Aço - Método Dos Estados Limites

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Estruturas de aço

Método dos estados limites

Professor: Edson Teixeira de Araújo, M.Sc.


Curso: Engenharia Civil

Duque de Caxias, 2016


Projeto estrutural
Os objetivos de um projeto estrutural são:
a) Garantia de segurança estrutural evitando-se o colapso da estrutura.
b) Garantia de bom desempenho da estrutura evitando-se a ocorrência de
grandes deslocamentos, vibrações, danos locais.
As etapas de um projeto estrutural podem ser reunidas em três fases:
a) Anteprojeto ou projeto básico, quando são definidos o sistema estrutural,
os materiais a serem utilizados, o sistema construtivo.
b) Dimensionamento ou cálculo estrutural, fase na qual são definidas as
dimensões dos elementos da estrutura e suas ligações de maneira a garantir
a segurança e o bom desempenho da estrutura.
c) Detalhamento, quando são elaborados os desenhos executivos da
estrutura contendo as especificações de todos os seus componentes.
Projeto estrutural
Nas fases de dimensionamento e detalhamento, utiliza-se, além dos
conhecimentos de análise estrutural e resistência dos materiais, grande
número de regras e recomendações referentes a:
a) critérios de garantia de segurança;
b) padrões de testes para caracterização dos materiais e limites dos
valores de características mecânicas;
c) definição de níveis de carga que representem a situação mais
desfavorável;
d) limites de tolerâncias para imperfeições na execução;
e) regras construtivas etc
Normas
Os conjuntos de regras e especificações, para cada tipo de estrutura, são reunidos em
documentos oficiais, denominados normas, que estabelecem bases comuns, utilizadas por
todos os engenheiros na elaboração dos projetos. No que diz respeito aos critérios para
garantia de segurança da estrutura, as normas para projeto de estruturas metálicas
utilizavam, até meados da década de 1980, o Método das Tensões Admissíveis, quando
passaram gradativamente a adotar o Método dos Coeficientes Parciais, denominado no
Brasil de Método dos Estados Limites. Na literatura norte-americana este método é
conhecido pela sigla LRFD - Load and Resistance Factor Design, que significa projeto com
fatores aplicados às cargas e às resistências. As normas e recomendações aplicadas a
edificações - brasileira, NBR 8800: 2008; canadense, CAN/CSA 5 1 6-0 1; europeia,
EUROCODE3 - atualmente em vigor, baseiam-se no Método dos Estados Limites. As
normas norte-americanas AISC (American Institute of Steel Construction) mantiveram
paralelamente em vigor o método das tensões admissíveis (ASD – Allowable Stress Design )
e o método LRFD através de dois documentos independentes. Em 2005 foi publicada a
versão integrada da norma contendo os dois métodos em um único documento,
ANSI/AISC 360-05. A norma brasileira NBR 8800 (2008) é essencialmente baseada na
americana AISC-LRFD (2005).
Definições
1. estados limites de uma estrutura: Estados a partir dos quais a estrutura
apresenta desempenho inadequado às finalidades da construção.
2. estados limites últimos: Estados que, pela sua simples ocorrência,
determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção.
3. estados limites de serviço: Estados que, por sua ocorrência, repetição ou
duração, causam efeitos estruturais que não respeitam as condições
especificadas para o uso normal da construção, ou que são indícios de
comprometimento da durabilidade da estrutura.
4. ações: Causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas. Do
ponto de vista prático, as forças e as deformações impostas pelas ações são
consideradas como se fossem as próprias ações. As deformações impostas
são por vezes designadas por ações indiretas e as forças, por ações diretas.
Definições
5. ações permanentes: Ações que ocorrem com valores constantes ou de
pequena variação em torno de sua média, durante praticamente toda a
vida da construção. A variabilidade das ações permanentes é medida num
conjunto de construções análogas.
6. ações variáveis: Ações que ocorrem com valores que apresentam
variações significativas em torno de sua média, durante a vida da
construção.
7. ações excepcionais: Ações excepcionais são as que têm duração
extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a
vida da construção, mas que devem ser consideradas nos projetos de
determinadas estruturas.
8. cargas acidentais: Cargas acidentais são as ações variáveis que atuam nas
construções em função de seu uso (pessoas, mobiliário, veículos, materiais
diversos etc.).
Estados limites
Os estados limites podem ser estados limites últimos ou estados limites de
serviço. Os estados limites considerados nos projetos de estruturas dependem
dos tipos de materiais de construção empregados e devem ser especificados
pelas normas referentes ao projeto de estruturas com eles construídas.
Estados limites últimos
No projeto, usualmente devem ser considerados os estados limites últimos
caracterizados por:
a) perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como um corpo
rígido;
b) ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;
c) transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático;
d) instabilidade por deformação;
e) instabilidade dinâmica.
Estados limites

Estados limites de serviço


No período de vida da estrutura, usualmente são considerados estados
limites de serviço caracterizados por:
a) danos ligeiros ou localizados, que comprometam o aspecto estético
da construção ou a durabilidade da estrutura;
b) deformações excessivas que afetem a utilização normal da
construção ou seu aspecto estético;
c) vibração excessiva ou desconfortável.
Estados limites
Os estados limites de serviço decorrem de ações cujas combinações
podem ter três diferentes ordens de grandeza de permanência na
estrutura:
a) combinações quase permanentes: combinações que podem atuar
durante grande parte do período de vida da estrutura, da ordem
da metade deste período;
b) combinações frequentes: combinações que se repetem muitas
vezes durante o período de vida da estrutura, da ordem de 105
vezes em 50 anos, ou que tenham duração total igual a uma parte
não desprezível desse período, da ordem de 5%;
c) combinações raras: combinações que podem atuar no máximo
algumas horas durante o período de vida da estrutura.
Classificação das ações

Para o estabelecimento das regras de combinação das ações, estas


são classificadas segundo sua variabilidade no tempo em três
categorias:
a) ações permanentes;
b) ações variáveis;
c) ações excepcionais.
Ações permanentes

Consideram-se como ações permanentes:


a) ações permanentes diretas: os pesos próprios dos elementos da
construção, incluindo-se o peso próprio da estrutura e de todos os
elementos construtivos permanentes, os pesos dos equipamentos
fixos e os empuxos devidos ao peso próprio de terras não
removíveis e de outras ações permanentes sobre elas aplicadas;
b) ações permanentes indiretas: a protensão, os recalques de apoio
e a retração dos materiais.
Ações variáveis
Consideram-se como ações variáveis as cargas acidentais das construções, bem
como efeitos, tais como forças de frenação, de impacto e centrífugas, os efeitos
do vento, das variações de temperatura, do atrito nos aparelhos de apoio e, em
geral, as pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas. Em função de sua
probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, as ações variáveis são
classificadas em normais ou especiais:
a) ações variáveis normais: ações variáveis com probabilidade de ocorrência
suficientemente grande para que sejam obrigatoriamente consideradas no
projeto das estruturas de um dado tipo de construção;
b) ações variáveis especiais: nas estruturas em que devam ser consideradas
certas ações especiais, como ações sísmicas ou cargas acidentais de natureza ou
de intensidade especiais, elas também devem ser admitidas como ações
variáveis. As combinações de ações em que comparecem ações especiais devem
ser especificamente definidas para as situações especiais consideradas.
Ações excepcionais

Consideram-se como excepcionais as ações decorrentes de causas tais


como explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes ou sismos
excepcionais. Os incêndios, ao invés de serem tratados como causa de
ações excepcionais, também podem ser levados em conta por meio de
uma redução da resistência dos materiais constitutivos da estrutura.
Ações tipo de carregamento
Um tipo de carregamento é especificado pelo conjunto das ações que têm
probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente sobre uma estrutura,
durante um período de tempo preestabelecido. Em cada tipo de carregamento as
ações devem ser combinadas de diferentes maneiras, a fim de que possam ser
determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura. Devem ser
estabelecidas tantas combinações de ações quantas forem necessárias para que a
segurança seja verificada em relação a todos os possíveis estados limites da
estrutura. A verificação da segurança em relação aos estados limites últimos é
feita em função das combinações últimas de ações. A verificação da segurança em
relação aos estados limites de serviço é feita em função das combinações de
serviço.
Ações tipo de carregamento
Tipos de carregamento
Durante o período de vida da construção, podem ocorrer os seguintes tipos de
carregamento: carregamento normal, carregamento especial e carregamento
excepcional. Além destes, em casos particulares, também pode ser necessária a
consideração do carregamento de construção. Os tipos de carregamento podem
ser de longa duração ou transitórios, conforme seu tempo de duração.

Carregamento normal
O carregamento normal decorre do uso previsto para construção. Admite-se que
o carregamento normal possa ter duração igual ao período de referência da
estrutura, e sempre deve ser considerado na verificação da segurança, tanto em
relação a estados limites últimos quanto em relação a estados limites de serviço.
Ações tipo de carregamento
Carregamento especial
Um carregamento especial decorre da atuação de ações variáveis de
natureza ou intensidade especiais, cujos efeitos superam em
intensidade os efeitos produzidos pelas ações consideradas no
carregamento normal. Os carregamentos especiais são transitórios, com
duração muito pequena em relação ao período de referência da
estrutura.
Os carregamentos especiais são em geral considerados apenas na
verificação da segurança em relação aos estados limites últimos, não se
observando as exigências referentes aos estados limites de utilização. A
cada carregamento especial corresponde uma única combinação última
especial de ações. Em casos particulares, pode ser necessário considerar
o carregamento especial na verificação da segurança em relação aos
estados limites de serviço.
Ações tipo de carregamento
Carregamento excepcional

Um carregamento excepcional decorre da atuação de ações excepcionais


que podem provocar efeitos catastróficos.
Os carregamentos excepcionais somente devem ser considerados no
projeto de estrutura de determinados tipos de construção, para os quais a
ocorrência de ações excepcionais não possa ser desprezada e que, além
disso, na concepção estrutural, não possam ser tomadas medidas que
anulem ou atenuem a gravidade das consequencias dos efeitos dessas
ações. O carregamento excepcional é transitório, com duração
extremamente curta. Com um carregamento do tipo excepcional,
considera-se apenas a verificação da segurança em relação a estados
limites últimos, através de uma única combinação última excepcional de
ações.
Ações tipo de carregamento
Carregamento de construção

O carregamento de construção é considerado apenas nas estruturas


em que haja risco de ocorrência de estados limites, já durante a fase
de construção. O carregamento de construção é transitório e sua
duração deve ser definida em cada caso particular. Devem ser
consideradas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias
para verificação das condições de segurança em relação a todos os
estados limites que são de se temer durante a fase de construção.
Critérios para combinações últimas

Devem ser considerados os seguintes critérios:

a) ações permanentes devem figurar em todas as combinações de


ações;
b) ações variáveis nas combinações últimas normais: em cada
combinação última, uma das ações variáveis é considerada como a
principal, admitindo-se que ela atue com seu valor característico Fk ; as
demais ações variáveis são consideradas como secundárias, admitindo-
se que elas atuem com seus valores reduzidos de combinação ψ0 Fk;
Critérios para combinações últimas

c) ações variáveis nas combinações últimas especiais: nas combinações últimas


especiais, quando existirem, a ação variável especial deve ser considerada com
seu valor representativo e as demais ações variáveis devem ser consideradas com
valores correspondentes a uma probabilidade não desprezível de atuação
simultânea com a ação variável especial;
d) ações variáveis nas combinações últimas excepcionais: nas combinações
últimas excepcionais, quando existirem, a ação excepcional deve ser considerada
com seu valor representativo e as demais ações variáveis devem ser consideradas
com valores correspondentes a uma grande probabilidade de atuação simultânea
com a ação variável excepcional.
Método dos estados limites
A garantia de segurança no método dos estados limites é traduzida
pela equação de conformidade, para cada seção da estrutura:
Sd = S(Σγfi.Fi) < Rd = R(fk/γm)
onde a solicitação de projeto Sd (o índice d provém da palavra inglesa
design) é menor que a resistência de projeto Rd. A solicitação de projeto (ou
solicitação de cálculo) é obtida a partir de uma combinação de ações Fi cada
uma majorada pelo coeficiente γfi enquanto a resistência de projeto é
função da resistência característica do material fk, minorada pelo
coeficiente γm.
Método dos estados limites

Os coeficientes , de majoração das cargas (ou ações), e de redução da


resistência interna, refletem as variabilidades dos valores característicos dos
diversos carregamentos e das propriedades mecânicas do material e outros
fatores como discrepâncias entre o modelo estrutural e o sistema real.
Trata-se de um método que considera as incertezas de forma mais racional
do que o método das tensões admissíveis, além de considerar as reservas de
resistência após o início da plastificação.
Combinação de solicitações
A norma brasileira NBR 8800 adotou uma formulação compatível com as
normas nacionais e internacionais de segurança das estruturas.
A Norma Brasileira NBR 8681 da ABNT - Ações e Segurança nas
Estruturas – fixa os critérios de segurança das estruturas e de
quantificação das ações e das resistências a serem adotados nos projetos
de estruturas constituídas de quaisquer dos materiais usuais na
construção civil.
Combinação de solicitações
As solicitações de projeto (Sd) podem ser representadas como
combinações de solicitações S devidas às ações Fik pela expressão:

Sd = Σγf3.S[(γf1. γf2.Fik)]

γf1 = coeficiente ligado à dispersão das ações; transforma os valores


característicos das ações (Fk) correspondentes à probabilidade de 5% de
ultrapassagem em valores extremos de menor probabilidade de
ocorrência; ) γf1 tem um valor da ordem de 1,15 para cargas permanentes
1,30 para cargas variáveis.
γf2 = coeficiente de combinação de ações.
γf3 = coeficiente relacionado com tolerância de execução, aproximações
de projeto, diferenças entre esquemas de cálculo e o sistema real etc. γf3
tem um valor numérico da ordem de 1,15.
Combinação de solicitações
Definem-se os seguintes tipos de combinações de ações para verificações
nos estados limites últimos:
 Combinação normal: combinação que inclui todas as ações decorrentes
do uso previsto da estrutura.
 Combinação de construção: combinação que considera ações que
podem promover algum estado limite último na fase de construção da
estrutura.
 Combinação especial: combinação que inclui ações variáveis especiais,
cujos efeitos têm magnitude maior que os efeitos das ações de uma
combinação normal.
 Combinação excepcional: combinação que inclui ações excepcionais, as
quais podem produzir efeitos catastróficos, tais como explosões.
choques de veículos, incêndios e sismos.
Combinação de solicitações

Para as combinações de ações, a Equação Sd = Σγf3.S[(γf1. γf2.Fik)] pode


ser simplificada, fazendo γf1. γf2 = γf e afetando cada ação variável
secundária de um fator de combinação ψ0, equivalente ao coeficiente
γf2.
As combinações normais de ações para estados limites últimos
são escritas em função dos valores característicos das ações permanentes
G e variáveis Q:
Fd = Σγgi.Gi + γqi.Qi + Σγqj. Ψ0j.Qj
Combinação de solicitações
Qi = é a ação variável de base (ou principal) para a combinação estudada;
Qj = representa as ações variáveis que atuam simultaneamente a Qi e que
têm efeito desfavorável;
γg e γq = são coeficientes de segurança parciais aplicados às cargas;
Ψ0j = é o fator de combinação que reduz as ações variáveis para
considerar a baixa probabilidade de ocorrência simultânea de ações de
distintas naturezas com seus valores característicos.
As combinações últimas de construção e especiais são também
escritas como na Equação Fd = Σγgi.Gi + γqi.Qi + Σγqj. Ψ0j.Qj
Nestes casos, o fator Ψ0 pode ser substituído por Ψ2 quando a ação
dominante tiver tempo de duração muito curto. Os valores dos
coeficientes de segurança parciais γf (γg, γq, etc.) podem ser obtidos na
tabela que se segue, idem os valores do fator de combinação Ψ0.
Coeficientes de segurança parciais γf
Fatores de combinação ψ0 e de redução ψ1 e ψ2
Esforço resistente

Denominam-se esforços resistentes, em uma dada seção de estrutura,


as resultantes das tensões internas, na seção considerada. Os esforços
internos (esforço normal, momento fletor etc.) resistentes denominam-
se resistência última Ru e são calculados, em geral, a partir de
expressões derivadas de modelos semianalíticos em função de uma
tensão resistente característica (por exemplo, fyk). Define-se a tensão
resistente característica como o valor abaixo do qual situam-se apenas
5% dos resultados experimentais de tensão resistente.
Esforço resistente
A resistência de projeto Rd é igual à resistência última dividida pelo
coeficiente parcial de segurança γm :
Rd = Ru.fi/γm
onde γm = γ1 x γ2 x γ3
Sendo:
 γ1 o coeficiente que considera a variabilidade da tensão resistente,
transformando o seu valor característico em um valor extremo com
menor probabilidade de ocorrência;
 γ2 o coeficiente que considera as diferenças entre a tensão resistente
obtida em ensaios padronizados de laboratório e a tensão resistente
do material na estrutura;
 γ3 o coeficiente que leva em conta as incertezas.
Coeficientes de segurança parciais γm
Estados limite de utilização
No dimensionamento dos estados limites é necessário verificar o
comportamento da estrutura sob ação das cargas em serviço, o que se
faz com os estados limites de utilização, que correspondem à capacidade
da estrutura de desempenhar satisfatoriamente as funções a que de
destina.
Deseja-se evitar, por exemplo, a sensação de insegurança dos usuários
de uma obra na presença de deslocamentos ou vibrações excessivas; ou
ainda prejuízos a componentes não-estruturais, como alvenarias e
esquadrias.
Para os estados limites de utilização (ou de serviço) definem-se três
valores representativos das ações variáveis Q em função do tempo de
duração das ações e de sua probabilidade de ocorrência:
Estados limite de utilização

Valor raro (característico): Q


Valor frequente: ψ1.Q
Valor quase-permanente: ψ2.Q

sendo os coeficientes ψ1 e ψ2 (ψ2 < ψ1) , tabelados e informados


anteriormente. As combinações de ações nos estados limites de
utilização são efetuadas considerando a ação variável dominante com
um dos valores representativos mencionados anteriormente, combinada
com as ações permanentes G; e as outras ações variáveis Qj.
Estados limite de utilização

Resultam os seguintes tipos de combinação:

1. Combinação quase permanente:


F = ΣGi + ψ2Qi + Σψ2jQj
2. Combinação frequente:
F = ΣGi + ψ1Q1 + Σψ2jQj
3. Combinação rara:
F = ΣGi + Q1 + Σψ1jQj
Estados limite de utilização
As combinações de ações assim definidas são utilizadas para verificação dos
estados limites de serviço conforme o rigor com que se deseja aplicar os
valores limites dos efeitos verificados. Por exemplo, um valor limite de
deslocamento vertical em viga é aplicado ao deslocamento resultante de uma
combinação quase-permanente de ações para evitar a ocorrência de
deslocamentos excessivos na viga. Se, por outro lado. a viga suportar
elementos frágeis, sujeitos à fissuração, tais como paredes divisórias, então
deve-se ter maior rigor na verificação e restringir o deslocamento resultante
de uma combinação rara de ações em serviço. Cabe ao projetista a seleção
das combinações de ações de serviço a serem utilizadas conforme a
destinação prevista para a estrutura e as propriedades dos equipamentos e
dos materiais dos elementos acessórios instalados na estrutura.
Estados limite de utilização
Na tabela do slide seguinte encontram-se alguns valores de deslocamentos
máximos recomendados pela NBR 8 800. em função do tipo de elemento
estrutural e das ações consideradas. Além do estado limite de deformação
elástica. deve também ser verificado o estado limite de vibração excessiva. As
cargas móveis e o vento podem produzir vibrações nas estruturas e causar
desconforto aos usuários . Em geral essas verificações devem ser realizadas
por meio de análise dinâmica da estrutura considerando uma modelagem
adequada para as ações.
Deslocamentos máximos para o estado limite de serviço

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