Psicologia de Desenvolvimento
Psicologia de Desenvolvimento
Psicologia de Desenvolvimento
Ano de Frequência: 2°
Turma: X
Tutor:
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 1
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1. Introdução
Com esta citação acima referida, nesta parte introdutória do trabalho posso ainda
relatar que a relevância da psicologia do desenvolvimento no ambiente escolar ou seja na
inclusão na sala de aula é caracterizada por um serviço preventivo e terapêutico. Quando se
trata de inclusão na sala de aula de pessoas com deficiência, ele tem um papel crucial na
preparação dos profissionais envolvidos, apoio familiar e suporte a comunidade discente.
Por tanto, ainda na mesma linhagem acima referida, posso informar nesta introdução
que actualmente, muitos autores têm dedicado seus estudos a delimitar a actuação da
relevância da psicologia do desenvolvimento no ambiente escolar ou seja na inclusão na sala
de aula, o que tem gerado muitas discussões e debates ao longo da história. Mas, nada se
concluiu até o momento, visto que isso envolve questões sociais, políticas, ideológicas e
educacionais.
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1.1.Objectivos do Trabalho
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2. Revisão de Literatura
2.1.A Relevância da Psicologia do Desenvolvimento e Inclusão na Sala de Aula
2.1.1. Psicologia do Desenvolvimento - Contextualizações
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adulta e do envelhecimento. A psicologia do desenvolvimento, portanto, pode ser definida
como: o estudo e a pesquisa de como variáveis internas e externas aos indivíduos têm
implicações e acarretam mudanças em seu desenvolvimento ao longo da vida (Biaggio,
1978). No desenvolvimento dos indivíduos, há mudanças que reflectem em adaptações
internas e externas a um mundo em constante transformação (Papalia & Olds, 2000). As
variáveis internas são aquelas relacionadas à maturação do indivíduo, as bases genéticas do
seu desenvolvimento. As variáveis externas estão relacionadas ao meio (social e histórico) no
qual o indivíduo se desenvolve (Mota, 2005). Em relação à primeira definição de psicologia
do desenvolvimento, pode-se destacar aqui o reconhecimento de que as mudanças e
continuidades no desenvolvimento apresentam características internas e externas.
Cabe lembrar que tempo não é em si uma variável psicológica. Os eventos que
ocorrem em um determinado segmento de tempo promovem mudanças comportamentais. Por
tal razão, não é adequado dizer que a essência da Psicologia do Desenvolvimento é o estudo
das mudanças que ocorrem em função da idade cronológica. Assim, pontua-se o interesse da
Psicologia do Desenvolvimento como sendo as mudanças de comportamento em função dos
processos intraindividuais e ambientais (Biaggio, 2003).
Os dados estão colectados seguindo padrões rígidos da ciência, e agora, o que fazer?
Precisamos de teorias que articulem e expliquem os dados coletados. É a partir da pesquisa e
da teorização que os psicólogos do desenvolvimento podem oferecer, segundo Rappaport
(1981a), subsídios para a compreensão:
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Do processo normal de desenvolvimento numa determinada cultura. Isto é,
conhecimento das capacidades, potencialidades, limitações, ansiedades, angústias mais
ou menos típicas de cada faixa etária. Dos possíveis desvios, desajustes e distúrbios
que ocorrem durante o processo e podem resultar em problemas emocionais (neuroses,
psicoses), sociais (delinquência, vícios, etc.), escolares (retenção, evasão, distúrbios de
aprendizagem) ou profissionais (Rappaport 1981a, p.4).
Diante disso, Mota (2005) afirma que há uma “necessidade de se delimitar esse campo
de actuação, definindo o que há de específico à Psicologia do Desenvolvimento Humano”.
Ainda nesse sentido, Biaggio (1978) citado por Mota (2005, p. 107) afirma que a
característica da Psicologia do Desenvolvimento está “em estudar as variáveis externas e
internas aos indivíduos que levam as mudanças no comportamento em períodos de transição
rápida: infância, adolescência e envelhecimento”.
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afectivas, biológicas ou sociais, internas ou externas ao sujeito, que afectam o
desenvolvimento do ser humano ao longo da vida.
Corroborando com essa questão, Cória-Sabini (2008, p. 16) afirma que “as
características da primeira relação social, bem como o seu desenvolvimento posterior, são
resultados da interacção organismo-meio, não são apenas resultantes de aprendizagem
ambientais”.
Temos pela frente um grande desafio: continuar criando espaços de diálogo intelectual
entre concepções teóricas divergentes na psicologia e dela com áreas afins, tendo
como foco desconstruir a perspectiva evolucionista hegemonicamente presente na
psicologia do desenvolvimento e assimilada pelas ciências humanas em geral, que
naturalizam o desenvolvimento e a produção de conhecimento e cultura (Colinvaux;
Banks-Leite & Dell’Aglio, 2006, p. 86).
Por último, a expansão do foco das pesquisas da infância para todos os ciclos da vida
(adolescência, vida adulta e envelhecimento) também é um desafio contemporâneo que se
impõe à psicologia do desenvolvimento e que deve estar constantemente relacionado aos
aspectos históricos, sociais e culturais mencionados anteriormente. Há que se considerar cada
vez mais seriamente as implicações de classe social, raça e gênero, tendo em vista seus
possíveis benefícios e prejuízos, ao se estudar e pesquisar o desenvolvimento humano
(Colinvaux; Banks-Leite & Dell’Aglio, 2006).
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homem. Nesse sentido, a primeira missão que a Revolução imprimiu para a psicologia foi à
análise dos problemas de aplicação prática. Por sua formação humanista e sua bagagem
cultural, Vygotsky reunia as condições necessárias para idealizar uma nova concepção de
Educação, Pedologia (ciência da criança) e Psicologia (Lucci, 2006).
Entende-se inclusão na sala de aula como o processo pelo qual a sociedade na sala de
aula ou no geral realiza adaptações em todas as suas áreas, contemplando as
necessidades das pessoas excluídas, com o objectivo de equacionar os problemas
causados pela exclusão (Santos et al., 2022).
Afinal temos diferentes grupos sociais que historicamente têm sido excluídos, ou
ainda, não tem acesso às mesmas oportunidades e não são respeitados pela sua
diversidade, isto é, por aquilo que são (Santos et al., 2022).
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Tal como sublinha Richler (2019): “a inclusão na sala de aula não é uma estratégia
para ajudar as pessoas a encaixarem-se no sistema e nas estruturas que existem na nossa
sociedade, trata-se de transformar esses sistemas e estruturas para torná-los melhores para
todos”.
A Educação Inclusiva é uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de
preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças, como também a concepção de ensino
cujo objectivo é garantir o direito de todos à educação (Moçambique, 2001, p. 1).
Conforme Patto (1984) sinaliza que para uma característica que marca a história da
Psicologia Científica desde o seu surgimento no final no final do século XIX e que de acordo
com outros autores, vem mantendo ao longo da história da disciplina e das diferentes
propostas: a contradição entre o reconhecimento da subjectividade e das diferenças
individuais e, ao mesmo tempo, um movimento de controlo destas diferenças através da
construção de padrões de normatização. Pode-se afirmar que a actuação do psicólogo de
desenvolvimento na área da educação excepcional esteve sujeita a equívocos e censuras.
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Outra ênfase dada por Antipoff (1992) é o papel do meio ambiente na produção da
excepcionalidade e na forma de como lidar com ela. Sua argumentação é de que a localização
das escolas nas cidades não se constituiria no local mais indicado para a educação das
crianças excepcionais quando afirmou:
Escolas para excepcionais devem ser localizadas fora das cidades. O local natural é o
campo. Espaços mais largos permitem movimentos mais amplos. Os ritmos da vida
são ali mais regulares: o sol, melhor que o relógio, e os sinos marcam as horas,
convidando ao trabalho e ao sono. A estética do ambiente é o fundo no qual se
perfilarão as acções dos adolescentes. Esses rapidamente, eles mesmos, ou com o
auxílio dos educadores, procurarão a harmonia, fugindo do chocante visível e da
cacofonia das discordâncias. E, assim, paulatinamente, se aproximam das regras da
vida social e moral (p.149-150).
Para terminar este tópico, afirma-se que é preciso, portanto, que os psicólogos de
desenvolvimento tenham em mente que suas propostas e intervenções, são doptadas de efeitos
sociais que não podem ser desprezados e que precisam actuar de forma que os ideais de uma
educação inclusiva não venham a tornarem-se instrumentos de segregação.
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de problemas diários, como conseguir que um aluno aprenda a ler, que uma criança saiba
multiplicar ou dividir entre outros.
De acordo com Skinner citado por Barros (1998 p.28) “a aprendizagem é a conexão
entre o estímulo e a resposta. Completada a aprendizagem, estímulo e resposta estão de tal
modo unidos, que o aparecimento do estímulo evoca a resposta”. A aprendizagem, é ainda,
um elemento que provém de uma comunicação com o mundo e se acumula sob a forma de
uma riqueza de conteúdos cognitivos. É o processo de organização de informações e
integração do material pela estrutura cognitiva.
Por sua vez, Fonseca (1995, p. 365) menciona que a aprendizagem humana é um
processo interactivo, em que, portanto, vários componentes genéticos, neurológicos,
psicológicos, educacionais e sociais se interaccionam. Logo, quando este processo se organiza
de maneira inadequada e apresenta dificuldades, é preciso considerar todas essas variáveis
presentes na vivência do aluno.
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Com isto, a aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia da
Educação ou Desenvolvimento, pois praticamente todo comportamento e todo conhecimento
humanos são aprendidos.
Os estudos realizados pelo pesquisador Jean Piaget são de suma importância para o
entendimento e análises das fases de desenvolvimento da criança olhando as etapas de
inclusão na sala. Visto que o desenvolvimento da aprendizagem está intimamente ligado a
maturação dos aspectos biológicos, onde pode ocorrer nesse processo a autorregulação, ou
seja, a adaptação e interacção do ser com um novo ambiente, sendo que parte da observação
animal e posteriormente para a humana (Pulaski, 1980).
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contexto biológico, mais tarde, iniciou estudos no ramo da psicologia, tendo interesse em
analisar as fases ou etapas do desenvolvimento infantil.
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A fase pré-operacional, acontece entre dois a sete anos. É chamado assim porque a
criança carrega significações do período anterior, tendo conceitos iniciais confusos, mas em
constante construção de ideias lógicas (Rappaport, 1981). A criança nesta fase, ainda é
egocêntrica, tendo a noção de que o mundo é feito para ela, e voltado para seus desejos,
limitando-a a realizar trocas intelectuais, visto que ainda não possui referências para o
diálogo, irritando-se facilmente quando contrariada (La Taille, 1992).
Por sua vez, a fase das operações concretas perfazem na vida da criança dos sete aos
12 anos, onde se pode analisar a evolução dos aspectos anteriormente mencionados, passando
do pensamento egocêntrico para a estruturação da razão.
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3. Considerações Finais
Assim sendo, das análises, leituras feitas nas referências bibliográficas e outras
consultas, conclui-se as discussões abordadas no decorrer desta presente pesquisa que a
relevância da psicologia do desenvolvimento e inclusão na sala de aula no ambiente escolar
vem conquistando seu espaço e tomando visibilidade pelo seu carácter preventivo, terapêutico
e assistencial e quando se trata da educação especial e inclusiva, essa área é vista como parte
fundamental nesse processo.
Foi ainda visto neste trabalho de pesquisa que são diversas contribuições que a
relevância da psicologia do desenvolvimento e inclusão na sala de aula no ambiente escolar
que trazem muitas contextualizações boas. Além disso, é fundamental que o profissional de
psicologia esteja a par dos conhecimentos teóricos, metodológicos para dar um suporte
humanizando, vindo a estimular a subjectividade do aluno.
Diante dos resultados que obteve-se neste trabalho de pesquisa, percebeu-se que a
inclusão educacional ainda está longe de seguir os paramentos exigidos pela constituição. Não
apenas nos aspectos físicos, mas sim, nas barreiras atitudinais e metodológicas essas nas quais
estão longes de serem seguidas com coerência.
De uma forma sintética, concisa não pode-se generalizar, mas é necessária a maior
relevância da psicologia do desenvolvimento e inclusão na sala de aula no ambiente escolar
na visibilidade dos governantes na educação inclusiva, tais como: investimentos, preparação,
e interesse dos profissionais, para que possa colocar em prática uma verdadeira educação de
qualidade. Portanto, para que isso aconteça, é necessário um trabalho em conjunto, tanto da
comunidade escolar, família e sociedade.
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4. Referências Citadas
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Bock, Ana Mercês Bahia; Futado, Odair; Teixeira, Maria de Lourdes Trassi. (2008).
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Santos, M. et al. (2022). As condições da inclusão de alunos com síndrome de Dawn na
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