GESTAO DE QUALIDADE E CUSTOS - Como Auementar A Eficiencia Da Mão de Obra

REFERÊNCIA
SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de. Como aumentar a eficiência da mão-de-obra: manual
de gestão da produtividade na construção civil. São Paulo: Editora Pini, 2006.
CITAÇÕES
“A Indústria da Construção possui uma participação significativa no PIB brasileiro e emprega

diretamente quatro milhões de trabalhadores no Brasil; portanto, uma boa gestão da mão-de-
obra é muito importante para a economia do país.” (p. 21).
“A definição do que seja o objetivo de produção é necessária para eliminarem-se divergências

na definição de produtividade, na medida em que ela diz respeito ao grau em que um sistema
atinge um determinado objetivo de produção.” (p. 30).
“A discussão da produtividade carece de uma padronização, quanto à forma de mensurá-la,

para evitar mal-entendidos que possam prejudicar o uso de tais indicadores como subsídio
para a tomada de decisões.” (p. 42).
“A produtividade nos serviços de construção varia dentro de uma faixa bastante larga de
valores e, portanto, é muito arriscado tomar decisões com base em valores médios de
mercado.” (p. 53).
“O processo de avaliação da produtividade envolve as seguintes etapas: a definição do escopo

da avaliação; o levantamento de dados; o processamento dos mesmos; a apresentação dos
resultados; e a análise das informações obtidas.” (p. 71).
TEXTO CRÍTICO
Considerando que a indústria da construção possui uma participação expressiva no

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e emprega diretamente quatro milhões de trabalhadores
no Brasil, a obra vem ressaltar que a boa gestão da mão de obra é fundamental para a
economia do país. Quanto melhor essa gestão, maior será o desenvolvimento nacional.
Os principais motivos que dificultam o envolvimento com o estudo da produtividade
na construção são o caráter nômade dos canteiros de obras, a absorção de mão de obra com
baixa qualificação, os baixos salários vigentes e a alta rotatividade dos empregados das
construtoras. Vale ressaltar que a má produtividade não é característica exclusivamente
brasileira. Até mesmo nos países desenvolvidos há problemas relacionados a isso.
As principais dificuldades na gestão da mão de obra dizem respeito ao baixo nível de
formação dos operários, à baixa atração quanto a novos ingressantes no setor e a baixa
remuneração dos trabalhadores. Assim, é urgentemente necessário rever essa gestão, de modo
a aperfeiçoá-la e, por consequência, contribuir para a melhoria da economia nacional.
Conforme o autor, a culpa pela má produtividade não deve ser atribuída aos
profissionais que atuam na construção, visto que depende da conjugação de diversos fatores.
Desse modo, é necessário estudar tais fatores para que seja possível neles intervir e, através
disso, melhorar o desempenho da empresa.
A obra esclarece que não necessariamente a empresa terá que realizar ações drásticas
para corrigir a má produtividade. Muitas vezes pequenas alterações já são suficientes para
trazer significativas melhorias. Por isso, é de grande importância realizar estudos e buscar a
melhoria da produtividade, uma vez que pequenos esforços podem ser bastante compensados.
O conceito de produtividade relaciona-se com a análise do esforço exigido para se
chegar a um determinado resultado em processos de produção. Neste contexto, a definição do
que seja o objeto de produção é muito importante porque isso ajuda a evitar as divergências
de opiniões quanto ao que vem a ser produtividade.
O autor distingue eficiência de eficácia. A diferença entre esses termos pode fazer
toda a diferença em uma empresa de construção, uma vez que os profissionais precisam tanto
ser eficientes quanto eficazes. Eficiência está associada a fazer rapidamente, enquanto a
eficácia diz respeito a fazer de maneira rápida aquilo que é verdadeiramente necessário e
corresponde aos objetivos da produção. Fazer algo rápido de nada vale se o que estiver sendo
feito não corresponder aos resultados que se pretende atingir.
Produtividade é a eficiência (e também a eficácia na medida do possível) na
transformação de entradas em saídas que consigam cumprir os objetivos do processo em
avaliação. No âmbito da construção de edifícios, as entradas e as saídas podem ser de
diferentes naturezas: físicas, financeiras e sociais.
As entradas físicas são, por exemplo, o esforço de mão de obra, os materiais
demandados e as horas disponíveis de equipamentos. As saídas físicas, por sua vez, são o
edifício de um modo geral ou as suas partes. As entradas e saídas financeiras dizem respeito,
nesta mesma ordem, ao capital investido para tornar viável a aquisição dos recursos físicos e
ao montante auferido na venda da obra.
A produtividade também se relaciona ao contexto social. O esforço da sociedade faz
parte das entradas, enquanto os benefícios por ela recebidos com a construção da obra fazem
parte das saídas. De maneira geral, o estudo da produtividade é de extrema importância por
sua utilidade como subsídio na tomada de decisões.
Algo muito importante quando se discute produtividade é a padronização. Isso
porque ao se adotar uma padronização para mensurá-la evita-se mal-entendidos que possam
acarretar prejuízos no uso dos indicadores como subsídio para a tomada de decisões.
Como a produtividade na construção possui uma variação de valores bastante
expressiva, é necessário muito cuidado ao tomar como base os valores médios. O ideal é que
cada empresa tenha os seus próprios indicadores, para que não haja erros que levem a
prejuízos relevantes.
Segundo a obra, o conhecimento a respeito dos fatores que são responsáveis por
influenciar a produtividade é muito importante para compreender a sua variação. O processo
de avaliação da produtividade conta com a definição do escopo da avaliação, o levantamento
de dados, o processamento dos mesmos, a apresentação dos resultados e a análise das
informações obtidas. No caso específico da definição do escopo da avaliação, é necessário
determinar tanto o valor da produtividade quanto detectar os fatores presentes que nela
interferem.
Desse modo, percebe-se que os investimentos na melhoria da produtividade são
indispensáveis para as empresas de construção. Eles se tornaram bastantes importantes diante
da constatação de que a indústria da construção é responsável por empregar um grande
número de profissionais. Essa melhoria exige um planejamento para avaliar os diversos
fatores que estão relacionados à eficiência e à eficácia dos trabalhadores no desempenho de
suas funções, buscando verificar se os mesmos estão sendo capazes de realizar no menor
tempo possível as coisas certas e que definem o sucesso da empresa.

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“O processo de avaliação da produtividade envolve as seguintes etapas: a definição do escopo

Considerando que a indústria da construção possui uma participação expressiva no

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