Controle de Roedores

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE VETERINRIA PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM MEDICINA VETERINRIA DOUTORADO EM HIGIENE VETERINRIA E PROCESSAMENTO TECNOLGICO DE PRODUTOS

DE ORIGEM ANIMAL

Controle de Roedores
Prof. M. Sc. JORGE LUIZ FORTUNA
[email protected]
Niteri-RJ 2009

INTRODUO
Pesquisas na rea da sade humana e produo animal
Reservatrios de doenas

Infestao por roedores


Historicamente afeta a humanidade Processo de urbanizao O Flautista de Hamelin Ocupao desordenada Interveno humana em espaos naturais sinantropia Roedores sinantrpicos comensais
gua Alimento Acesso Abrigo

O Triunfo da Morte (1560) Peter Brueghel, o Velho (1525-1569)

INTRODUO
Manejo Integrado dos Roedores: Conhecimento das espcies Dinmica da populao Aes de controle: Anti-ratizao Desratizao

CLASSIFICAO
Os roedores pertencem ordem Rodentia, cujo nome deriva da palavra latina rodere que significa roer. A principal caracterstica que os une a presena de dentes incisivos proeminentes que crescem continuamente.

PRINCIPAIS ESPCIES
Rattus novergicus
ratazana rato de esgoto gabiru

Rattus rattus
rato de telhado rato preto rato de paiol rato de forro

Mus musculus
camundongo catita rato caseiro

Rattus novergicus

Rattus rattus

Mus musculus

CARACTERSTICAS GERAIS
Sentidos apurados Viso limitada principalmente tato (plos)

Sensveis s variaes de intensidade luminosa Percepo de movimentos

Corpo muito flexvel


Interior de canos, conduites e tubulaes

Roem vrios tipos de materiais Sustam a respirao por at 3 minutos Exmios nadadores e escaladores Podem saltar de uma altura de 15 metros

CARACTERSTICAS BIOLGICAS
Caractersticas Gestao Ninhada por Ano Filhotes por Ninhada Desmame Maturidade Tempo Mdio de Vida Rattus norvergicus 19 a 24 dias 8 a 12 7 a 12 28 dia 60 a 90 dias 24 meses Rattus rattus 19 a 24 dias 4a8 7 a 12 28 dia 60 a 75 dias 18 meses Mus musculus 19 a 24 dias 5a6 3a8 25 dia 42 a 45 dias 12 meses

FONTE: <http://www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_roedores.htm>

CICLO DE VIDA

IMPORTNCIA ECONMICA E SANITRIA


Prejuzos na produo de razes, cereais, sementes e gros agricultura agroindstria alimentos Podem causar acidentes, curto circuitos e incndios:
Estrutura, maquinrios e materiais em geral Computadores, fios eltricos e cabos telefnicos

Transmissores de doenas:
Leptospirose Hantavirose Peste Tifo Salmonelose Febre de mordedura Triquinose

Prejuzos em plantaes

Alimento rodo por roedor

Prejuzos eltricos

Mordidas por roedor

Fezes de roedores

AVALIAO DA INFESTAO
Principais sinais indicativos da presena de roedores:
Presena de fezes Tocas Ninhos Trilhas de roedores Manchas de gordura nos locais por onde passam Odor caracterstico de urina Presena de ratos (vivos e/ou mortos)

INDICADORES DA INFESTAO
INDICADORES Trilhas Manchas de gordura por atrito corporal Roeduras Fezes BAIXA Ausentes MDIA Algumas ALTA Vrias Evidncias em vrios locais Visveis em diversos locais Numerosas e frescas + de 10 / 300 m rea ext Vrios em ambiente escuro e alguns a luz do dia

Ausentes

Pouco perceptvel

Ausentes Algumas 1 a 3 / 300 m rea ext

Algumas Vrios locais 4 a 10 / 300 m rea ext Alguns em ambiente escuro

Tocas ou ninhos

Ratos vistos

No constatado

FONTE: <http://www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_roedores.htm>

AVALIAO DO NVEL DE INFESTAO


100 armadilhas 22:00 horas 05:00 horas Roedores capturados Grau de infestao:
BAIXA (01 05) MDIA (06 15) ALTA (16 29) ALTSSIMA (> 30)

CONTROLE DE ROEDORES
Manejo integrado dos roedores
Diminuir a populao de roedores a nveis aceitveis de convivncia, de modo a no causar prejuzos ao homem. Medidas corretivas e preventivas
Anti-ratizao

Medidas de eliminao
Desratizao

Fases do Manejo Integrado:


Inspeo levantamento de dados e informaes Identificao identificar a espcie infestante

rea de risco

Risco de leptospirose

ANTIANTI-RATIZAO
Visa dificultar ou impedir a penetrao, instalao e proliferao dos roedores Controle dos 4 As:
gua Acesso Abrigo Alimento

DESRATIZAO
Eliminar ou reduzir a populaes de roedores Trs principais mtodos:
Mecnicos
Incruentos Cruentos Ultra-som

ratoeiras e gaiolas

Biolgicos Qumicos

predadores naturais raticidas

Agudos morte nas primeiras 24 horas Crnicos morte em dias aps ingesto

Controle biolgico

AO DOS RATICIDAS
Dose Mltipla (1 Gerao):
Baixa toxicidade Efeito cumulativo Morte em 2 a 5 dias

Dose nica (2 Gerao):


nica dose Morte em 3 a 10 dias Nova aplicao 8 dias depois

APRESENTAO DOS RATICIDAS


Iscas
Mistura de dois cereais

P de contato
Roedor lambe o corpo

Blocos impermeveis

Raticida granulado

Raticida em p

Raticida em bloco

LEGISLAO
RDC n 275/02 Regulamento tcnico de procedimentos operacionais padronizados (POP) aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos e a lista de verificao das boas prticas de fabricao (BPF) em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos RDC n 216/04 Regulamento tcnico de boas prticas para servios de alimentao Obrigatria a contratao de uma empresa profissional no controle de pragas urbanas para o desenvolvimento destas atividades nestes locais RDC n 18/00 Normas gerais para funcionamento de Empresas Especializadas na prestao de servios de controle de vetores e pragas urbanas RDC n 09/00 Norma tcnica para empresas prestadoras de servio em controle de vetores e pragas urbanas Manual de Controle de Roedores FUNASA/2002

CONSIDERAES FINAIS
Manejo Integrado de Roedores Anti-ratizao Desratizao

E se o gato s vezes ainda se metia a correr atrs dos ratos, era apenas por divertimento; porque absolutamente no mais precisava de ratos para matar a fome... O GATO DE BOTAS (Charles Perroult)

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