Tópico 02

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Microeconomia 2

Prof. Igor Viveiros Melo Souza

CAPÍTULOS 22 e 23 do VARIAN:
OFERTA DA EMPRESA E OFERTA DA INDÚSTRIA.
Estrutura de um Mercado:
 A primeira estrtura de mercado que vamos estudar é a Concorrência
Perfeita
 Quando nos referimos a estruturas de mercados, basicamente, estamos
tentando definir os seguintes aspectos:
o NÚMERO DE COMPRADORES E VENDEDORES
o BARREIRAS À ENTRADA DE NOVAS FIRMAS
o DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTOS
o INTEGRAÇÃO VERTICAL
o DIVERSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS
o COMPORTAMENTO NA FIXAÇÃO DOS PREÇOS
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 Posteriormente, estaremos interessados em:


o LUCRO DAS EMPRESAS
o PREÇO FINAL
o EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO
o EFICIÊNCIA ALOCATIVA
o EQÜIDADE
o PROGRESSO TÉCNICO
o EFEITOS DE TAXAÇÃO

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 CONCORRÊNCIA PERFEITA

 As decisões das empresas de quanto produzir não levam em


consideração apenas os custos de produção.

 Elas consideram também o chamamos de Poder de Mercado

 Mas o que é Poder de Mercado?


o É a capacidade que uma firma tem influenciar os preços
praticados nesse mercado.

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 O fundamental no modelo de concorrência perfeita é que tanto os


compradores quanto os vendedores são incapazes de afetar o
preço de mercado

 Ou seja: NÃO TÊM PODER DE MERCADO!

 O mercado é atomizado, isto é, ele é composto por número imenso


de produtores e compradores de tal forma que nenhum seja
individualmente capaz de influenciar os preços.

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 Dizemos nesse caso, que os agentes (firmas e consumidores)


envolvidos nesses mercados são tomadores de preços

 Outra característica fundamental dessa estrutura de mercado é que


as firmas são produzem produtos homogêneos

 Isso significa que os compradores são indiferentes a quem fabricou


esse produto de modo que um produto estiver com preço mais
baixo sempre será preferido àquele com preço mais elevado.

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 Outra importante hipótese dessa estrutura é a perfeita informação no


mercado

 Isso significa que todos os compradores e vendedores conhecem o preço


de mercado de cada unidade transacionada.

 Isso significa, ainda, que as firmas conhecem suas funções de custo de tal
forma que saibam o que fazer para obter o lucro máximo.

 Do lado dos consumidores, isso significa que todos conhecem suas


funções de utilidade de modo que saibam o que fazer para maximizar a
mesma

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 Além disso, uma suposição final, é que nesses mercados não há


barreiras à entrada.

 Isto significa que o acesso a esse mercado, por parte de qualquer


firma é livre sendo o custo de produção das mercadorias o único
obstáculo a ser incorrido pelo produtor.

 Desta forma, demais obstáculos como patentes ou restrições legais


de entrada, por exemplo, são considerados inexistentes.

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CURVAS DE DEMANDA DE MERCADO E FIRMA INDIVIDUAL

 Do ponto de vista das empresas a curva de demanda representa


uma restrição:
o Ela diz qual o preço máximo que uma empresa pode cobrar de
uma mercadoria, dada a quantidade que se pretende vender.

 Embora a curva de demanda de mercado seja negativamente


inclinada, para uma firma individual, essa curva parece ser
horizontal:

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CURVAS DE DEMANDA DE MERCADO TOTAL E PARA FIRMA


INDIVIDUAL
Oferta

P P

P*
DEMANDA INDIVIDUAL:
Restrição da Firma
Demanda

Q Q

 Isso ocorre devido à hipótese de que ela é muito pequena para afetar os
preços de mercado!

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 Assim, dado o preço de equilíbrio P*, teremos certeza de que a firma


cobrará por seu produto exatamente esse preço.

 Se ela quiser vender a um preço mais alto ela não conseguirá. Por quê?
o Por que os produtos são homogêneos: Os consumidores comprarão
um produto idêntico por um preço mais baixo.

 Assim, a esse preço, a firma vende o quanto puder a esse preço


(obviamente, ela não vai vender a um preço mais baixo) dentro uma
restrição: seus custos!

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RECEITAS TOTAL, MÉDIA E MARGINAL DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA


PERFEITA

 Nossa hipótese básica é de que a firma é maximizadora de lucros.

 Lembremos que Lucros é a diferença entre a Receita Total obtida nas vendas
e Custo Total incorrido na produção. Vamos focar na receita por enquanto.

 O primeiro conceito importante é o de Receita Total (RT): essa nada mais é


do que o total de produtos vendidos multiplicados pelo seu respectivo preço:

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 A Receita Média (RM), por sua vez, diz respeito à receita obtida por cada
unidade vendida. Ou seja: é a RT dividida pela quantidade vendida q:

 Notemos que a receita média é o preço unitário de venda.

 Como o preço unitário de venda é própria curva de demanda da firma


individual, temos que a Receita Média é a própria Curva de Demanda da
Firma Individual.

 Podemos dizer então, que em concorrência perfeita: “A Receita Média é


fixa e igual ao preço de mercado”.

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 Por fim, vejamos a Receita Marginal (RMg).

 Definimos a RMg como a variação na Receita Total (dRT ) relativa a uma


pequena variação na quantidade produzida (dq).

 Podemos interpretá-la, grosseiramente, como a receita obtida por cada


unidade adicional posta no mercado.

 Matematicamente, definimos a Receita Marginal como a derivada da RT


com relação à quantidade:

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 Dessa forma, em concorrência perfeita, o gráfico da Receita Marginal


coincide com o gráfico da receita média, que, por sua vez é o mesmo da
curva de demanda de mercado:

RMg=RMe=P

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EQUILÍBRIO DE UMA FIRMA EM CONCORRÊNCIA PERFEITA

 Já dissemos anteriormente, que o objetivo da firma é maximizar seus


lucros.

 Definido Lucros é a diferença entre a Receita Total obtida nas vendas e


Custo Total temos a seguinte equação:

 Essa equação nos diz que o lucro da firma depende da quantidade por ela
vendida. Ou seja, o lucro é função da quantidade.

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 Notemos também que, obviamente, tanto a receita, quanto os custos


dependem da quantidade produzida e vendida. Ou seja, ambos são
função da quantidade.

 Temos, nesse caso, uma função Lucro que é composta por outras duas
funções: A função de Receita e a função de Custo.

 Uma contribui positivamente para o lucro. A outra contribui


negativamente.

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 Sendo assim, se quisermos encontrar o ponto de lucro máximo devemos


encontrar o ponto em que a parte positiva é máxima e a parte negativa é
mínima.

 Traduzindo: Maximizar Lucros é equivalente a Maximizar Receita e


Minimizar Custos simultaneamente.

 Do ponto de vista matemático, como resolver esse problema?

 Aprendemos em cálculo que pontos de máximo e de mínimo de funções


têm sua derivada primeira igual a zero. Façamos isso, então:

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 Assim vemos que o lucro máximo é obtido quando a Receita Marginal se


iguala ao Custo Marginal

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 Atenção: Lembrem-se disso! Esse é um princípio universal de maximização


de lucros independentemente da estrutura de mercado!

 Ou seja: Não importa se a empresa está operando em um mercado de


concorrência perfeita ou se ela é monopolista. Para atingir o lucro máximo
ela sempre iguala sua Receita Marginal ao Custo Marginal.

 Por que? Simples: oferta-se algo até o ponto em isso seja lucrativo na
margem.

 Essa é a lógica da Ciência Econômica: Enquanto o benefício de uma atitude


superar seus custos, os agentes incorreram nessa atitude.

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 Agora pensemos:

o Se o retorno marginal de cada unidade vendida é constante e igual o


preço, por que as firmas em concorrência perfeita não inundam o
mercado com infinitos produtos?

o O que faz com que esse sistema tenha solução finita?

 Vamos revisitar nossas equações:

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 Só podem ser os custos claro!

 Nesse cenário, os custos marginais das firmas têm de crescentes, senão


observaríamos produção infinita.

 Qual propriedade faz com que os custos sejam crescentes?

o A LEI DOS RENDIMENTOS DESCRESCENTES

 Como nunca observamos nenhum setor produzir infinitas unidades ela é


uma hipótese bastante razoável.

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PRODUTOS
HOMOGÊNEOS
TOMADORES DE
PREÇOS
AUSÊNCIA DE
BARREIRAS À
ENTRADA CONCORRÊNCIA
PERFEITA
PRODUTORES CONHECEM
PERFEITA SUAS FUNÇÕES DE CUSTO
INFORMAÇÃO NO
MERCADO CONSUMIDORES CONHECEM
SUAS FUNÇÕES DE UTILIDADE

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