Monografia - Eng. Elet David Silva
Monografia - Eng. Elet David Silva
Monografia - Eng. Elet David Silva
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO / 2016
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO / 2016
DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus, por permitir essa vitória em minha vida, sem
Ele nada seria possível.
Nos dias atuais, a energia elétrica se apresenta como uma das commodities mais
valiosas que uma nação possui, além disso é um item de necessidade básica para a
sociedade e impacta diretamente na sua qualidade de vida e desenvolvimento
socioeconômico. Sendo um bem tão valioso para a sociedade moderna, a energia
elétrica deve ser utilizada de forma a obter o máximo benefício em eficiência energética
com um menor consumo, evitando os desperdícios ou seu uso inadequado, sem, no
entanto, diminuir a qualidade, o conforto e a segurança referentes ao produto final
esperado. O primeiro passo para obter-se níveis realmente significativos em relação à
economia de energia elétrica é a conscientização da importância e do valor da energia.
A economia de energia elétrica é considerada hoje uma fonte virtual de geração
de energia elétrica, pois a energia que deixa de ser desperdiçada também deixa de ser
produzida, aumentando a autonomia das Centrais Geradoras, destacando-se que o
kWh economizado é cerca de 6 vezes mais barato que o kWh gerado (pago pelo
consumidor).
Neste trabalho serão abordados os aspectos a serem estudados para que seja
possível obter-se o máximo rendimento de um sistema de alto consumo de energia,
tomando-se como base um Edifício Comercial Multiuso, tendo como foco principal o
seu sistema de climatização, que consome em média de 40% a 50% de sua potência
total, dependendo da região de implantação, desde a concepção do projeto até a
otimização dos procedimentos operacionais da edificação.
In the present day, the electricity bills itself as one of the most valuable
commodities that a nation has, in addition is an item of basic need for society and directly
impacts on their quality of life and socio-economic development. Being a well so
valuable to modern society, the electricity must be used in order to get the most benefit
in energy efficiency with a lower consumption, avoiding waste or its improper use,
without, however, diminishing the quality, comfort and safety for the final product
expected. The first step to get yourself really significant levels in relation to electric
energy saving is the awareness of the importance and value of energy.
The economy of electric energy is considered today a virtual source of electricity
generation, because the energy that ceases to be missed also ceases to be produced,
increasing the autonomy of the Generating Plants, including in this regard that the kWh
saved is about 6 times cheaper than the kWh generated (paid by the consumer).
This work will addressed aspects to be studied in order to obtain the maximum
performance of a system of high power consumption, taking as a basis a multiuse
commercial building, having as main focus your HVAC system, which consumes an
average of 40% to 50% of your total power, depending on the region of deployment,
since the conception of the design to the optimization of the operational procedures of
the building.
CFC Clorofluorcarbonetos
HCFC Hidroclorofluorcarbono
HFC Hidro-flúor-carbono
TR Tonelada de Refrigeração.
1 Introdução.............................................................................................................. 1
2 Eficiência energética ............................................................................................ 2
2.1 Principais consumidores de energia ................................................................. 2
3 Conceitos fundamentais....................................................................................... 4
3.1 Condicionamento de ar ..................................................................................... 4
3.2 Calor 5
3.3 Temperatura ..................................................................................................... 5
3.4 Transmissão de calor........................................................................................ 6
3.5 Métodos de transmissão de calor ..................................................................... 6
3.5.1 Condução ............................................................................................. 6
3.5.2 Convecção ........................................................................................... 7
3.5.3 Radiação .............................................................................................. 8
3.6 Conforto térmico ............................................................................................... 8
3.7 Carga térmica ................................................................................................... 9
3.7.1 Carga de resfriamento residencial (simplificada) ............................... 10
3.7.2 Carga de resfriamento não residencial .............................................. 10
3.7.3 Carga térmica ou carga de resfriamento do ambiente ....................... 12
3.7.4 Considerações iniciais de projeto....................................................... 13
3.7.5 Software de apoio HAP 4.80 Carrier .................................................. 15
4 Tipos de sistemas de condicionamento de ar .................................................. 15
4.1 Expansão direta .............................................................................................. 16
4.1.1 Condicionador de ar individual (expansão direta) .............................. 17
4.1.2 Condicionador de ar Split ................................................................... 18
4.1.3 Package ............................................................................................. 19
4.1.4 Sistema VRF ...................................................................................... 20
4.2 Expansão indireta (água gelada) .................................................................... 22
4.2.1 Sistemas de grande porte .................................................................. 22
5 Apresentação do problema - Estudo de caso .................................................. 24
5.1 Edificação ....................................................................................................... 25
5.2 Construção ..................................................................................................... 25
5.3 Cargas internas .............................................................................................. 25
5.4 Equipamentos ................................................................................................. 25
5.5 Pessoas .......................................................................................................... 26
5.6 Iluminação ...................................................................................................... 26
5.7 Cronograma de Utilização do Prédio (Schedules) .......................................... 26
5.8 Análise dos dados da carga térmica ............................................................... 26
5.8.1 Dados climáticos (condições externas) .............................................. 27
5.8.2 Quadro de áreas da edificação .......................................................... 29
5.8.3 Cargas Internas (áreas climatizadas)................................................. 31
5.8.4 Parâmetros adotados para a edificação............................................. 31
5.8.5 Horário de Operação.......................................................................... 32
5.9 Resultados da Simulação ............................................................................... 33
6 Dimensionamento do Sistema ........................................................................... 36
6.1 Dimensionamento do sistema de expansão direta VRF ................................. 37
6.1.1 Resultado da seleção para o pavimento tipo ..................................... 38
6.1.2 Resultado da seleção para os halls sociais ....................................... 39
6.1.3 Resultado da seleção para o pavimento térreo .................................. 39
6.2 Dimensionamento do sistema de expansão indireta c/ água gelada .............. 40
6.2.1 Definição da capacidade total da CAG (Central de Água Gelada) ..... 41
6.2.2 Definição dos chillers ......................................................................... 42
6.2.3 Seleção das bombas de água gelada ................................................ 44
6.2.4 Fancoils .............................................................................................. 48
6.2.5 Demais periféricos do sistema ........................................................... 50
6.2.6 O consumo de energia nos sistemas de ar condicionado .................. 51
6.2.7 COP (Coeficiente de Performance).................................................... 51
6.3 Avaliação do consumo de energia do sistema VRF ....................................... 52
6.4 Avaliação do consumo de energia do sistema a água gelada ........................ 53
6.5 Comparação do consumo de energia entre os sistemas de ar condicionado . 54
6.6 Outros equipamentos de expansão indireta ................................................... 55
6.7 Alternativas para redução do consumo de energia ......................................... 58
6.7.1 Controle das taxas de CO2 nos ambientes ........................................ 58
6.7.2 Utilização de iluminação mais eficiente.............................................. 60
7 Conclusões .......................................................................................................... 62
8 Referências bibliográficas.................................................................................. 63
Sumário de Figuras
Gráfico 7 – Consumo Energia no Brasil por Setor (2015) – O Setor Elétrico ................ 3
Gráfico 1 – schedule de ocupação do prédio .............................................................. 32
Gráfico 2 – schedule para iluminação e equipamentos ............................................... 32
Gráfico 3 – Representação Gráfica da Oscilação da Carga Térmica (hora a hora) .... 35
Gráfico 4 – Potência × Frequência do Motor acionado por conversor - Danfoss ........ 44
Gráfico 5 – Torque Quadrático Variável – relações matemáticas - Danfoss ............... 45
Gráfico 6 – Curvas de operação da bomba de água gelada – Catálogo KSB............. 47
Gráfico 8 – Consumo médio mensal dos sistemas de ar condicionado ...................... 55
1
1 Introdução
2 Eficiência energética
A grande maioria das atividades que fazem parte do cotidiano das sociedades,
são possíveis mediante a disponibilidade de uma matriz energética, em suas diversas
formas, tais como eletricidade, combustíveis, energia solar, energia eólica, maremotriz,
geotérmicas etc. Apesar disso, segundo apontamentos indicados mediante inúmeros
estudos, em tempos em que o aquecimento global e as mudanças climáticas são motivo
de preocupação no mundo, a melhoria da eficiência energética é a solução mais
econômica, eficaz e rápida para minimizar impactos ambientais acarretados pela
utilização da energia e reduzir emissões de dióxido de carbono (CO2).
Indo ao encontro de ideias cada vez mais sustentáveis, a tendência é que as
economias mundiais cresçam gradativamente, o que implica maior consumo de
energia, portanto, o foco das empresas deverá ser o de tornar esse consumo eficiente,
reduzindo desperdícios e perdas para o meio ambiente, poupando recursos naturais,
diminuindo custos de produção, possibilitando a produção de bens cada vez mais
baratos e competitivos, melhorando o desempenho econômico e, principalmente,
reduzindo a necessidade de investimento em infraestrutura e energia, pois é mais
barato conservar do que gerar energia. Além disso, “Nesse contexto, considerando
que, no mundo, hoje, 86% da energia consumida têm origem fóssil e não-renovável,
melhorar a eficiência energética significa, ainda, poupar recursos para as próximas
gerações”, segundo o gerente executivo de Desenvolvimento Energético da Petrobras,
Mozart Schmitt de Queiroz.
Outros
12%
Comercial
Industrial 17%
48%
Residencial
23%
EMSISTEMAS HVAC DE
SHOPPINGS CENTERS
Consumo de Energia Elétrica ANUAL
ESTIMADA (MWh/ano) 3.644.160
*
Tabela 1 – Dados de consumo de shopping centers – ABRASCE e CHUFF
3 Conceitos fundamentais
3.1 Condicionamento de ar
• Movimentação
• Renovação
• Nível de ruído aceitável.
3.2 Calor
Calor é uma forma de energia. Isto se mostra evidente pelo fato de que o calor
pode ser convertido em qualquer outra das formas de energia e que outras formas de
energia podem ser convertidas em calor.
Termodinamicamente, o calor é definido como energia em trânsito de um corpo
para outro como resultado de uma diferença de temperatura entre dois corpos. Toda
outra transmissão de energia ocorre como trabalho.
Sempre que um objeto fornece ou perde calor, outro objeto receberá o calor
envolvido no processo, não existindo o fenômeno do calor deixar e desaparecer de um
material qualquer. Quando uma barra de ferro quente resfria ao ar, o ar à sua volta
torna-se mais quente. Quando ar é resfriado por água fria circulando em um tubo, o
calor perdido pelo ar reaparece na água de resfriamento com um aumento
correspondente na temperatura da água.
Desta forma, percebe-se que o calor não pode ser criado nem destruído. O calor
nunca de perde. Sem exceção, o calor apenas pode se transferir de um objetivo para
outro. Quando o ar é resfriado, uma certa quantidade de calor é transferida do ar para
qualquer outra substância a uma temperatura inferior.
3.3 Temperatura
O calor passará de um corpo para outro quando e somente quando existir uma
diferença de temperatura entre ambos os corpos. Quando um corpo está em equilíbrio
térmico, isto é, à mesma temperatura que o ambiente circulante, não haverá
transferência de energia calorífica entre o corpo e o ambiente em questão. A
transmissão de calor realiza-se sempre da região de maior temperatura para a região
de menor temperatura (do corpo mais quente para o corpo mais frio) e nunca no sentido
oposto. Uma vez que o calor é energia e, consequentemente, não é destruído ou
consumido em qualquer processo, a energia em forma de calor que deixa um corpo
deverá passar e ser absorvida por outro corpo cuja temperatura seja menor que a
daquele que está cedendo a energia. A taxa ou regime de transmissão de calor é
sempre proporcional à diferença de temperatura que causa a transmissão.
3.5.1 Condução
3.5.2 Convecção
3.5.3 Radiação
a fim de prever o nível de atividade que será realizada em seu interior, para proporcionar
a sensação de conforto às pessoas.
Segundo a ASHRAE a maioria das pessoas se sente confortável dentro das
faixas mostradas no gráfico abaixo:
Adotado para sistemas de maior porte, destinados tanto para conforto humano,
como para instalações industriais, os cálculos podem ser:
Para sistemas de grande porte, onde as cargas máximas dos ambientes ocorrem
em horários e meses diversos, devido à incidência solar diferenciada, a não
simultaneidade dos fluxos de calor incidentes, ou ao denominado schedule de operação
dos ambientes. Nestes casos, as cargas dos diversos ambientes são calculadas hora
a hora, sendo utilizados programas computacionais de forma a facilitar as totalizações
e a estimativa da carga máxima simultânea do sistema ou carga de bloco, necessária
ao dimensionamento da central de água gelada. O cálculo manual é complexo, e em
alguns casos praticamente impossível.
tanto maior quanto mais seco está o ar atmosférico e é nula quando a atmosfera está
saturada de vapor de água (humidade relativa do ar igual a 100%).
Exemplo: no dia 4 de fevereiro de 2010, no Rio de Janeiro, a temperatura do ar
alcançou 40ºC, a máxima do ano, por volta de 4 horas da tarde, mas a umidade relativa
do ar estava em 27%, e a pressão atmosférica estava em 1009 hPa;
consequentemente, a temperatura de bulbo úmido era de apenas 24,2ºC, sendo esta a
temperatura alcançada por uma superfície molhada exposta ao ar, como por exemplo,
a pele molhada, naquele dia mais quente do ano. Segue abaixo, um gráfico que
relaciona temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido e umidade relativa
do ar.
A variação diária de temperatura (DR) para o Município do Rio de Janeiro, no
período de verão, usualmente se situa entre 6 a 10°C. Esta variável é importante para
se determinar a temperatura de bulbo seco externa (te), em horários distintos das 15:00
h, necessária para o cálculo de carga de resfriamento, pelos métodos de carga de pico
ou hora a hora. Esta variação diária de temperatura é igualmente denominada
Amplitude Térmica diária ou Daily Range (DR).
As temperaturas externas de bulbo seco (te) nas diversas horas do dia, função
da temperatura de bulbo seco externa às 15:00 (BS), e da variação de diária de
temperatura (DR) podem ser determinadas por:
te = BS – Fr x DR, sendo:
te = temperatura de bulbo seco, °C
BS = temperatura de bulbo seco às 15:00, °C (definida pela NBR 16401:2008)
Fr = fração do daily range ou variação diária de temperatura (ver TABELAS)
DR = daily range, °C
c. Condições internas:
evaporador como um gás sob baixa pressão com temperatura um pouco menor do que
a temperatura do quarto e vai para o compressor. (2) Ele entra no compressor como
um gás sob baixa pressão aproximadamente com a temperatura do quarto. O
compressor pressiona as moléculas do gás para mais perto uma das outras,
aumentando a pressão e densidade do gás. Como a compressão envolve trabalho, o
compressor transfere energia para o fluido de trabalho e o fluido fica mais quente. O
fluido de trabalho deixa o compressor sob uma alta pressão bem acima da temperatura
do ar externo ao quarto. (3) O fluido de trabalho entra no condensador do lado de fora
do quarto, que é praticamente um cano retorcido várias vezes. Como o fluido é mais
quente que o ar externo, o calor flui do fluido para o ar. O fluido começa então a
condensar em líquido e elimina mais energia térmica à medida em que ele condensa.
Esta energia térmica adicional também flui como calor para o ar do meio externo. O
fluido de trabalho deixa o condensador como um líquido sob alta pressão com a
temperatura aproximadamente igual à temperatura externa. (4) O fluido entra através
de um tubo estreito no evaporador. Ao fazer isso, sua pressão cai e ele entra no
evaporador como um fluido sob baixa pressão. O ciclo se repete. No final, calor é
extraído do quarto e jogado para fora. O compressor consome energia elétrica durante
o processo e esta energia também se transforma em energia térmica no ar do meio
externo.
4.1.3 Package
Figura 10 – Self Contained (site Carrier 2016). Figura 11 – Rooftop (site Carrier 2016).
Nos dias de hoje, passados mais de 30 anos, o edifício projetado por Niemeyer
não apresenta as qualificações técnicas atualmente desejadas sob o ponto de vista da
eficiência energética. Além de não atender a exigências de novas regras de segurança
postas em vigor.
25
Por isso, uma revisão e reformulação de sua infraestrutura são necessárias. Mas
também é importante trazer para a edificação os parâmetros contemporâneos de
conforto, acessibilidade e sustentabilidade, dotando-a de novos requisitos de eficiência
e de tecnologia avançada.
5.1 Edificação
5.2 Construção
5.4 Equipamentos
5.5 Pessoas
5.6 Iluminação
2 O watt por metro por kelvin é uma unidade de medida de condutividade térmica. É a
unidade padrão do Sistema Internacional de Unidades para esta grandeza. Seu
símbolo é W/(m·K).
28
a) 2º Subsolo
Área de Garagem ........................................... 616,20 m²
Lixo .................................................................... 17,95 m²
Depósito ............................................................ 21,36 m²
Circulação de Serviço ....................................... 29,82 m²
Circulação Vertical ............................................ 16,22 m²
Área Técnica .................................................... 81,85 m²
b) 1º Subsolo
Área de Garagem ........................................... 663,38 m²
Brigada de Incêndio........................................... 12,51 m²
Circulação Social ................................................. 7,65 m²
Circulação de Serviço........................................ 25,46 m²
Área Técnica .................................................... 72,00 m²
Depósito ............................................................. 9,30 m²
Controle .............................................................. 8,68 m²
Motoristas ......................................................... 21,98 m²
Sanitários ........................................................... 5,00 m²
c) Térreo
Auditório .......................................................... 103,03 m²
Malote ............................................................... 24,03 m²
Recepção .......................................................... 19,13 m²
Hall Social ...................................................... 111,09 m²
Caixas Eletrônicos ............................................ 19,12 m²
Administração .................................................... 16,42 m²
Circulação de Serviço ....................................... 37,03 m²
Circulação Vertical ............................................ 28,38 m²
Segurança ........................................................ 10,66 m²
Sala de Controle ............................................... 10,68 m²
Aut. Predial/Telefonia ....................................... 10,82 m²
Foyer ................................................................ 26,06 m²
30
d) Pavimento Tipo
Área de Carpete ............................................. 737,00 m²
Depósito ............................................................. 2,47 m²
Sanitários ......................................................... 24,54 m²
Lixo ..................................................................... 4,25 m²
Hall Social ........................................................ 45,65 m²
Circulação de Serviço ....................................... 27,76 m²
Circulação Vertical ............................................ 28,25 m²
Ar Condicionado ............................................... 22,98 m²
e) Cobertura
Vestiários .......................................................... 76,46 m²
Área Técnica .................................................. 685,83 m²
Circulação de Serviço ....................................... 35,33 m²
Circulação Vertical ............................................ 16,44 m²
Refeitório .......................................................... 56,43 m²
Depósito ............................................................. 8,65 m²
Ar Condicionado ................................................. 6,00 m²
Oficinas de Manutenção .................................... 22,36m²
31
a. Vazão de Ar Exterior
b. Outras Considerações
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Calculation Months ...................................... Jan to Dec Zone L/s Sizing ........................ Peak zone sensible load
Sizing Data .................................................. Calculated Space L/s Sizing ................ Individual peak space loads
Total coil load ........................................................ 167,3 kW Load occurs at .................................................... Feb 1600
Sensible coil load .................................................. 133,0 kW OA DB / WB ...................................................... 38,6 / 26,0 °C
Coil L/s at Feb 1600 .............................................. 7486 L/s Entering DB / WB ............................................. 26,6 / 18,1 °C
Max block L/s at Jan 1600 .................................... 7486 L/s Leaving DB / WB .............................................. 11,8 / 11,1 °C
Sum of peak zone L/s ............................................ 7639 L/s Coil ADP ...................................................................... 10,2 °C
Sensible heat ratio ................................................ 0,795 Bypass Factor ........................................................... 0,100
m²/kW ........................................................................ 4,4 Resulting RH .................................................................. 43 %
W/m² ...................................................................... 226,9 Design supply temp. .................................................... 12,0 °C
Water flow @ 5,6 °K rise ........................................ 7,21 L/s Zone T-stat Check .................................................... 1 of 1 OK
Max zone temperature deviation .................................. 0,0 °K
Actual max L/s at Jan 1600 ................................... 7486 L/s Fan motor BHP ............................................................ 0,00 BHP
Standard L/s .......................................................... 7481 L/s Fan motor kW .............................................................. 0,00 kW
Actual max L/(s-m²) .............................................. 10,16 L/(s-m²) Fan static .......................................................................... 0 Pa
JANUARY FEBRUARY MARCH APRIL MAY JUNE JULY AUGUST SEPTEMBER OCTOBER NOVEMBER DECEMBER
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
Hour
COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING COOLING
[kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW] [kW]
00:00 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
01:00 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
02:00 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
03:00 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
04:00 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
05:00 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
06:00 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
07:00 2.411,0 2.280,6 2.052,1 1.810,2 1.442,9 1.179,3 1.112,2 1.315,1 1.787,6 1.926,9 2.140,8 2.324,7
08:00 2.695,6 2.643,4 2.456,5 2.112,2 1.863,2 1.606,7 1.533,9 1.757,1 2.086,1 2.265,9 2.430,7 2.630,9
09:00 3.145,0 3.105,9 2.935,6 2.669,3 2.332,9 2.086,5 1.905,1 2.126,2 2.556,4 2.797,8 2.874,7 3.030,0
10:00 3.326,1 3.319,7 3.132,3 2.820,7 2.560,1 2.285,1 2.185,6 2.389,1 2.745,4 2.879,3 3.085,3 3.229,9
11:00 3.449,1 3.401,2 3.171,3 2.997,9 2.777,4 2.441,3 2.371,3 2.536,6 2.853,3 3.010,2 3.163,2 3.331,7
12:00 3.401,1 3.373,9 3.211,3 2.975,5 2.717,7 2.451,9 2.397,1 2.528,6 2.867,4 3.017,3 3.152,9 3.330,3
13:00 3.536,6 3.529,4 3.304,2 3.139,9 2.874,1 2.618,3 2.567,2 2.716,9 2.990,6 3.217,8 3.347,4 3.528,1
14:00 3.760,8 3.708,4 3.466,3 3.254,7 2.989,5 2.730,4 2.613,1 2.782,5 3.158,6 3.437,7 3.573,3 3.761,0
15:00 3.840,9 3.823,8 3.557,4 3.276,7 3.014,1 2.756,0 2.689,7 2.851,6 3.247,7 3.437,0 3.690,5 3.833,6
16:00 3.879,0 3.812,1 3.561,3 3.295,6 3.015,3 2.743,7 2.610,2 2.872,2 3.229,9 3.430,4 3.652,5 3.868,7
17:00 3.749,7 3.750,1 3.423,5 3.110,2 2.884,2 2.620,7 2.469,6 2.729,6 3.100,3 3.285,4 3.514,2 3.765,2
18:00 3.448,1 3.433,0 3.219,1 2.928,1 2.699,3 2.440,4 2.340,9 2.567,6 2.895,8 3.031,5 3.244,6 3.427,1
19:00 3.235,4 3.208,2 2.996,0 2.676,7 2.421,9 2.168,4 2.065,8 2.310,1 2.589,4 2.811,2 2.980,4 3.195,0
20:00 2.962,5 2.939,6 2.731,9 2.471,8 2.173,7 1.930,5 1.840,4 2.039,7 2.440,8 2.553,2 2.764,6 2.924,0
21:00 2.746,5 2.726,4 2.449,2 2.203,7 2.030,2 1.789,7 1.672,6 1.788,2 2.140,9 2.383,6 2.468,6 2.710,6
22:00 2.454,9 2.435,0 2.175,6 1.981,4 1.731,0 1.524,3 1.371,6 1.587,6 1.838,8 2.085,7 2.226,1 2.415,7
23:00 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
TOTAL 52.046,0 51.494,4 47.847,3 43.728,3 39.531,2 35.376,9 33.750,0 36.902,4 42.532,7 45.574,6 48.313,5 51.310,2
6 Dimensionamento do Sistema
A partir dos dados obtidos, podemos analisar a melhor alternativa para o Sistema
de Condicionamento de Ar da Edificação e, como já visto no item 3, existem várias
tecnologias disponíveis para serem analisadas, porém, quando analisamos a filosofia
proposta para o Empreendimento, que representa o produto final esperado pelo gestor
do projeto descrito no item 4, vemos que é esperado certo nível de sofisticação e
eficiência para o Edifício. Este fato nos leva a considerar no estudo sistemas mais
modernos, em detrimento de sistemas mais simples e convencionais como splits, selfs
ou aparelhos de janela.
Sendo assim, nos limitaremos a avaliar como alternativas aplicáveis os sistemas
de expansão direta do tipo VRF e os sistemas de expansão indireta com água gelada,
ambos com condensação a ar, porém, observamos que não estamos contemplando a
certificação LEED para o Empreendimento, pois, se fosse o caso teríamos que
selecionar os sistemas em função de outras variáveis.
O valor de pico de carga térmica é que irá estabelecer a capacidade máxima de
geração de frio do sistema a ser projetado. Este valor está indicado na tabela 7, que
corresponde ao mês de Janeiro às 16:00, tendo como resultado uma carga térmica
máxima de 3.879 kW. Seguem abaixo as cargas térmicas resumidas dos ambientes
climatizados no EBMII.
Vale dar destaque ao fato de que os andares tipo serão ocupados por múltiplos
usuários, portanto, todo o dimensionamento previsto para cada andar, seja para
sistema de condicionamento de ar, elétrica, rede de dados, redes hidrossanitárias,
incêndio etc., deverá permitir a ocupação destes espaços de maneira independente, ou
seja, a operação estabelecida em um andar por determinado usuário, não poderá
influenciar na operação dos demais.
Destacamos ainda que o pavimento térreo é de uso comum e também deverá
operar de forma autônoma.
MV5-X32W/V2GN1
11.071 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(14)3.0m,0 IU-7
11.083 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(12)3.0m,0 IU-6
11.096 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(10)3.0m,0 IU-5
11.108 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(8)3.0m,0 IU-4
11.121 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(6)3.0m,0 IU-3
11.133 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(4)3.0m,0 IU-2
11.145 kW
Ф15.9,Ф9.53 MI-112T1/DHN1-B
(2)3.0m,0 IU-1
Esta opção de sistema se apresenta como a mais importante, dada sua ampla
adesão em edificações comerciais de diversas modalidades de utilização, mostrando-
se, na maioria dos projetos, como sendo a melhor alternativa em custo benefício em
relação do custo de implantação x custo de operação. Porém, vale destacar que este
tipo sistema exige um estudo detalhado em relação às alternativas de equipamentos
disponíveis no mercado, assim como os parâmetros a serem adotados para o projeto,
que devem ser avaliados caso a caso para que se tenha uma operação equilibrada e
eficiente.
O equipamento principal de um sistema de geração de frio central de expansão
indireta é a unidade resfriadora de líquido, denominado Chiller, que poderá operar com
condensador resfriado a água, através de torres de resfriamento ou com condensador
resfriado a ar, através de ventiladores axiais. Este tipo de equipamento, possui
inúmeras configurações possíveis, inclusive de caráter construtivo, dependendo do tipo
de compressor utilizado, fluido refrigerante interno, tipo de matriz energética utilizada
etc.
Neste nosso estudo, vamos nos limitar à análise de um modelo específico de
Chiller com compressor parafuso e condensação a ar, largamente utilizado no mercado,
41
em função de algumas características técnicas que apontam como a melhor opção para
o empreendimento em análise neste trabalho, que são:
• Menor peso nominal em operação, tratando-se de um prédio existente, este é
um item importante;
• Menor consumo de água, por não utilizar torres de resfriamento e ciclos de água
de condensação;
• Possuem manutenção menos complexa que os demais;
• Não utilizam matrizes energéticas alternativas como gás natural;
• Menor custo de implantação;
• Melhor eficiência em relação aos demais Chillers com compressor parafuso no
mercado;
3024. ܶܥ
ܸீ =
1000. (ܶோீ − ܶீ )
Onde:
Unit Information
Model Number: ............................. 30XA325
Condenser Type: ....................... Air Cooled
Compressor Type: ............................ Screw
Nameplate Voltage: ...................... 380-3-60 V-Ph-Hz
Quantity: .................................................. 3
Manufacturing Source: ..... Canoas, RS BRA
Refrigerant: ..................................... R134A
Minimum Capacity: .............................. 15,0 %
Performance Information
Cooling Capacity: ............................. 1088,4 kW
Total Compressor Power: ...................328,2 kW
Total Fan Motor Power:........................ 23,9 kW
Total Unit Power (without pump): ........352,1 kW
Efficiency (without pump): .................... 3,09 COP
Evaporator Information
Fluid Type: ............................. Fresh Water
Fouling Factor: ................................. 0,0176 (sqm-K)/kW
Number of Passes: ................................... 2
Leaving Temperature: ............................ 7,0 °C
Entering Temperature: ......................... 15,0 °C
Fluid Flow: ..........................................32,45 L/s
Electrical Information
Unit Voltage: ................................. 380-3-60 V-Ph-Hz
Connection Type:....................... Dual Point
A vazão de água requerida pelo sistema, será fornecida por 3 bombas de água
gelada com vazão nominal de 118,3 m³/h e altura manométrica de 65 mCA, definida a
partir do cálculo hidráulico estimado das perdas ao longo de toda a tubulação.
Estas bombas serão acionadas e controladas a partir de inversores de
frequência que irão modular a rotação das mesmas, de acordo com a demanda
calculada por diversos sensores (pressostatos diferenciais, sensores de vazão,
fluxostatos, sensores de temperatura etc.). Este controle tem como objetivo manter as
grandezas Torque, Rotação, Potência e Vazão em equilíbrio, reduzindo o consumo de
energia dos motores que impulsionam bombas, ventiladores etc.
Abaixo as curvas que relacionam tais grandezas:
O controle pleno das curvas de potência das bombas com o uso de inversores
de frequência é muito importante para manutenção da eficiência energética global do
sistema, destacando-se que o sistema que estamos estudando possui bombas movidas
por motores de 50 HP cada. As relações entre potência, rotação e vazão são as
indicadas abaixo:
ܳଵ ݊ଵ
൬ ൰=൬ ൰
ܳଶ ݊ଶ
ܪଵ ݊ଵ ଶ
൬ ൰=൬ ൰
ܪଶ ݊ଶ
ܲଵ ݊ଵ ଷ
൬ ൰=൬ ൰
ܲଶ ݊ଶ
Onde:
ܲ Potência;
݊ Rotação do motor;
46
ܲଵ ܲଵ ܲଵ
ܲଶ = = = = 0,51 ∗ ܲଵ
భ ଷ ଵ ଷ 1,953
ቀ ቁ ቀ ቁ
మ ଼
Gráfico
Gráfico 7 – Curvas de operação da bomba de água gelada – Catálogo KSB
6.2.4 Fancoils
Figura 23 – Esquemático dos módulos Trocador e Ventilador (air handling) – Catálogo CARRIER.
central que comandará todas as funções a serem desempenhadas por cada periférico,
assim como supervisionar e controlar as variáveis envolvidas no processo.
Para análise da performance e eficiência energética do sistema de expansão
indireta, assim como para o sistema VRF descrito no item 6.1, consideraremos que o
sistema de automação operará sempre de forma equilibrada e precisa, nos permitindo
parametrizar os perfis de consumo de forma global e obter um padrão comparativo
conciso.
Tabela 17 – Dados técnicos dos Chillers – Folha de dados fornecida pela CARRIER
Figura 24 – Chiller com compressor tri-rotor com condensação a água – Site CARRIER.
Figura 25 – Chiller com compressor centrífugo com condensação a água – Site CARRIER.
Figura 26 – Chiller com compressor centrífugo com mancal magnético condensação a água – Site
DAIKIN McQUAY.
57
Figura 27 – Chiller de absorção com queima direta (gás natural) – Site COMGÁS
Figura 28 – Chiller de absorção a vapor, proveniente dos gases emitidos pelo processo de co-geração –
Site COMGÁS
Figura 29 – Chiller de absorção a água quente, aquecida a partir dos gases emitidos pelo processo de
co-geração – Site COMGÁS
58
Figura 30 – Ilustração de uma CAG equipada com Chillers de condensação a água – Google imagens.
Tabela 20 – Dados de consumo sistema expansão indireta VRF com controle de CO2
݈݊݁݉ݑ ݈݊݁݉ݑ
݈= ݔݑ ∶= 500 = ∶= 368.500 ݈݉
݉² 737
Tamanho 4 FT 2 FT
Watts [W] 19 10
CRI 80 80
368.500
= 4664,5 ܹ
79
e,
4664,5
= 6,3 ܹ/݉²
737
Adotando-se a nova taxa indicada acima para o recálculo da carga térmica com
simulação no software HAP, já incluindo a solução de controle de CO2, e estimativa do
consumo, teremos os seguintes resultados:
Tabela 22 – Dados de consumo sistema expansão indireta VRF com iluminação LED
7 Conclusões
sistema VRF, sua adoção seria compensadora em termos financeiros, incluindo nesta
análise os pontos referentes a manutenção e operação (OPEX) de cada um,
comparando-os ao retorno de investimento previsto pelo empreendedor.
8 Referências bibliográficas
[4] AHRI, Standard 550/590, Performance Rating Of Water-Chilling And Heat Pump
Water-Heating Packages Using The Vapor Compression Cycle, USA, 2015
[6] Teykal, Julio. Apostila De Carga Térmica IME. Rio de Janeiro, 2015.
[8] http://www.carrierdobrasil.com.br
[9] http://www.aneel.gov.br/
[10] http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/segunda_lei/segunda_lei.html
[11] http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-empresa/532-consumo-de-energia-
deve-crescer-48-ate-2020.html
[12] http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/edicoes/edicao55/pt/efi
cienciaenergetica/eficienciaenergetica.html
[13] http://www.abegas.org.br/upload_arquivo/climatizacao_parte3.pdf
[14] http://www.gelighting.com/LightingWeb/br/led/led-t8-tube/overview/
[15] https://www.chemours.com/Refrigerants/pt_BR/news_events/news/ed17_VRF.h
tml
64
[16] http://www.daikin.pt/