AULA 4

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Fisiologia Humana

aula 4
Hipotálamo e Hipófise
Fisiologia Humana
Hipotálamo e Hipófise
Hipotálamo
Hipotálamo
✓ O hipotálamo é uma estrutura do SNC que está envolvida em vários processos
fisiológicos — por exemplo, respostas ao frio, à sede, à ingesta alimentar.

✓ Além disso, apresenta grupamentos neuronais que se relacionam ao controle


da função endócrina.

✓ Essa comunicação entre os sistemas são os principais mecanismos reguladores


de, basicamente, todos os processos fisiológicos.

✓ Imagine que a integração entre a glândula hipófise e o hipotálamo exerce


controle sobre a função de várias glândulas endócrinas, como tireoide, adrenais
e gônadas, e, dessa maneira, sobre uma série de funções orgânicas.
Hipotálamo
Hipotálamo
Hipotálamo
Hipotálamo
✓ Anatomicamente, o hipotálamo
está ligado à hipófise por uma
estrutura fundibular, o infundíbulo,
e pela haste hipofisária, passando
pela eminência mediana situada
abaixo do tálamo, no encéfalo.

✓ Eles se mantêm relacionados pelo


sistema porta de suprimento
sanguíneo (RAFF; LEVITZKY, 2012;
HALL, 2017)
Hipotálamo
✓ O sistema vascular porta-hipotálamo-hipofisário, ou sistema porta-hipofisário,
é responsável pelo transporte de hormônios do hipotálamo para a adeno-
hipófise. Duas redes capilares estão interligadas, fazendo com que o sangue
coletado na eminência mediana perfunda a hipófise anterior
Hipotálamo
✓ EMINÊNCIA MEDIANA HIPOTALÂMICA
✓ Estrutura que representa a interface entre o sistema nervoso
e a adeno-hipófise.

✓ Ela é o ponto de convergência de informações que partem do


sistema nervoso central (SNC) em direção ao sistema
endócrino.

✓ Essa estrutura está limitada, ventralmente, pela porção


tuberal do lobo anterior da hipófise (que envolve a haste
hipofisária e porções da base do encéfalo) e por grandes
vasos porta-hipofisários, e, cranialmente, pelo recesso
ventricular.

✓ Ela é ricamente vascularizada pelas artérias hipofisárias


superiores, que dão origem a um sistema capilar responsável
pela coleta dos neuropeptídeos secretados. Toda essa região
permanece fora da barreira hematoencefálica.
Hipotálamo
✓ EMINÊNCIA MEDIANA HIPOTALÂMICA

✓ A estrutura da eminência mediana pode ser dividida nas três partes listadas a
seguir:

✓ 1. Camada ependimal (mais interna), que estabelece contato entre o terceiro


ventrículo e vasos porta-hipofisários.

✓ 2. Camada fibrosa, que é atravessada pelos axônios do trato supra-óptico- -


hipofisário em trânsito para a neuro-hipófise.

✓ 3. Zona paliçada (mais externa), onde as fibras do trato túbero-infundibular


liberam a maior parte dos neuropeptídeos.
Hipotálamo
✓ O hipotálamo é dinâmico e responsivo por numerosas mudanças no ambiente e
no meio interno do indivíduo, integrando múltiplos sinais para assegurar a
homeostasia.

✓ A maioria das respostas hipotalâmicas é intermediada pelo controle do eixo


hipotálamo–hipófise, coordenado por dois tipos de neurônios: os
magnocelulares e os parvocelulares. Esses neurônios possuem a capacidade de
sintetizar neuropeptídeos que funcionam como hormônios frente a uma resposta
de despolarização neuronal.
Hipotálamo
Hipotálamo
✓ NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS MAGNOCELULARES
✓ Localizados nos núcleos supraóptico e paraventriculares do hipotálamo
formam o trato hipotalâmico-hipofisário, que atravessa a eminência mediana
com seus terminais axonais longos e amielínicos, liberando neuropeptídeos
até a neuro-hipófise.

✓ Suas células neurossecretoras produzem os neuro-hormônios ocitocina (OT)


e hormônio antidiurético (ADH, do inglês, antidiuretic hormone), conhecido
também por arginina vasopressina (AVP).

✓ Esses neuro-hormônios são transportados em vesículas de neurossecreção,


culminando no sistema porta de suprimento sanguíneo na neuro-hipófise,
sendo armazenados nas varicosidades presentes nos terminais neuronais da
hipófise posterior
Hipotálamo
✓ NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS MAGNOCELULARES

ESTÍMULO CHEGA AO HIPOTÁLAMO CÁLCIO ENTRA NA CÉLULA

SINAL ELÉTRICO PASSA DO CORPO EXOCITOSE


CELULAR DO NEURÔNIO PARA A
CÉLULA NA HIPÓFISE POSTERIOR

LIBERAÇÃO DOS CONTEÚDOS DAS


VESÍCULAS NA CIRCULAÇÃO
DESPOLARIZAÇÃO DO
TERMINAL AXÔNICO

VEIAS JUGULARES
ABERTURA DOS CANAIS
DE CÁLCIO
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
Hipotálamo

✓ NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS PARVOCELULARES


✓ Contêm pequenas projeções que chegam à eminência mediana,
disponibilizando os neuropeptídeos ao longo da haste infundibular no plexo
capilar das veias porto-hipofisárias até a hipófise anterior.

✓ Esses neuropeptídeos se ligam a receptores de membrana celular específicos,


ativando cascatas de segundos mensageiros intracelulares, que levam à
liberação dos hormônios adeno- -hipofisários na circulação sistêmica.
Hipotálamo
Hipotálamo

✓ No hipotálamo podemos distinguir basicamente as duas classes de neurônios


apresentadas:

✓ 1. Os que secretam seus hormônios na circulação porta-hipofisária para a


adeno-hipófise.

✓ 2. Os que secretam hormônios diretamente nos capilares da neuro-hipófise.


Hipotálamo

✓ Os neurônios que secretam seus hormônios na circulação porta-hipofisária são


neuropeptídeos liberadores ou inibidores da síntese e liberação dos hormônios da
adeno-hipófise; por essa razão, também são conhecidos como hormônios
hipofisiotróficos.

✓ Já a segunda classe de neurônios secreta hormônios produzidos no hipotálamo, os


peptídeos neuro-hipofisários: AVP ou ADH e ocitocina. Eles são armazenados em
vesículas de secreção nas terminações axonais presentes no interior da hipófise
posterior (ou neuro-hipófise) até serem liberados por estímulos específicos, que
deflagram seus potenciais de ação.
Hipotálamo
Hipófise
Hipófise
Hipófise
Hipófise
✓ Hipófise
Hormônio liberador de tireotrofina
(TRH):
- Causa a liberação do hormônio
estimulante da tireoide (TSH) pela
glândula tireoidiana.

- A secreção de TRH é dependente


dos níveis sanguíneos dos hormônios
tireoidianos, e é feita pelo mecanismo de
retroalimentação negativa.

- Não existe hormônio inibidor da


tireotrofina
✓ Hipófise
Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH):
- Apresenta a capacidade de induzir a liberação dos hormônios gonadotróficos, o hormônio
luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH).

- A liberação de GnRH, FSH e LH é suprimida pelos hormônios estrogênios, nas mulheres, e pelo
hormônio testosterona, nos homens, por meio do mecanismo de retroalimentação negativa.

- Não existe hormônio inibidor da gonadotrofina


Hipófise
✓ Hipófise
Hormônio liberador de corticotrofina (CRH):
- Ocasiona a liberação do hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH) ou corticotrofina,
que controla a síntese e liberação de hormônios
glicocorticoides pelo córtex das glândulas
suprarrenais.

- Os estímulos relacionados ao estresse, como


a baixa de glicose sanguínea ou o traumatismo
físico, e a interleucina-1 (IL-1), que é produzida
pelos macrófagos, atua como potente agente
inflamatório e estimula a liberação de ACTH.

- Já os glicocorticoides suprimem, por


retroalimentação negativa, tanto o CRH quanto o
ACTH.
✓ Hipófise
Hormônio liberador do hormônio do
crescimento (GHRH):

- Estimula a liberação do hormônio do


crescimento (GH) e do hormônio inibidor do
hormônio do crescimento (GHIH).

- O nível de glicose sanguínea é o principal


regulador da secreção de GHRH e GHIH. Na
hipoglicemia, estimula o hipotálamo a produzir
GHRH.

- Por retroalimentação negativa, na


hiperglicemia, o hipotálamo suprime GHRH.
Todavia, a hiperglicemia estimula a secretar
GHIH, e a hipoglicemia inibe a liberação de GHIH
✓ Hipófise
Hormônio inibidor da prolactina (PIH):
- Leva à inibição da secreção da prolactina (PRL) na maior parte do tempo.

- Mensalmente, logo antes da menstruação, a secreção do PIH diminui, e o nível de PRL


no sangue aumenta, mas não o suficiente para a produção de leite materno.

- Quando o ciclo menstrual se inicia novamente, o PIH é secretado, e o nível de PRL


diminui. Durante a gestação, níveis elevadíssimos de estrógenos promovem a secreção de
hormônio liberador de prolactina (PRH), que, por vez, estimula a liberação de PRL.

- Na lactação, a prolactina, inicia e mantém a produção de leite pelas glândulas


mamárias; contudo é necessária a ação da ocitocina para ocorrer a ejeção do leite,
contraindo a musculatura lisa das glândulas mamárias
Hipófise
Hipófise
Hipófise
Hipófise
Hipófise
Hipófise
VIAS DE CONTROLE DA SECREÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE E DA ADENO-HIPÓFISE
✓ A secreção hormonal envolve a síntese e a liberação do hormônio pela célula. A
liberação e a quantidade de hormônios secretados pelas glândulas ou tecidos
endócrinos são determinadas pela necessidade do organismo em relação ao hormônio
em um momento determinado.

✓ As células produtoras de hormônios recebem informações e sinalizadores, que


permitem regular a quantidade e a duração da liberação hormonal. Várias
características do meio interno, por exemplo, os níveis de glicose e sódio, são
detectadas por esses sensores, e a informação é recebida pelas células endócrinas
responsáveis pela regulação.

✓ Os sistemas de retroalimentação regulam as glândulas endócrinas na manutenção da


produção normal de hormônios, de modo que não há superprodução ou subprodução
hormonal
Hipófise
VIAS DE CONTROLE DA SECREÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE E DA ADENO-HIPÓFISE

✓ A retroalimentação positiva, ou feedback positivo, ocorre quando há uma estimulação


do estímulo inicial, e é restrita aos processos que precisam ser acelerados para se
completar.

✓ A retroalimentação negativa, ou feedback negativo, ocorre quando há uma inibição do


estímulo inicial.
Hipófise
VIAS DE CONTROLE DA SECREÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE E DA ADENO-HIPÓFISE

✓ 1. A célula endócrina responde a uma alteração na homeostase (como uma modificação


na concentração de uma substância no líquido extracelular), liberando seu hormônio no
sistema circulatório.

✓ 2. O hormônio liberado estimula uma célula-alvo.

✓ 3. A resposta da célula-alvo restabelece a homeostase e elimina a fonte de estimulação


da célula endócrina.
Hipófise
VIAS DE CONTROLE DA SECREÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE E DA ADENO-HIPÓFISE
Hipófise

NPV - Núcleo paraventricular


NOS – Núcleo supra-óptico
Hipófise

A retroalimentação positiva.
A liberação de ocitocina é estimulada pela distensão do colo uterino ao final da
gravidez e pela contração do útero durante o parto.
Esses sinais são transmitidos para os núcleos paraventricular (NPV) e supraóptico
(NSO) do hipotálamo, onde propiciam uma regulação por retroalimentação
positiva da liberação da ocitocina, causando um aumento na contratilidade
uterina e auxiliando no nascimento do bebê e na involução do útero após o parto.
A sucção mamilar durante a lactação também estimula a liberação da ocitocina e
gera a contração das células mioepiteliais que envolvem os ductos mamários,
resultando na ejeção do leite. Medo, ruído, dor e febre desestimulam a produção
da ocitocina.
Hipófise
Hipófise

A retroalimentação negativa é a mais habitual.


Por exemplo, o cortisol produzido pela glândula suprarrenal, quando liberado
em quantidades mais elevadas, pode inibir a liberação de hormônio liberador de
corticotrofina (CRH), que é um hormônio hipofisiotrófico.
Assim, ele inibe a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e,
consequentemente, diminui uma nova síntese de cortisol pela glândula
suprarrenal.
Hipófise
Hipófise
Hipófise
✓ As vias de controle das secreções endócrinas hipofisárias podem ser de:

✓ Controle neural: os neurotransmissores do SNC têm ação direta na liberação endócrina. Por conseguinte, a
secreção de um hormônio é o resultado direto de impulsos nervosos que estimulam a glândula endócrina.
Esse controle é realizado pelo sistema de retroalimentação negativa.

✓ Controle hormonal: a liberação hormonal por um órgão endócrino é controlada, frequentemente, por
outro hormônio. Quando ocorre a estimulação da secreção hormonal, o hormônio que exerce esse
resultado é chamado de hormônio trófico, como é o caso da maioria dos hormônios produzidos e liberados
pela hipófise anterior. Esse controle é realizado pelo sistema de retroalimentação negativa.

✓ Controle pela regulação nutricional ou iônica: neste caso o controle hormonal é desencadeado pelos níveis
de certas substâncias químicas no sangue. Esse controle é realizado pelo sistema de retroalimentação
negativa
Hipófise
✓ As concentrações hormonais plasmáticas oscilam ao longo do dia.

✓ Essa oscilação é determinada pela associação de múltiplos mecanismos de controle,


incluindo elementos hormonais, neurais, nutricionais e ambientais que regulam a
secreção constitutiva (basal) e a estimulada (concentração máxima) dos hormônios.

✓ Essa secreção hormonal pode ser periódica ou pulsátil. As vias de controle podem ser
influenciadas por um desses mecanismos ou pelo conjunto deles.

✓ A função final desses mecanismos de controle é permitir que o sistema neuroendócrino


se adapte a um meio em constante mudança, integre sinais e mantenha a homeostasia
Hipófise
✓ As concentrações hormonais plasmáticas oscilam ao longo do dia.

✓ Essa oscilação é determinada pela associação de múltiplos mecanismos de controle,


incluindo elementos hormonais, neurais, nutricionais e ambientais que regulam a
secreção constitutiva (basal) e a estimulada (concentração máxima) dos hormônios.

✓ Essa secreção hormonal pode ser periódica ou pulsátil. As vias de controle podem ser
influenciadas por um desses mecanismos ou pelo conjunto deles.

✓ A função final desses mecanismos de controle é permitir que o sistema neuroendócrino


se adapte a um meio em constante mudança, integre sinais e mantenha a homeostasia

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