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Políticas Públicas e

Atenção à saúde da
criança e do adolescente
SUS Sistema Único de Saúde

Criado em 1988 por meio da Constituição Federal,


artigo de número 196, da Lei n° 8.080/1990.

No qual ficou estipulado que ações de saúde seria direito de todo


cidadão brasileiro e dever do Estado, ficando assim o Estado
seria responsável por questões de saúde. Fazendo com que os
serviços de saúde fossem integral, universal e gratuito. É
considerado o maior e um dos melhores sistemas de saúde
pública do mundo. Servindo como base em outros países.
Existem várias políticas de saúde no SUS, e o exemplo de uma
delas, pode-se destacar as Políticas Públicas de Atenção à saúde
da criança e do adolescente.
Primeiras iniciativas

Progama Saúde Materno-Infantil


As primeiras iniciativas, mais sistematizadas, de
programas direcionados à criança ocorreram no final dos
anos 60 quando foi criado o Programa de Saúde Materno-
Infantil (PSMI), pela Divisão de Saúde Materno-Infantil
(Dinsami), da Secretaria Nacional de Programas Especiais
de Saúde (SNPES), do Ministério da Saúde (MS) e
implementado pelas Secretarias de Saúde (COSTA, 1999).

Programa Nacional de Imunização


Assim como a criação do Programa Nacional de
Imunizações (PNI), destacado pela imunização e controle
de doenças de afligiam diretamente as crianças, como o
sarampo, causa de diversas mortes durante décadas.
Programa de Assistência
Integral à Saúde da Criança
Já no ano de 1984 foi criado o Programa
de Assistência Integral à Saúde da
Criança (Paisc), com o foco em crianças
em grupos de risco, além de incentivar a
1984
promoção a saúde de forma integral.

Projeto de Redução da
Mortalidade Infantil
Porém, nessa época, apesar de todos os esforços a taxa de mortalidade
infantil permanecia alta, então sendo criado , o Projeto de Redução da
Mortalidade Infantil (PRMI) que tinha como objetivo a intensificação
dos diversos programas governamentais, sendo incorporado nessa época
a estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância
(Aidpi) que tinha o foco de dar atenção integral a doenças prevalência
infantil com ações curativas e também medidas de prevenção de
doenças, usando os dados epidemiológicos de cada lugar e e atendendo a
necessidade de cada um com equidade.

Cura e prevenção de doenças


Estatudo da
Criança e do 1990
Adolescente
Foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assim
colocando em pauta os direitos humanos das crianças, desde
então a taxa de mortalidade infantil e a mortalidade da infância
diminuiu gradativamente ao longo dos anos com uma redução de
77%, uma das maiores do mundo. Porém, nos dias de hoje, são
enfrentados novos problemas, como o surgimento de novas
doenças e o reaparecimento de doenças até então sob controle, e
também a violência urbana e obesidade infantil.

-77% taxa de mortalidade da infância

E nos anos 90 a criação do o


Programa de Programa de Saúde da Família
(PSF) permitindo maior acesso a
Saúde da saúde e a atenção básica da
Família população, principalmente da
natalidade e primeiros anos.
Desigualdade 2000
A partir do ano 2000 foram intensificadas algumas ações para a saúde da criança
que tinha por meta a redução de desigualdades nos campos de educação, igualdade
de gênero, meio ambiente, renda e saúde. O quarto objetivo do milênio que previa
a redução em dois terços da mortalidade de crianças menores de 5 anos (ano de
referência – 1990), foi alcançado pelo Brasil já em 2012 com três anos de
antecedência e com uma das maiores reduções do mundo.

Redução de ⅔ da mortalidade de crianças menores de 5 anos

No contexto atual do país, a grande desigualdade social coloca a


vida de muitas crianças em risco, deixando-as expostas, sem
saneamento básico, alimentação necessária e até mesmo estudo, a
educação de mães é um fator para a sobrevivência infantil quando
muitas não tiveram oportunidade de concluir o ensino fundamental e
não possuem orientações para a saúde da criança.

Desinformação materna, quanto a saúde da criança


Aleitamento materno
Além disso, o Brasil também tem o foco no aleitamento materno, tendo a
criação do Banco de leite humano (BLH) e seus postos de coleta. E a
criação da a Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno
e Alimentação Complementar Saudável do SUS desde o ano de 2013,
buscando promover a amamentação até os 2 anos de idade, sendo exclusiva
até os 6 meses e a alimentação complementar saudável.

Programa de Humanização no
Pré-Natal e Nascimento
Considerando as necessidades da
mulher e da criança, se viu necessário a
criação do Programa de Humanização
no Pré-Natal e Nascimento (PHPN)
que visa o acolhimento humanizado do
pré-natal, parto e pós-parto e o cuidado
integral com a criança, visando também
a diminuição da mortalidade materna e
neonatal. O Brasil ainda enfrenta o
desafio da mortalidade neonatal,
apesar de decair gradativamente ao
longo dos anos, diminui em velocidade
reduzida se comparada com a taxa de
mortalidade infantil.
Violência
Outro desafio enfrentado é o da violência
que se viu necessário a organização e
orientação de profissionais para atender
as crianças vítimas de violência doméstica
e também de violência urbana, visando o
acolhimento, atendimento e a notificação
as redes necessárias, como o conselho
tutelar e assistência social.

Rede Cegonha
Em 2011, foi criada a Rede de Atenção à

2011
Saúde da Mulher e da Criança, denominada
Rede Cegonha (Portaria n.º 1.459, de 24 de
junho de 2011), com o objetivo de assegurar
às mulheres o direito ao planejamento
reprodutivo e à atenção humanizada à
gravidez, ao parto e puerpério e às crianças
o direito ao nascimento seguro, além da
reorganização da assistência obstétrica
proporcionando ambiência adequada e apoio
assistencial multiprofissional com o intuito
de favorecer a fisiologia do parto e
nascimento e incentivo ao parto normal.
Taxas de mortalidade infantil
Taxas de mortalidade neonatal
Número de óbitos na idade de 0 a 27 dias por 1.000 nascidos vivos

Região Região Região Região Região


ANO
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

2000 21,2 21,3 13,7 10,8 15,1

2001 21,0 20,4 13,1 10,7 15,0

2002 18,8 19,3 12,8 10,5 14,2

2003 18,8 18,0 12,0 10,1 14,0

2004 17,8 18,0 11,5 9,9 13,2

2005 17,2 16,9 11,1 9,6 12,9

2006 17,6 16,6 10,4 9,2 12,5

2007 16,6 16,0 10,1 8,7 12,0

2008 15,2 15,0 9,9 8,7 11,5

2009 14,9 14,0 9,6 8,2 11,0

2010 14,0 13,6 9,2 8,1 11,0

2011 13,5 12,7 8,9 7,8 10,9

Fontes:
MS/SVS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC
MS/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
CONCLUSÃO
AVANÇOS
A atenção à saúde da criança no A política pública voltada para a saúde do
Brasil passou por um extenso adoslecente consiste em ações de
processo de evolução e promoção, proteção e recuperação da
qualificação no âmbito das saúde, etária, bem como melhorar a
políticas públicas, o que resultou vigilância à saúde e a qualidade de vida
em avanços na redução da desse grupo, considerando as suas
mortalidade infantile da especificidades quanto a crescimento e
desnutrição e na ampliação da desenvolvimento, saúde sexual e
cobertura vacinal. reprodutiva e redução da mortalidade por
violência e acidentes.

Desafios futuros
Obesidade, uso abusivo de drogas; enfermidades e deficiências
dentárias e vulnerabilidade social; hábitos alimentares que conduzem
a sobrepeso e desnutrição, dentre outros.

Incentivo para a população


Para esta tarefa exige-se o fortalecimento de ações de promoção da saúde,
prevenção de doenças e agravos, atenção humanizada e trabalho em rede,
planejamentos de saúde, de forma a apoiar e incentivar a inserção da
população a saúde do adolescente e da criança em atendimento
socioeducativo nos programas e políticas da saúde promovidos pelas
regionais e municípios. O propósito deve ser resgatar o direito à saúde desses
adolescentes e inseri-los em seu lugar de cidadãos, com maiores
possibilidades de mudanças positivas em suas trajetórias de vida.
Finalização
É uma importante estratégia para a redução da mortalidade infantil
e fetal, que possibilita a adoção de medidas para a prevenção de
óbitos evitáveis pelos serviços de saúde.

Estratégia

Promoção da saúde

Prevenção de agravos

Para tanto, é competência da rede A promoção da saúde integralda


de Atenção Básica, especialmente criança e o desenvolvimento das
da Estratégia Saúde da Família, ações de prevenção de agravos e
ampliar o acesso de adolescentes e assistência têm como objetivos,
disponibilizar a Caderneta de além da reduçãoda mortalidade
saúde de adolescentes, a qual infantil, prover qualidade de vida
constitui-se em instrumento de para a criança, ou seja, que esta
apoio para a saúde das crianças e possa crescere desenvolver todo
dos adolescentes. o seu potencial.
Bibliografia

Ministério de Saúde, Política Nacional de Atenção Integral à


Saúde da Criança. 1ª Edição. Fiocruz, 2018

Sanarmed, História do SUS: Da colônia até os dias atuais. 1º


edição. Sanarmed, 2021.

Ministério da Saúde, Saúde da criança: Materiais informativos.


1º Edição. Gov.br

BENEVIDES, Jamille; DANIEL, Rosangela; BERWIG,


Solange Emilene, Políticas Públicas e estatuto da criança e do
adolescente: materialização dos direitos das crianças e
adolescente. 1º edição. Unipampa, 2014.

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