abr. 2022.
TEXTO III
INSTRUÇÕES:
A exposição do seu ponto de vista deve ser coerente e coesa, apresentando fatos,
argumentos e opiniões com fundamentação.
Faça o rascunho do seu texto.
Produza um texto definitivo com, no mínimo 10 e, no máximo 30 linhas.
Evite a cópia dos textos motivadores.
Atente para não fugir ao tema.
Atente para atender ao tipo argumentativo-dissertativo.
Apresente proposta de intervenção que respeite os Direitos Humanos.
NOME
COMPLETO:___________________________________________________________
TURMA:________________________PROFESSOR:_________________________________
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa
sobre o tema ”O impacto dos influenciadores digitais na sociedade de consumo”. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Atualmente é fácil encontrar os influenciadores digitais, pessoas com muitos seguidores que impactam sua
audiência e ainda ditar padrões de consumo.
TEXTO III
Que o mundo do marketing vive uma nova era, não é novidade. Foi-se o tempo em que as propagandas eram
apenas páginas na revista ou 30 segundos na TV. Hoje, basta acompanhar on-line uma blogueira – ou
influencers, como são denominadas essas pessoas – para saber as novidades do mercado.
É a maneira subconsciente que o mercado encontrou de moldar os pensamentos, comportamentos e atitudes
das pessoas sem que elas tenham consciência disso. Só no ano passado, o Instagram contabilizou 12,9
milhões de posts de influenciadores patrocinados pelas marcas. E esse número deve dobrar em 2018, criando
um mercado estimado em cerca de US$ 1,7 bilhão. Ser um(a) influenciador(a) passou a ser o sonho de muita
gente. Vida glamourosa na qual se ganha desde produtos de beleza, roupas, sapatos e acessórios até viagens e
experiências, tudo isso além do ganho financeiro e da fama.
Mas qual é o peso desses influenciadores na sociedade em geral? Qual o tamanho da responsabilidade que
eles carregam? Eles estão alinhados com as premissas do ser em detrimento do ter, relativas à nova era? Qual
será o impacto na vida das pessoas?
Quando percorremos as atualizações do nosso feed, automaticamente vamos sendo influenciados por tudo o
que lá é visto: desde fotos de amigos próximos, a famosos e tudo o que há de novidade em moda, bem-estar,
estilo de vida e demais tendências. Ser um influenciador significa ter um efeito direto nas decisões de
compra, estilo de vida e nas opiniões dos outros.
Em geral, os influenciadores passam a impressão de uma vida perfeita, de glamour, fama e realização, onde
se tem acesso a todos os mais novos e exclusivos produtos do mercado. Valoriza-se uma ilusão na qual o ter
significa mais que o ser. No “ter” são valorizadas justamente essas ideologias rasas que incluem dinheiro,
fama, status social, bens materiais.
Pessoalmente, registro um apelo aos influenciadores para que alinhem ao seu trabalho a responsabilidade de
criar um propósito em prol da evolução da sociedade, aproveitando sua influência para se fazer o bem, em
vez de só pensar em engordar a conta bancária. Eles podem fazê-lo através da escolha consciente de produtos
e marcas, abordando questões globais importantes em seus posts ou mostrando modos de vida alternativos –
tudo de acordo com seus próprios valores.
Disponível em: https://www.metropoles.com/bela-jornada/a-responsabilidade-das-influencers-digitais-na-
sociedade (adaptado).
TEXTO IV
INSTRUÇÕES:
A exposição do seu ponto de vista deve ser coerente e coesa, apresentando fatos,
argumentos e opiniões com fundamentação.
Faça o rascunho do seu texto.
Produza um texto definitivo com, no mínimo 10 e, no máximo 30 linhas.
Evite a cópia dos textos motivadores.
Atente para não fugir ao tema.
Atente para atender ao tipo argumentativo-dissertativo.
Apresente proposta de intervenção que respeite os Direitos Humanos.
NOME
COMPLETO:___________________________________________________________
TURMA:________________________PROFESSOR:_________________________________
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa
sobre o tema ” “O Homeschooling - A educação domiciliar em questão no Brasil do século XXI“”.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
Segundo dados do Censo Escolar, em 2019 havia 47,9 milhões de alunos matriculados na
educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) em todo o país, nas
redes pública e particular.
Com tantos estudantes em casa, algumas instituições de ensino tentam manter as aulas e as
lições a distância, o que também representa um desafio para os pais, muitas vezes,
sobrecarregados. E o desafio tem sido grande, relatam muitos pais e mães. Como destaca a
vendedora Silvia Cainelli Zicchella, mãe do Caio de 10 anos e da Eva de 6, “Essa pandemia não
veio com nenhum manual né?”. Para ela, que sempre trabalhou fora desde que o primeiro
filho nasceu, este momento tem sido também de conhecimento mútuo.
TEXTO II
TEXTO III
Você talvez já tenha assistido algum filme ou programa de televisão em que um personagem
é educado em casa, sem ir à escola. Essa prática é chamada de homeschooling ou, em bom
português, educação domiciliar.
Embora mais comum em outros países, essa é a realidade de cerca de 5.000 famílias
brasileiras, que optam por educar os filhos em casa. O governo estima que 30 mil famílias
tem interesse em adotar esse método. No entanto, a prática é considerada ilegal pelo STF.
Neste post, o Politize! apresenta tudo que você precisa saber para formular uma opinião
sobre o assunto.
Além do caso em que os pais assumem a função de educadores, há ainda diversas formas
de aplicar o ensino doméstico. Em alguns casos, várias famílias se reúnem e educam seus
filhos em conjunto, dividindo o conteúdo a ser ensinado.
Mas o ensino domiciliar nem sempre envolve a atuação dos pais como educadores. Algumas
famílias optam por contratar professores particulares para que a criança ou jovem tenha
aulas em domicílio.
Qual o conhecimento necessário aos pais que optam por educar em casa?
Não é necessário que os pais tenham alguma formação em pedagogia ou áreas temáticas
específicas para poder aplicar a educação domiciliar.
Essa não é uma exigência porque essa prática educacional parte do pressuposto de que a
criança ou jovem precisa ser auxiliada em como estudar, aprender, absorver conhecimento.
Logo, os defensores dessa prática consideram que livros e materiais didáticos são base
suficiente para auxiliar os pais na função de educadores.
Entre os modelos possíveis de educação domiciliar, algumas famílias optam por aplicar o
conteúdo de materiais didáticos de instituições de ensino. Há também quem foque em
ensinar o jovem ou criança como estudar e aprender, uma abordagem mais distinta da
adotada nas escolas.
Quanto às disciplinas que devem ser estudadas, as exigências variam de acordo com as
regras de cada país. É comum que o estudante seja submetido a testes de conhecimento, o
que implica que alguns conteúdos sejam obrigatórios. Novamente, como o ensino doméstico
não é regulamentado no Brasil, não há instruções quanto a isso.
Algumas famílias discordam da metodologia de ensino que costuma ser adotada nas
instituições educacionais.
De acordo com o Artigo 6° da Constituição Federal, a educação é um direito social que deve
ser garantido pelo Estado. Mas os pais também compartilham da responsabilidade de
garantir o acesso dos filhos à educação.
“É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a
partir dos 4 (quatro) anos de idade.”
Dentre elas, consta a educação domiciliar, como uma das prioridades do Ministério da
Mulher, Família e Direitos Humanos:
Mas, afinal, porque essa proposta para educação não está sob responsabilidade do
Ministério da Educação (MEC)? Em entrevista, a Ministra Damares Alves, responsável pelo
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, explica a escolha:
“Nós entendemos que é direito dos pais decidir sobre a educação dos seus filhos, é uma
questão de direitos humanos. Então, a iniciativa sai deste ministério sob esta vertente. É uma
questão de direitos humanos também. E nós somos signatários do Pacto de San Jose da
Costa Rica que garante isso às famílias. E veja só, é uma demanda de família isso e tem que
sair do ministério da Família. Claro, em parceria e anuência com o ministério da Educação,
mas a iniciativa deste ministério é legítima.”
Entretanto, a proposta de medida provisória a ser assinada pelo Presidente ainda não foi
entregue. Ela está sendo desenvolvida pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
e deve ser divulgada em breve.
“Este Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos surge para atender as
demandas de famílias no Brasil. Nós temos um número muito grande de famílias no Brasil
que já fazem o ensino domiciliar, só que estas famílias não estão ainda abrigadas pela
legislação (…) então, a MP vem para acolher as famílias.” (Entrevista ao g1)
“O Brasil é um país muito grande, muito diverso. Sem uma legislação especifica que
estabeleça a fiscalização da frequência, receio que vamos ter grandes problemas de evasão
escolar. Brasil já tem uma das maiores taxas de evasão escolar. Sem uma regulamentação
congressual detalhada, com avaliações pedagógicas e de socialização, teremos evasão
escolar travestida de ensino domiciliar.”
Alguns críticos entendem que colocar a educação domiciliar como uma prioridade é
uma demonstração da falta de foco do governo e descompromisso com a
educação. Eles defendem que direcionar os esforços do governo à uma política
nacional de formação de professores seria mais eficiente para solucionar o déficit
educacional do país.
Há ainda o argumento de que a maioria das famílias brasileiras nem mesmo possui
condições de aplicar o homeschooling e, por isso, trata-se de uma política para
poucos:
“Nada justifica um debate tão grande sobre educação domiciliar num país com 70 milhões de
famílias. Ainda mais quando lembramos que a esmagadora maioria dessas pessoas não tem
condições de transformar a sala de casa em uma sala de aula —seja por renda, tempo ou
formação.” (Nova Escola)
Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, França e Paraguai são exemplos de países
em que a prática é permitida. Nesses países a prática é regulamentada e não há
necessidade de recorrer à justiça para ter autorização. É nos Estados Unidos que a prática
possui maior número de adeptos, cerca de 2 milhões de pessoas foram educadas em casa,
e estudos mostram que esse número cresce de 2 a 8% ao ano.
Por outro lado, Alemanha e Suécia são exemplos do extremo oposto. Nesses países a
educação domiciliar é considerada crime, e famílias que não cumprem com a obrigatoriedade
de colocar os filhos na escolas estão sujeitas a perder a guarda da criança ou jovem.
TEXTO IV
TEXTO V
Segundo Carlos Vinícius, da Aned, a proposta é vista com bons olhos, mas ainda deve ser discutida
dentro do Congresso Nacional, com a participação das famílias interessadas na educação domiciliar.
"A gente entende que é um momento muito positivo no sentido de ter uma iniciativa do Executivo a
esse respeito. A gente nunca teve isso no passado recente. O projeto de lei vai ser discutido junto ao
Congresso. Esperamos que a discussão aumente a eficiência do texto, nada que atrapalhe a liberdade
educacional", disse ele.
Família x Estado
Para Roberto Catelli Júnior, da Ação Educativa, o princípio por trás da proposta do governo é uma
"supervalorização da família" em detrimento do papel do Estado na sociedade.
"Essa oposição é muito forte, entre a lógica de um Estado que tem a responsabilidade de formar o
cidadão e uma visão de que a família está acima do Estado. (...) É um pouco nesta lógica extremamente
neoliberal", explicou ele.
"O grande problema disso é que você está tirando da criança uma coisa fundamental, que é a transição
entre o lugar da família e o lugar do cidadão, o lugar social, que extrapola o lugar da família. Esse
projeto prega o inverso, uma espécie de submissão absoluta ao espaço da família, essa me parece a
principal pobreza desse processo."
Catelli e Cesar Callegari ressaltam ainda que o texto apresentado pelo governo federal apresenta
brechas para que empresas privadas lucrem com um aumento de demanda por material didático,
videoaulas ou inclusive a contratação de tutores particulares.
"Pode existir toda uma indústria criada de tutores que vai crescer com isso, mas vai servir para um
seleto grupo de pessoas que possam pagar por esse serviço. É uma política supervalorizada, mas de um
alcance bastante restrito", diz Catelli.
Formação de professores
Anna Helena Altenfelder, do Cenpec, diz que exigir dos pais, que em geral são pessoas leigas, a
capacidade de elaborar um plano pedagógico, instrumento feito por especialistas, pode comprometer o
desenvolvimento das crianças. Além disso, para ela, permitir que um aluno domiciliar reprove duas
vezes de forma consecutiva, ou três vezes não consecutivas, até cassar o direito à educação domiciliar
vai causar atraso de aprendizagem dele.
"Aí ele vai chegar numa escola com o atraso e sem todo o conhecimento necessário de como funciona a
escola. Dada as questões de socialização, é muito mais complicado."
Ela lembra que, depois de anos em que o Brasil tem exigido cada vez mais formação e capacitação dos
professores, liberar o ensino formal aos pais vai na contramão dos avanços recentes.
Telma Vinha, da Unicamp, ressalta que o projeto de lei não esclarece como vai proteger as crianças de
ambientes familiares abusivos, uma função que também é feita pelos professores, a partir do vínculo
criado pela convivência diária.
"50% dos abusos sexuais ocorrem em família. Quem protege essas crianças se estão só em família?",
questionou ela. "Tem que dar conta da proteção integral da criança. E não deram, isso sequer foi
mencionado. A preocupação é toda curricular."
A professora Vânia Rego, da SEEDF, que também participou da reunião, lembrou o caso da Finlândia, que os
defensores da educação domiciliar gostam de citar quando mencionam experiências de outros países. “É
importante esclarecer que a educação finlandesa é considerada a melhor do mundo não por causa do
homeschooling, mas porque oferece educação pública, gratuita, de qualidade e, sobretudo, uma educação
equânime. A escola pública da Finlândia é de tanta qualidade que a mesma escola que atende ao filho de um
juiz atende ao filho de um gari. Isso ocorre porque a sociedade não tem discrepâncias sociais e financeiras
abissais e alarmantes, como as que ocorrem no Brasil”, pontuou a professora.
O Sinpro-DF observa que, notadamente, quem propõe essa modalidade são famílias que têm condições
financeiras. O sindicato alerta para o fato de que isso irá influenciar famílias que não têm essas condições. “A
educação escolar é a garantia de direitos e a educação domiciliar (homeschooling) está associada à Lei da
Mordaça (Escola sem Partido), ao obscurantismo, ao fundamentalismo religioso, ao descredenciamento da
função social da escola e à privatização.”
INSTRUÇÕES:
A exposição do seu ponto de vista deve ser coerente e coesa, apresentando fatos,
argumentos e opiniões com fundamentação.
Faça o rascunho do seu texto.
Produza um texto definitivo com, no mínimo 10 e, no máximo 30 linhas.
Evite a cópia dos textos motivadores.
Atente para não fugir ao tema.
Atente para atender ao tipo argumentativo-dissertativo.
Apresente proposta de intervenção que respeite os Direitos Humanos.
NOME
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