Parecer Referencial Locação de Imóveis
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JULIELE RODRIGUES BRANDÃO AGOSTINHO, LUCAS BRASILEIRO BARBOSA, GIOVANNE DUARTE DE QUEIROZ, RENATO BARBOSA RIBEIRO, ITALO CLEMENTINO DE LIMA MONTENEGRO e + 1.
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EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO.
PARECER JURÍDICO REFERENCIAL.
CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL.
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO COM
FUNDAMENTO NO ART. 74, V DA LEI Nº
14.133/21. NECESSIDADE DE CUMPRIMENTO
DOS REQUISITOS LEGAIS. Orientar as Secretarias
sobre a contratação direta pela Nova Lei de
Licitações e Contratos Administrativos,
esmiuçando os requisitos e ponderações a respeito
da celebração de contrato de locação pela
Administração Pública Municipal.
I – RELATÓRIO
01. Vem ao exame desta Assessoria Jurídica a Consulta demandada pela Sra.
Pública Municipal.
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parecer acerca da matéria, tendo em vista a adoção da Lei Federal nº 14.133/21 pelo município
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03. Segundo a Portaria SAD nº 01/21, o parecer deverá ser elaborado como
04. A invocação deste opinativo jurídico dispensará o exame em casos que versem
05. Ab initio, oportuno esclarecer que a consultoria aqui exercida se respalda sob o
oportunidade dos atos praticados. Além disso, não se analisa, aqui, aspectos de natureza
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06. Nesse sentido, a manifestação apresentada neste parecer se concentra nas
da leitura do Acórdão nº 2674/2014 – Plenário, ainda sob a égide da Lei Federal nº 8.666/93
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11. Desse modo, a despeito de não pairar obscuridade sobre o acórdão ora
embargado, pode-se esclarecer à AGU que o entendimento do TCU
referenciado nos Acórdãos 748/2011 e 1.944/2014, ambos prolatados por este
Plenário, não impede a utilização, pelos órgãos e entidades da administração
pública federal, de um mesmo parecer jurídico em procedimentos licitatórios
diversos, desde que envolvam matéria comprovadamente idêntica e sejam
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completos, amplos e abranjam todas as questões jurídicas pertinentes.
08. De igual modo, a Advocacia Geral da União já regulamentou o tema por meio
09. Sendo assim, é notório que a presente medida se reveste dos atributos de
locação com fulcro na Lei 14.133/2021, tendo em vista que o tema é recorrente e, como regra,
III – DA FUNDAMENTAÇÃO
III.a – INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO; LOCAÇÃO DE IMÓVEL PELA LEI
14.133/2021
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entidades públicas devem seguir, de forma obrigatória, um regime legal. Nesse sentido, o art.
37, inc. XXI da Constituição Federal determina que ressalvados os casos especificados em lei,
nesse prisma que se traz os ensinamentos do Ministro ALEXANDRE DE MORAES (2023, p. 806)1:
Em decorrência dos princípios constitucionais da legalidade,
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impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e probidade
administrativa, os contratos que envolvem responsabilidade do erário
público necessitam adotar a licitação, sob pena de invalidade, ou seja,
devem obedecê-la com rigorosa formalística como precedente necessário a
todos os contratos da administração, visando proporcionar-lhe a proposta
mais vantajosa e dar oportunidade a todos de oferecerem seus serviços ou
mercadorias aos órgãos estatais, assegurando, assim, sua licitude. (grifo
nosso)
aduzindo que:
O princípio da licitação significa que essas contratações ficam sujeitas, como
regras, ao procedimento de seleção de propostas mais vantajosas para a
administração pública. Constitui um princípio instrumental de realização
dos princípios da moralidade administrativa e do tratamento isonômico dos
eventuais contratantes com o Poder Público.
específica. À vista disso, o tema central a ser tratado neste Parecer Referencial será a hipótese
Administração Pública, visto que o interesse público pode ficar mais bem resguardado com a
1 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. – 39. ed. – Barueri [SP]: Atlas, 2023.
2 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 16. ed. São Paulo: Malheiros, 1999.
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contratantes, seja pela natureza do negócio, seja pelos objetivos visados pela Administração.
Administrativos que nos traz as hipóteses ressalvadas pelo texto constitucional. O caput do
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art. 74 da lei de regência explicita a motivação para a contratação direta por meio da
inexigibilidade, quando aduz que “é inexigível a licitação quando inviável a competição”. Dessa
mais específica sobre locação de imóveis, prevista no inc. V do art. 74, da lei supracitada.
considerada uma das situações em que a licitação poderia ser dispensada (art. 24, X da Lei
Administrativos, essa circunstância foi reclassificada como licitação inexigível. Essa mudança
de estabelecer critérios objetivos para uma comparação isonômica entre os potenciais imóveis.
16. Conforme preconizado pela doutrina, isso implica afirmar que, quando se trata
desse tipo de contratação direta, torna-se impraticável atender ao interesse sob a proteção
estatal por meio de qualquer outra propriedade que não aquela especificamente escolhida.
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outra escolha.
18. Nesse contexto, é importante afirmar que diante da existência de dois (ou mais)
imóveis com características que atendem aos requisitos da Administração, torna-se necessário
realizar um procedimento licitatório. Mesmo que não haja intercambialidade entre os imóveis
em questão, eles se tornam parte de um conjunto de opções para atender aos interesses da
Administração Pública. Em outras palavras, qualquer um dos imóveis será capaz de satisfazer
licitação perde destaque, abrindo caminho para a realização de uma licitação, uma vez que o
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emitido durante a vigência da Lei 8.666/93, mas que se adequa ao cenário da Nova Lei de
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Licitações e Contratos:
11. Verifica-se, portanto, que a utilização desse dispositivo só é possível
quando se identifica um imóvel específico, cujas instalações e localização
sinalizem que ele é o único que atende o interesse da administração. Nesse
sentido se manifestam Marçal Justen Filho e Jessé Pereira Júnior a respeito
desse comando legal:
“A ausência de licitação deriva da impossibilidade de o interesse sob a tutela
estatal ser satisfeito através de outro imóvel, que não aquele selecionado...
Antes de promover a contratação direta, a Administração deverá comprovar
a impossibilidade de satisfação do interesse sob tutela estatal por outra via e
apurar a inexistência de outro imóvel apto a atende-lo...” (Marçal Justen
Filho, Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 11ª
Edição, p. 250).
“Em princípio, a Administração compra ou loca mediante licitação, tais e
tantas podem ser as contingências do mercado, variáveis no tempo e no
espaço, a viabilizarem a competição. Mas se a operação tiver por alvo imóvel
que atenda a necessidades específicas cumuladas de instalação e localização
dos serviços, a área de competição pode estreitar-se de modo a ensejar a
dispensa... Nestas circunstâncias, e somente nelas, a Administração comprará
ou locará diretamente, inclusive para que não se frustre a finalidade a acudir”
(Jessé Torres Pereira Júnior, Comentários à Lei das Licitações e Contratações
da Administração Pública, 5ª Edição, p. 277).
12. No caso em tela, essa hipótese não se verificou. Tanto é assim que o
ICMBio publicou em Diário Oficial aviso de que estava procurando um
imóvel, recebeu dez propostas, e a partir delas escolheu qual delas melhor
lhe atenderia. Ou seja, não havia um determinado imóvel previamente
identificado, que por suas características de instalações e localização fosse o
único a atender as necessidades da administração. Havia, potencialmente,
diversos imóveis que poderiam atender o instituto. Assim, deveria ter sido
realizado um certame licitatório para realizar a locação. (Acórdão 444/2008,
Plenário, Relator Ministro Ubiratan Aguiar)
21. Portanto, ao optar pela contratação direta sem licitação por meio de
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INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS
de imóveis prevista no art. 74, V, da Lei Federal nº 14.133/21. O mesmo artigo, em seu §5º
23. O primeiro dos requisitos trata da avaliação prévia do bem, do seu estado de
orientações orientam todos os demais tribunais de contas do país, tem se manifestado quanto
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com os valores praticados no mercado, conforme exige a Lei 8.666/93, art. 24,
inciso X (TCU, AC-2243-24/08-1 Seção: 15/07/2008. Relator Ministro Marcos
Vinícios Vilaça)
24. A avaliação prévia do bem, portanto, deve ser realizada, no âmbito desta
bens imóveis. Nesse sentido, deverá ser elaborado laudo no qual avalie as condições do
Pública deve “definir um valor de locação, leia-se de amortização acrescida do custo do capital de
terceiros investido, compatível com o espaço fiscal eventualmente existente e projetado segundo as
estimativas de receitas e despesas do ente contratante, no horizonte de médio e longo prazo. Tais valores
públicos vagos e disponíveis, deve ser referendada por agente técnico competente. MARÇAL
6 Acórdão n. 1.928/2021.
7 Ob. Cit.
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exemplo, mencionamos imóveis municipais que, apesar de pertencerem à municipalidade,
cidadãos. Nesse contexto, a existência de outros imóveis públicos com dimensões semelhantes
28. A doutrina nas palavras de JACOBY FERNANDES aduz que8 “uma boa prática tem
sido que esses imóveis públicos disponíveis sejam avaliados, não somente no que tange ao valor do seu
metro quadrado, mas também do atendimento das condições do imóvel frente às necessidades da
Administração Pública, bem como se estes estão em plenas condições de funcionamento e segurança.
Rejeitar imóveis em más condições é um dever do gestor, que deve prezar pela segurança e salubridade
29. Dessa forma, é crucial realizar a consulta ao órgão competente para verificar a
administrativa. Além disso, é essencial certificar nos autos que não existe um imóvel
8JACOBY FERNANDES, Ana Luiza; JACOBY FERNANDES, Jorge Ulisses; JACOBY FERNANDES,
Murilo. Contratação Direta sem Licitação na Nova Lei de Licitações: Lei n. 114.133/2021. 11. Ed. Belo
Horizonte: Fórum, 2021.
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30. Quanto ao inciso III do §5º, é imprescindível que se tenha justificativas que
evidenciem vantagem para ela, indicando as condições técnicas e os motivos que conduziram
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31. É fundamental enfatizar que a singularidade não deve ser confundida com
que, embora possa haver mais de uma solução potencial, seria impraticável estabelecer
demanda administrativa é uma responsabilidade única e exclusiva do gestor. Isso ocorre por
margem de escolha desse agente não é ilimitada nem arbitrária. Deve-se levar em conta as
inexigibilidades seja nos termos do art. 72 da Legislação Federal. Vejamos o teor da norma:
Art. 72. O processo de contratação direta, que compreende os casos de
inexigibilidade e de dispensa de licitação, deverá ser instruído com os
seguintes documentos:
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atendimento dos requisitos exigidos;
34. Nesse sentido, a juntada dos documentos acima é medida indispensável para
desse documento, e se aplicável, devem ser incluídos o estudo técnico preliminar, análise de
36. Dado que a locação de imóvel pela Administração Pública não se configura
como uma obra ou serviço, consideramos dispensável a inclusão de projetos básicos e/ou
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executivos nos autos. Recomendamos, em vez disso, anexar um estudo técnico preliminar
para a contratação almejada, visto que este documento tem o propósito de evidenciar a real
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mercado do imóvel. Destaca-se que as despesas condominiais, caso existam, devem ser
igualmente consideradas durante a contratação, uma vez que integram a despesa a ser
efetivada.
atendimento, em cada caso específico, das condições aqui mencionadas, bem como a
observância do checklist para as contratações diretas. Caso surjam novas questões jurídicas,
distintas daquelas já resolvidas por este Parecer, a questão deverá ser submetida a uma nova
39. Os pareceres técnicos necessários devem ser anexados aos autos, com o intuito
essenciais para atender ao interesse público, não sendo possível satisfazê-lo por meio de
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41. Nesse mesmo contexto, é aconselhável que o órgão esteja atento à inclusão de
despesas previamente planejadas no Plano de Contratações Anual. Isso visa alinhar essas
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42. Destaca-se que é imperativo incluir, em todos os contratos, uma cláusula que
estabeleça o crédito pelo qual a despesa será efetivada, com a indicação funcional
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45. Tendo em vista que o objeto negocial é o bem imóvel a ser locado, a habilitação
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técnica e financeira tem pouco relevo para fins administrativos. Desta forma, diante do
disposto no art. 72, V, da Lei n. 14.133/21, entende-se pela sua desnecessidade, afinal são
proprietário(a).12
(art. 66), fiscal e social (art. 68, I, III e IV) da pessoa física ou jurídica a ser contratada.
avaliação prévia do imóvel pelo órgão técnico ou profissional competente, que emitirá parecer
12Ainda nesse sentido, válidas as lições de RONNY CHARLES: “A rígida exigência de toda a documentação de
habilitação definida pela Lei nº 14.133/2021, mesmo quando desnecessária à garantia do cumprimento das
obrigações, apenas vai gerar disfunção, ampliando custos transacionais e prejudicando a eficiência das
contratações públicas. O caráter exemplificativo é evidente quando percebemos as exigências legais de habilitação
como comandos normativos relativos que devem ser interpretados de acordo com a Constituição Federal, norma
maior que expressamente restringe as exigências de qualificação (habilitação) à “função” garantidora do
indispensável cumprimento das obrigações contratuais.” TORRES, Ronny Charles Lopes de. Leis de
licitações públicas comentadas. 12. Ed. São Paulo: Ed. Juspodivm, 2021, p. 367.
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49. Por fim, é necessário anexar aos autos da contratação direta a autorização
autorização para a contratação direta ou o extrato resultante do contrato deve ser publicado
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acessível ao público de maneira contínua.
50. No que diz respeito à duração do contrato de locação a ser formalizado pela
Administração Pública, é importante destacar que o artigo 112 da Lei 14.133/2021 estipula que
“Os prazos contratuais previstos nesta Lei não excluem nem revogam os prazos contratuais previstos
em lei especial.”
atua como locatário é regulamentada pela Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), é aplicável a
disposição estabelecida em seu artigo 3º, que afirma: "O contrato de locação pode ser ajustado por
com prazo de até 5 (cinco) anos em casos de serviços e fornecimentos contínuos, propõe-se a
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possa, em teoria, ser celebrado e renovado por período superior a 10 anos, sugerimos que,
em virtude da atenção e do zelo com a coisa pública, a duração apropriada desse contrato
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formalizar o contrato de locação de maneira verbal ou com prorrogações automáticas; a cada
III.e – DO REAJUSTE
54. O art. 25, §7º da Lei 14.133/21 estabelece que independente do prazo de
insumos.
Consumidor Amplo – IPCA, uma vez que melhor representa a inflação oficial no país. Ainda,
a respeito da periodicidade do reajuste, estes não podem ser inferiores a um ano, conforme a
Lei nº 10.192/2001.13
13Art. 2o É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais,
setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de
prazo de duração igual ou superior a um ano.
§ 1o É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade
inferior a um ano.
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no caso de contratação direta, será de 10 (dez) dias úteis, sob pena de nulidade.
III.g – DA MINUTA
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57. O art. 95 da lei de regência traz algumas hipóteses para a não obrigatoriedade
nesse rol, fazendo com que seja necessário a celebração de contrato formal entre as partes, em
minutas levem em conta as características específicas de cada situação. Elas devem incorporar
Permite-se a utilização das minutas do Poder Executivo federal por todos os entes federativos,
IV – CONCLUSÃO
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Assessoria Jurídica
Assinado por 11 pessoas: ALEX DAVID SILVA LIMA, NÁJILA MEDEIROS BEZERRA, MATHEUS LIMA MOREIRA DE OLIVEIRA, IVANA KERLE MOREIRA CAVALCANTE, REINALDO PEREIRA DO NASCIMENTO JÚNIOR ,
ESTADO DA PARAÍBA
JULIELE RODRIGUES BRANDÃO AGOSTINHO, LUCAS BRASILEIRO BARBOSA, GIOVANNE DUARTE DE QUEIROZ, RENATO BARBOSA RIBEIRO, ITALO CLEMENTINO DE LIMA MONTENEGRO e + 1.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
ASSESSORIA JURÍDICA
desde que se atente aos preceitos jurídicos acima descritos e que seja cumprido
b) Anexar estudo técnico preliminar para a contratação almejada, visto que este
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documento tem o propósito de evidenciar a real necessidade da contratação e
econômica;
referencial por parte do gestor público. Havendo peculiaridades que escapem aos contornos
expostos por esta manifestação jurídica referencial ou modificação das normas pertinentes,
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Assinado por 11 pessoas: ALEX DAVID SILVA LIMA, NÁJILA MEDEIROS BEZERRA, MATHEUS LIMA MOREIRA DE OLIVEIRA, IVANA KERLE MOREIRA CAVALCANTE, REINALDO PEREIRA DO NASCIMENTO JÚNIOR ,
ESTADO DA PARAÍBA
JULIELE RODRIGUES BRANDÃO AGOSTINHO, LUCAS BRASILEIRO BARBOSA, GIOVANNE DUARTE DE QUEIROZ, RENATO BARBOSA RIBEIRO, ITALO CLEMENTINO DE LIMA MONTENEGRO e + 1.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
ASSESSORIA JURÍDICA
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RENATO BARBOSA RIBEIRO TÚLIO ARNAUD TOMAZ
Assessor Jurídico – 20.561 – OAB/PB Assessor Jurídico – 20.805 – OAB/PB
Matrícula 27.788 ASSEJUR/SAD/PMCG Matrícula 28.613 ASSEJUR/SAD/PMCG
ÍTALO MONTENEGRO
Assessor Jurídico – 9.865 – OAB/PB
Matrícula 29.727 ASSEJUR/SAD/PMCG
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VERIFICAÇÃO DAS
ASSINATURAS
Este documento foi assinado digitalmente pelos seguintes signatários nas datas indicadas:
Para verificar a validade das assinaturas, acesse a Central de Verificação por meio do link:
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