Lei Compl 128-2021

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LEI COMPLEMENTAR Nº 128, DE 14 DE ABRIL DE 2021.

PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL Nº 5.828

Dispõe sobre a Organização Básica da Polícia Militar do


Estado do Tocantins - PMTO, e adota outras providências.

O Governador do Estado do Tocantins


Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a
seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I
DA DESTINAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO
TOCANTINS – PMTO, DAS COMPETÊNCIAS E DA SUBORDINAÇÃO

Art. 1º A Polícia Militar do Estado do Tocantins - PMTO, Secretaria de Estado, instituição


permanente, força auxiliar e reserva do Exército, organizada com base na hierarquia e na
disciplina militares, destina-se à preservação da ordem pública e à realização do policiamento
ostensivo no território do Estado do Tocantins.
Art. 2º Compete à Polícia Militar do Estado do Tocantins - PMTO:
I - planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coordenar, controlar e executar as ações
de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública;
II - executar, com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares às Forças Armadas,
o policiamento ostensivo fardado para prevenção e repressão dos ilícitos penais e
infrações definidas em lei, bem como as ações necessárias ao pronto
restabelecimento da ordem pública;
III - atuar de maneira preventiva, repressiva ou dissuasiva em locais ou áreas específicas
em que ocorra ou se presuma possível a perturbação da ordem pública;
IV - exercer o policiamento ostensivo e a fiscalização de trânsito nas rodovias estaduais
e, no limite de sua competência, nas vias urbanas e rurais, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;
V - desempenhar, nos limites de sua competência, a polícia administrativa do meio
ambiente, na fiscalização, constatação e autuação de infrações ambientais e outras
ações pertinentes, e colaborar com os demais órgãos ambientais na proteção do
meio ambiente;
VI - proceder, nos termos da lei, à apuração das infrações penais de competência da
polícia judiciária militar;
VII - planejar e realizar ações de inteligência destinadas à prevenção criminal e ao
exercício da polícia ostensiva e da preservação da ordem pública na esfera de sua
competência;
VIII - realizar a guarda externa de estabelecimentos penais e as missões de segurança de
dignitários em conformidade com a lei;
IX - garantir o exercício do poder de polícia pelos Poderes e órgãos públicos do Estado,
especialmente os das áreas fazendária, sanitária, de uso e ocupação do solo, do
patrimônio cultural e do meio ambiente;
X- efetuar o patrulhamento aéreo, portuário, fluvial e lacustre no âmbito de sua
competência;
XI - planejar e executar o serviço de saúde, no âmbito interno da Polícia Militar do
Estado do Tocantins - PMTO, dos policiais militares, conforme regulamentação do
Chefe do Poder Executivo, por profissionais com especialidades e registro junto aos
Conselhos respectivos;
XII - atuar, observados os limites estabelecidos pelo Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas, na formulação de políticas estaduais de prevenção do tráfico
ilícito e do uso indevido de drogas;
XIII – firmar e celebrar convênios, acordos, ajustes e contratos com entes da
administração direta e indireta da União, estados, Distrito Federal e municípios,
bem como com pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito público e privado.
Art. 3º A Polícia Militar do Estado do Tocantins - PMTO é subordinada diretamente ao
Chefe do Poder Executivo.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLÍCIA MILITAR

Seção I
Da Estrutura Geral

Art. 4º A PMTO é estruturada em unidades administrativas de direção, de apoio, de


execução e especiais.
Art. 5º As unidades administrativas de direção realizam o comando, o planejamento e a
administração da Corporação.
Art. 6º As unidades administrativas de apoio realizam e assessoram a atividade-meio da
Corporação, atuando em cumprimento às diretrizes e ordens das unidades administrativas de
direção.
Art. 7º As unidades administrativas de execução realizam as atividades-fim da PMTO,
executando as diretrizes e ordens emanadas das unidades de direção amparadas pelas unidades
de apoio.

Seção II
Das Unidades Administrativas
de Direção

Art. 8º As unidades de direção são responsáveis, perante o Comandante-Geral da


Corporação, pelo planejamento estratégico da Corporação, cabendo-lhes a elaboração de
diretrizes e ordens do Comando-Geral quanto ao acionamento das unidades administrativas de
apoio e de execução no cumprimento de suas missões.
Art. 9º As unidades administrativas de direção compõem o Comando-Geral da
Corporação que se constitui do:
I - Comandante-Geral - CG;
II - Chefe do Estado Maior - CHEM;
III - Subchefe do Estado Maior - SCHEM;
IV - Corregedor-Geral - CORREG;
V- Estado Maior Geral - EMG;
VI - Estado Maior Especial – EME;
VII - Comandos de Policiamento – CP.
Art. 10. O Comandante-Geral, na condição de Secretário de Estado, assessorado pelas
demais unidades administrativas, responsável superior pelo comando, pela administração e pelo
emprego da Corporação é nomeado por ato do Chefe do Poder Executivo, dentre os Coronéis
da ativa, diplomados em Curso Superior de Polícia ou equivalente, pertencentes ao Quadro de
Oficiais Policiais Militares – QOPM do Estado do Tocantins.
Art. 11. O Chefe do Estado Maior – CHEM é nomeado por ato do Chefe do Poder
Executivo mediante indicação do Comandante-Geral, dentre os Coronéis da ativa pertencentes
ao QOPM e tem precedência funcional sobre os demais Policiais Militares, exceto sobre o
Comandante-Geral.
Art. 12. Compete ao Chefe do Estado Maior – CHEM a direção, orientação, coordenação
e fiscalização dos trabalhos, das unidades administrativas de direção, de apoio, de execução e
especiais da PMTO, cumulativamente com a função de Subcomandante-Geral da PMTO.
Parágrafo único. O CHEM substitui o Comandante-Geral em seus impedimentos legais e
eventuais.
Art. 13. O Subchefe do Estado Maior – SCHEM é nomeado por ato do Chefe do Poder
Executivo mediante indicação do Comandante-Geral, dentre os Coronéis do QOPM da
Corporação e tem precedência funcional sobre os demais Policiais Militares, exceto sobre o
Comandante-Geral e o Chefe do Estado Maior.
Parágrafo único. Compete ao Subchefe do Estado Maior – SCHEM substituir o Chefe do
Estado Maior, nos afastamentos eventuais e impedimentos legais, bem como a coordenação das
Seções do Estado Maior Geral - EMG.
Art. 14. O Corregedor-Geral é escolhido pelo Comandante-Geral dentre os Coronéis do
QOPM e tem precedência funcional sobre os demais Policiais Militares, exceto sobre o
Comandante-Geral, o Chefe do Estado Maior e o Subchefe do Estado Maior.
§1º A Corregedoria-Geral - CORREG, unidade administrativa técnica subordinada ao
Comandante-Geral, com atuação em todo Estado, tem por finalidade:
I - assegurar a correta aplicação da lei;
II - padronizar os procedimentos de Polícia Judiciária Militar e de processos e
procedimentos administrativos disciplinares;
III - realizar correições e fiscalizações; e
IV - garantir a preservação dos princípios da hierarquia e disciplina da Corporação.
§2º Os Comandos de Policiamento, a Academia de Polícia Militar Tiradentes - APMT e
todos os Batalhões e Companhias Independentes da PMTO contam com corregedorias locais,
subordinadas aos respectivos comandantes e vinculadas tecnicamente à CORREG.
Art. 15. O Estado Maior Geral é responsável perante o Comandante-Geral por ações de
planejamento, estudo, orientação, coordenação, fiscalização e controle das atividades da
PMTO, cabendo-lhe a formulação de diretrizes, ordens e normas gerais de ação do
Comandante-Geral no acionamento das unidades administrativas de apoio, de execução e
especiais, no cumprimento de suas missões.
§1º O Estado Maior é composto pelas seguintes seções:
I - 1a Seção (PM/1): responsável pelo planejamento e encarregada dos assuntos
relativos à legislação e concurso público, bem como por secretariar a Comissão de
Promoção de Oficiais – CPO, a Comissão de Promoção de Praças – CPP e a
Comissão Permanente de Medalhas - CPM;
II - 2a Seção (PM/2): denominada Agência Central de Inteligência – ACI, responsável
pelo planejamento e encarregada dos assuntos relativos a atividades de inteligência,
contrainteligência, controle de armamento e munição dos integrantes da PMTO,
guarda e manutenção de documentos e arquivos sigilosos, e por confeccionar o
boletim-geral reservado da Corporação;
III - 3a Seção (PM/3): responsável pelo planejamento e encarregada dos assuntos
relativos à articulação operacional, à administração e ao controle das operações
policiais militares e pelos estudos, doutrina e pesquisas relativas à preservação da
ordem pública, ao policiamento ostensivo, à padronização de procedimentos
operacionais da Instituição e plano de articulação da Corporação;
IV - 4a Seção (PM/4): responsável pelo planejamento das matérias relativas à logística e
à infraestrutura da Corporação;
V - 5a Seção (PM/5): denominada Assessoria de Comunicação – ASCOM, responsável
pelo planejamento e execução das matérias relativas a atividades de comunicação
social, publicidade, relacionamento com a mídia, cerimonial, eventos e marketing
institucional;
VI - 6a Seção (PM/6): responsável pelo planejamento das matérias relativas ao
orçamento e às finanças da Corporação;
VII - 7a Seção (PM/7): denominada Assessoria Técnica de Informática e
Telecomunicações - ATIT, responsável pelo planejamento e execução das matérias
relativas a informática, telecomunicações e tecnologia da informação.
§2º Equiparam-se a Seção de Estado Maior a Coordenação Estadual do Programa
Educacional de Resistência às Drogas – PROERD e a Coordenação de Polícia Comunitária e
de Direitos Humanos – CPCDH.
Art. 16. O Estado Maior Especial – EME é composto pelas seguintes Diretorias:
I - Diretoria de Apoio Logístico – DAL: responsável pela execução, coordenação,
fiscalização, acompanhamento e controle das matérias relativas às atividades de
suprimento e manutenção de material, de obras e de patrimônio;
II - Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa – DEIP: responsável pelo planejamento,
coordenação, fiscalização, acompanhamento e controle das matérias relativas ao
ensino, instrução e pesquisa desenvolvidos na Corporação, bem como da Academia
Policial Militar Tiradentes - APMT e dos Colégios Militares do Estado Tocantins -
CMTO;
III - Diretoria de Gestão Profissional – DGP: responsável pela gestão profissional e a
execução, coordenação, fiscalização, acompanhamento e controle das matérias
relacionadas aos militares e demais servidores civis da Instituição, bem como o
assessoramento de Comissões e a identificação e expedição da identidade funcional
dos Policiais Militares;
IV - Diretoria de Orçamento e Finanças – DOF: responsável pela execução,
coordenação, fiscalização, acompanhamento e controle das matérias relativas às
atividades de administração financeira, orçamentária e contábil da Corporação;
V- Diretoria de Saúde e Promoção Social – DSPS: responsável pelo planejamento,
execução, coordenação, fiscalização, acompanhamento, controle das matérias
relativas aos serviços de saúde e à promoção social dos Policiais Militares Estaduais
ativos, inativos, seus dependentes e pensionistas, pela Junta Militar Central de
Saúde – JMCS e Capelania Militar – CAPMIL.
§1º O Comandante Geral poderá propor ao Chefe do Poder Executivo a criação de
programas sociais.
§2º A Junta Militar Central de Saúde – JMCS, composta por Oficiais e Praças do Quadro
de Saúde e por profissionais civis, é responsável pela execução das inspeções de saúde de
interesse da PMTO, destinadas ao acompanhamento da saúde física e/ou mental dos militares
da corporação, quando determinado por autoridade competente.
Art. 17. Os Comandos de Policiamento da PMTO, unidades de direção, responsáveis pelo
comando, planejamento, supervisão, coordenação e controle do emprego das Unidades de
Execução Operacional e Especializado, são:
I - Comando de Policiamento da Capital – CPC;
II - Comando de Policiamento do Interior – CPI;
III - Comando de Policiamento Especializado – CPE.
Parágrafo único. O Plano de Articulação da PMTO definirá a área de atuação dos
comandos de policiamento.

Seção III
Das Unidades Administrativas de Apoio

Art. 18. São unidades administrativas de apoio da PMTO:


I Gabinete do Comandante-Geral – GCG;
II Academia Policial Militar Tiradentes – APMT;
III Ajudância-Geral – AG/Quartel do Comando-Geral – QCG;
IV - Assessoria Jurídica - AJUR;
V - Assessoria Parlamentar junto à Assembleia Legislativa – AAL;
VI - Assessoria junto ao Ministério Público Estadual – AMP;
VII - Assessoria junto ao Tribunal de Contas do Estado – ATCE;
VIII - Assessoria junto ao Tribunal de Justiça do Estado – ATJ;
IX - Assessoria junto ao município de Palmas – APMP;
X - Assessoria junto à Secretaria da Segurança Pública – ASESP;
XI - Assessoria junto à Secretaria do Trabalho e da Assistência Social – ASETAS;
XII - Assessoria junto ao Departamento Estadual de Trânsito – ADET;
XIII - Comissão de Promoção de Oficiais – CPO, presidida pelo Comandante-Geral,
responsável pelas matérias relativas à promoção de Oficiais;
XIV -Comissão de Promoção de Praças – CPP, presidida pelo Chefe do Estado Maior,
responsável pelas matérias relativas à promoção de Praças;
XV - Comissão Permanente de Medalhas – CPM, presidida pelo Comandante-Geral,
responsável pelas matérias relativas à concessão de medalhas no âmbito da
Corporação;
XVI -Assessoria Técnica de Análises de Processos e Procedimentos Financeiros –
ASTEF.
Art. 19. O Gabinete do Comandante-Geral será chefiado por um Oficial Superior do
Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, indicado pelo Comandante-Geral, nomeado
pelo Chefe do Poder Executivo competindo-lhe:
I - assistência direta ao Comandante-Geral, ao CHEM e ao SCHEM, no trato e
apreciação de assuntos institucionais;
II - a recepção, o estudo e a triagem dos expedientes encaminhados ao Comandante-
Geral;
III - a transmissão e o controle da execução das ordens emanadas do Comandante-Geral.
Art. 20. A APMT, vinculada tecnicamente à DEIP, é responsável por formar, aperfeiçoar
e especializar Oficiais e Praças da Corporação e de coirmãs.
Parágrafo único. Observadas as regras de execução orçamentária, por ato do
Comandante-Geral podem ser realizadas a formação, aperfeiçoamento, especialização e
capacitação em outras unidades da Corporação ou em coirmã.
Art. 21. A Ajudância-Geral é responsável pela administração do Quartel do Comando-
Gera - QCG, da Banda de Música do Comando-Geral e pela coordenação das demais Bandas
de Músicas.
§1º O Ajudante-Geral é o Comandante do Quartel do Comando-Geral – QCG;
§2º O QCG é considerado unidade administrativa da Corporação.
Art. 22. A AJUR é unidade administrativa de assessoramento direto e imediato ao
Comandante-Geral da Corporação.
Art. 23. As unidades administrativas especificadas nos incisos VI ao X do art. 18 desta
Lei Complementar são responsáveis pela representação da PMTO nos assuntos pertinentes à
sua atribuição.
Parágrafo único. As Assessorias junto a outras unidades serão chefiadas por Oficial
Superior, indicado pelo Comandante-Geral.
Art. 24. A ASTEF, unidade de assessoramento direto ao Comandante-Geral, é
responsável pelas providências referentes à defesa do patrimônio público no âmbito da
Corporação.

Seção IV
Das Unidades Administrativas de Execução

Art. 25. As unidades administrativas de execução da PMTO, subordinadas aos Comandos


de Policiamento, são constituídas pelas Unidades Policiais Militares – UPM e Unidades
Policiais Militares Especializadas – UPME, encarregadas de executar as atividades-fim da
Corporação em determinada área, conforme Plano de Articulação da PMTO, podendo ser
divididas em subunidades.
Parágrafo único. As Unidades Policiais Militares – UPM são organizadas em Batalhões,
Companhias e Pelotões.
Art. 26. O desdobramento e as atribuições das unidades administrativas de Execução, em
todos os níveis, no território do Estado do Tocantins, consta do Plano de Articulação, elaborado
pelo Estado Maior e aprovado por ato do Comandante-Geral da Polícia Militar.

Seção V
Das Unidades Administrativas
Especiais

Art. 27. São unidades administrativas Especiais da PMTO os Colégios Militares do


Estado do Tocantins - CMTO.
Parágrafo único. Os Colégios Militares do Estado do Tocantins – CMTO, subordinados
à Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa - DEIP, podem ser criados por meio de convênios
ou parcerias com o Ministério da Educação, Secretaria da Educação do Estado e dos
Municípios.

Seção VI
Da Gestão Profissional

Art. 28. Os profissionais da PMTO compreendem:


I - o pessoal ativo:
a) os Oficiais do:
1. Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM: constituído de Oficiais da carreira
de combatentes, diplomados em Curso de Formação de Oficiais na PMTO ou em
coirmã, quando designado pelo Comando da Corporação, iniciando a carreira no
Posto de 2o Tenente, após o aspirantado, podendo alcançar o Posto de Coronel PM;
2. Quadro de Oficiais de Saúde - QOS: constituído de Oficiais de formação superior,
admitidos mediante concurso público específico, nas áreas de Medicina,
Odontologia, Serviço Social, Bioquímica ou Biomedicina, Enfermagem, Farmácia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Psicologia, Nutrição e
Educação Física, iniciando a carreira no Posto de 2o Tenente, após o aspirantado;
3. Quadro de Oficiais Especialistas - QOE: constituído de Oficiais de formação
superior, admitidos mediante concurso público específico, nas áreas de
Administração, Direito, Economia, Ciências Contábeis, Pedagogia, Engenharia,
Tecnologia da Informação e Teologia, iniciando a carreira no Posto de 2o Tenente,
após o aspirantado, podendo alcançar o Posto de Tenente Coronel PM;
4. Quadro de Oficiais de Administração - QOA: constituído de Oficiais habilitados
em Curso de Habilitação de Oficiais de Administração, possuidores de formação
superior, admitidos mediante seleção específica, dentre os Subtenentes com Curso
de Aperfeiçoamento de sargentos, podendo alcançar o Posto de Tenente-Coronel
PM;
5. Quadro de Oficiais Músicos - QOM: constituído de Oficiais habilitados em Curso
de Habilitação de Oficiais Músicos, possuidores de formação superior na área de
Música, admitidos mediante seleção específica, dentre os Subtenentes do QPE,
podendo alcançar o Posto de Tenente-Coronel PM;
6. Quadro de Oficiais da Administração da Saúde - QOAS: constituído de Oficiais
habilitados em Curso de Habilitação de Oficiais da Saúde-CHOAS, possuidores de
formação superior na área da saúde, admitidos mediante seleção específica, dentre
os Subtenentes do QPS, podendo alcançar o Posto de Tenente-Coronel PM;
b) as Praças do:
1. Quadro de Praças Especiais - QPES: constituído pelos Aspirantes a Oficiais e
Cadetes do Curso de Formação de Oficiais;
2. Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM: constituído de Praças da carreira
de combatentes, admitidos mediante concurso público para ingresso na Graduação de Aluno-
Praça, podendo alcançar a Graduação de Subtenente PM;
3. Quadro de Praças Especialistas - QPE: constituído de Praças, admitidos
mediante concurso público específico, na área técnica de música, para ingresso na Graduação
de Aluno-Praça, podendo alcançar a Graduação de Subtenente PM;
4. Quadro de Praças de Saúde - QPS: constituído de Praças, admitidas mediante
concurso público específico, na área técnica de enfermagem e de radiologia, e outras
especialidades técnicas de saúde, para ingresso na Graduação de Aluno-Praça, podendo
alcançar a Graduação de Subtenente PM;
II - o pessoal inativo:
a) da reserva remunerada: constituído de Oficiais e Praças transferidos para a reserva
remunerada;
b) reformados: constituído de Oficiais e Praças reformados.
§1º Os policiais militares integrantes dos diversos quadros da PMTO podem, por
necessidade do serviço, ser convocados, designados, instruídos, mobilizados ou colocados de
prontidão para trabalhos específicos, desde que possuam capacitação para a atividade.
§2º A carreira dos Oficiais pertencentes ao QOS pode alcançar o Posto de:
I - Coronel, para os Oficiais admitidos mediante concurso na formação superior nas
áreas de Medicina e Odontologia;
II - Tenente Coronel, para os Oficiais com formação superior nas demais áreas.
§3º Compete aos Oficiais do:
I - QOPM: realizar o comando, a chefia, a assessoria e a direção das unidades que
compõem a estrutura organizacional da PMTO;
II - QOS: realizar os serviços respectivos de cada habilitação na área da saúde além de
outros encargos próprios da carreira militar;
III - QOE: exercer as atividades técnico-administrativas inerentes à habilitação
específica e assistência religiosa dos Oficiais Capelães, além de outros encargos
próprios da carreira militar;
IV - QOAS: sem prejuízo da atividade operacional, exercer as atividades
administrativas, além de outros encargos próprios da carreira militar;
V - QOM: sem prejuízo da execução da habilidade instrumental, exercer atividades
administrativas e a regência nas bandas de música, além de outros encargos próprios
da carreira militar;
VI - OAS: sem prejuízo das atividades específicas da área da saúde, exercer atividades
administrativas, além de outros encargos próprios da carreira militar.
§4º Compete às Praças do:
I - QPPM: executar atividades operacionais, além de outros encargos próprios da
carreira militar;
II - QPE: executar atividades na área de música, além de outros encargos próprios da
carreira militar;
III - QPS: executar atividades na área de saúde, além de outros encargos próprios da
carreira militar.
Art. 29. O efetivo da PMTO é fixado em lei.
Art. 30. Respeitado o efetivo fixado em lei, cabe ao Chefe do Poder Executivo aprovar o
Quadro de Organização e Distribuição do Efetivo (QOD).
Parágrafo único. As graduações de Cadetes e Aluno-Praça não ocupam vagas no QOD.

CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 31. A Polícia Militar pode se valer, na forma da lei, do profissional civil necessário
aos serviços gerais e de natureza técnica ou especializada.
Art. 32. Compete ao Chefe do Poder Executivo, mediante Decreto, quando não implicar
aumento de despesa, a criação, transformação, extinção, denominação, localização e a
estruturação das unidades de direção, de apoio, de execução e especiais da PMTO, de acordo
com a organização básica prevista nesta Lei e dentro dos limites fixados na lei de fixação de
efetivos, mediante proposta do Comandante-Geral, observada a legislação específica.
Art. 33. Compete ao Comandante-Geral regulamentar os serviços das unidades
administrativas que compõem a Corporação.
Art. 34. As funções de Comando e Chefia das unidades administrativas de Direção e de
Apoio são exclusivas do posto de Coronel ou Tenente-Coronel do QOPM.
Parágrafo único. A função de comando das unidades administrativas de Execução é
exclusiva dos Oficiais do QOPM.
Art. 35. A Casa Militar - CAMIL é regida por legislação especial.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, os Policiais Militares lotados ou em efetivo
exercício na Casa Militar - CAMIL desempenham função de natureza militar.
Art. 36. Os meios de comunicação oficiais da PMTO são o Boletim Geral e o Boletim
Reservado.
Parágrafo único. No âmbito das Unidades da PMTO, são meios de comunicação oficial o
Boletim Interno e o Boletim Interno Reservado.
Art. 37. O requisito de formação superior para ingresso nos quadros constantes no art. 28,
inciso I, alínea “a”, itens 4, 5 e 6, será exigido a partir do ano de 2026.
Art. 38. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 39. Revoga-se a Lei Complementar 79, de 27 de abril de 2012.
Palácio Araguaia, em Palmas, aos 14 dias do mês de maio de 2020, 199º da Independência,
132º da República e 32º do Estado.

MAURO CARLESSE
Governador do Estado

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