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Dulcia António

Fernando Sebastião
Filita Raul Armando
Florbela Camilo
Issa Andassul
Joana Bugudade Massequece Bacar Abadala
Martinho Francisco Murane
Farido Uburamo Andane
Rita Arlindo

Licenciatura em Contabilidade em Auditoria


1° Ano Laboral

Estrutura de Mercado

Unversidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
Pemba, 19 de Maio de 2024
Dulcia António
Fernando Sebastião
Filita Raul Armando
Florbela Camilo
Issa Andassul
Joana Bugudade Massequece Bacar Abadala
Martinho Francisco Murane
Farido Uburamo Andane
Rita Arlindo

Estrutura de Mercado

Trabalho a ser apresentado na Universidade


Rovuma Extensão de Cabo Delgado - Montepuez
da cadeira de Introdução a Economia de para
Efeitos de Avaliação.

Docente: Editon Santana Morais

Unversidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
Pemba, 19 de Maio de 2024
ÍNDICE PAGINAS

1. Introdução ……………………………………………………………………………….. 4
2. O objectivo geral ……………………………………………………………………….... 5
3. Objectivo específicos ……………………………………………………………………. 5
4. Como as firmas determinam o preço de mercado ……………………………………….. 6
4.1. Modelo de mark-up ……………………………………………………………… 6
4.2. Oligopólio ……………………………………………………………………….. 7
5. Condições de maximização de lucros das firmas em mercado de concorrência perfeita .. 8
5.1. Equilíbrio da firma em concorrência perfeita (a curto prazo) …………………… 8
6. Hipóteses do modelo de mercado de concorrência perfeita ……………………………. 11
7. Conclusão ……………………………………………………..……………………….. 14
8. Bibliografia ………...…………………………………………………………..………. 15
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1. Introdução

Nos cursos de Microeconómica, discute-se fundamentalmente o chamado modelo neoclássico,


que apresentaremos neste Trabalho. Os modelos alternativos são englobados normalmente dentro
do campo da Teoria da Organização Industrial. De forma sintética, quanto a seus objectivos, as
empresas defrontam-se com duas possibilidades principais: maximizar lucro, e maximizar mark-
up (margem sobre os custos directos)

Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de
seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objectivo ao qual a
firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de
rentabilidade sobre os custos etc.
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2. Objectivo geral

O objectivo desse trabalho é de descrever os conhecimentos da Estrutura de mercado, e


responder questões relacionado a actuação das firmas em diferentes modelos de mercado,
sobretudo as condições que levam as firmas a maximizarem os lucro e determinar preços em
diferentes tipos de mercado.

3. Objectivo específicos
 Discutir Como as firmas determinam preço de mercado;
 Apresentar uma Hipóteses do modelo de mercado de concorrência perfeita;
 Demonstrar conhecimentos e compreensão das condições de maximização de lucros das
firmas em mercado de concorrência pura.
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4. Como as firmas determinam o preço de mercado

Dentro da chamada teoria neoclássica, o objectivo da firma é sempre maximizar o lucro total. A
maximização do lucro total corresponde à produção em que:

Receita Marginal (RM g) = Custo Marginal (CM g)

Podemos observar que a regra de maximização do lucro exige que a firma tenha informações
detalhadas não só sobre seus custos, mas também sobre as receitas previstas (portanto, sobre a
demanda por seu produto).

Nos anos 30, alguns estudos revelaram que a regra de formação de preços seguida pela grande
maioria das grandes empresas era a maximização do markup, definido como margem sobre os
custos directos, em que o preço seria determinado fundamentalmente a partir dos custos da
empresa, dada a dificuldade de prever as receitas. Como veremos a teoria de mark-up só é
aplicável em estruturas de mercado mais concentradas em grandes empresas (monopolistas
ou oligopolistas), que têm poder de barganha para formar seu preço, o que não ocorre num
mercado muito competitivo. Nesse sentido, é uma teoria aplicável a um tipo de mercado
específico.

4.1. Modelo de mark-up

Não existe um modelo ou teoria geral do oligopólio, porque eles são muito diferentes entre si (os
produtos podem ser homogéneos ou diferenciados, podem ter um pequeno ou grande número de
empresas, podem concorrer ferozmente ou formar cartéis etc.). Cada caso é um caso, tomando
impossível criar uma teoria geral do oligopólio. O modelo mais tradicional ainda é o modelo
clássico, em que o objectivo da empresa é a maximização de lucros (RMg = CMg). Como
pudemos verificar, essa hipótese exige que as empresas tenham um conhecimento adequado de
suas receitas (portanto, da demanda por seu produto), bem como de seus custos.

O modelo baseado na hipótese de maximização do mark-up surgiu após estudos empíricos


desenvolvidos a partir de 1930, que mostraram que as grandes empresas determinam o preço de
seu produto a partir de seus próprios custos, sem ater-se ao comportamento da demanda, já que
elas conhecem menos da demanda do que seus custos. Por isso, sua política de preços é calcada
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em seus custos: em outras palavras, o preço é determinada apenas pela oferta, enquanto na teoria
marginalista o preço é determinado pela intersecção entre demanda e oferta do mercado.

O mark-up é definido como:

Mark-up = Receita de Vendas - Custos Diretos de Produção

O conceito de custo directo, comummente utilizado em Contabilidade e Administração, é


equivalente ao conceito de custo variável médio. O preço é calculado da seguinte forma:

p = C (1 + m)
Onde:
p = preço do produto
C = custo unitário directo ou variável
M = taxa (% ) de mark-up

A taxa de mark-up deve ser suficiente para cobrir os custos fixos e a margem de rentabilidade
desejada pela empresa. O conceito de mark-up é muito semelhante ao conceito de margem de
contribuição da contabilidade privada. O nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de
impedir a entrada de novas firmas, o que depende do grau de monopólio do setor. Quanto mais
alto o poder de monopólio, mais limitado o acesso de novas empresas e, portanto, maior a taxa
de mark-up que as empresas oligopolistas podem aferir. Assim, quanto menor for a elasticidade
de preço da demanda e, portanto, quanto maior o poder de mercado do monopolista, maior será o
mark-up.

4.2.Oligopólio

É um tipo de estrutura de mercado que pode ser definido de duas formas:

 Oligopólio concentrado: pequeno número de empresas no sector. Exemplo: indústria


automobilística;
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 Oligopólio competitivo: ou um pequeno número de empresas domina um sector com


muitas empresas. Exemplo: Nestlé, Parmalat no setor de alimentos, Coca-Cola no sector
de bebidas, Pão de Açúcar no sector de supermercados etc.

Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda
em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em
que os consumidores têm baixo poder de reacção a alterações de preços.
O oligopólio, assim como o monopólio, ocorrem basicamente devido à existência de
barreiras à entrada de novas empresas no sector. Como vimos em monopólio, essas barreiras
são devidas aos seguintes factores:

 Protecção de patentes;
 Controle de matérias-primas - chave;
 Tradição;
 Oligopólio puro ou natural.

5. Condições de maximização de lucros das firmas em mercado de concorrência


perfeita

Para determinarmos o ponto de produção ideal para uma empresa em concorrência perfeita, isto
é, o ponto em que o lucro é máximo, precisamos determinar como se comporta a demanda desse
mercado, que permitirá uma previsão das receitas da firma, e como se comportam seus custos.

5.1.Equilíbrio da firma em concorrência perfeita (a curto prazo)


Supõe-se, dentro desta teoria neoclássica ou marginalista, que o empresário racional tenha
sempre por objectivo último maximizar lucros. Vejamos, então, uma vez fixado o preço pelo
mercado, qual a produção óptima para a firma, ou seja, a quantidade produzida que maximiza o
lucro da empresa, àquele preço.

Mostraremos que a regra para a firma maximizar lucros é dada por:

RMg = CMg, sendo CMg crescente


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Corresponde ao ponto X do gráfico, ou seja, no nível de produção q0.

Determinação da produção de máximo lucro.

Sabemos que o empresário racional sempre aumentará a produção quando isso significar maior
lucro.

Então, se:

Receita adicional > custo adicional, o lucro marginal aumenta e a quantidade deve ser
aumentada, pois o lucro aumentará;

Receita adicional < custo adicional, a quantidade q não será aumentada, pois o lucro cairá (ou o
prejuízo aumentará).

Portanto, no equilíbrio
RMg = CMg

temos a quantidade ótima, ou a produção óptima que maximiza o lucro da firma. Como em
concorrência perfeita a receita marginal é igual ao preço de mercado, esta condição é
frequentemente mostrada como

p = CMg
Entretanto, como teoricamente a curva de CMg deve ter um formato em U,
podem existir dois pontos em que RMg = CMg (X e Y,
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Os dois pontos onde RMg = CMg em uma firma em concorrência perfeita.

Falta provar que a maximização de lucros dá-se no ponto X, com CMg crescente. Conforme a
figura baixo:

A produção óptima da firma em concorrência perfeita

 q1 : RMg = 60
Nestes três pontos, com custo marginal decrescente, é
CMg = 80
vantajoso aumentar a produção, pois a RMg é constante,
 q2 : RMg = 60 mas os custos são decrescentes (então os lucros marginais
CMg = 60 são crescentes). Por isso, o ponto q2, embora RMg =
 q3: RMg = 60 CMg, ainda não é o máximo lucro
CMg = 30
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O CMg é crescente, mas ainda é possível aumentar o lucro


 q4 : RMg = 60
aumentando um pouco mais a produção até CMg = RMg.
CMg = 40

 q5 : RMg = 60 Na produção q5, tem-se o máximo lucro.


CMg = 60 Não deve aumentar mais a producao, pois o CMg é
q6 : RMg = 60 crescente ( e RMg fixa), o que significa lucros menores, a
CMg = 100 partir de q5.

Portanto, a produção ótima para a firma ocorre no ponto q5, onde RMg = CMg, com CMg
crescente.

No ponto q2, também RMg = CMg, mas o CMg é decrescente. Mostraremos mais adiante que
esse é um ponto de prejuízo máximo.

6. Hipóteses do modelo de mercado de concorrência perfeita

São hipóteses bastante conhecidas na literatura económica. Elas reflectem o funcionamento de


um mercado completamente livre, sem barreiras e totalmente transparente:

a) Hipótese da atomicidade (mercado atomizado): é um mercado com infinitos


vendedores e compradores (como “átomos”), de forma que um agente isolado não tem
condições de afectar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado
para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços dados pelo
mercado);

b) Hipótese da homogeneidade (produto homogéneo): todas as firmas oferecem um


produto semelhante, homogéneo. Não há diferenças de embalagem e de qualidade nesse
mercado;
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c) Hipótese da mobilidade de firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no


mercado): mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores, como de
vendedores;

d) Hipótese da racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores


maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes
agem racionalmente (é o chamado Princípio da Racionalidade ou H om o Economicus);

e) Transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação


relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade, os custos, as receitas e os
lucros dos concorrentes;

f) 0 Hipótese da mobilidade de bens (não existem custos de transporte): existe completa


mobilidade de produtos entre regiões, ou seja, não existem custos de transporte: o
consumidor do Campo paga a mesma coisa que o da Capital. Enfim, não considera a
localização espacial de vendedores e consumidores;

g) Inexistência de externalidades: como vimos anteriormente, externalidades (ou


economias externas) representam influências de factores externos nos custos das firmas e
na satisfação dos consumidores. No modelo de concorrência perfeita, supõe-se que
não existam externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e nenhum
consumidor afecta o consumo dos demais;

h) Hipótese da divisibilidade: é uma hipótese matemática, não essencial, que objectiva


auxiliar a compreensão do funcionamento do modelo. Corresponde a trabalharmos com
curvas contínuas e diferenciáveis, facilitando a utilização dos conceitos marginalistas
(Receita Marginal, Custo Marginal, Produtividade Marginal, Utilidade Marginal), por
meio de técnicas matemáticas de diferenciação e derivação;

i) Mercado de factores de produção também em concorrência perfeita: todas as


hipóteses anteriores, de a ah, também valem para o mercado de factores de produção.
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Equivale a dizer que os preços dos factores de produção são fixados, dados. Ou seja, as curvas de
custos de produção são idênticas para todas as firmas do mercado de bens e serviços.
Como podemos observar, são hipóteses “ideais”, reflectindo um mercado sem barreiras, sem
interferências; enfim, pouco realista. No entanto, essas hipóteses representam uma base, um
referencial para a construção de modelos mais próximos da realidade. Do ponto de vista
metodológico, é mais útil construir inicialmente modelos simples e depois preencher os detalhes
do que construir directamente modelos com todos os detalhes da realidade, que é muito
complexa e que pode encobrir algumas tendências mais gerais.
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7. Conclusão

Parece claro que, se a empresa aumenta a produção e a receita adicional Receita Marginal for
maior que o custo adicional Custo Marginal, o lucro estará aumentando (portanto, a empresa
ainda não encontrou seu ponto ideal de equilíbrio); se a receita adicional for menor que o custo
adicional, o lucro estará caindo (ou o prejuízo aumentando). Dessa forma, que o produto de
equilíbrio da firma, cujo lucro será máximo, dar-se-á apenas no ponto em que a Receita Marginal
iguala-se ao Custo Marginal
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8. Bibliografia

VASCONCELLOS, Marco António (2006). Economia micro e macro. 4ª Ed. Editora atlas.

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