1ª Série PV - 2º semestre
1ª Série PV - 2º semestre
1ª Série PV - 2º semestre
PROJETO DE VIDA
3º BIMESTRE
Caro(a) Professor(a),
Neste bimestre, os estudantes devem construir o Plano de Ação do seu Projeto de Vida, seguin-
do um passo a passo no decorrer das aulas. É importante que eles demonstrem motivação para seguir
adiante nos seus estudos, pois tudo o que aprenderam até este momento será necessário para a
construção desse Plano de Ação. Primeiramente, é importante ter em mente as bases de construção
do Projeto de Vida dos estudantes, que são:
• os valores que os levem a não ser indiferentes aos problemas e o engajamento na busca de
soluções;
Essas capacidades dizem respeito à relação do estudante consigo mesmo, pois, à medida que
se descobrem, reconhecem suas forças e seus limites, buscando superá-los. É por esse motivo,
professor(a), que, para construir um Projeto de Vida, é preciso gerar condições para que os estudantes
desenvolvam também autoestima e autoconceito. Essas condições são imprescindíveis para que o
estudante possa fazer escolhas de forma autônoma, solidária e competente, pois:
• desejar estar no futuro e dar-se conta do que precisa ser feito é o primeiro passo para sonhar;
• O que sabem sobre si mesmo vai compor o primeiro item do Plano de Ação do Projeto de
Vida, que servirá para organizar as ações de cada um, para a realização dos seus sonhos;
• O Plano de Ação é um instrumento de planejamento das ações, que auxiliará nas escolhas e
nas decisões de cada um diante da vida;
• É por meio do Plano de Ação que será possível transformar sonho em realidade;
• O Plano de Ação permitirá que cada um possa agir e fazer escolhas de forma mais consciente.
Ementa: Reflexão dos estudantes sobre suas identidades, a partir das diferentes relações sociais
que vivenciam, na escola e na comunidade. O componente Projeto de Vida acolhe e apoia o estudan-
te da 1ª série na chegada ao ensino médio no que diz respeito à capacidade de se conhecer – identi-
ficando seus processos de formação pessoal e sua relação com a família, com a escola e com a co-
munidade –, de qualificar as relações que estabelece com os outros e de se abrir a novas experiências
intelectuais, culturais e estéticas, aos aprendizados que serão construídos nessas experiências e à di-
versidade de caminhos para a autorrealização que delas decorre, além de fazer escolha de itinerário
formativo, considerando seu Projeto de Vida.
Situação de Competências
Objetivos
Aprendizagem socioemocionais
Situação de Competências
Objetivos
Aprendizagem socioemocionais
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A VIDA É UM PROJETO
Objetivo: Refletir sobre a importância de planejar o futuro por meio da elaboração do
Plano de Ação do seu Projeto de Vida.
1. A primeira questão da atividade “O que vem antes do Plano?” - apresenta dois textos para
reflexão dos estudantes. Professor(a), estimule reflexões sobre a importância de sonhar e perseguir o
que se quer. Sobre isso, fale do protagonismo como fundamental para fazer escolhas e tomar
decisões. Você pode explicar para os estudantes que protagonismo tem relação com os seguintes
aspectos:
Sabe que a realidade nem sempre é o que você gostaria, mas persiste no que quer.
Como exemplo de pessoa protagonista, você pode utilizar Gandhi, autor do Texto 1 no Caderno
do Estudante e do livro A única revolução possível é dentro de nós. Vale salientar que o foco do
exemplo não é a vida religiosa de Gandhi ou a sua relação com a política, mas sim o seu exemplo
de determinação, bem como a sua disciplina diária para o alcance dos seus objetivos. Você pode
trazer outros exemplos ou solicitar que os estudantes tragam os seus. O importante é que eles
construam suas próprias referências e se enxerguem como agentes de mudanças, a começar pelo
que querem transformar em suas próprias vidas.
Já o Texto 2 é uma citação do livro de Antônio Carlos Gomes da Costa, Educação e Vida, que
trata do sentido da vida, cabendo aos estudantes refletirem sobre o poder de suas escolhas.
Considere, na sua fala, que a construção de um Projeto de Vida pressupõe escolhas, em todas as
fases da vida.
2. Comente que, desde muito pequenas, todas as pessoas fazem escolhas que atravessam
toda a vida. Isso significa que todas elas devem decidir o que é melhor para si e buscar as condições
para a sua realização. Partindo dessas explicações, professor(a), procure saber: como os estudantes
entendem isso? Como eles escolhem o que querem? Será que sabem o que é melhor para si?
PROJETO DE VIDA 263
Será que definem critérios para isso? Será que sabem que as escolhas são fruto de uma opção
individual? Essas discussões são preparatórias para que eles respondam à segunda questão da
atividade “O que vem antes do Plano?”
Sobre o compromisso consigo mesmo para o alcance do que desejam, diga aos estudantes que
se comprometer com qualquer coisa é uma demonstração de responsabilidade. Em linhas gerais,
não é possível ser responsável pelas escolhas que fazem se não existe comprometimento. Ao falar a
respeito disso, converse com eles sobre como costumam estabelecer compromissos consigo
mesmos: isso é fácil? Quais são as resistências que identificam? Pergunte se fica mais fácil quando
possuem clareza do que querem.
3. Na sequência, pensando na motivação dos estudantes, verifique o que pensam sobre Projeto
de Vida e sobre o impacto que as aulas da disciplina tem exercido na vida deles. Aproveite esse
momento para dizer que o Plano de Ação será um instrumento que vai reunir aprendizados sobre si
mesmos para que possam planejar suas ações do seu Projeto de Vida.
Além dessas questões, é importante que os estudantes consigam identificar pessoas que realizaram
um grande feito enquanto inspirações para seus Projetos de Vida. Ajude os estudantes a identificarem
o que existe em comum nos exemplos trazidos por eles. As pessoas que identificaram, de alguma
maneira, idealizaram algo e planejaram o que fazer?
Por último, professor(a), para a construção da base do Plano de Ação, peça aos (às) estudantes que
descrevam individualmente um pequeno relato sobre quem são, contando quais os sonhos de cada um
e aonde querem chegar, conforme a terceira questão da atividade “O que vem antes do Plano?” Essas
questões serão fundamentais para a definição dos valores, da visão e da missão do Plano de Ação. O
pequeno relato sobre quem são vai compor a introdução do Plano de Ação dos estudantes. Assim sendo,
professor(a), no campo da introdução, as informações que os estudantes devem apresentar consistem em
um breve relato sobre quem são e quais são seus sonhos. Eles podem criar um texto narrativo, que
apresente informações sobre isso. Peça a eles que destaquem o que for mais relevante nessa escrita.
Professor(a), perceba que o preenchimento dessas questões introduz o Plano de Ação e forma um
quebra-cabeça, dando sentido ao Projeto de Vida. Apesar de ser um instrumento puramente
estratégico, o Plano de Ação é dinâmico, construído por meio de um processo reflexivo de muitas
idas e vindas sobre questões da vida do próprio estudante. Oriente-os a preencher a introdução do
Plano de Ação em suas casas.
Vale ressaltar que tanto as respostas quanto a síntese que os estudantes vão fazer em casa são
de cunho pessoal e, por isso, não cabe julgamento algum.
4. Sobre o sonho, lembre-se de que ele não tem tamanho, não é mensurável. Dessa forma, os
estudantes não devem ter medo ou vergonha de descrever o seu sonho pensando no que os outros
vão pensar: se é pequeno, bobo, infantil, intangível, impossível. Nada disso importa. O importante é
que o sonho realmente faça sentido para o estudante. Incentive-os a buscar os seus sonhos, pois o
sabor de realizá-los vai depender de quanto o sonho é importante para cada um.
264 CADERNO DO PROFESSOR
Nesta Situação de Aprendizagem, é necessário que os estudantes saibam que o sonho só poderá
ser transformado em realidade se, de fato, eles acreditarem nele, tomando-o como parte da sua vida
e da sua rotina, haja vista que, somente ao apropriar-se do sonho, é possível estabelecer rotas para
alcançá-los. Além disso, saber aonde querem chegar é requisito para iniciar um bom planejamento.
Só quem sonha consegue definir como chegar aonde quer.
Para finalizar a atividade, provoque a turma: tudo seria maravilhoso se bastasse imaginar as coisas
para elas acontecerem, não é mesmo‑? A vida seria muito mais fácil, mas talvez perderia um pouco de
graça, pois o inesperado pode trazer alegrias e coisas boas para a vida também. Contudo, planejar é
importante não apenas para se ter o controle sobre aquilo que se busca alcançar. Serve, também, para
encarar melhor algo que venha a não dar certo ou que não dependa apenas da pessoa para se realizar.
É por isso que o Projeto de Vida exige um Plano de Ação, que será trabalhado durante todo o bimestre.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
DO SONHO À REALIDADE: A ARTE DO PLANEJAMENTO
Professor(a), nesta Situação de Aprendizagem, os estudantes vão conhecer a estrutura geral do Plano
de Ação. Além disso, eles devem iniciar a construção do seu Plano. A competência socioemocional
em foco é a organização.
Como referência de estrutura de Plano de Ação, considere a imagem na sequência, que também cons-
ta no Caderno do Estudante. Essa estrutura deve ser utilizada pelos estudantes durante as próximas
aulas. A partir da visualização dela, é importante que você entenda como as aulas estão organizadas:
PROJETO DE VIDA 265
Então, avise aos (às) estudantes que as etapas apresentadas nessa estrutura serão construídas por
partes a cada aula e que você estará ao lado da turma durante todo o processo. Para todos se familia-
rizarem com a imagem, leia todas as etapas do Plano de Ação juntamente com os estudantes. Reforce
que o Plano que estão vendo deve ser usado para o planejamento e para a realização dos sonhos. Ele
deverá, portanto, ser consultado antes, sempre que precisarem tomar uma decisão. A seguir, compar-
tilhamos uma imagem ampliada do plano.
Organização - Procure saber dos estudantes o que é para eles uma pessoa organizada.
Quais características essa pessoa possui? Eles se consideram pessoas organizadas?
Como a organização pode ajudar na realização de atividades diárias?
268 CADERNO DO PROFESSOR
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AUTOAVALIAÇÃO FORMATIVA
Objetivos: - Promover o autoconhecimento e o acompanhamento acerca do desenvolvimento so-
cioemocional por meio do uso das rubricas.
- Propiciar momentos estruturados para o diálogo (devolutiva formativa) entre professor
e estudantes e estudantes entre si.
- Atualizar os planos de desenvolvimento pessoal.
Competência Competências socioemocionais priorizadas pela SEDUC/SP para a 1ª série: autocon-
socioemocional fiança, organização, responsabilidade, curiosidade para aprender, iniciativa social e
em foco: empatia.
No componente Projeto de Vida, a avaliação formativa é uma estratégia central para o desenvolvimento
intencional e ativo das competências socioemocionais e dos Planos de Desenvolvimento Pessoal dos
estudantes (PDP). Para isso, um instrumento de avaliação formativa por rubricas é utilizado.
A Situação de Aprendizagem “Avaliação Formativa de Competências Socioemocionais” acontece a cada
bimestre, de modo que os estudantes possam monitorar e engajar-se ativamente no processo de desen-
volvimento socioemocional, com o suporte da pedagogia da presença durante a mediação. Ela é com-
posta de três missões, que, no 3º bimestre, apresentam os seguintes objetivos: a Missão 1 (“De olho no
processo”) propõe um momento de devolutivas formativas entre pares (feedbacks). Já a Missão 2 (“Em
qual degrau me encontro?”) promove um novo momento de autoavaliação sobre o desenvolvimento de
competências socioemocionais por meio do instrumento de avaliação formativa, cujo passo a passo pre-
cisa ser seguido à risca. A uniformização do uso do instrumento garante a validade dos resultados e das
interpretações, ambos organizados em um relatório com insumos para as devolutivas formativas do pró-
ximo bimestre. Essa autoavaliação tem como foco duas competências socioemocionais priorizadas pela
turma no 1º bimestre. A Missão 3 (“Atualizando meu PDP”) enfoca a revisão dos planos de desenvolvi-
mento pessoal dos estudantes, segundo os aprendizados acumulados no percurso de Projeto de Vida.
Missão 1: De olho no processo
• Conte para os estudantes que chegou o momento de mais uma avaliação formativa, reafirmando
a importância da proposta para seus projetos pessoais, já que ela permite que reflitam como estão
colocando em prática as ações do plano de desenvolvimento pessoal e identifiquem o que está
dando certo e o que precisa ser melhorado. Então, pergunte o que eles pensam e sentem quando
algo que planejaram não sai como desejado e escute mais um ou dois (duas) estudantes.
PROJETO DE VIDA 269
• Esclareça que, agora, como nos outros anos, é momento de “dar zoom em algumas jogadas”. Eles
vão examinar o próprio desempenho a partir da análise dos planos de desenvolvimento pessoal. A
ideia é que todos aprendam a transformar o que está dando “errado” em uma boa oportunidade
de aprendizagem e desenvolvimento.
• Organize os jovens em quartetos e peça que sigam os passos da atividade “Mão na massa: Raio-x
de uma jogada”. Lembre-os de que vão realizar um exercício de Raio-x de uma situação escolar em
que, na avaliação deles, não conseguiram exercitar as duas competências socioemocionais priori-
zadas pela turma ou poderiam tê-las exercitado com mais qualidade. A situação escolhida pode ter
sido vivenciada em Projeto de Vida, em outro componente ou no ambiente escolar em geral. Para
fazer a avaliação em grupo, os jovens precisam revisitar o que foi definido e registrado em seus
planos de desenvolvimento pessoal nos bimestres anteriores. Ao mediar a reflexão sobre o que
“Deu ruim?”, pontue que deve ser considerado o que não está dando certo como oportunidade de
aprendizagem e de desenvolvimento: é a chance de fazer “ajustes de rota”.
• Instigue a interação e o espírito colaborativo. Os estudantes precisam perceber que podem ofere-
cer contribuições aos colegas e aprender com os exemplos e as atitudes dos outros, sem julgar os
erros como algo negativo. Se o tempo permitir, peça aos estudantes que indiquem exemplos de
situações em que foram “bem-sucedidos” ao mobilizar competências socioemocionais, guiando a
conversa para a conclusão de que elas são essenciais para a vida.
Missão 2: Em que degrau me encontro?
• Na Missão 2, os estudantes vão refletir sobre as condições de cada um deles para seguir no jogo
de seus projetos de vida. Para tanto, vão preencher o instrumento de avaliação formativa por ru-
bricas.
Peça aos estudantes que abram o Caderno do Estudante na página da Missão 2 (e sigam as orientações
dadas. Se necessário, relembre alguns aspectos do instrumento antes de iniciar a autoavaliação.
270 CADERNO DO PROFESSOR
Nesse instrumento, a palavra “rubrica” é a representação dos estágios em que uma pessoa pode
se encontrar no desenvolvimento de uma competência. Cada estágio é chamado de “degrau”,
que vai do 1 ao 4. Os degraus 1-4 são acompanhados por descrição/frases. Já os degraus
intermediários (1-2, 2-3, 3-4) referem-se a situações intermediárias em que o estudante considera
que seu degrau de desenvolvimento na rubrica é maior do que o anterior, mas ainda não alcança
o nível seguinte.
No preenchimento das rubricas das duas competências priorizadas pela turma, solicite que os jovens
pensem como as exercitaram nos últimos meses: como você mudou com relação a essas competências
desde o preenchimento do 1º e do 2º bimestres até chegar ao 3º?
• Esclareça que se deve registrar, para cada autoavaliação das competências, pelo menos uma evidên-
cia ou exemplo concreto/prático que justifique por que o estudante se vê num degrau e não em outro.
Ajude os estudantes a explicitar essas evidências a partir de perguntas disparadoras sobre situações
que vivenciaram dentro e fora da escola. O preenchimento deve ser realizado com qualidade e em um
único encontro. Sublinhe a necessidade de concentração e tranquilidade durante a autoavaliação.
• Após o preenchimento do instrumento de rubricas, solicite aos(às) estudantes que se agrupem nos
mesmos quartetos da Missão 1 e façam juntos a atividade “Mão na massa: Minhas competências
e minhas escolhas”. Durante a leitura e a realização das tarefas, convide-os a discutir os exemplos
entre si, de forma que compreendam a relação da situação com a competência socioemocional
apresentada. Fique atento às dúvidas e às demandas específicas dos grupos.
• Concluída a leitura, os estudantes devem avaliar as ações descritas em seus PDPs e determinar
novas estratégias para potencializar o desenvolvimento das competências priorizadas.
• Encerre a Situação de Aprendizagem reconhecendo as conquistas e os progressos da turma.
Sempre incentive os estudantes a manter a atenção nas ações estabelecidas individualmente, a fim
de que deem continuidade à jornada de desenvolvimento pessoal. Nesse processo, eles não estão
sozinhos, pois podem contar com seu apoio e também com o das pessoas que fazem parte dos
círculos de convivência e amizade deles.
PROJETO DE VIDA 271
Para refletir:
• Como você avalia o clima da turma durante as devolutivas entre pares? Os estudantes foram
respeitosos e apresentaram pontos com a intenção de valorizar e contribuir para o desenvolvi-
mento dos colegas?
• Pelo que observou na Missão 3, como anda o engajamento dos estudantes na construção e na
realização das ações de seus PDPs? O que você poderia fazer para motivá-los a pôr ainda mais
em prática seus PDPs?
• Com base em seu conhecimento dos PDPs da turma, é possível identificar quais estudantes
você priorizará para a devolutiva individual nas próximas semanas? Por quê?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
UM CAMINHO A SER SEGUIDO
Objetivo: Definir as premissas e os objetivos do Plano de Ação do Projeto de
Vida.
Autoconfiança é um sentimento de força interior – é sentir-se bem com o que somos, com a vida
que vivemos e manter expectativas otimistas sobre o futuro. É a voz interior que diz “sim, eu posso”,
mesmo se, no exato momento, as coisas pareçam difíceis ou não estejam indo tão bem.
Primeiro Momento
Professor(a), de acordo com o que se pede na atividade “Não abro mão”, antes de explicar o que é pre-
missa, é necessário retomar o entendimento dos estudantes sobre valores e o que definiram sobre isso
em seus Planos, pois as premissas surgem dos valores. Assim, não custa lembrar a definição de valores:
• Os valores são convicções, crenças dominantes definidas pela própria pessoa, condizentes com a
forma de ser e de agir de uma pessoa. Assim como os valores, as premissas devem nortear todas
as decisões dos estudantes. Ao entender isso, veja a definição de premissas:
• Premissas são verdades assumidas, condições das quais não se abre mão e, por isso, devem ser
lembradas constantemente. São revisitadas sempre que for necessário ajustar algo no Plano de
Ação. Elas advêm dos valores que devem guiar a conduta e as decisões dos estudantes.
É importante saber que é das premissas que vão partir não apenas os objetivos, mas também as
prioridades e os resultados que os estudantes esperam alcançar no Plano de Ação dos seus Projetos
de Vida. Para entender melhor o que é premissa, veja mais explicações e um exemplo que devem
apoiá-lo(a) nas mediações junto aos(às) estudantes:
a) Uma premissa é sempre uma afirmativa e não cabe o uso de “deverá” ou expressões
equivalentes.
c) Uma premissa é algo externo ao planejamento e, por isso, é do ambiente para o qual se pla-
neja e no qual as coisas devem acontecer.
e) Existe uma relação entre premissas, riscos e restrições. Isso ocorre porque ninguém pode
basear um planejamento em restrições e em riscos.
PROJETO DE VIDA 273
1. Partindo disso, é recomendado que os estudantes definam as premissas por categorias para facilitar
a execução da atividade “Não abro mão!”. Peça exemplos de uma premissa voltada para a família,
uma para os estudos e outra para a saúde, por exemplo.
Ao final, em roda de conversa, solicite aos estudantes que queiram que compartilhem suas premissas.
Aproveite esse momento para dizer que todas as decisões tomadas pelos estudantes devem considerar,
daqui para frente, as premissas definidas no Plano de Ação. Além disso, é importante destacar que a
reflexão sobre os valores e as premissas podem auxiliar no desenvolvimento da autoconfiança, por terem
clareza do seu Plano de Ação, sonhos e passos a serem seguidos.
Segundo Momento
Na sequência, diga aos estudantes que você vai para mais uma etapa do Plano, a que trata dos obje-
tivos. Reforce que os objetivos derivam diretamente das premissas e constituem uma etapa essencial
para o estabelecimento das metas. Tenha em mente que os objetivos têm a função básica de conduzir
às metas. E, diferentemente do sonho, os objetivos partem do lugar e das condições atuais que se tem.
Ou seja, são limitados pela realidade na qual o estudante está inserido. É por isso que devem ser claros
e não podem deixar dúvidas sobre quais serão as metas e as ações dos estudantes para alcançá-los.
• Perceba que não há como falar de objetivos sem tratar de metas e ações. Assim, faça as mediações
necessárias entre essas etapas, considerando o seguinte:
• A cada meta alcançada, há a aproximação com o objetivo, pois não existem metas por si mesmas.
• Entre os objetivos e as metas, estão as ações detalhadas.
Os objetivos, além de serem definidos com clareza, devem ser exequíveis e passíveis de avaliação con-
creta ao final de um período.
274 CADERNO DO PROFESSOR
1. Sabendo disso, conforme solicitado na atividade “O que pretendo alcançar?” os estudantes devem
definir os objetivos do seu Plano de Ação. Para isso, peça que retomem, mais uma vez, o modelo do
Plano de Ação disponibilizado na aula “Do sonho à realidade: a arte do planejamento”, além de reto-
marem seus registros sobre visão, missão e premissas, pois os objetivos seguem após essas etapas.
Ao final, é importante que os estudantes façam a leitura dos objetivos que definiram e se certifiquem
de que estão alinhados com o seu sonho. Considere que os objetivos definidos pelos estudantes não
precisam ser estabelecidos com a utilização de verbos no infinitivo. Isso porque é possível escrever um
objetivo como se ele já tivesse sido alcançado ou que indique uma “conquista”, por exemplo: “aprovação
na escola sem ir para a recuperação”.
Ao definirem os objetivos, estimule os estudantes a pensar em como eles serão cumpridos e nas metas
relacionadas a cada um. Ao fazer isso, os estudantes vão compreendendo a importância de mensurar
os resultados dos objetivos. Pergunte-lhes se são capazes de estabelecer algumas métricas para medir
a efetividade na realização dos objetivos que propuseram.
Ao final desta Situação de Aprendizagem, cabe perguntar aos estudantes se perceberam que mais uma
peça do quebra-cabeça chamado “Objetivos do Plano de Ação” se encaixa. Procure saber deles qual é a
sensação de ver os objetivos do seu Plano estabelecidos. Será que eles estão entusiasmados, otimistas
na consecução do seu Projeto de Vida? Procure saber sobre isso, professor(a). Perceba como anda a
autoconfiança deles. Tenha em mente que, a partir do momento em que os estudantes refletem sobre
suas vidas e organizam as etapas do seu Plano, eles passam a acreditar em si mesmos, nas suas poten-
cialidades e no que querem alcançar.
PROJETO DE VIDA 275
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
TENHO UM SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO CHEGAR?
Esta Situação de Aprendizagem prepara os estudantes para a execução do seu Plano de Ação toman-
do como ponto de partida três etapas inseparáveis: os objetivos, as metas e as ações. Para início de
conversa com os estudantes, é preciso retomar a Situação de Aprendizagem 4, pois é dos objetivos
que essa conversa deve iniciar. A competência socioemocional em foco é a organização.
No Caderno do Estudante, existe um texto introdutório sobre o assunto. Tome como referência esse
material para que os estudantes repensem seus objetivos, de acordo com as questões:
• O que eu realmente quero?
• O que é preciso fazer para alcançar o que eu desejo?
• O que, de fato, é importante para alcançar os meus objetivos?
Ao pensar sobre essas questões, os estudantes são estimulados a refletirem, também, sobre as metas
do seu Plano e sobre a necessidade de monitorar os resultados. São os indicadores que medem o al-
cance de resultados por meio das metas. Partindo disso, leia a definição de indicadores que consta no
Caderno do Estudante, bem como os dois exemplos de metas disponíveis na sequência do Caderno.
A saber, professor(a), o primeiro exemplo, que é sobre um estudante que sonha em ser um atleta de
corrida, é apresentado em todas as etapas anteriores do Plano de Ação, o que possibilita uma ampliação
do entendimento dos estudantes. Assim, aproveite o exemplo para explorá-lo a partir das dúvidas que
os estudantes ainda possam ter sobre o Plano de Ação. Já o segundo exemplo é sobre organização do
quarto. Nesse sentido, vale ressaltar que Projeto de Vida não é sobre definição de carreira. Por isso, as
escolhas e as decisões dos estudantes não têm direcionamento profissional, pois são muito mais am-
plas. Contudo, aprende-se a fazer escolhas acertadas e a tomar decisões adequadas trazendo a noção
sobre Plano de Ação que, nesse caso, se aplica à rotina de um jovem. Essa é uma forma de aproximar o
conteúdo dos estudantes e torná-lo mais didático. O exemplo é simples e riquíssimo para tratar de quase
todas as etapas do Plano de Ação.
276 CADERNO DO PROFESSOR
1. Considere que, para definir metas, os estudantes precisam retomar os objetivos, uma vez que elas
devem ser específicas e mensuráveis. É por isso que se torna necessário tratar da construção de in-
dicadores já nesta aula. Perceba que os indicadores asseguram a precisão das metas estabelecidas.
É importante explicar que os indicadores são dados que representam um fenômeno e são usados para
mensurar um processo ou seus resultados. Eles possibilitam o monitoramento das ações no final de um
período e, por isso, são chamados de indicadores de processo e de resultado. Como você já deve ter
notado, professor(a), a definição de indicadores requer o conhecimento dos processos e das variáveis,
que influenciam e impactam o alcance das metas. Assim sendo, é necessário que as metas definidas
pelos estudantes sejam determinadas por meio de uma pontuação que evidencie os seus avanços e/ou
a efetividade daquilo que propuseram.
Para a definição das metas, os estudantes devem pensá-las de acordo com o que provoca um maior
impacto nos resultados que pretendem alcançar. Considere que as metas representam um grande pano
de fundo para as ações desenvolvidas em prol do alcance dos objetivos.
Ao pensar sobre as ações, os estudantes podem buscar estratégias que viabilizem as suas metas. Veja
isso nos seguintes exemplos.
2. Na segunda questão os estudantes devem se certificar se suas metas estão suficientemente claras.
Para isso, devem responder:
• O quanto você tem clareza das metas que acabou de definir? Sobre isso, peça aos (às) estudantes
que pensem nas ações exigidas para cada meta;
• Elas o levam aonde quer? Sobre isso, peça aos estudantes que pensem se as metas permitem atingir
os objetivos;
• Como você tem certeza do melhor caminho a ser seguido? Sobre isso, peça aos estudantes que
pensem em mais de uma possibilidade para se atingirem os objetivos;
• O que você julga, entre as suas ações, ser o mais importante a fazer para atingir as suas metas?
Sobre isso, peça aos (às) estudantes que pensem nas prioridades das suas metas – Quais devem
ser atingidas primeiro? Essa parte de priorização pode mobilizar a organização. Vale perguntar-lhes
como essa competência pode auxiliá-los no planejamento e na prática das metas?
Conversa com o(a) professor(a)
Professor(a), atenha-se a apoiar os estudantes a eleger as metas que são prio-
ridades do seu Plano, ou seja, a decidir sobre as metas que mais impactam os
objetivos do Plano e que, por isso, devem ser mobilizadas primeiro. Peça a eles
para circularem essas metas, para deixá-las em destaque.
Esperamos que, ao final da atividade, os estudantes tenham definido as metas do seu Plano de Ação,
assim como as ações e os indicadores. Ao concluir essas etapas, eles dão um “giro” completo no Plano,
que deve ser utilizado como base para o monitoramento dos resultados do seu Projeto de Vida daqui
para frente. Queremos que eles se sintam confiantes na concretização dos seus sonhos, assim como
consigam estabelecer compromisso com tudo o que definiram até este momento.
278 CADERNO DO PROFESSOR
Considere que atingir metas é cumprir compromissos. Ao cumpri-los, os estudantes se tornam pessoas
confiáveis e responsáveis. Sendo assim, verifique se o Plano de Ação está contribuindo para a organi-
zação e para o compromisso dos estudantes com os seus Projetos de Vida. Observe como eles lidam
com as frustrações das metas não atingidas, se demonstram tolerância consigo ou se sentem irritados.
Lembre-se de que é necessário apoiá-los na construção do Projeto de Vida em todas as etapas, para
que possam superar seus desafios.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
ACERTAR O ALVO: A IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS
Chegou o momento de propor aos (às) estudantes um caminho mais prático para o alcance de metas e
objetivos. A princípio, o conceito de Estratégia pode até estar claro para alguns estudantes devido aos
exemplos utilizados na situação de aprendizagem anterior. Contudo, é nesta Situação de Aprendizagem
que os estudantes aprenderão a definir as estratégias para otimização do seu Plano. Professor(a), elas
são meios para se chegar à visão do Plano de Ação.
Quando um ponto forte melhora ou faz uma meta ser atingida mais rapidamente, significa que as
estratégias definidas são precisas. Os pontos fortes, portanto, possibilitam romper com as limitações
que possuem (fatores internos ou externos) e criar mais possibilidades de execução do Plano.
Por isso, a competência socioemocional em foco é a autoconfiança.
PROJETO DE VIDA 279
PROJETO DE VIDA
4º BIMESTRE
PERCURSO FORMATIVO: O GPS DAS AULAS
Ementa: Reflexão dos estudantes sobre suas identidades, a partir das diferentes relações sociais
que vivenciam, na escola e na comunidade. O componente Projeto de Vida acolhe e apoia o estudante
da 1ª série na chegada ao ensino médio, no que diz respeito à: (I) capacidade de se conhecer, identifican-
do seus processos de formação pessoal e sua relação com a família, com a escola e com a comunidade;
(II) capacidade de qualificar as relações que estabelece com os outros; (III) capacidade de se abrir a novas
experiências intelectuais, culturais e estéticas, aos aprendizados que serão construídos nessas experiên-
cias e à diversidade de caminhos para a autorrealização que disso decorre; (IV) capacidade de fazer es-
colha de itinerário formativo, tomando decisões com responsabilidade, considerando seu Projeto de Vida.
Situação de Competências
Objetivos
Aprendizagem socioemocionais
1. Onde estou neste momento? Definir os indicadores de processo do plano de ação. Organização
Diretrizes Curriculares de
Projeto de Vida.
Projeto De Vida 281
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
ONDE ESTOU NESTE MOMENTO?
Professor(a), antes de seguir para as atividades propostas nesta aula, realize uma leitura conjunta
sobre o texto introdutório do Caderno do Estudante. Ela é a base das suas explicações sobre indica-
dores. Vale ressaltar que, antes de explicar sobre indicadores, o texto introdutório retoma informações
sobre a importância do planejamento que, até esta aula, possibilitou aos(às) estudantes:
• saber como executar o que é preciso para tornar as suas ideias e os seus sonhos realidade.
Assim, dedique tempo para tratar desses três pontos e ressalte que é na etapa de planejamento
do Plano de Ação que se definem os indicadores. Utilize a imagem e as explicações a seguir para re-
forçar essa questão e desconstruir a lógica inversa de que só durante a execução do Plano as pesso-
as devem se preocupar com o modo como vão mensurar os seus resultados.
Esses gráficos aparecem com frequência nas redes sociais, em diferentes idiomas. Apesar de ser
uma brincadeira, eles representam bem o que o estudante aprenderá nesta aula sobre indicadores.
Vamos explorá-los?
• O primeiro gráfico possui uma linha reta; simbolicamente, considere “O que planejei” uma
referência a trajetórias que seguem uma linha reta;
Essas imagens servem para ilustrar o que pode acontecer quando faltam indicadores de proces-
so no planejamento, ou seja, quando faltam indicações que permitem verificar em que ponto as coisas
estão a cada momento em relação às metas de cada pessoa.
Lembre-se de que essa etapa do Plano foi introduzida em aulas anteriores. Por isso, os estudan-
tes já estão familiarizados com a palavra “indicadores” e com o seu significado. Inclusive, eles escreve-
ram sobre Indicadores de Resultados na Situação de Aprendizagem “Tenho um sonho e um plano,
mas aonde quero chegar?”. Assim, faça um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes
para explicar agora o que são os Indicadores de Processo.
Para isso, considere que a construção e a aplicação de indicadores são grandes desafios para os
estudantes. O primeiro passo é enfrentar o que significam, sua importância no dia a dia, nas suas ati-
vidades e na conquista dos resultados esperados. Vale lembrá-lo da sua definição:
• São dados que representam um fenômeno e são usados para mensurar um processo ou
seus resultados.
• É monitorar as atividades dos estudantes para indicar quão bem os processos se encontram,
permitindo o alcance das metas pactuadas.
Registrar nossos objetivos em um Plano de Ação, monitorar quais passos já foram realizados e
identificar aqueles que ainda precisam ser dados e em quais momentos é uma maneira de desenvolver
a competência socioemocional Organização. Neste encontro, sinalize que a organização pode ser
mobilizada nas etapas percorridas durante as atividades e na construção de indicadores que ajudarão
os estudantes a acompanhar suas metas.
fácil para os estudantes discutirem sobre as informações do texto 1 “Desvio das Ações” e texto 2
“Ações Complementares”. A proposta é que o estudo dirigido possibilite aos (às) estudantes discutirem
maneiras de alcançar os resultados esperados, por meio do acompanhamento das ações e da identifica-
ção de algo que não está indo bem e precisa de uma intervenção. Acompanhe as discussões dos estu-
dantes para mediar essas relações, pois elas levam à identificação dos indicadores de processo.
No texto 1 (“Desvio das Ações”), os estudantes devem indicar as três ações que são feitas na
fase de acompanhamento do Plano de Ação. São elas: identificar possíveis erros, avaliar os
desvios e ajustar o que for preciso. É importante que você saiba que o acompanhamento é indis-
sociável da execução e da avaliação. Por isso, não há como falar de indicadores de processo sem
olhar para todo o Plano de Ação. É por meio dos indicadores de processo que se tem informações
relevantes para que o estudante possa identificar quando algo não está seguindo conforme o planeja-
do e verificar os desvios, antes mesmo de os erros serem cometidos. Portanto, os indicadores de
processo permitem um acompanhamento rotineiro e sistemático do Plano de Ação.
Após esse primeiro momento da atividade, solicite aos estudantes que tenham em
mãos o seu Plano de Ação para que possam resgatar os registros sobre as prioridades, as
metas e os seus indicadores de resultado e transcrevê-los na planilha. No Caderno do Estu-
dante, há um exemplo da planilha preenchida. Explore as informações contidas nela para dar expli-
cações aos estudantes.
Prioridade 1:
Indicador de resultado: Meta:
Prioridade 2:
Indicador de resultado: Meta:
Professor(a), note que cada indicador de resultado tem uma relação direta com as prioridades e
as metas do Plano de Ação. Isso quer dizer que o indicador de resultado representa o que foi
feito, no conjunto de cada meta atingida, que leva aos objetivos. Portanto, só é possível me-
dir os resultados ao final do processo. Dessa maneira, existe uma especificidade do indicador de
processo, que monitora o Plano de Ação no âmbito das ações. Veja as explicações sobre prioridades,
para você apoiar melhor os estudantes sobre esse assunto.
• Estabelecer prioridades significa definir o que é mais importante e o que vem primeiro, o que
fará a diferença na obtenção das metas. É importante refletir sobre cada um dos objetivos,
elegendo como prioritários os pontos que provocarão maior impacto nos resultados ao longo
do tempo.
• Uma das razões do fracasso na obtenção dos resultados previstos se deve à perda de
foco nas prioridades. Portanto, é importante instituir e praticar uma constante
avaliação, comparando os resultados parciais com as metas planejadas. Tudo que
consta no Plano de Ação do estudante é importante, mas nem tudo é prioritário. As coisas se
tornam urgentes em função de um planejamento ineficaz e insuficiente. Prioritário é aquilo que,
ao ser levado a cabo, nos leva a alcançar os resultados esperados. Priorizar significa concentrar
esforços. Deve haver um número moderado de prioridades com o qual o estudante possa
efetivamente lidar, ou seja, algo em torno de uma a três prioridades para cada objetivo.
Dando sequência à atividade, após o registro dos indicadores de resultado, os estudantes de-
vem definir os indicadores de processo do seu Plano, conforme planilha. No Caderno do Estudante,
há um exemplo da planilha preenchida. Explore as informações contidas nela para dar explicações
Projeto De Vida 285
aos estudantes.
Prioridade 1:
Indicador de resultado: Meta: Indicador de processo: Período:
Prioridade 2:
Indicador de resultado: Meta: Indicador de processo: Período:
• Um indicador deve ser simples, claro, sem ambiguidade e precisa descrever com clareza o que
está sendo medido.
• Palavras como “melhorar”, “aumentar” e “reduzir”, isoladamente, não são adequadas para um
indicador. É importante estabelecer aonde realmente se quer chegar, se possível, quantificando.
• Um indicador é confiável quando serve para medir alguma coisa ao longo do tempo e da
mesma forma, independentemente de que seja o observador.
• Para acompanhar bem o andamento do processo, não basta dar uma olhada e controlar “de
vez em quando”: é preciso fazer isso com intervalos regulares, de acordo com as metas
definidas. Isso evita surpresas, que algo não possa ser corrigido e/ou que as ações não possam
ser alteradas.
• Nem sempre é possível quantificar as informações. Nesse caso, pode ser de grande ajuda
ouvir pessoas que nos informem como percebem as coisas para as quais nos faltam
indicadores “exatos”.
• Ele deve ser confiável: para os estudantes assegurarem que o seu indicador é confiável,
sugira a eles que compartilhem os seus indicadores com os colegas, pois isso enriquece o
olhar e pode dar mais segurança. Entretanto, considere que os comentários dos colegas são
bem-vindos se forem construtivos e se mantiverem dentro do espírito da atividade, que é o de
compartilhar para enriquecer o trabalho individual do Projeto de Vida de todos.
286 CADERNO DO PROFESSOR
• Ele deve ser preciso e claro: peça aos estudantes que compartilhem com os seus colegas
e perguntem se eles entendem o que é medido.
• Ele deve estar relacionado a um objetivo bem definido para não se tornar vago: peça
aos estudantes que retomem os objetivos do seu Plano. Lembre-se de que as prioridades
estão relacionadas diretamente aos objetivos.
• Ele deve ser prático: é importante dizer aos estudantes que o indicador de processo deve
trazer clareza sobre os passos da execução do Plano, sobre o que está acontecendo, e não
ser um fator que traga complexidade na verificação do que precisa ser medido.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
PARA ONDE EU VOU?
Em roda de conversa, faça um levantamento sobre o conhecimento prévio dos estudantes acer-
ca de indicadores de resultados, considerando a aprendizagem da aula anterior. Para estimular os
estudantes, seguem algumas questões para as discussões.
• Considerando o seu Plano de Ação, como saber se você atingiu os resultados que definiu
como esperados?
• Ao concluir todo o percurso estabelecido, como você sabe o que realmente conseguiu?
• Você sabe se conseguiu ir além ou esteve aquém do que estabeleceu? Como? E, se não
conseguiu, quanto exatamente lhe faltou para cumprir seu Plano?
Projeto De Vida 287
As questões anteriores, possibilitam aos estudantes entender e aprofundar ainda mais o que
sabem sobre indicadores de resultado. O foco desta aula é permitir que eles estabeleçam relações
entre os indicadores e os objetivos do seu Plano de Ação.
Professor(a), na conversa inicial com os estudantes, é importante lembrá-los de que os indica-
dores de resultado devem expressar e quantificar uma meta do Plano de Ação. Antes de os estudantes
partirem para a análise dos resultados apontados por seus indicadores, explore, juntamente com eles,
as seguintes afirmações.
• Devem contribuir de forma explícita para o cumprimento dos objetivos.
• Devem estar intimamente relacionados às principais conclusões do Plano de Ação (pon-
tos fracos, pontos fortes, oportunidades e ameaças).
• Devem medir desempenho, e não atividade.
• Devem ser simples e, de preferência, exigir pouca ou nenhuma explicação.
• Devem permitir fixação de metas e autonomia na obtenção delas.
• Pode-se começar com poucos indicadores, medindo-se apenas os processos bási-
cos, e aumentar gradativamente à medida que haja melhor sensibilidade ao trato
desse assunto.
Professor(a), neste momento, você pode também explorar o exemplo de indicador de resultado
que consta no Caderno do Estudante:
• Objetivo: Ter desempenho acima da média nos Componentes Curriculares das áreas de
Matemática e suas tecnologias e de Ciências da Natureza (Física e Química);
É importante que os estudantes compreendam quanto esforço e quanta energia serão necessá-
rios para alcançar os objetivos traçados para si mesmos, para que não desistam diante das dificulda-
des e que saibam como podem tomar essas decisões de forma bem pensada. Considerando isso, a
competência socioemocional em foco é a determinação.
Professor(a), saiba que os objetivos fornecem informações que levarão a dados passíveis de
mensuração, para a definição dos indicadores. Desse modo, peça aos estudantes que também visua-
lizem os objetivos do seu Plano. É por meio desse movimento de retomada dos objetivos e das metas
que os estudantes podem responder se sabem exatamente como conseguir o que pretendem
pois as metas apontam o caminho, e como conseguir apoiar uma nova validação das metas, que pos-
suem os seus respectivos indicadores para apontar os resultados.
Vale lembrar aos estudantes que os indicadores de resultado, sendo parte de um Plano de Ação,
devem ser estruturados antes da execução das tarefas e que foi por isso que eles definiram esse tipo
de indicador em aulas anteriores. É por esse motivo que a questão B da atividade “Como saber se
consegui?” questiona se eles sabem as condições atuais em que as metas deles se encontram.
Se as metas foram alcançadas, o indicador de resultado apontará isso. Portanto, a proposta da aula é
que os estudantes entendam essas relações entre os indicadores de resultado e as metas, além de
terem a oportunidade de ajustar, nesta aula, os seus indicadores de resultado, por meio de três requi-
sitos, apresentados a seguir.
• O ponto de vista da EFICIÊNCIA: se ele permite atingir seus objetivos usando o mínimo
possível de recursos.
• O ponto de vista da EFICÁCIA: se ele mede a realização daquilo que você se propôs a fazer.
• O ponto de vista da QUALIDADE: se ele permite você fazer aquilo a que se propôs tão bem
quanto deveria.
Lembre-se: nessa análise, além dos requisitos de eficiência, eficácia e qualidade, considere
o seguinte:
• Algumas perguntas que podem ajudar você na definição dos Indicadores de Resultado são:
“O que você deseja garantir/modificar? Quando você quer melhorar? Aonde você quer chegar?”;
• Ao considerar o Indicador de Resultado pense em qual a sua situação atual em relação à Meta
correspondente. Ela está muito longe?
Projeto De Vida 289
Ao final, em roda de conversa, peça aos estudantes que comentem o que acharam da aula, quais
foram os conhecimentos que adquiriram e se o que aprenderam facilitou os ajustes na definição dos
seus indicadores de resultado. Também peça a alguns deles que citem exemplos disso.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
O PROJETO DE VIDA NÃO TEM FIM
Nesta atividade, os estudantes vão refletir sobre a importância do monitoramento e como ele
acaba ocorrendo em todas as etapas do Plano. Também vão compreender que é por meio do monito-
ramento que se podem atingir níveis mais elevados de crescimento. Ao aprender a monitorar as ações,
logo compreendem que existe um ciclo infinito de melhoria.
ATIVIDADE 2
Os estudantes deverão se debruçar sobre seus Planos de Ação e imaginar uma linha do tempo
para analisar as suas ações empreendidas em relação a apenas um objetivo do seu Plano. Por esse
motivo, é solicitado que escolham um objetivo e seu indicador correspondente.
2 Fonte: Instituto de Corresponsabilidade pela Educação – ICE. Imagem elaborada, especialmente, para o material Projeto de Vida.
292 CADERNO DO PROFESSOR
Em seguida, os estudantes devem pensar sobre as prioridades das suas ações, ou seja, é im-
portante saber que não se estabelecem prioridades apenas em relação aos objetivos do plano.
Quando tratamos de monitoramento, também é importante determinar o que vem primeiro, no âm-
bito das próprias ações. É por esse motivo que as perguntas “Fiz o que prometi fazer? O previs-
to foi realmente feito? Teve desvio ou algo saiu diferente? Existe algo a ser corrigido, o que
está fora de controle?” podem apoiar o processo de cada jovem. Elas foram levantadas para que
os estudantes olhem para as suas ações. Nessa questão, os estudantes fazem uma sondagem de
como anda seu percurso, tendo em vista os pontos de referência identificados na questão 1 da ati-
vidade e os indicadores. Com clareza sobre tudo isso, podem monitorar o Plano com propriedade e
conseguirão estabelecer novas metas.
Professor(a), é importante fazer com que os estudantes percebam que o monitoramento mo-
vimenta todas as etapas do Plano de Ação, pois quando eles analisam se o planejado foi cumpri-
do, se houve desvios e identificam que precisam adotar medidas de ajuste, eles estão olhando
para todo o Plano. Essa aula é uma oportunidade para você ajudar os estudantes a olhar para a
visão que possuem, temática de aulas anteriores de Projeto de Vida. Assim, poderão partir de um
olhar macro para as incoerências, contradições de um olhar micro sobre as suas ações. Isso só é
possível quando se faz o monitoramento do Plano. É importante lembrar que planejar, executar,
acompanhar e avaliar são etapas contínuas do Plano de Ação, representantes de um ciclo de
melhoria contínua aplicado na vida dos estudantes. Na próxima aula, os estudantes vão aprofundar
os conhecimentos sobre melhoria contínua.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
E SE ALGO SAIU ERRADO? É PRECISO CORRIGIR A
TEMPO
Lidar com imprevistos, mudanças e solucionar proble-
Objetivo:
mas.
Professor(a), nesta aula você deve estimular um diálogo entre os estudantes sobre os erros mais
comuns do Plano de Ação e sobre as soluções possíveis para problemas identificados durante a exe-
cução do Plano. Para isso, a troca de experiência entre eles será fundamental, pois, além de o colega
contribuir com o ponto de vista, os estudantes passam a enxergar o erro como algo positivo e uma
oportunidade de crescimento. É importante que você os motive, durante toda a aula, a continuar per-
seguindo os próprios sonhos, mesmo diante dos erros cometidos até agora.
Projeto De Vida 293
Os estudantes devem preencher a primeira coluna com o problema escolhido. Por exemplo:
atraso na entrega das fichas de leitura de Redação (João). Professor(a), é importante que o preenchi-
mento da planilha ocorra disponibilizando os espaços da mesma linha para um mesmo estudante
responder em sequência a todas as etapas da atividade.
Solicite aos (às) estudantes que pensem e preencham a coluna “O que vai ser feito” para solu-
cionar o problema. Sobre essa informação da planilha, peça para conversarem com o mesmo colega
e que sugiram, caso consigam, uma solução para o problema desse colega também. Encontrando
uma solução, é importante que eles registrem na planilha, na mesma linha utilizada pelo colega.
Lembre-se de que toda solução de problema exige uma tomada de decisão, e isso antecede o
desenvolvimento de muitas habilidades – como determinação, compromisso e responsabilidade.
Nessa etapa, é importante que você realize uma leitura conjunta do texto introdutório da aula, que
consta no Caderno do Estudante. Esse texto motivará os estudantes a persistirem em seus sonhos,
294 CADERNO DO PROFESSOR
mesmo diante de alguns atropelos, erros cometidos ou dificuldades presentes nas suas vidas. Assim,
valorize o esforço deles e comente que todo o conhecimento construído até o momento nas aulas de
Projeto de Vida, permitiu que eles incluíssem um ciclo de melhoria contínua em suas vidas, para cres-
cimento pessoal.
individualmente, e não mais por meio de planilha compartilhada com a turma, pois as informações
exigidas agora requerem mais aprofundamento dos estudantes e são bastante pessoais. Elas também
demandam uma reflexão sobre as condições e sobre os recursos de que os estudantes dispõem. Veja,
na sequência, a planilha e passe este modelo para os estudantes.
Ao final da atividade, em roda de conversa, abra espaço para os estudantes que queiram comen-
tar sobre algumas ações corretivas do seu Plano e sobre quando acreditam que deverão executar a
ação. É importante escutá-los, aproveitando as oportunidades para mediar falas que reforcem a me-
lhoria contínua e o crescimento de cada um e para incentivá-los a não terem receio das mudanças que
precisam fazer no Plano de Ação. É importante que eles se sintam bem com cada passo na construção
do seu Projeto de Vida. Esse momento permite valorizar a trajetória de cada um e estimular a supera-
ção dos desafios.
Vale lembrar que as soluções apresentadas pelos estudantes e as ações precisam ser alinhadas
com os objetivos do Plano de Ação de cada estudante. Isso exigirá a revisão do Plano e um novo pla-
nejamento. Ou seja, os estudantes devem vivenciar um novo ciclo de melhoria contínua – PDCA.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
COMEÇAR DE NOVO: O PROJETO DE VIDA NÃO TEM FIM
É importante lembrar que a construção de um novo Plano de Ação é necessária após o período
de um ano, principalmente, se os estudantes tiveram os seus objetivos atingidos. Porém, isso não
296 CADERNO DO PROFESSOR
significa que tudo o que movimentaram ao longo do ano não serve mais. Pelo contrário, a experiência
é essencial para viver um novo ciclo de melhoria contínua.
Sendo assim, em roda de conversa, peça aos (às) estudantes que façam uma retrospectiva das
etapas do Plano, falando sobre quais acharam mais importantes, em quais tiveram mais facilidade para
entender, qual foi a mais desafiadora experimentar e/ou quais mereciam mais esforços da parte deles.
No decorrer dessa conversa, diga que a proposta dessa aula é direcionar o olhar deles para o
que pode ser otimizado no Plano. Portanto, será necessário identificar ações e estratégias que
possam ser replicadas.
Para fazer a retrospectiva, relembre todas as etapas do Plano (valores, visão, missão, premissas,
prioridades, objetivos, metas, estratégias e indicadores). Dedique tempo a apreciar as falas dos estu-
dantes sobre cada uma delas, valorizando a jornada de cada um.
A proposta é fazer dessa avaliação uma maneira de descobrir as aprendizagens alcançadas, bem
como de ajustar e construir o caminho de realização dos Projetos de Vida com otimismo. Por esse
motivo, a competência socioemocional em foco é a autoconfiança.
A partir das estratégias que não geraram o resultado esperado, solicite aos jovens que as anotem
na planilha no item 5 e, na sequência, detalhem as ações relacionadas às estratégias que fracassaram,
descrevendo também quais ficaram pendentes. Professor(a), todas essas informações estão no Plano
de Ação dos estudantes, e cabe a você apoiá-los para que as identifiquem. Estimule que eles estudem
o próprio Plano.
298 CADERNO DO PROFESSOR
Perceba que, nesse primeiro passo da atividade, os erros são tão importantes quanto os acertos.
Por isso, os estudantes identificam as estratégias que falharam. É olhando para o que não deu certo e
para o problema ocasionado pela falha na escolha da estratégia, que novas estratégias precisam ser
pensadas. Porém, para pensar sobre isso, peça aos estudantes que sigam para o segundo passo da
atividade. Nela, devem descrever os problemas e suas causas. Veja a planilha a seguir, disponibilizada
no Caderno do Estudante.
Após descreverem o que se pede na planilha anterior, peça que identifiquem a ação que deixou
de ser feita ou a estratégia que falhou nas causas do problema. Perceba que o foco dos problemas
agora tem origem nas estratégias. Estabelecer uma relação dos problemas com as estratégias per-
mite um olhar amplo sobre as ações. As estratégias falharam devido ao não cumprimento de
alguma ação? Ou isso ocorreu por que elas não foram efetivas? O segundo passo da ativida-
de é, justamente, dar essa visibilidade ao (à) estudante. No terceiro passo da atividade, peça aos
estudantes que pensem em novas estratégias ou na reformulação de alguma estratégia
que, se ajustada, resultará no alcance dos resultados do Plano. Veja a planilha apresentada no
Caderno do Estudante:
PLANO ESTRATÉGICO
Estratégias:
1______________________________________________________________________
2______________________________________________________________________
Por fim, oriente aos estudantes que contemplem as estratégias descritas no seu “novo” Plano de
Ação. Aproveite para lembrá-los sobre o percurso do Projeto de Vida até esta aula, que repre-
senta uma etapa do traçado entre “aquilo que eles são e querem ser”. Espera-se que todos se
sintam motivados a perseguirem os seus sonhos e a continuarem nessa construção, de melhoria con-
tínua, que é para toda a vida.
Orientações finais:
• Professor(a), sabendo que, durante todo o ano letivo, os estudantes registraram muitas
informações sobre o seu Projeto de Vida no Diário de práticas e vivências, é importante pedir a
eles que façam uma leitura de retomada desses registros, antes da elaboração do “novo” Plano
de Ação deles. Como você sabe, por meio desse diário, o estudante trouxe muitos elementos
essenciais, que tornaram mais significativa sua participação nas aulas de Projeto de Vida.
Projeto De Vida 299
• Aproveite o momento de finalização desta aula para valorizar a atuação de cada um diante dos
estímulos recebidos por você e o posicionamento de cada um como agente de transformação
da própria vida, sendo protagonista.
• Reforce o quanto a aprendizagem de cada um é importante para você e o quanto se sente feliz
por ter acompanhado, em todas as aulas, o esforço, a dedicação e o crescimento pessoal de
cada um, até esta etapa da vida deles.
• Lembre aos estudantes que não existe Projeto de Vida se eles não assumirem o protagonismo
de suas vidas. Portanto, é preciso que eles sejam agentes da própria vida. O bem-estar e
o crescimento pessoal de cada um dependem disso e favorecem a construção de seus
Projetos de Vida.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
AVALIAÇÃO FORMATIVA DE COMPETÊNCIAS
SOCIOEMOCIONAIS
- Promover o autoconhecimento e a autorregulação dos estudantes a partir da
avaliação de seus PDPs e do uso do instrumento de avaliação com base em
Objetivos
rubricas.
- Propiciar um momento de reflexão e apropriação de resultados.
Fechando um ciclo
Para concluir o processo de avaliação formativa, os jovens farão mais três missões. Vejamos os
objetivos delas:
• Missão 1: revisitar o Diário de práticas e vivências, a fim de avaliar o Plano de Desenvolvimento
Pessoal (PDP) e discutir sobre os registros e as reflexões feitos ao longo de cada bimestre.
• Missão 2: identificar o “degrau” atual de desenvolvimento das competências priorizadas na
1ª série, por meio do instrumento de avaliação por rubricas.
• Missão 3: criar uma linha do tempo focada no trabalho com as competências socioemocionais,
de modo a permitir a apropriação dos resultados do processo de desenvolvimento pessoal.
Se necessário, explique o sentido dos termos “avaliação formativa” e “rubricas” novamente, tal
como indicado nos cadernos dos bimestres anteriores. No preenchimento das rubricas, é fundamental
que os jovens apresentem ao menos uma evidência / vivência que justifique por que eles se veem num
degrau e não em outro. Esses exemplos mais concretos podem ser mobilizados a partir de perguntas
que os façam pensar em situações e competências vivenciadas dentro e fora da escola.
Para o bom andamento do processo, é importante que essa atividade seja realizada em um mes-
mo encontro. Portanto, informe o tempo disponível para que todos a concluam com tranquilidade.
Professor(a), auxilie os estudantes nas dúvidas que surgirem durante o preenchimento.
A proposta desta missão é criar uma linha do tempo para registrar o desenvolvimento das com-
petências socioemocionais na 1ª série. Para isso, cada estudante deve refletir sobre seu próprio desen-
volvimento, usando tudo aquilo que já foi discutido e trabalhado até agora na Situação de Aprendiza-
gem, e produzir sua própria linha do tempo, de modo a deixar bastante explícito seu percurso pessoal.
Como inspiração, o “Passo 1” da atividade “Mão na massa: Revendo meu desenvolvimento” traz
um conjunto de perguntas para facilitar e nortear o processo de criação dos estudantes (veja cada uma
delas no Caderno do Estudante). Faça uma leitura conjunta das questões e tire as dúvidas que surgi-
rem. Eles devem refletir sobre cada uma delas individualmente, anotando o que considerarem relevan-
te no Diário de práticas e vivências, para discuti-las com o trio posteriormente. Acompanhe os grupos
durante o bate-papo sobre as questões, intervindo quando julgar necessário.
Distribua os materiais para a confecção da linha do tempo (“Mão na massa: Meu desenvolvimen-
to no tempo”). Os estudantes podem compartilhar entre si aquilo que se encontra disponível na própria
302 CADERNO DO PROFESSOR
escola e o que trouxerem de casa, como cartolina, barbante, tinta, linha, material reciclado, revistas etc.
Faça os combinados previamente. Para apoiar essa construção, dê algumas orientações:
• pode apresentar marcos temporais do ano escolar, ou seja, mês e/ou dia do bimestre em
que aconteceram os eventos ligados ao desenvolvimento socioemocional recordados pelo
estudante;
• deve incluir marcos temporais da vida em geral, ou seja, momentos em que o estudante se
percebeu fazendo uso de alguma competência dentro e fora da escola;
Há várias maneiras de construir linhas do tempo, de acordo com os conteúdos que se preten-
de veicular, o público a que essa informação se destina e os recursos disponíveis para a sua produ-
ção. Sugerimos duas indicações, mas outros exemplos, impressos ou digitais, podem ser explora-
dos por você em sala de aula.
• Infográfico Trajetória Pessoal (Camila Pasinato): Esse infográfico de linha do tempo explora
recursos visuais e artísticos para contar a trajetória da própria autora. É formado por
ilustrações divertidas e diferentes tipos de fontes. Disponível em: https://bit.ly/3aCURbk.
Acesso em: 20 fev. 2021.
Ao final da elaboração da linha do tempo, organize uma roda de conversa para que todos apresen-
tem as produções e façam um momento de uma devolutiva coletiva. Mobilize os estudantes a contar
como foi a experiência deles e a citar alguma situação particular que gostariam de relembrar e comparti-
lhar com os colegas. Aproveite para expor suas considerações sobre o desenvolvimento socioemocional
da turma, trazendo à consciência dos estudantes as competências socioemocionais que foram intencio-
nalmente trabalhadas, em especial as que foram selecionadas como foco no começo do ano.
Nesse momento, também destaque alguns dos registros que você preparou em suas reflexões
pessoais no componente Projeto de Vida (para isso, retome seu Diário de bordo). Professor(a), avalie
o processo como um todo e exponha a importância desse trabalho para promover seu próprio desen-
volvimento socioemocional e seu projeto de vida pessoal. Encoraje-os, por fim, a registrar os principais
aprendizados dessa última conversa de devolutiva em seus Diários de práticas e vivências. Atenção:
Projeto De Vida 303
Busque valorizar esse momento final, criando um tom de reconhecimento e celebração. É hora de
parabenizar os estudantes pelas conquistas, pelos esforços, pelas tentativas e pela participação em
cada uma das propostas feitas ao longo do ano!
Quer deixar o momento ainda mais bonito? Converse com a equipe gestora sobre a possibilidade
de uma exposição presencial ou divulgação, nas redes sociais da escola, das produções dos estudan-
tes em Projeto de Vida. Nessa exposição, os jovens podem escolher o que desejam mostrar para a
comunidade escolar. Juntos, vocês vivenciaram desafios na jornada de desenvolvimento socioemocio-
nal e merecem celebrar e se apropriar dos resultados alcançados. Nunca esqueça: o desenvolvimento
socioemocional, assim como nossos projetos de vida, não acabam e não têm idade – passa pela es-
cola e continua por toda a vida!
• Como foi a participação dos estudantes em cada uma das missões? Você avalia que eles
compreenderam a importância de rever a trajetória de desenvolvimento socioemocional?
Cite evidências.
• Quais aspectos você considera que foram positivos em sua mediação e presença pedagógica
nos encontros de Projeto de Vida? O que pode melhorar para os próximos anos?
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Parceiros: Fundação Telefônica, Instituto Palavra Aberta/EducaMídia, Rede Brasileira de
Aprendizagem Criativa
COORDENADORIA PEDAGÓGICA – COPED
Ilustração: Malko Miranda dos Santos (D.E. Sul 1)/ Daniel Carvalho Nhani (E.E. Coronel
Coordenadora
Viviane Pedroso Domingues Cardoso Antonio Paiva de Sampaio)
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência na internet, no site:
https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Encon-
tre a DDM mais próxima de você no site http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para denunciar um caso de
violência contra mulher e pedir orientações sobre onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/ e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja em perigo, ligue ime-
diatamente para esse número e informe o endereço onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos de violência contra
crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas por dia e a denúncia pode ser anônima.
Currículo
I
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Currículo em Ação