Yudja Ayhuasca
Yudja Ayhuasca
Yudja Ayhuasca
RESUMO • Oferecendo-se mais como uma ABSTRACT • More a speech than an article,
fala do que um artigo, este texto é um relato this text is an ethnographic account of a
etnográfico sobre um movimento de recriação movement to recreate shamanism that has
do xamanismo que tem animado o povo Yudjá animated the Yudjá people in the last five
nos últimos cinco anos e que foi deslanchado years and wh ic h was t r iggered by t heir
por seu encontro com a ayahuasca. A fim de encounter with ayahuasca. In order to unfold
desdobrar o meu próprio encontro com esse my own encounter with this encounter, I seek
encontro, procuro criar uma vizinhança ou to create a proximity or affinity between the
afinidade entre o movimento Yudjá, o conceito Yudjá movement, the Deleuze-guattarian
deleuze-guattar iano de agenciamentos e concept of assemblages, and some dimensions
certos movimentos que animam a ecosofia of Félix Guattari ’s ecosophy and Isabelle
guattariana e as cosmopolíticas stengersianas. Stenger s’ cosmopol it ics . • KEYWORDS •
• PALAVRAS-CHAVE • Yudjá; xamanismo; Yudjá; shamanism; ayahuasca; cosmopolitics;
aya huasca; cosmopolít ica; amer índios. • Amerindians.
LIMA, Tânia Stolze. A planta redescoberta: um relato do encontro da ayahuasca com o povo Yudjá.
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 118-136, abr. 2018.
DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p118-136
O passeio com Mareaji e sua esposa ocorreu um dia depois do Seminário Variações
do Corpo Selvagem, que reuniu bem uns vinte intelectuais para uma discussão do
pensamento de Eduardo Viveiros de Castro. Quem imaginaria que após dois dias tão
intensos de conversação eu seria convidada a me defrontrar com um dispositivo do
perspectivismo ameríndio que iria começar a mudar esse problema para mim: de
uma cosmologia relacional ou uma ontologia, o perspectivismo ia começar a mostrar
sua atração por um polo que chamarei de pragmática especulativa.
Minha intervenção é uma tentativa de compor um relato etnográfico a partir da
preciosa experiência de recriação das conexões entre sonhar e fazer que os Yudjá
generosamente compartilharam comigo quando estive morando com o pessoal da
aldeia Tubatuba entre julho e outubro do ano passado (2016).
Assim Areyaku me apresentou a ayahuasca (também chamada mariri, vegetal,
medicina, remédio, chá, cipó, wapa, wapa itxa, kubepa),
– Mariri mostra “coisas” pra gente, mostra o que a gente tem, a cultura, a nossa
bebida, mostra música, mostra tudo; o que a gente cuida, o mato, a terra, os peixes,
e o rio também, pra assim a gente ficar tranquilo. Mostra o que a gente deixou pra
trás, mostra as músicas que deixamos pra trás... A gente não pode perder a nossa
cultura, a gente pode levar pra frente, a gente é novo ainda mas está levando pra
– O que será que aconteceu para provocar essa vitalidade que estou testemunhando
e me fazer sentir tanta emoção?
Isso em parte era uma variação da pergunta que tantas vezes me coloquei nos
anos 1980 a propósito do patente insucesso dos Yudjá em produzir novos pajés após
a conquista dos povos do Alto Xingu em meados do século XX pelos irmãos Villas
Boas. Mesmo nas semanas em que me dediquei a pensar essa fala, a pergunta se
impôs como um sintoma irresistível, como uma certeza de que está rolando um
acontecimento de grande importância para os Yudjá. No entanto, é evidentemente
irrespondível a pergunta “o que aconteceu?”, ainda mais que, transportada para essa
fala, ela já não é feita no registro da história, mas no do devir: “todo acontecimento
é uma névoa [...], há nel[e] uma parte que sua realização não basta para realizar, um
devir em si mesmo que está sempre, a um só tempo, nos esperando e nos precedendo
como uma terceira pessoa do infinitivo, uma quarta pessoa do singular”2.
Assumir que o acontecimento é um certo clima é assumir que não se trata de
buscar para ele uma explicação pela conjuntura atual, a qual sem dúvida é muito
malsã e acirrou entre os Yudjá o estado de alerta habitual entre os povos ameríndios.
Desmatamentos, incêndios, ressecamento do solo, acidentes provocados por
relâmpagos, queda da produtividade das roças, escassez de peixes. Grande evasão,
disse-me Tawaiku, de alto xinguanos para Canarana. Ao sul da Terra Indígena,
as barragens Paranatinga I e II têm provocado uma baixa do rio tão acentuada
que durante a vazante a navegação de barcos com motores de popa achava-se
aproximadamente inviabilizada no alto curso do Xingu. Entre os vizinhos imediatos
2 DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998, p. 78.
Não mais se tem face a face um sujeito e um objeto e, em terceira posição, um meio
de expressão; não mais se tem a tripartição entre o campo da realidade, o campo da
representação e da representatividade e aquele da subjetividade. O que se tem é um
agenciamento coletivo que é ao mesmo tempo sujeito, objeto e expressão. [...] Só um
3 STENGERS, Isabelle. Pour en finir avec la tolérance. In: _____. Cosmopolitiques. Tome 7. Paris: La Découverte/
Les Empêcheurs de penser en rond, 1997.
4 Ibidem, p. 74.
5 Ver: GUATTARI, Félix. Falação em torno de velhas estruturas e novos sistemas. In: _____. Revolução molecular:
pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 157-164.
Não é, como se pode vislumbrar, um conceito útil para se pensar lógicas culturais,
transformações estruturais, mas processualidades ontológicas, criacionismo
axiológico, pragmáticas especulativas – em suma, “caosmopolítica”7. A importante
novidade do conceito de agenciamentos que cabe destacar aqui reside no modo como
ele articula o problema dos nexos entre a linguagem, o mundo, a subjetividade e
a política. São nexos que divergem não só do popular dualismo do mundo e da
representação quanto da relação semiológica baseada no par significante-significado.
O agenciamento desdobra-se em agenciamento maquínico e agenciamento coletivo
de enunciação, e as relações que articulam essas suas duas faces heterogêneas não são
relações de causalidade, de representação, de significação nem de interdependência,
mas ao mesmo tempo essas faces são ditas i n sepa rávei s, est r ita mente
complementares. São definidas como pressuposição recíproca e excluem o primado,
a hierarquia, e esquemas do tipo forma e conteúdo. É nesse sentido que divergem
profundamente das relações que regem definições antropológicas do homem. Um
terceiro e último componente do agenciamento, correspondente ao que o anima, é
dito ser o seu eixo de forças, e concerne, em um polo, aos seus segmentos e processos
de reterritorialização e, no outro, às suas pontas de desterrritorialização8.
Meu relato versa, pois, sobre a recriação das conexões entre sonhar e fazer, sobre a
composição de um novo agenciamento político-xamânico, mas só posso restituir aqui
alguns de seus muito variados aspectos (dos quais não é minha intenção oferecer
uma síntese).
Foi por intermédio do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal (UDV) que a
ayahuasca chegou aos Yudjá, a partir aproximadamente de 2012. A fama do cipó já era
contudo conhecida desde alguns anos porque Mahum tinha experimentado entre os
Ashaninca e os Kaxinawa no Acre por volta de 2005. De acordo com Tawaiku, foi por
6 Idem. Micropolítica do fascismo. In: _____. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo:
Brasiliense, 1987, p. 173-190. p. 157-164, p. 178-179. Seleciono esse trecho, mas devo esclarecer que não são
todos os agenciamentos que implicam grupos sujeito... Os grupos assujeitados o são justamente pelo caráter
mortífero dos agenciamentos de que participam.
7 STENGERS, Isabelle, 1997, op. cit., p. 74, nota 2. As ideias de processualidade ontológica e criacionismo
axiológico são de Guattari, para quem os valores entre os aborígenes australianos e os ameríndios teriam
uma textura ontológica. Sobre a inspiradora perspectiva ontológica criacionista que desenvolvia no ano
de sua morte, ver essa entrevista realizada em 1992: GUATTARI, Félix; UNO, Kuniich. Chaosmose, vers une
nouvelle sensibilité. In: GUATTARI, Félix. Qu’est-ce que l’écosophie? Textes présentés par Stéphane Nadaud.
Lignes/Imec, 2013, p. 83-98.
8 DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia. V. 2. Rio de Janeiro: Editora 34,
1995.
– Não era só o mundo do Branco que tinha ali: este ficava de um lado, mas ao olhar
para o outro lado eu entrava num mundo indígena. Então percebi que não era só um
mundo que estava ali. Quando tomei aqui na aldeia, senti diferente. As coisas que
vinham em minha cabeça eram Yudjá mesmo... O chá, eles que tinham preparado,
mas era no mundo Yudjá que eu entrava.
– Será que estou entendendo diferente? O que estou vendo é diferente do que fala
a UDV. Estou me sentindo diferente!
Mas Yabaiwa não quis contar ao pai, deixando para quando surgisse a hora certa
de falar com as pessoas.
– De repente tudo isso mudou dentro de mim. Nossa! – pensei. Se é assim tenho
que cantar, vou cantar em minha língua, todo mundo vai sentir, vai saber o que o
canto está dizendo... Comecei a cantar nossos cantos Yudjá...
– Meu avô, nas histórias que meu avô me contava eu vi tudo que estou sentindo
hoje... É por isso que tenho que acreditar: Não é à toa que essas histórias ficaram para
ser contadas!
– Não acabou. Está parado mas está vivo! Está perto de você, só precisa prestar
atenção que vai trazer eles de volta. Se chamar, eles vêm.
Em suas conversas comigo, mais de uma vez Yabaiwa afirmou que é preciso
esperar a hora certa de falar. Como os demais jovens, ele nunca tinha visto pajelança
Yudjá ou ouvido os cantos de pajé porque se dizia que é desrespeitoso e perigoso
cantá-los fora do momento apropriado. Os mais velhos aceitaram suas exigências e
acordaram com os jovens a realização periódica de um ritual mais íntimo ou seleto
dedicado estritamente à transmissão dos conhecimentos xamanísticos de que eles
têm memória.
Yabaiwa me disse ter finalmente entendido a razão de seu avô não ter conhecido
a ayahuasca, e de terem sido os jovens que em todas as aldeias Yudjá assumiram o
9 LIMA, Tânia Stolze. Um peixe olhou para mim – o povo Yudjá e a perspectiva. Rio de Janeiro: NuTI/ISA; São
Paulo: Unesp, 2005.
– Os mais velhos, os que cuidavam, hoje passaram a ser como jovens, estão
acompanhando os jovens, não é mais o contrário. Foi quando entendi isso... Se é
assim, então nós mesmos vamos nos responsabilizar.
(Decidiu, com isso, mudar o rumo de sua vida e abandonou os estudos na Faculdade
Intercultural Indígena, na Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat.)
Nos últimos anos, Tarinu se tornou um narrador tão prestigiado que pude vê-lo
capturar a atenção das pessoas mesmo durante uma cauinagem. Yabaiwa diz
considerá-lo um historiador, para ele uma das atividades mais importantes, pois
um narrador atua como uma raiz de pessoas, e dessa raiz depende o fortalecimento,
o poder, isto é, o conhecimento das origens, mas também, sem dúvida, esta notável
compreensão:
10 Dizem-se jovens todas as pessoas que assumiram o caminho de virar pajé com quem conversei. Elas se
encontram em sua maioria na faixa dos 30, algumas na faixa dos 20 anos.
11 LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1976, p. 271.
12 LAPOUJADE, David. William James. Empirisme et pragmatisme. Paris: Les Empêcheurs de penser en rond/
Le Seuil, 2007, p. 59-60 (tradução minha).
Reclaiming significa recuperar aquilo de que estivemos separados, mas não no sentido
de que podemos tê-lo de volta. Recuperar significa recuperar-se da própria separação,
regenerar o que essa separação envenenou. Ficam assim irredutivelmente ligadas a
necessidade de lutar e a necessidade de curar, para evitar a semelhança com aqueles
contra quem temos de lutar 16.
Não sei se o pessoal da UDV veria ou não com bons olhos a emergência de práticas
de cura em Tubatuba.
Segundo me contou Yabaiwa, ele foi inspirado a pôr em ação certas condutas dos
pajés antigos, especialmente o uso da resina perfumada kadïka e de buquês das folhas
unãha, e foi ensinado que para se efetuar uma cura era preciso cumprir a indicação
feita, segundo as ocasiões, pelos espíritos. As curas assim passam, para os aprendizes,
por um exercício de experimentação variável segundo as circunstâncias, e deles
exige autoconfiança.
Tawaiku me contou com vivacidade como foi que em Tubatuba se assumiu a
atividade de cura. Tahu, um homem velhíssimo, tinha sido levado para Tubatuba
entre a vida e a morte e nem era mais capaz de se levantar da rede. Em uma ocasião
em que se tomava ayahuasca, Yabaiwa cantava para fazer virem os espíritos, junto
15 LIMA, Tânia Stolze. O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi. Mana,
Rio de Janeiro, n. 2, v. 2, 1996, p. 21-47. p. 39.
16 STENGERS, Isabelle. Reclaiming animism. E-flux journal#36, 2012. Disponível em: <www.e-flux.com/journal/
reclaiming-animism>. Acesso em: 12 dez. 2017 (tradução minha).
Tawaiku me disse também que nunca teve o desejo de ser chamado de pajé. É como
cientista natural que gostaria de ser reconhecido. A ayahuasca, como me afirmou
Yabaiwa, é uma ciência da natureza, e é boa para se investigar os povos indígenas e
as nações em geral. Mais do que isso, até:
– A gente não pode mais separar o Branco e o Índio. Claro que cada um nasceu
com um espírito, mas estamos vivendo em um mundo só. Assim que eu sinto, fico
analisando isso, é como uma pesquisa...
Além da interação com inkundama – termo que eu entendo como uma designação
dos invisíveis, ou espíritos num sentido genérico –, dá-se na pajelança de ayahuasca,
como na prática onírica por ela estimulada, a criação de relações com pessoas de
outros povos indígenas, e reencontros com pessoas que se pôde conhecer durante
cursos, reuniões ou eventos do movimento indígena. Areayaku ressaltou que é muito
bom tomar ayahuasca no domingo, porque isso está acontecendo em muitas aldeias
Brasil afora e as pessoas podem se conectar.
O que se oferece quando se toma ayahuasca é uma infinidade de caminhos, e
entroncamentos de caminhos, com os seus desvios, seus obstáculos e becos sem
saída. De acordo com Yabaiwa, os caminhos formam uma grande rede cujas pontas
17 GUATTARI, Félix. Falação em torno de velhas estruturas e novos sistemas, op. cit., p. 161.
Não teria mesmo talvez valido a pena a pretensão de explorar o assunto, como
se o rumor ele mesmo fosse ineficiente para participar da composição da face
expressiva do agenciamento. Como se – e isso é mais importante ainda – esses
elementos pragmáticos e especulativos, tais como “parece que...”, “talvez sim...”, “se
diz que...”, “é preciso acreditar...”, não fossem ferramentas cruciais para lidar com
“a insistência dos possíveis” e para pôr em movimento a pragmática especulativa
agora direcionada, até onde posso presumir, para a apreensão do ponto de vista de
Kumahari sobre tudo isso.
Comenta-se que o pessoal da UDV desaprovou por ocasião de certo ritual as
segundas núpcias de Yabaiwa, e que este, ao tomar a palavra, a sua fala, que não foi
vertida para o português, teria esta tônica:
Yabaiwa, que não julgou importante abordar o assunto comigo senão de maneira
muito indireta, me contou o que disse a um amigo que trabalha desde algumas
décadas na Terra Indígena do Xingu.
–“Se nós nascemos assim! Se para nós não é problema! Por que...?” Falei com ele:
“Não quero ser dono de ninguém, não quero ser dono da União do Vegetal, não quero
ser dono do Ashaninca, mas quero aprender o meu dono! Quero aprender o meu
19 LIMA, Tânia Stolze. A parte do cauim – etnografia Juruna. Tese (Doutorado em Antropologia). 480f.
PPGAS-Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1995.
Foi a conversa que abriu a pajelança de Karin que despertou minha atenção para
a conexão entre a pajelança e a liderança. Yabaiwa e Karin são os pivôs da escola
de Tubatuba e da Associação Arikayu, têm formação universitária, participam
ativamente de cursos variados, do trabalho de representação política e militância
indígena. E são os pivôs da pajelança de ayahuasca em Tubatuba. Uma hipótese que
me parece plausível é, portanto, a de que a tomada de consistência do agenciamento
xamanístico dependeu de uma simbiose que se soube efetuar entre as posições de
liderança e de pajé. Yabaiwa e Karin são ainda companheiros muito estimados e
excelentes diplomatas que efetuam a mediação com o Instituto Socioambiental (ISA),
as equipes médicas, a secretaria de educação e pessoas de outros povos indígenas.
Chamou-me a atenção o empenho que demonstram em tornar sensível para todos,
moradores da aldeia e estrangeiros, a importância de se prezar a posição do cacique,
a hospitalidade e o respeito. O acontecimento que busquei talvez resida na efetuação
dessa simbiose entre pajés e lideranças especializadas nas conexões com “os de fora”,
de modo a fazer a política indígena um dos modos de existência do xamanismo.
Karin discorreu sobre como a ayahuasca alterou profundamente a vida coletiva.
Tubatuba antiga vivia sob o constante ataque de feiticeiros, e os jovens não estavam aí
para nada; tudo era muito desarticulado, e a cachaça entrava direto na aldeia. É mais
tranquilo, disse, enfrentar os desafios, como os cursos, as viagens, as reuniões políticas,
os doentes – sem contar que os Yudjá se tornaram fortes para resistir aos evangélicos.
***
SOBRE A AUTORA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEBAISE, Didier; STENGERS, Isabelle. L’insistance des possibles: pour un pragmatisme spéculatif.
Multitudes, n. 65, 2016, p. 82-85. Disponível em: <cairn.info/revue-multitudes-2016-4-page-82.html>.
Acesso em: 12 dez. 2017.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia. V. 2. Rio de Janeiro: Editora
34, 1995.