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PSICOLOGIA E O SUS

A Psicologia no SUS
● Impasses entre a formação e atuação (há uma
relação dialética?)
● Persistência da identidade clínica da psicologia
● Reforma curricular dos cursos de psicologia em
busca do equilíbrio da clínica com outras áreas.
● A novidade da clínica ampliada
● Norma do consultório x norma institucional
● O consultório é diferente da instituição
A Psicologia no SUS
● Três encontros da psicologia no SUS:
● 1 – Encontro com uma nova classe social
● 2 – Encontro com as condições de trabalho do
serviço público
● 3 – Encontro com outros saberes/fazeres
A Psicologia no SUS
● Reforma Sanitária: movimento de melhoria dos
serviços de saúde e no contexto da ditadura
● Reforma psiquiátrica: experiência italiana de
desinstitucionalização
● 1987 – I Conferência Nacional de Saúde Mental
(18 de maio)
● Programa Saúde da Família ( Fortalecimento das
ações na Atenção Básica)
PSICOLOGIA
• Psicologia na Atenção Primária

• Psicologia na Atenção Secundária

• Psicologia na Atenção Terciária


Atenção Primária em Saúde
• “É o primeiro nível de contato (indivíduos, da
família e da comunidade)

• Com o sistema nacional de saúde,

• Primeiro elemento de um processo de


atenção continuada à saúde” .
• Brasil:

• Atenção Primária em Saúde (APS) = Atenção


Básica (AB)
Engloba um conjunto de ações de caráter
individual ou coletivo, que envolvem:
• a promoção da saúde,
• a prevenção de doenças,
• o diagnóstico,
• o tratamento e a
• reabilitação dos pacientes.
• AB procede encaminhamentos dos usuários
para os atendimentos de média e alta
complexidade.

• Uma atenção básica bem organizada garante


resolução de cerca de 80% das necessidades e
problemas de saúde da população de um
município.
APS busca Estratégia
de reorientação do
modelo assistencial

• NÃO é um programa limitado de ações em


saúde de baixa resolubilidade.
• Estratégia adotada pelo Ministério da Saúde,

• prioritária para a organização da atenção


básica

• estratégia Saúde da Família (ESF), que


estabelece vínculo sólido de co-
responsabilização com a comunidade.
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

locus privilegiado para a OPERACIONALIZAÇÃO

PROMOÇÃO DA SAÚDE
• A Atenção Básica considera o sujeito em sua
singularidade, complexidade, integralidade, e
inserção sociocultural e busca a promoção de
sua saúde, a prevenção e tratamento de
doenças e a redução de danos ou de
sofrimentos que possam comprometer suas
possibilidades de viver de modo saudável.
• Possibilitar o acesso universal e contínuo a
serviços de saúde de qualidade e resolutivos,
caracterizados como a porta de entrada
preferencial do sistema de saúde;
Efetivar a integralidade em seus vários aspectos:
• integração de ações programáticas e demanda
espontânea;
• articulação das ações de promoção à saúde,
• prevenção de agravos,
• tratamento e reabilitação;
• trabalho de forma interdisciplinar e em
equipe;
• Desenvolver relações de vínculo e
responsabilização entre as equipes e a população
garantindo a continuidade das ações de saúde e a
longitudinalidade do cuidado;

• Valorizar os profissionais de saúde por meio do


estímulo e acompanhamento constante de sua
formação e capacitação;

• Estimular a participação popular e o controle


social.
Desafios APS
• Valorização política e social do espaço da APS
junto a gestores, academia, trabalhadores,
população, mídia e todos os segmentos.

• Deixar de ser o “postinho de saúde”,


• Contratação pelo setor público, de profissionais
com perfil adequado ao que se pretende e se
espera da APS.

• Rotatividade de profissionais.

• Capacitação e educação permanente de gestores


municipais;

• Falta de médicos de família e comunidade com


perfil e capacidade técnica (aumento de vagas de
residência em Medicina de Família e
Comunidade)
• Melhoria da infra estrutura das unidades;

• A possibilidade de participação em congressos


e eventos e o estímulo a produção intelectual
são cruciais para a fixação dos profissionais;
• Formas de contratação que garantam a
perenidade dos profissionais da APS;

• Adoção de planos de carreira e remuneração


adequadas para todos profissionais da ESF;
• A qualificação da Estratégia de Saúde da
Família e de outras estratégias de organização
da Atenção Básica deverão seguir as diretrizes
da Atenção Básica e do SUS configurando um
processo progressivo e singular que considera
e inclui as especificidades locorregionais (MS,
2013).
• PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE
2017
• Aprova a Política Nacional de Atenção Básica,
estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).
TIPOS DE EQUIPES
• 1 - Equipe de Saúde da Família (eSF)
• 2- Equipes de Atenção Básica (eAB)
• 3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB)
• 4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e
Atenção Básica (Nasf-AB)
• 5 - Estratégia de Agentes Comunitários de
Saúde (EACS):
ESF _ Estratégia de Saúde da Família
• A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da
Família sua estratégia prioritária para expansão e
consolidação da Atenção Básica.

• É considerada como estratégia de expansão, qualificação e


consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma
reorientação do processo de trabalho com maior potencial
de ampliar a resolutividade e impactar na situação de
saúde das pessoas e coletividade.

• Anterior PSF (1994).


Caracteriza-se por: Equipe multiprofissional composta por no mínimo:
 Médico generalista ou Especialista em saúde da Família ou médico
da família e Comunidade; Enfermeiro generalista ou especialista em
Saúde da Família; Auxiliar ou técnico de enfermagem; Agentes
comunitários de saúde
 Podendo acrescentar: o agente de combate às endemias (ACE) e os
profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente
especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde
bucal.

• Responsável em média recomendada, de 3.000 pessoas.


• Maior vulnerabilidade, menor o número de pessoas acolhidas pela
equipe.
• Número de ACS deve cobrir 100% da população cadastrada.
• Máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe da Saúde
da família.
Núcleo Ampliado de Saúde da Família
e Atenção Básica (Nasf-AB)
PORTARIA Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008

“ Art. 1º Criar os Núcleos de Apoio à Saúde da


Família - NASF com o objetivo de ampliar a
abrangência e o escopo das ações da atenção
básica, bem como sua resolubilidade,
apoiando a inserção da estratégia de Saúde da
Família na rede de serviços e o processo de
territorialização e regionalização a partir da
atenção básica.”
• Constitui uma equipe multiprofissional e
interdisciplinar composta por categorias de
profissionais da saúde, complementar às equipes
que atuam na Atenção Básica.

• É formada por diferentes ocupações (profissões e


especialidades) da área da saúde, atuando de
maneira integrada para dar suporte (clínico,
sanitário e pedagógico) aos profissionais das
equipes de Saúde da Família (ESF) e de Atenção
Básica (eAB).
• O Nasf-AB não se constituem como serviços
com unidades físicas independentes ou
especiais, e não são de livre acesso para
atendimento individual ou coletivo.

• Devem, a partir das demandas identificadas


no trabalho conjunto com as equipes, atuar de
forma integrada à Rede de Atenção à Saúde.
• “Busca-se que essa equipe seja membro orgânico
da Atenção Básica, vivendo integralmente o dia a
dia nas UBS e trabalhando de forma horizontal e
interdisciplinar com os demais profissionais,
garantindo a longitudinalidade do cuidado e a
prestação de serviços diretos à população. Os
diferentes profissionais devem estabelecer e
compartilhar saberes, práticas e gestão do
cuidado, com uma visão comum, e aprender a
solucionar problemas pela comunicação, de
modo a maximizar as habilidades singulares de
cada um.” (PNAB, 2017).
Compete especificamente à Equipe do Núcleo
Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica :
a. Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na
Atenção Básica à que estão vinculadas;

b. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS


principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no
aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e
necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários; e

c. Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado,


interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação
permanente, intervenções no território e na saúde de grupos
populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, ações
intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do
processo de trabalho das equipes dentre outros.
Pode-se afirmar, então, que o Nasf:
• É uma equipe formada por diferentes profissões e/ou especialidades.
• Constitui-se como apoio especializado na própria Atenção Básica, mas não é
ambulatório de especialidades ou serviço hospitalar.
• Recebe a demanda por negociação e discussão compartilhada com as
equipes que apoia, e não por meio de encaminhamentos impessoais.
• Deve estar disponível para dar suporte em situações programadas e
também imprevistas.
• Possui disponibilidade, no conjunto de atividades que desenvolve, para
realização de atividades com as equipes, bem como para atividades
assistenciais diretas aos usuários (com indicações, critérios e fluxos pactuados
com as equipes e com a gestão).
• Realiza ações compartilhadas com as equipes de Saúde da Família (eSF), o
que não significa, necessariamente, estarem juntas no mesmo espaço/tempo
em todas as ações.
Modalidades de NASF
●A portaria de nº 3.124, de 28 de dezembro de
2012, redefine os parâmetros de vinculação das
modalidades 1 e 2, além de criar a modalidade
3.
Poderão compor os NASF-AB:
• A composição de cada um dos NASF será
definida pelos gestores municipais, seguindo
os critérios de prioridade identificados a partir
dos dados epidemiológicos e das necessidades
locais e das equipes de saúde que serão
apoiadas.
“ § 2º Tendo em vista a magnitude
epidemiológica dos transtornos mentais,
recomenda-se que cada Núcleo de Apoio a
Saúde da Família conte com pelo menos 1
(um) profissional da área de saúde mental.”
Atividades desenvolvidas:
• Discussões de casos,
• atendimento em conjunto com profissionais das equipes apoiadas,
• Apoio Matricial,
• Clínica Ampliada,
• atendimentos individuais
• Projetos Terapêuticos Singulares (PTS),
• Educação permanente,
• Intervenções no território
• Projeto de Saúde no Território (PST)
• visitas domiciliares,
• ações intersetoriais,
• ações de prevenção e promoção da saúde
Ações de Saúde Mental na AB:
• Atenção aos usuários e a familiares em situação de risco
psicossocial ou doença mental que propicie o acesso ao
sistema de saúde e à reinserção social.

• As ações de combate ao sofrimento subjetivo associado a


toda e qualquer doença e a questões subjetivas de entrave
à adesão a práticas preventivas ou a incorporação de
hábitos de vida saudáveis,

• As ações de enfrentamento de agravos vinculados ao uso


abusivo de álcool e drogas e as ações de redução de danos
e combate à discriminação.
(Portaria, 2008).
• A atenção em saúde mental deve ser feita dentro de uma rede de
cuidados - rede de atenção em saúde mental - que já inclui a rede
de Atenção Básica/Saúde da Família, os Centros de Atenção
Psicossocial- CAPS, as residências terapêuticas, os ambulatórios, os
centros de convivência, os clubes de lazer, entre outros.

• Os NASF devem integrar-se a essa rede, organizando suas


atividades a partir das demandas articuladas junto às equipes de
Saúde da Família, devendo contribuir para propiciar condições à
reinserção social dos usuários e a uma melhor utilização das
potencialidades dos recursos comunitários na busca de melhores
práticas em saúde, de promoção da equidade, da integralidade e da
construção da cidadania.
• Para o melhor manejo da saúde mental na AB, propõe-se um
trabalho compartilhado de suporte às equipes de SF por meio do
desenvolvimento do apoio matricial
em saúde mental pelos profissionais dos Núcleos de Ampliado à
Saúde da Família (Nasf).

• As particularidades da saúde mental na Atenção Primária e a


necessidade de ampliação da clínica devem fazer parte do
conhecimento e do cotidiano dos profissionais
das equipes do Nasf que trabalharão junto às equipes de Saúde da
Família.

• Busca-se evitar ações fragmentadas e aumentar a capacidade de


acolhimento e de resolubilidade nesse nível de atenção.
Atribuições do Profissional de Saúde
Mental - NASF
• realizar atividades clínicas pertinentes a sua responsabilidade profissional;

• apoiar as ESF na abordagem e no processo de trabalho referente aos casos de


transtornos mentais severos e persistentes, uso abusivo de álcool e outras drogas,
pacientes egressos de internações psiquiátricas, pacientes atendidos nos CAPS,
tentativas de suicídio, situações de violência intrafamiliar;

• discutir com as ESF os casos identificados que necessitam de ampliação da clínica


em relação a questões subjetivas;

• criar, em conjunto com as ESF, estratégias para abordar problemas vinculados à


violência e ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas, visando à redução de danos
e à melhoria da qualidade do cuidado dos grupos de maior vulnerabilidade;

• evitar práticas que levem aos procedimentos psiquiátricos e medicamentos à


psiquiatrização e à medicalização de situações individuais e sociais, comuns à vida
cotidiana;
• fomentar ações que visem à difusão de uma cultura de atenção não-
manicomial, diminuindo o preconceito e a segregação em relação à
loucura;

• desenvolver ações de mobilização de recursos comunitários, buscando


constituir espaços de reabilitação psicossocial na comunidade, como
oficinas comunitárias, destacando a relevância da articulação intersetorial
- conselhos tutelares, associações de bairro, grupos de auto-ajuda etc;

• priorizar as abordagens coletivas, identificando os grupos estratégicos


para que a atenção em saúde mental se desenvolva nas unidades de
saúde e em outros espaços na comunidade;

• ampliar o vínculo com as famílias, tomando-as como parceiras no


tratamento e buscando constituir redes de apoio e integração.
Responsabilidades Conjuntas NASF e ESF
Relativas à Saúde Mental
1. Responsabilidade pelo cuidado aos usuários de saúde mental do
território, que deve ser compartilhada entre as equipes de Saúde da
Família, NASF e dispositivos de saúde mental (como Centros de Atenção
Psicossocial, leitos de atenção integral em saúde mental – Caps III,
hospital geral, centros de convivência, entre outros), permanecendo a
coordenação do cuidado com a equipe de Saúde da Família.

2. Romper com a lógica do encaminhamento e da não responsabilização


pós-referência.

3. Planejamento e realização do diagnóstico da situação de saúde mental


da população do território, identificando os problemas mais frequentes
e espaços de produção de vida.

4. Reuniões interdisciplinares periódicas para discussão de casos e


educação permanente, onde podem ser incluídos materiais educativos e
temaS demandados pela equipe de Saúde Família ou dos profissionais
do NASF.
Responsabilidades Conjuntas NASF e ESF
Relativas à Saúde Mental
5. Reuniões interdisciplinares periódicas entre todos os profissionais da
equipe do NASF.

6. Atendimento compartilhado por meio de consultas conjuntas nas unidades,


nos domicílios e outros espaços da comunidade. Essa estratégia deve
proporcionar a avaliação de risco, o manejo dos casos com a elaboração de
projetos terapêuticos, caracterizando-se como um processo de educação
permanente, onde vários profissionais têm a oportunidade de aprender na
prática cotidiana do atendimento das demandas de saúde mental.

7. Integração entre equipes de Saúde da Família, NASF e as redes de saúde e


de apoio social – articulação com espaços comunitários, visitas aos serviços
como residências terapêuticas, abrigos de crianças e de idosos, unidades
socioeducativas, etc.

8. Planejamento e execução conjunta de atividades comunitárias e


terapêuticas (oficinas, grupos etc.) e de promoção da saúde (práticas
corporais, atividades culturais e esportivas), além de atividades de geração
de trabalho e renda. Essas intervenções necessitam ser desenvolvidas em
conjunto com a equipe do NASF.

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