Artigo Educação em Saude
Artigo Educação em Saude
Artigo Educação em Saude
Maria Aparecida Salci1, Priscila Maceno2, Soraia Geraldo Rozza3, Denise Maria Guerreiro Vieira da Silva4,
Astrid Eggert Boehs5, Ivonete Teresinha Schulter Buss Heidemann6
1
Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do Departamento de Enfermagem
da Universidade Estadual de Maringá. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]
2
Mestranda em Enfermagem pela UFSC. Bolsita Capes. Santa Catarina, Brasil. E-mail: [email protected]
3
Mestranda em Enfermagem pela UFSC. Bolsita Capes. Santa Catarina, Brasil. E-mail: [email protected]
4
Doutora em Filosofia da Enfermagem. Docente da Graduação e Pós-Graduação da UFSC. Santa Catarina, Brasil. E-mail:
[email protected]
5
Doutora em Filosofia da Enfermagem. Docente da Graduação e Pós-Graduação da UFSC. Santa Catarina, Brasil. E-mail:
[email protected]
6
Doutora em Saúde Pública. Docente da Graduação e Pós-Graduação da UFSC. Santa Catarina, Brasil. E-mail: heideman@uol.
com.br
RESUMO: O objetivo do artigo foi refletir teoricamente acerca da temática educação em saúde e suas interfaces na promoção da
saúde. Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, que procurou cotejar essas práticas com as concepções da carta de Ottawa, a pedagogia
libertadora de Paulo Freire, o empoderamento e a cultura, aqui compreendidos como elementos-chave para a atuação do enfermeiro
na educação em saúde em ações nos serviços de saúde. Para esse percurso reflexivo, realizamos as inter-relações dessas vertentes
teóricas e suas aproximações com as práticas de promoção da saúde. A partir do arcabouço teórico apresentado, podemos refletir sobre
possibilidades de ampliação do cuidar, embasadas na premissa de que todos os momentos que compreendem interação com os usuários
dos serviços de saúde devem ser considerados propícios para desenvolver ações de educação em saúde, haja vista o conhecimento dos
enfermeiros, caracterizados como atores sociais responsáveis pelos acontecimentos no cenário da saúde.
DESCRITORES: Educação em saúde. Promoção da saúde. Enfermagem.
ABSTRACT: The purpose of this study was to reflect theoretically on the theme of health education and how it interfaces with health
promotion. It consists of a theoretical-reflexive study aimed at comparing these practices to the concepts elaborated in the Letter of
Ottawa, the pedagogy of liberation of Paulo Freire, empowerment and culture, here comprehended as key elements guiding the activity
of the nurse in health education in actions performed by health services. In order to take this reflexive path, the authors analyzed the
interrelationships of these theoretical interfaces and their approaches to health promotion practices. From this presented theoretical
framework, it is possible to reflect on the possibilities of extending care, based on the premise that all moments comprising interaction
with patients of health services must be considered an opportunity to develop health education actions, considering the knowledge
of nurses characterized as social actors who are responsible for the events that take place in the health scenario.
DESCRIPTORS: Health education. Health promotion. Nursing.
RESUMEN: El objetivo de este trabajo fue reflexionar teóricamente sobre el tema de la educación para la salud y sus interfaces en
la promoción de la salud. Se trata de un estudio teórico-reflexivo, que busca comparar estas prácticas con las opiniones de la Carta
de Ottawa, la pedagogía liberadora de Paulo Freire, el empoderamiento y la cultura, entendidas aquí como elementos clave para
el desempeño de los profesionales de la salud en la educación sanitaria en acciones en los servicios de salud. Para esta línea de
pensamiento, realizamos las interrelaciones de estos componentes teóricos y sus prácticas con las prácticas de promoción de la salud.
Desde el marco teórico presentado, podemos reflexionar sobre las opciones para ampliar la atención, basada en la premisa de que
todos los momentos que incluyen la interacción con los usuarios de los servicios de salud deban ser considerados propicios para la
conducción de la educación en salud, teniendo en cuenta el conocimiento de los enfermeros, que son los actores sociales responsables
de los hechos en el escenario de la salud.
DESCRITORES: Educación en salud. Promoción de la salud. Enfermería.
promoção da saúde positiva, proposta pela Carta No entanto, para a utilização da abordagem
de Ottawa e pela Teoria Salutogênica. dialógica, é necessário mudança na conduta do
profissional, rompendo com padrões comporta-
mentais autoritários, reconhecendo que o educa-
Pedagogia Libertadora de Paulo Freire e
dor também precisa estar aberto ao outro, para
educação em saúde
assim, construir um novo conhecimento, ou seja,
A pedagogia liberdadora de Paulo Freire, “o educador não é o que apenas educa, mas o que,
que propõe a emancipação e a autonomia do enquanto educa, é educado”.14:39 Neste processo
sujeito, teve como proposta inicial a alfabetização educativo é quebrada a hierarquia entre um que
de jovens e adultos e, paulatinamente, foi sendo sabe, e outro que não sabe, mas há o reconhecimen-
utilizada e considerada uma importante metodo- to de que ambos sabem coisas diferentes.
logia para trabalhar a promoção da saúde. Esta Embora a educação em saúde seja um dos
proposta pedagógica libertadora e problemati- instrumentos da promoção da saúde, tal prática
zadora ultrapassa os limites da educação e passa tem sido pouco difundida no sistema de saúde,
a ser entendida também, como uma forma de ler destacando-se a necessidade dos profissionais
o mundo, refletir sobre esta leitura e recontá-la, dessa área receber educação permanente que
transformando-a pela ação consciente.7 abranjam novas possibilidades metodológicas de
A concepção de educação como um processo atuação.
que envolve ação-reflexão-ação, capacita as pes-
soas a aprenderem, evidenciando a necessidade
Empoderamento e educação em saúde
de uma ação concreta, cultural, política e social
visando “situações limites” e superação das con- O conceito de empoderamento ou, no seu
tradições.14 Assim, a relação entre educação em original em inglês, empowerment, indiretamente,
saúde e a pedagogia libertadora, que parte de está relacionado à definição de autonomia, des-
um diálogo horizontalizado entre profissionais e tacando-se assim a capacidade de indivíduos e
usuários, contribui para a construção da emanci- grupos poderem decidir sobre questões que lhes
pação do sujeito para o desenvolvimento da saúde dizem respeito, tais como: política, economia,
individual e coletiva. saúde, cultura, entre outros aspectos de ordem
Como uma estratégia para o desenvolvi- social e individual.
mento da educação em saúde, pode ser utilizado Um conceito clássico define empodera-
o Círculo de Cultura proposto por Paulo Freire. mento como “um construto que liga forças e
Círculo de Cultura é um termo criado para re- competências individuais, sistemas naturais de
presentar um espaço dinâmico de aprendizagem ajuda e comportamentos proativos com políticas
e troca de conhecimentos. Os sujeitos se reúnem e mudanças sociais”.8:1 Trata-se da constituição
no processo de educação para investigar temas de organizações e comunidades responsáveis,
de interesse do próprio grupo. Representa uma mediante um processo no qual os indivíduos que
situação-problema de circunstâncias reais, que as compõem obtêm controle sobre suas vidas e
leva à reflexão da própria realidade, para, na participam democraticamente no cotidiano de
sequência, decodificá-la e reconhecê-la.14 É uma diferentes arranjos coletivos com competências
estratégia poderosa de comunicação horizontal, para criticar seu ambiente.
pois, o compartilhamento de experiências, com No entanto, empoderamento não deve signi-
uma linguagem comum e acessível a todos os ficar um conceito puramente instrumental, orien-
membros do grupo, certamente contribuirá para tado somente à obtenção de resultados eficientes,
a escolha da intervenção mais eficaz e efetiva.3 mas sim, como um instrumento capaz de constituir
O modelo tradicional de Educação em uma afirmação das possibilidades de realização
Saúde é bastante criticado por Freire, que o de- plena dos direitos das pessoas. Podemos utilizar o
nomina de educação bancária,6 considerada como empoderamento como uma forma para fomentar
um ato de depositar, transferir valores e conheci- a promoção da saúde, realizando uma educação
mentos.14 Vivencia-se o diálogo verticalizado, em em saúde com ações individuais e coletivas que
que o educando é um ser passivo, que é o oposto nos traga resultados eficazes, evidenciando esse
da proposta da pedagogia de Paulo Freire, que referencial como uma ferramenta que pode ser
assume um modelo dialógico, essencial para a utilizada para a promoção da saúde. Destacam-se
Educação em Saúde. dois tipos de empoderamento: o psicológico e o
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013 Jan-Mar; 22(1): 224-30.
- 228 - Salci MA, Maceno P, Rozza SG, Silva DMGV, Boehs AE, Heidemann ITSB
social/comunitário. O psicológico resgata poten- como uma habilidade pessoal.9 Destaca-se que
cialidades individuais para que a pessoa tenha o empoderamento, enquanto uma habilidade
maior controle sobre sua própria vida. O social é pessoal, contribui para responder aos desafios da
um processo que conduz a legitimação e dá voz a vida em sociedade e aos aspectos relacionados ao
grupos marginalizados e ao mesmo tempo remove processo saúde-doença.
barreiras que limitam a produção de uma vida O empoderamento individual traz uma
saudável para distintos grupos sociais.9 maior interação do indivíduo com sua saúde,
Para promover o empoderamento, tanto in- maior consciência para tomada de decisão sobre
dividual quanto coletivo, torna-se imprescindível quais cuidados necessita, como deseja ser cuidado
o desenvolvimento de um trabalho que perpassa e principalmente, autonomia para fazer escolhas
os substratos da educação em saúde, desvincula- que julgar mais importantes para sua vida, com
da de uma prática educacional impositiva, mas conhecimento e consciência das vantagens e
com sutis jogos de sedução, para que o indivíduo desvantagens, bem como as consequências que
possa adquirir as ferramentas necessárias para seu permeiam as escolhas.
empoderamento.9
Desta forma, para que a pessoa torne-se em- Cultura e educação em saúde
poderada, o modelo dialógico se torna apropriado
para que a educação em saúde seja o instrumento- Um conceito clássico de cultura apresenta-se
chave dessa proposta, a de converter a passividade como um conjunto dos traços que caracterizam to-
dos sujeitos em posição ativa e crítica, diante da dos os seres humano, sendo aquilo que singulariza
completude do saber científico.15 Esse modelo todos e cada um dos indivíduos como uma pessoa
favorece a construção coletiva e individual do diferente, com interesses, capacidades e emoções
conhecimento, possibilitando uma visão crítica particulares.17
e reflexiva da realidade, no qual o profissional Cultura ainda pode ser definida como um
da área da saúde, em especial o enfermeiro, tem conjunto de elementos que mediam e qualificam
um papel importante na co-responsabilização e qualquer atividade física ou mental, que não seja
capacitação para a construção do empoderamento determinada pela biologia, e que seja compartilha-
principalmente àqueles relacionados à saúde. da por diferentes membros de um grupo social.
Na assistência de enfermagem podemos Trata-se de elementos sobre os quais os atores
partir do pressuposto que a construção do conhe- sociais constroem significados para as ações e
cimento é feito numa parceria entre enfermeiros interações sociais concretas e temporais, assim
e indivíduos, podendo avançar para além do como sustentam as formas sociais vigentes, as
paradigma biologicista focado na doença, para instituições e seus modelos operativos. A cultura
construir um novo paradigma focado na busca inclui valores, símbolos, normas e práticas.10
de um ser humano saudável, promovendo a saú- O reconhecimento da cultura como parte do
de tanto individual como coletiva. Isso porque a cuidado em enfermagem é fundamental na aten-
mobilização articulada no cenário real da saúde ção à saúde e implica na compreensão de que os
de uma comunidade constitui uma arena com conhecimentos dos profissionais e das pessoas que
possibilidades de desconstruções e transformação buscam o cuidado integram diferentes subsistemas
da realidade do indivíduo.16 Assim, através do de saúde. Essa concepção parte da compreensão da
empoderamento, a promoção da saúde procura saúde como um sistema cultural, composto pelos
possibilitar aos indivíduos e coletividade, um subsistemas: profissional, familiar e popular.4-10
aprendizado que os torne capazes de viver a vida Em estudo realizado sobre os principais
em suas distintas etapas e de lidar com as limita- conceitos presentes na obra de Paulo Freire, o
ções impostas por eventuais enfermidades.9 conceito de cultura representa a somatória de
Vale ressaltar que o empoderamento in- toda a experiência, criações e recriações ligadas ao
dividual ocorre em um primeiro momento in- homem no seu espaço de hoje e na sua vivência de
ternamente, em que o indivíduo apropria-se de ontem, configurando-se como a real manifestação
informações relacionadas com sua condição atual, do homem sobre o mundo. Cultura, portanto, é
e em um segundo momento, torna-se capaz de terreno movediço das significações em perene
possuir conhecimentos que possam promover mudança. Apresenta-se como o novo vir-a-ser.18
mudanças pessoais e influenciar mudanças no No modelo atual de atenção à saúde, os
grupo, utilizando o empoderamento adquirido aspectos que delineiam a cultura das pessoas
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013 Jan-Mar; 22(1): 224-30.
Educação em saúde e suas perspectivas teóricas: algumas reflexões - 229 -
devem receber destaque. Assim, o profissional torna-se necessário uma postura crítico-reflexiva,
deve reconhecer a cultura dos indivíduos, bus- comprometida e voltada para o outro. Todos os
cando apreender sua visão do mundo de forma a momentos que envolvem interação com e entre as
reconhecer o contexto social e familiar, o que traz pessoas usuárias dos serviços de saúde, devem ser
argumentos para exercer uma educação em saúde considerados propícios para desenvolver ações de
focada na realidade, que compreende o mundo educação em saúde. Como exemplo, destacam-se:
vivido pelo indivíduo. consultas, procedimentos técnicos, ações da as-
A Estratégia de Saúde da Família, que se pro- sistência de enfermagem, ações coletivas como os
põe a desenvolver atenção à saúde no contexto em grupos, salas de espera e outras não tão formais,
que as pessoas vivem, constitui-se em um cenário mas onde existe possibilidade de estabelecer o
perfeito para que essas questões sejam efetivadas diálogo. Para que essas ações educativas sejam
na prática. Por ser este um modelo de assistência efetivas e relevantes, é necessário ainda, resgatar
que atua na área de abrangência da população os princípios da comunicação, informação, educa-
adstrita, requer dos enfermeiros o reconhecimento ção e escuta qualificada.
desta população e da especificidade cultural local, Essas ações correspondem à aplicabilida-
e assim, prestar uma assistência à saúde direciona- de prática das propostas dos campos de ação
da à realidade da comunidade, tendo em vista suas da Carta de Ottawa, que compreende a criação
necessidades e potencialidades para uma educação de ambientes saudáveis,o desenvolvimento de
em saúde, que consiga atingir os princípios da habilidades pessoais, a proposição de políticas
promoção em saúde.4 públicas saudáveis, o reforço da ação comunitária,
e a reorientação do sistema de saúde.
Destaca-se que a prática de muitos enfer-
meiros ainda encontra-se focada na doença e que Na construção de um contexto emancipatório
a educação em saúde, como um instrumento de surge a necessidade dos enfermeiros, visualizarem
promoção da saúde, vem sendo realizada com a novas formas de intervir na realidade de saúde,
utilização de abordagens educativas tradicionais, alicerçando sua prática profissional no respeito e
em que a cultura não é tomada como referência. confiança das potencialidades dos seres humanos,
Nesse sentido, é imprescindível desenvolver um com os quais interagem e pactuam parcerias nas
processo educativo que parta do reconhecimento ações de educação em saúde. O poder emanci-
dessa realidade cultural, possibilitando que elas patório envolve o conhecimento instrumental e
próprias construam um novo conhecimento. Isso comunicativo. Para que este movimento aconteça,
requer uma concepção pedagógica onde o diálogo todos os princípios da integralidade devem ser
e o respeito pelo outro seja o referencial de atuação atendidos e as pessoas empoderadas para sua
dos profissionais da saúde. efetiva realização no processo de cuidar de si.
Destaca-se, ainda, que a cultura deve ser con-
siderada pelos enfermeiros nos aspectos que com-
ALGUMAS REFLEXÕES preendem a assistência e a educação em saúde, isso
A educação em saúde é uma importante porque, essa temática reflete diretamente em como
ferramenta da promoção da saúde, envolvendo as pessoas vivem e se relacionam em sociedade.
os aspectos teóricos e filosóficos, os quais devem Diante da complexidade da temática Edu-
orientar a prática de todos os profissionais de saúde. cação em Saúde, mas com uma compreensão da
Para que desenvolvam um trabalho convergente amplitude que abrange todas as questões que a
aos princípios da promoção da saúde, tal como envolvem, é que o profissional irá desenvolver
proposto na Carta de Ottawa, há necessidade de ações emancipatórias de promoção da saúde que
colocar ênfase no desenvolvimento das habilidades ultrapasse o modelo biomédico e atue de forma
pessoais e sociais, através da educação em saúde, participativa para que a pessoa obtenha conheci-
desenvolvida de maneira dialógica e libertadora. mento necessário para tomar decisões conscientes
Diante das relações teóricas entre educação no seu processo saúde-doença e de viver saudável.
em saúde, promoção da saúde, empoderamento Fato que compreenderia uma “nova pers-
e cultura, e do entendimento do papel dos en- pectiva de promoção da saúde”, que visa alcançar
fermeiros frente as suas ações de educação em um “novo processo de saúde-doença”, para que as
saúde para a promoção da saúde, faz-se necessário pessoas saudáveis possam cuidar melhor de sua
que se apropriem da compreensão teórica que saúde, inserindo mais práticas saudáveis em seu
envolve essas temáticas. A partir desse ponto, dia-dia. Esta reflexão busca o rompimento do pa-
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013 Jan-Mar; 22(1): 224-30.
- 230 - Salci MA, Maceno P, Rozza SG, Silva DMGV, Boehs AE, Heidemann ITSB
radigma biomédico e busca um cuidar das pessoas 8. Perkins DD, Zimmerman MA. Empowerment meets
saudáveis em seu processo de viver. narrative: listening tostories and creating settings.
Am J Community Psychol. 1995 Oct; 23(5):569-79.
Para tanto, a partir desse arcabouço teórico
apresentado, podem-se refletir possibilidades 9. Carvalho SR, Gastaldo D. Promoção à saúde
e empoderamento: uma reflexão a partir das
de ampliação de maneiras de cuidar e de atuar,
perspectivas crítico-social e pós-estruturalista. Ciênc
embasadas na premissa de que todas as ações
Saúde Coletiva. 2008; 13(Sup 2):2029-40.
de saúde devem ser consideradas favoráveis a
10. Langdon EJ, Wiik FB. Antropologia, saúde e doença:
essas condições, haja vista a disponibilidade dos
uma introdução ao conceito de cultura aplicado às
enfermeiros, caracterizados como atores sociais
ciências da saúde. Rev Latino-am Enferm. 2010 Mai-
responsáveis pelos acontecimentos dos fatos no Jun; 18(3):459-66.
cenário, ou seja, no contexto da saúde.
11. E r i k s s o n M , L i n d s t r ö m B . A s a l u t o g e n i c
interpretation of the Ottawa Charter. Health Promot
REFERÊNCIAS Int. 2008 Jun; 23(2):190-9. Epub 2008 Mar 20.
1. Ministério da Saúde (BR). Temático promoção da 12. Lefevre F, Lefevre AMC. Saúde como negação da
saúde IV. Brasília (DF): Organização Pan-Americana negação: uma perspectiva dialética. Physis Rev
da Saúde; 2009. Saúde Coletiva. 2007 Jan-Abr;17(1):15-28.
2. Candeias NMF. Conceitos de educação e de 13. Ministério da Saúde (BR). Anexo 1: Política Nacional
promoção em saúde: mudanças individuais e de Promoção da Saúde [online]. 2006. [acesso 2010
mudanças organizacionais. Rev Saúde Pública. 1997 Set 06]. Disponível em: http://portal.saude.gov.
Abr; 31(2):209-13. br/portal/arquivos/pdf/PNPS2.pdf
3. Buss PM. Promoção e educação em saúde no 14. Freire P. Pedagogia do oprimido. 17a ed. Rio de
âmbito da escola de governo em saúde da Escola Janeiro (RJ): Paz e Terra; 1987.
Nacional de Saúde Pública. Cad Saúde Pública. 1999; 15. Alvim NAT, Ferreira MA. Perspectiva problema-
15(Supl.2):177-85. tizadora da educação popular em saúde e a en-
4. Boehs AE, Monticelli M, Wosny AM, Heidemann fermagem. Texto Contexto Enferm. 2007 Abr-Jun;
ITSB, Grisotti M. A interface necessária entre 16(2):315-9.
enfermagem, educação e saúde e o conceito de 16. Santos MCM, Almeida SMO, Abrão FMS, Monteiro
cultura. Texto Contexto Enferm. 2007 Abr-Jun; EMLM. Educação popular em saúde: um exercício
16(2):307-14. de cidadania e valorização da cultura nordestina.
5. World Health Organization. The Ottawa charter ABEN/Anais eventos/SENABS [online]. 2009
for health promotion. Ottawa Canadá: WHO; 1986. [acesso 2011 Jun 16]. Disponível em: http://www.
6. Figueiredo MFS, Rodrigues JFN, Leite MTS. abeneventos.com.br/SENABS/cd_anais/pdf/
Modelos aplicados às atividades de educação em id151r0.pdf
saúde. Rev Bras Enferm. 2009 Jan-Fev; 63(1):117-21. 17. Matta RD. Você tem cultura?. Jornal Embratel
7. Heidemann ITSB. Possibilidades e limites para [online]. 2009 [acesso 2011 Mai 11]; Disponível em:
implantação da política de promoção da saúde na http://naui.ufsc.br/files/2010/09/DAMATTA_
atenção básica: investigação de questões problemas. voce_tem_cultura.pdf
Edital MCT/CNPq no 014/2010, Universal, Faixa A. 18. Vasconcelos MLMC, Brito RHPB. Conceitos de
Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa educação em Paulo Freire. São Paulo (SP): Vozes;
Catarina; 2010. 2006.