TRABALHO DIREITOS HUMANOS EDITAVEL (2) (1)

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UNIVERSIDADE iGUAÇU

CARLOS EDUARDO MONTEIRO


ELLEN DE BRITO
JHENNY MOTA
KAIO FELIPPE ALVES
MIGUEL GOMES
PATRICK ANDREI
PEDRO MIGUEL LEMOS
RODRIGO MACHADO
TAMYNNE FROSSARD
YAGO RESENDE
YASMIN CHEVALIER

Trabalho de Direitos Humanos:


Empatia

Nova Iguaçu
2024
CARLOS EDUARDO MONTEIRO
ELLEN DE BRITO
JHENNY MOTA
KAIO FELIPPE ALVES
MIGUEL GOMES
PATRICK ANDREI
PEDRO MIGUEL LEMOS
RODRIGO MACHADO
TAMYNNE FROSSARD
YAGO RESENDE
YASMIN CHEVALIER

Trabalho de Direitos Humanos:


Empatia

Trabalho de Direitos Humanos apresentado à


Universidade Iguaçu como requisito parcial
para finalização do período.

Orientador: Washington Ferreira

Nova Iguaçu
2024
´´Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É
preciso compreender qual a posição que Eva
ocupa no seu contexto social, quem trabalha para
produzir a uva e quem lucra com esse
trabalho.``(FREIRE, 2001)
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo explorar os benefícios da visitação a um asilo como
método para desenvolver empatia e compreender as dificuldades enfrentadas por pessoas em
idade avançada. A experiência de visitar um asilo proporciona uma oportunidade única para
os indivíduos entrarem em contato direto com idosos, muitas vezes esquecidos ou
negligenciados pela sociedade contemporânea. A interação com esses residentes permitiu uma
reflexão profunda sobre questões como o envelhecimento, solidão, e as disparidades sociais
que afetam essa população vulnerável. Além disso, a visita ao asilo promoveu uma
compreensão mais ampla das diferentes perspectivas de vida e valores culturais que moldam
as experiências individuais de cada idoso. Este estudo busca destacar a importância dessa
experiência não apenas para a formação de uma sociedade mais empática e inclusiva, mas
também para enriquecer o entendimento acadêmico e prático sobre as necessidades das
gerações mais velhas em nossa comunidade.

Palavras-chave: Asilo. Empatia. Disparidade social. Cultura.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................6
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................7
2.1 INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NA PERCEPÇÃO DO ENVELHECIMENTO
E EMPATIA..........................................................................................................................7
2.2 DIFERENÇAS NAS PERCEPÇÕES DE EMPATIA E COMPREENSÃO
INTERGERACIONAL........................................................................................................7
2.2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS..........................................................................................8
2.2.1.1 O ESTADO NA VIDA DO CIDADÃO.....................................................................8
2.2.1.1.1 A IMPORTÂNCIA DA POLÍTICA NA VIDA DO CIDADÃO...........................18
2.2.1.1.2 A DISCRIMINAÇÃO……………………………………………………………. 10
3. CONCLUSÃO……………………………………………………………………. 12
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………. 13
6
1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o envelhecimento populacional tem emergido como uma questão de
crescente relevância global. Com o aumento da expectativa de vida, surgem desafios
significativos, especialmente no que se refere ao bem-estar emocional e social dos idosos.
Nesse contexto, a visitação a asilos desponta como uma prática potencialmente impactante,
oferecendo insights valiosos sobre as dificuldades enfrentadas por indivíduos de diferentes
camadas sociais e idades.
Este estudo se propõe a investigar como a visita a um asilo pode contribuir para o
desenvolvimento da empatia entre os visitantes, ao mesmo tempo em que proporciona
entendimento das experiências e desafios vivenciados pelos idosos. Ao explorar essa
interação, não apenas se abre espaço para reflexões sobre o envelhecimento e suas
complexidades, mas também se fomenta práticas que promovam uma sociedade inclusiva e
compassiva.
Os resultados obtidos durante a visita revelam diferentes perspectivas de vida que se
encontraram no tempo por motivos diversos. Além disso, destacam as disparidades entre o
conceito de "normalidade" em gerações passadas e a realidade contemporânea, estimulando
uma discussão sobre as diferentes formas de educação recebidas pelos entrevistados.
Este estudo visa não apenas avançar o conhecimento acadêmico na área de
envelhecimento e empatia, mas também fornecer subsídios para a formulação de políticas
públicas mais eficazes e programas de intervenção social. A visita foi realizada no asilo
"Geriatria Novo Lar", localizado em Nova Iguaçu, com o acompanhamento de profissionais
locais para garantir o acolhimento e segurança dos residentes e visitantes. A pesquisa
envolveu 30 entrevistados, com idade média de 75 anos, resultando em diálogos significativos
sobre o passado e o futuro das gerações brasileiras.
Assim, este trabalho pretende traçar um paralelo entre o passado e o presente da
educação e empatia, destacando as diversas perspectivas de vida encontradas durante a
pesquisa e oferecendo uma reflexão profunda sobre as experiências compartilhadas no asilo
"Geriatria Novo Lar".
7
2 DESENVOLVIMENTO

A ´´Geriatria Novo Lar`` fundada em 29 de dezembro de 2008, conta com atividades


como: passeios culturais, caminhadas, jogos de mesa, artesanato e leitura com a pesquisa, os
idosos demonstraram a vontade da prática de outras atividades, como: dança, yoga, aulas de
informática e cinema como forma de preencher o tempo livre no local.
A literatura sobre asilos e instituições de longa permanência tem destacado a
importância da qualidade de vida dos idosos, enfatizando a necessidade de promover um
ambiente acolhedor e estimulante que respeite suas individualidades e promova o
envelhecimento com dignidade. Estudos indicam que visitas regulares a asilos podem não
apenas beneficiar os residentes ao combater a solidão e promover interações sociais, mas
também impactar positivamente os visitantes, aumentando sua empatia e sensibilidade para
com os desafios enfrentados pelos idosos.
Com a visita, pontos sobre a visão política dos residentes foram abordados e os
resultados são de suma relevância para a compreensão do pensamento dos idosos. Dessa
forma, perguntas sobre políticas públicas, importância do Estado, discriminação, e diferenças
sociais colocaram em transparência a diferença de concepção de vida e comunidade para o
idosos.

2.1 INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NA PERCEPÇÃO DO ENVELHECIMENTO E


EMPATIA

Os resultados das entrevistas revelaram que as respostas dos residentes foram


moldadas de maneiras distintas de acordo com seus níveis educacionais. Os entrevistados com
ensino fundamental completo frequentemente compartilharam perspectivas mais práticas e
diretas sobre suas experiências no asilo, enfatizando necessidades básicas e desafios
cotidianos. Por outro lado, os entrevistados com ensino médio completo mostraram-se mais
reflexivos sobre questões emocionais e sociais, demonstrando uma maior sensibilidade às
dinâmicas interpessoais e à importância das interações sociais para o seu bem-estar
emocional.
Os residentes com ensino superior, por sua vez, frequentemente abordaram o tema do
envelhecimento com uma lente mais analítica e crítica, discutindo questões de políticas
públicas, qualidade de vida e direitos dos idosos. Suas respostas evidenciaram um
engajamento mais profundo com questões sociais e uma maior capacidade de articulação de
suas próprias experiências dentro de um contexto mais amplo.

2.2 DIFERENÇAS NAS PERCEPÇÕES DE EMPATIA E COMPREENSÃO


INTERGERACIONAL

Além das diferenças educacionais, as entrevistas também revelaram variações


significativas na forma como os residentes percebem a empatia e a compreensão
intergeracional. Residentes com menor nível educacional frequentemente valorizaram a
empatia como uma demonstração prática de cuidado e respeito, destacando a importância de
gestos simples e interações pessoais. Por outro lado, os residentes mais educados
8

frequentemente discutiram a empatia em um contexto mais abstrato, explorando suas raízes


filosóficas e implicações éticas dentro das relações sociais e de cuidado.

Essas diferenças destacam a complexidade das dinâmicas presentes em instituições de


cuidado de longa permanência como o Geriatria Novo Lar, sublinhando a importância de
estratégias de cuidado e interação que levem em consideração não apenas as necessidades
físicas, mas também emocionais e sociais dos idosos.

2.2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS

Ao serem questionados em relação ao entendimento do que são políticas públicas, os


entrevistados tiveram três opções a serem escolhidas: Política para os ricos, política para os
pobres ou políticas que devem garantir o direito à população. Com isso, os resultados
evidenciam que mesmo as gerações mais velhas, tem a compreensão de que as políticas
públicas devem ser utilizadas para melhorar e garantir os direitos básicos dos cidadãos,
entretanto, nove dos trinta entrevistados entendem que as políticas públicas são para uma
parcela da população somente.

Gráfico 1 — Políticas Públicas

Autores do trabalho (2024).

2.2.1.1 O Estado na vida do cidadão


O Estado está presente em todas as esferas da vida em sociedade, compondo e gerindo
o que se conhece como vida. Sob essa perspectiva, os idosos foram questionados sobre a
´´importância do Estado na vida do cidadão``, e em suas respostas, 27 residentes tiveram a
mesma visão sobre o a importância do órgão para promover o bem comum e criar as leis que
devem assegurar a vida plena em sociedade, em contrapartida, 3 entrevistados tem a
9

concepção de que o Estado não deve garantir a educação e saúde ao cidadão brasileiro. Tais
respostas evidenciam as diferenças de entendimento de assuntos tão importantes para a
sociedade, além de mostrar as realidades de cada nicho populacional apresentado.

Gráfico 2 — Importância do Estado na vida do cidadão

Autores do trabalho (2024).

2.2.1.1.1 A importância da política na vida do cidadão


A política desempenha um papel fundamental na vida das sociedades modernas,
influenciando diretamente diversos aspectos do nosso cotidiano. Em sua essência, a política
envolve a tomada de decisões coletivas que afetam a distribuição de recursos, os direitos
individuais e coletivos, e o funcionamento das instituições que regem uma nação. Contudo,
muito se discute sobre a importância da política para a vida, e os resultados obtidos nessa
pesquisa mostram que ainda que em gerações mais velhas, a percepção da importância da
política tem seus questionamentos, 25 residentes disseram que a política é de suma
importância para a vida em coletividade, entretanto, 5 disseram que a política não é
importante. Desse modo, é importante salientar que tais pensamentos se perpetuam nas novas
gerações de modo crescente para ambas as respostas, sendo assim, há a necessidade do
investimento em educação política no país, assim, as gerações anteriores e posteriores terão a
dimensão do que realmente é a política e o porquê devemos dar a devida importância para o
tema.
10

Gráfico 3 — A importância da política

Autores do trabalho (2024).

2.2.1.1.2 A discriminação
Ao serem abordados sobre temas como política e Estado, os idosos tiveram percepções
divergentes de acordo com suas experiências de vida. Com isso, ao longo do trabalho
realizado, foram exploradas as percepções dos residentes acerca da discriminação, sendo
perguntado, primeiramente, se já haviam presenciado a discriminação por conta da condição
social de alguma pessoa, e o resultado transpõe as realidade sociais vividas pelos residentes,
12 entrevistados disseram que já presenciaram a discriminação social, e 18 alegam nunca
terem vivenciado tal problema.
A discriminação social, tanto antigamente quanto nos dias de hoje, reflete as
dinâmicas complexas e persistentes que moldam as sociedades. Antigamente, a discriminação
era frequentemente enraizada em estruturas sociais rigidamente hierárquicas, como o sistema
de castas, escravidão, segregação racial, entre outros. Essas práticas limitavam severamente os
direitos e oportunidades de certos grupos sociais com base em características como raça,
etnia, classe social, gênero, religião, entre outros.

Hoje em dia, embora tenhamos avançado em muitos aspectos, a discriminação persiste


em formas mais sutis e também em manifestações explícitas. Ainda enfrentamos
desigualdades significativas em acesso à educação, emprego, saúde, justiça e representação
política para grupos minoritários e marginalizados. Exemplos modernos incluem
discriminação racial, xenofobia, homofobia, transfobia, misoginia e discriminação contra
pessoas com deficiência.

No entanto, houve progressos importantes na conscientização e na legislação contra a


discriminação em muitos países, promovendo políticas de inclusão e igualdade. A luta
contínua contra a discriminação requer não apenas ações legais, mas também mudanças
11

culturais e sociais profundas, que promovam o respeito à diversidade e a valorização da


dignidade humana em toda sua forma.

Gráfico 4 — A discriminação social

Autores do trabalho (2024)


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3 CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, exploramos temas complexos e interligados como empatia, visitação
a asilos, política e discriminação, oferecendo insights valiosos sobre como esses elementos se
entrelaçam na experiência humana, especialmente na vida dos idosos. A visita ao asilo
"Geriatria Novo Lar" proporcionou um cenário rico para entendermos não apenas os desafios
enfrentados pelos residentes, mas também como essas interações podem moldar a percepção e
a atitude dos visitantes.

A empatia emergiu como um tema central, demonstrando sua capacidade não apenas
de promover conexões interpessoais mais profundas, mas também de estimular a reflexão
sobre a própria condição humana e as responsabilidades sociais. As entrevistas revelaram que
a empatia pode ser cultivada e fortalecida através de experiências significativas, como a visita
a instituições de longa permanência, desafiando preconceitos e estereótipos e promovendo
uma visão mais compassiva da vida.

Além disso, discutimos o papel crucial da política na promoção de uma sociedade


mais justa e inclusiva. A percepção dos idosos sobre políticas públicas revelou tanto desafios
quanto esperanças em relação ao papel do Estado na garantia de direitos e na promoção do
bem-estar coletivo. Ainda há muito a ser feito para assegurar que políticas eficazes abordem
as disparidades sociais e promovam oportunidades equitativas para todos os cidadãos,
independentemente de sua idade ou condição.

Por fim, abordamos a questão da discriminação, destacando como suas formas


evoluíram ao longo do tempo, mas continuam a afetar negativamente a vida de muitos. Tanto
antigamente quanto nos dias atuais, a discriminação persiste como uma barreira significativa
para a igualdade de oportunidades e para o pleno exercício dos direitos individuais. É
imperativo que continuemos a desafiar essas injustiças e a promover uma cultura de respeito à
diversidade e à dignidade humana.

Portanto, este trabalho não apenas expandiu nosso entendimento sobre empatia, visita
a asilos, política e discriminação, mas também sublinhou a importância de ações concretas e
políticas públicas voltadas para a inclusão e o respeito mútuo. Espera-se que as conclusões
aqui apresentadas inspirem iniciativas futuras e contribuam para um avanço progressivo em
direção a uma sociedade mais justa, empática e solidária para todas as gerações.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e


documentação: numeração progressiva das seções de um documento: apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2012a.

. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra, v. 3, f. 138, 2014. 275 p.

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