Aulas Resmat Carregamento Comb Vaso Pressão

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CURSO: Engenharia Mecânica

Exemplo: A viga simplesmente apoiada do exercício tem área da seção transversal mostrada na figura.
Determinar a tensão de flexão máxima absoluta na viga e desenhar a distribuição de tensão na seção
transversal nessa localização.

A B

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Solução:
Passo 1: Calcular as reações de apoio → 𝑹𝒂 e 𝑹𝒃 :

𝑹𝒂 𝑹𝒃
+↑ ෍ 𝐅𝐲 = 𝟎 → 𝐑 𝐚 + 𝐑 𝐛 = 𝟑𝟎

𝐑 𝐚 = 𝟏𝟓 𝐤𝐍
𝐤𝐍
+ ෍ 𝐌𝐀 = 𝟎 → 𝐑 𝐁 ∙ 𝟔 − 𝟔𝒎 ∙ 𝟓 ∙ 𝟑 = 𝟎 → 𝐑 𝐁 = 𝟏𝟓 𝐤𝐍
𝐦
2
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Passo 2: Esboçar o diagrama de momento fletor (DMF):

𝟏𝟓 𝐤𝐍 𝟏𝟓 𝐤𝐍

𝐌𝐦á𝐱 = 𝟐𝟐, 𝟓 𝐤𝐍 ∙ 𝐦

𝐃𝐌𝐅

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Passo 3: calcular o momento de inércia da seção transversal (𝑰):

𝑰 = ෍ ത𝑰 + 𝑨 ∙ 𝒅𝟐

𝟏 𝟑 𝟐
𝟏 𝟑
𝑰= 𝟐∙ 𝟎, 𝟐𝟓𝟎 𝒎 𝟎, 𝟎𝟐𝟎 𝒎 + 𝟎, 𝟎𝟐𝟎 𝒎 𝟎, 𝟐𝟓𝟎 𝒎 ∙ 𝟎, 𝟏𝟔𝟎 + ∙ 𝟎, 𝟎𝟐𝟎 𝒎 ∙ 𝟎, 𝟑𝟎𝟎 𝒎
𝟏𝟐 𝟏𝟐

→ 𝑰 = 𝟑𝟎𝟏, 𝟑 𝟏𝟎−𝟔 𝒎𝟒
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Passo 4: calcular a tensão de flexão máxima (𝝈𝒎á𝒙 ):


𝑰 = 𝟑𝟎𝟏, 𝟑 𝟏𝟎−𝟔 𝒎𝟒

𝒄 = 𝟎, 𝟏𝟕𝟎 𝒎
𝑴∙𝒄
𝝈𝒎á𝒙 =
𝑰 𝑴 = 𝟐𝟐, 𝟓 𝐤𝐍 ∙ 𝐦

𝟐𝟐, 𝟓 𝐤𝐍 ∙ 𝐦 ∙ 𝟎, 𝟏𝟕𝟎 𝐦
𝛔𝐦á𝐱 = → 𝛔𝐦á𝐱 = 𝟏𝟐, 𝟕 𝐌𝐏𝐚
𝟑𝟎𝟏, 𝟑 𝟏𝟎−𝟔 𝒎𝟒

𝑴 ∙ 𝒚𝒃 = 𝟐𝟐, 𝟓 𝐤𝐍 ∙ 𝐦 ∙ 𝟎, 𝟏𝟓𝟎 𝐦
𝝈𝒃 = → 𝝈𝒃 = 𝟏𝟏, 𝟐𝑴𝑷𝒂
𝑰 𝟑𝟎𝟏, 𝟑 𝟏𝟎−𝟔 𝒎𝟒
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Passo 5: Esboçar a tensão de flexão atua sobre a nos pontos B e D:

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Disciplina: Resistência dos materiais.

VASOS DE PRESSÃO: FINALIDADE

o Quando sob pressão, estes equipamentos ficam submetidos à cargas internas que atuam

em todas as direções.

o Estas cargas internas produzem nos vasos de pressão determinados tipos de tensões.

o A análise dessas tensões pode ser realizada matematicamente sem muita dificuldade desde

que o vaso de pressão seja composto de paredes finas.

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Disciplina: Resistência dos materiais.

VASOS DE PRESSÃO DE PAREDES FINAS: DEFINIÇÃO

o Vasos de pressão são considerados vasos de pressão de paredes finas somente quando se

enquadram na condição descrita pela Eq.1:

Vasos de pressão de 𝒓𝒂𝒊𝒐 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒐


paredes finas ≥ 𝟏𝟎 (Eq.1)
𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒆𝒅𝒆

Hibbeler,
R. C.

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VASOS DE PRESSÃO DE PAREDES FINAS: CLASSIFICAÇÃO

o Vasos de pressão de paredes finas geralmente podem ser classificados conforme descrito

abaixo:

Vasos cilíndricos
Vasos de pressão
de paredes finas

Vasos esféricos

Hibbeler,
R. C.
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Disciplina: Resistência dos materiais.

VASOS CILÍNDRICOS: CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS ATUANTES

o Conforme pode ser observado na Fig.3, um elemento fixado e orientado na extremidade de um vaso

cilíndrico fica sujeito as seguintes tensões normais de tração (𝝈𝟏 e 𝝈𝟐 ):

Fig.3: Tensões normais de tração


atuantes no vaso cilíndrico
(Hibbeler, R.C.)
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Disciplina: Resistência dos materiais.

VASOS CILÍNDRICOS: CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS ATUANTES

▪ Tensão normal no sentido circunferencial ou tangencial (𝝈𝟏 ), determinada conforme a Eq. 2.

▪ Tensão normal no sentido longitudinal ou axial (𝝈𝟐 ), determinada conforme a Eq. 3.

𝒑∙𝒓 𝒑∙𝒓
𝝈𝟏 = (Eq.2) 𝝈𝟐 = (Eq.3)
𝒕 𝟐∙𝒕

Onde:
• 𝒕 → Espessura da parede.
• 𝒓 → Raio interno do cilindro.
• 𝒑 → Pressão manométrica desenvolvida pelo fluido
(gás ou líquido) no interior vaso.
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VASOS CILÍNDRICOS: CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS ATUANTES

❖ NOTA 1:

Pressão manométrica = Pressão absoluta – Pressão atmosfera (conceito termodinâmica)

❖ NOTA 2:

Ao se fabricar vasos de pressão cilíndricos de chapas laminadas, as juntas longitudinais

devem ser projetadas para suportar o dobro da tensão das circunferências (Hibbler, R. C.)

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VASOS ESFÉRICOS: CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS ATUANTES

o Conforme pode ser observado na Fig.4, um elemento fixado e orientado na extremidade de um vaso

esférico fica sujeito unicamente a uma tensão normal de tração ( 𝝈𝟐 ) ou seja a tensão

independe da orientação.

Fig.4: Tensão normal de tração


atuante no vaso esférico
(Hibbeler, R.C.)
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VASOS ESFÉRICOS: CÁLCULO DAS TENSÕES NORMAIS ATUANTES

▪ As tensões normais nas direções circunferencial e tangencial (𝝈𝟐 ) são iguais. Além disso, esta

tensão é calculada conforme a Eq. 4.

𝒑∙𝒓
𝝈𝟐 = (Eq.4)
𝟐∙𝒕

Onde:
• 𝒕 → Espessura da parede.
• 𝒓 → Raio interno da esfera.
• 𝒑 → Pressão manométrica desenvolvida pelo fluido
(gás ou líquido) no interior vaso.
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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
❑ Um tubo de aço carbono com 200 mm de diâmetro interno, espessura de parede igual a 10 mm
e 4,0 m de comprimento é submetido a uma pressão interna igual a 10 MPa.

As tensões tangencial e longitudinal na parede desse tubo são, respectivamente, iguais a

a) 33,3 MPa e 50 MPa.


b) 50,0 MPa e 100,0 MPa.
c) 66,6 MPa e 70 MPa.
d) 100,0 MPa e 50 MPa.
e) 150,0 MPa e 30 MPa.

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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: CONCEITO

o Frequentemente, a seção transversal de um elemento está sujeita a vários tipos de carregamento

simultaneamente.

o Consequentemente, a distribuição de tensão resultante em cada ponto da seção transversal é

caracterizada pela superposição dos efeitos produzidos por esses distintos carregamentos.

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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: TIPOS DE CARREGAMENTOS

TENSÃO NORMAL
FORÇA NORMAL
MÉDIA (𝝈)

TENSÃO DE
FORÇA CORTANTE
CISALHAMENTO (𝝉)
TIPOS DE
CARREGAMENTOS
MOMENTO TENSÃO NORMAL DE
FLETOR FLEXÃO (𝝈)

Hibbeler,
R. C. TENSÃO DE
MOMENTO DE
CISALHAMENTO
TORÇÃO
DEVIDO A TORÇÃO (𝝉)
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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO NORMAL MÉDIA (𝝈): 𝝈

𝐏 N
𝛔 Pa = (Eq.5)
𝐀𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 m𝟐

𝐀𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 → Á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐫𝐫𝐚

𝐏 → 𝐑𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐫ç𝐚 𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐥 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚 𝐚𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐨 Fig.5: Tensão normal média


𝐜𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐠𝐫𝐚𝐯𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 (Hibbeler, R.C.)
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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO DE CISALHAMENTO (𝝉):

𝐕 N ∙ 𝐐 (m𝟑 )
𝝉 Pa = (Eq.6)
𝐈 m𝟒 ∙ 𝐭(m)

𝐕 → 𝐅𝐨𝐫ç𝐚 𝐜𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐫𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚

𝐐 → 𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐬𝐭á𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐀′

𝐈 → 𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧é𝐫𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 Fig.6: Tensão de cisalhamento


(Hibbeler, R.C.)
𝐭 → 𝐋𝐚𝐫𝐠𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐦𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚
𝐧𝐨 𝐩𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝝉 𝐝𝐞𝐯𝐞 𝐬𝐞𝐫 𝐝𝐞𝐭𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐚𝐝𝐨
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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO DE CISALHAMENTO (𝝉): Para seção retangular

𝐕 N ∙ 𝐐 (m𝟑 )
𝝉 Pa = (Eq.6)
𝐈 m𝟒 ∙ 𝐭(m)

𝐡 𝐲 𝐡
ത′
𝐐= 𝐲 ∙𝐀 = ′
𝒚+ − ∙ 𝐭∙ −𝒚
𝟒 𝟐 𝟐

′ ′
𝐡 𝐲 𝐡 𝐡 𝐲 𝐡 𝐭 𝐡𝟐
𝐐 = 𝐲ത ∙ 𝐀 = 𝒚 + − ∙ 𝐭∙ −𝒚 = + ∙ 𝐭∙ −𝒚 = ∙ − 𝒚𝟐
𝟒 𝟐 𝟐 𝟒 𝟐 𝟐 𝟐 𝟒
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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO DE CISALHAMENTO (𝝉): Para seção retangular

𝐕 N ∙ 𝐐 (m𝟑 )
𝝉 Pa = (Eq.6)
𝐈 m𝟒 ∙ 𝐭(m)

𝐭 𝐡𝟐 𝐭 ∙ 𝐡𝟑
𝐐= ∙ − 𝒚𝟐 𝐈=
𝟐 𝟒 𝟏𝟐

𝐕 N ∙ 𝐐 (m𝟑 ) 𝐭 𝐡𝟐 𝟐 𝟏𝟐 𝟏 𝟔 ∙ 𝐕 𝐡𝟐 𝟐
𝝉 Pa = = 𝐕 ∙ ∙ − 𝒚 ∙ ∙ → 𝝉 = ∙ − 𝒚
𝐈 m𝟒 ∙ 𝐭(m) 𝟐 𝟒 𝐭 ∙ 𝐡𝟑 𝐭 𝐭 ∙ 𝐡𝟑 𝟒
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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO DE CISALHAMENTO (𝝉): Para seção circular

𝐕 N ∙ 𝐐 (m𝟑 )
𝝉 Pa = (Eq.6)
𝐈 m𝟒 ∙ 𝐭(m)
𝟐
′ ′
𝟒 ∙ 𝒓𝒂𝒊𝒐 𝝅 ∙ 𝒓𝒂𝒊𝒐
𝐐 = 𝐲ത ∙ 𝐀 = ∙
𝟑∙𝝅 𝟐

𝛑 ∙ 𝒓𝒂𝒊𝒐 𝟒
𝐈=
𝟒

𝐕 N ∙ 𝐐 (m𝟑 ) 𝟒 ∙ 𝒓 𝝅 ∙ 𝒓𝟐 𝟒 𝟏 𝟒∙𝐕
𝝉 Pa = =𝐕∙ ∙ ∙ ∙ → 𝝉 =
𝟒
𝐈 m ∙ 𝐭(m) 𝟑∙𝝅 𝟐 𝛑 ∙ 𝒓𝟒 𝟐 ∙ 𝒓 𝟑 ∙ 𝛑 ∙ 𝐫𝟐
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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO NORMAL DE FLEXÃO (𝝈):

𝐌 N. m ∙ 𝐜 (m)
𝝈 Pa = (Eq.7)
𝐈 m𝟒

𝐌 → 𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐟𝐥𝐞𝐭𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐨 𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐮𝐫𝐚

𝐜 → 𝐃𝐢𝐬𝐭â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 𝐚𝐨 𝐞𝐢𝐱𝐨 𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐨

𝐈 → 𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧é𝐫𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 Eixo neutro


𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 Fig.7: Tensão normal de flexão
(Hibbeler, R.C.)

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Disciplina: Resistência dos materiais.

CARREGAMENTOS COMBINADOS: FORMULAÇÃO MATEMÁTICA

❑ TENSÃO DE CISALHAMENTO DEVIDO A TORÇÃO (𝝉):

𝑻 𝑁. 𝑚 ∙ 𝒄 (𝑚)
𝝉 Pa = (Eq.8)
𝑱 𝑚𝟒

𝐓 → 𝐓𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚

𝐜 → 𝐃𝐢𝐬𝐭â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚çã𝐨 𝐚𝐨
𝐜𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨𝐢𝐝𝐞 𝐝𝐚 𝐟𝐢𝐠𝐮𝐫𝐚 Fig.8: Tensão de cisalhamento
devido a torção (Hibbeler, R.C.)

𝐉 → 𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐨𝐥𝐚𝐫 𝐢𝐧é𝐫𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐚


á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥
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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

❑ Uma força de 150 lb é aplicada na borda do elemento conforme mostrado na Fig.1.


Desprezando o peso do elemento. Determine a distribuição de tensão nos pontos B e C.

Fig.1: Barra prismática sujeito


a uma força de compressão
(Hibbeler, R.C.)
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
Solução:

• Passo 1: Seccionar o elemento através do pontos destacados e determinar as cargas internas para
equilíbrio da seção.
+ ↑ ෍ 𝐅𝐲 = 𝟎 ;

𝐏 = 𝟏𝟓𝟎 𝐥𝐛

+ ෍ 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐧𝐞𝐮𝐭𝐨 = 𝟎 ;

𝐌 = 𝟏𝟓𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝟓 𝐩𝐨𝐥
→ 𝐌 = 𝟕𝟓𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝐩𝐨𝐥
𝐌 = 𝟕𝟓𝟎 𝐥𝐛. 𝐩𝐨𝐥
𝐏 = 𝟏𝟓𝟎 𝐥𝐛 26
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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

• Passo 2: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal.

Tensão normal média:

𝐏 𝟏𝟓𝟎 𝐥𝐛
𝛔= = = 𝟑, 𝟕𝟓 𝐩𝐬𝐢
𝐀𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 𝟏𝟎 𝐩𝐨𝐥 ∙ 𝟒 𝐩𝐨𝐥

Tensão normal de flexão:

𝐌∙𝐜 𝟕𝟓𝟎 𝐥𝐛. 𝐩𝐨𝐥 ∙ 𝟓 𝐩𝐨𝐥


𝛔𝐦𝐚𝐱 = = = 𝟏𝟏, 𝟐𝟓 𝐩𝐬𝐢
𝐈 𝟏 𝟑
∙ 𝟒 𝐩𝐨𝐥 ∙ 𝟏𝟎 𝐩𝐨𝐥
𝟏𝟐

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

• Passo 3: Realizar a superposição das tensões nos pontos B e C .

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
❑ A haste maciça mostrada na figura abaixo tem raio de 0,75 pol. Se for submetida ao
carregamento mostrado, qual será o estado de tensão no ponto A.

Fig.1: Haste maciça sujeita a


duas forças (Hibbeler, R.C.)

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
Solução:

• Passo 1: Seccionar a haste através do ponto A, utilizando o segmento AB com um diagrama de


corpo livre para determinar as cargas internas para equilíbrio da seção.

+ ෍ 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐨−𝒙 = 𝟎 ;
+ ෍ 𝐅𝐲 = 𝟎 ; + ෍ 𝐅𝐳 = 𝟎 ;

𝐕 = 𝟖𝟎𝟎 𝐥𝐛 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐱 = 𝟖𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝟏𝟎 𝐩𝐨𝐥


𝐏 = 𝟓𝟎𝟎 𝐥𝐛
→ 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐱 = 𝟖𝟎𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝐩𝐨𝐥

+ ෍ 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐨−𝒛 = 𝟎 ; + ෍ 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐨−𝒚 = 𝟎 ;

𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐳 = 𝟓𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝟏𝟒 𝐩𝐨𝐥 𝐓 = 𝟖𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝟏𝟒 𝐩𝐨𝐥


→ 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐳 = 𝟕𝟎𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝐩𝐨𝐥 → 𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐳 = 𝟏𝟏𝟐𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝐩𝐨𝐥

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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 2: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal: Para facilitar a
visualização das tensões devido a cada carregamento, consideremos as resultantes iguais, porém
opostas que atuam sobre o segmento AC.

SEGMENTO AB SEGMENTO AC 31
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 3: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal: Para facilitar a
visualização das tensões devido a cada carregamento, consideremos as resultantes iguais, porém
opostas que atuam sobre o segmento AC.
Força normal → Tensão normal média
𝐏 𝟓𝟎𝟎 𝐥𝐛
𝛔𝐀 = = 𝟐
= 𝟎, 𝟐𝟖𝟔 𝐤𝐬𝐢
𝐀𝐬𝐞çã𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥

Distribuição da tensão
normal média

SEGMENTO AC 32
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 3: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal:
Força cortante → Tensão de cisalhamento
𝐕∙𝐐 𝟖𝟎𝟎 𝐥𝐛 ∙ 𝟎, 𝟐𝟖𝟏𝟑 𝐩𝐨𝐥𝟑
𝛕𝐀 = = 𝟒
= 𝟎, 𝟔𝟎𝟒 𝐤𝐬𝐢
𝐈∙𝐭 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥
𝟒 ∙ 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥

𝟐
𝟒 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥
𝐐 = 𝐲ത ′ ∙ 𝐀′ == ∙ = 𝟎, 𝟐𝟖𝟏𝟑 𝐩𝐨𝐥𝟑
𝟑∙𝛑 𝟐

Distribuição da tensão
de cisalhamento
SEGMENTO AC

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 3: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal:
Momento fletor no eixo x → Tensão normal de flexão
𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐱 ∙ 𝐜 𝟖𝟎𝟎𝟎 𝐥𝐛. 𝐩𝐨𝐥 ∙ 𝟎
𝝈𝐀 = = = 𝟎 𝐤𝐬𝐢
𝐈𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐱 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥 𝟒
𝟒

Distribuição da tensão
de flexão

SEGMENTO AC

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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 3: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal:
Momento fletor no eixo z → Tensão normal de flexão
𝐌𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐳 ∙ 𝐜 𝟕𝟎𝟎𝟎 𝐥𝐛. 𝐩𝐨𝐥 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥
𝝈𝐀 = = = 𝟐𝟏, 𝟑 𝐤𝐬𝐢
𝐈𝐞𝐢𝐱𝐨−𝐳 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥 𝟒
𝟒

Distribuição da tensão
de flexão
SEGMENTO AC

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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 3: Determinar os tipos de tensões atuantes na seção transversal:
Momento torsor no eixo y → Tensão de cisalhamento
𝐓∙𝐜 𝟏𝟏𝟐𝟎𝟎 𝐥𝐛. 𝐩𝐨𝐥 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥
𝝉𝐀 = = = 𝟏𝟔, 𝟗 𝐤𝐬𝐢
𝑱 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟕𝟓 𝐩𝐨𝐥 𝟒
𝟐

Distribuição da tensão
de cisalhamento
SEGMENTO AC

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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 4: Realizar a superposição das tensões no ponto A:

Tensão normal: Superposição 𝝈𝐀 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟑 + 𝟎 + 𝟐𝟏, 𝟏𝟑 = 𝟐𝟏, 𝟒 𝐤𝐬𝐢

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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 4: Realizar a superposição das tensões no ponto A:

Tensão de cisalhamento: Superposição 𝝉𝐀 = 𝟎, 𝟔𝟎𝟒 + 𝟎 + 𝟏𝟔, 𝟗 = 𝟏𝟕, 𝟓 𝐤𝐬𝐢

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Disciplina: Resistência dos materiais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
• Passo 4: Realizar a superposição das tensões no ponto A:

Distribuição de
tensões no ponto A 39

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