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S

Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA

AHE PAULISTAS
Rio So Marcos (GO/MG)
Maio/2005

SUMRIO

1. 2.

APRESENTAO............................................................................................... 1 O EMPREENDIMENTO ..................................................................................... 4 2.1 Localizao .............................................................................................. 4 2.2 Objetivos e Justificativas............................................................................ 4 2.3 Descrio do Empreendimento .................................................................... 4 2.4 Construo do Empreendimento.................................................................. 4 2.5 Operao do Reservatrio........................................................................... 8 2.6 Histrico .................................................................................................. 8 2.7 Alternativas Tecnolgicas ........................................................................... 8 2.8 Alternativas Locacionais ............................................................................. 9 2.9 Ficha Tcnica do Empreendimento ............................................................... 9 A REGIO DO EMPREENDIMENTO ................................................................ 13 3.1 A Bacia Hidrogrfica do rio So Marcos (rea de Influncia Indireta) .............. 13 3.2 rea de Influncia Direta do AHE Paulista (AID) .......................................... 17 IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS..................................... 21 4.1 Impactos sobre os Meios Fsico e Bitico .................................................... 21 4.2 Impactos sobre o Meio Antrpico............................................................... 27 PROGRAMAS AMBIENTAIS ........................................................................... 36 5.1 Sistema de Gesto Ambiental ................................................................... 36 5.2 Programa de Monitoramento Limnolgico Hidrossedimentolgico e de Qualidade da gua .................................................................................. 36 5.3 Programa de Limpeza Seletiva da Bacia de Acumulao................................ 37 5.4 Programa de Monitoramento do Nvel do Lenol Fretico .............................. 37 5.5 Programa de Conservao da Ictiofauna..................................................... 38 5.6 Programa de Conservao da Flora............................................................ 38 5.7 Programa de Conservao da Fauna .......................................................... 39 5.8 Programa de Compensao Ambiental ....................................................... 39 5.9 Programa de Monitoramento das Condies de Eroso ................................. 39 5.10 Programa de Acompanhamento dos Direitos Minerrios ................................ 40 5.11 Programa de Monitoramento Sismolgico ................................................... 40 5.12 Programa de Monitoramento Climatolgico ................................................. 40 5.13 Programa de Comunicao Social .............................................................. 41 5.14 Programa de Educao Ambiental.............................................................. 42 5.15 Programa de Indenizao e Remanejamento da Populao............................ 42 5.16 Programa de Sade e Controle de Vetores .................................................. 46 5.17 Programa de Preservao do Patrimnio Arqueolgico e Cultural.................... 46 5.18 Programa de Conservao e Uso do Entorno do Reservatrio ........................ 47 CONCLUSES ............................................................................................... 49 6.1 As Perspectivas de Desenvolvimento da Regio sem o Empreendimento ......... 49 6.2 As Perspectivas de Desenvolvimento da Regio com a Implantao do Empreendimento .................................................................................... 49 6.3 o Empreendimento Compatvel com os Planos e Programas Governamentais para a Regio? ................................................................ 50 6.4 O Projeto de Construo da Usina Adota a Alternativa mais Favorvel? ........... 50 6.5 Do Ponto de Vista Ambiental Vivel o Empreendimento? ............................ 50 EQUIPE TCNICA ......................................................................................... 51

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RIMA

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1.

APRESENTAO

H poucos anos, mais precisamente em 2001, aps um longo perodo sem chuvas no Pas, instalou-se uma crise de energia, levando necessidade de racionamento de eletricidade, com reflexos nas atividades econmicas do pas e trazendo incmodos para toda a populao brasileira. Fortes chuvas voltaram a cair em todas as regies do Pas, nos anos seguintes, enchendo novamente os reservatrios das usinas hidreltricas e tranqilizando a situao da gerao de energia eltrica. Ficou, no entanto, a certeza de que o Brasil deveria investir mais em seu potencial hidreltrico ainda inexplorado. A construo de uma nova usina hidreltrica, levando em conta os estudos e projetos de engenharia e de meio ambiente que a acompanham, e o processo de licenciamento ambiental, levam em mdia 10 anos. O Governo Federal e os rgos responsveis pelo planejamento energtico no Pas esto empenhados, no momento, em garantir que novas situaes, como a vivida em 2001, em decorrncia de fenmenos climticos incontrolveis, no voltem a acontecer. O Brasil convive com muitos problemas ambientais e se empenha em encontrar solues que, favorecendo o desenvolvimento econmico e social do Pas, assegurem as melhores alternativas do ponto de vista ambiental. Assim que, no campo da energia, privilegia dois combustveis limpos, no poluentes: os recursos hdricos, dos quais o Brasil muito rico, em volumes e quedas dgua, e o gs natural, do qual o Pas conta com grandes reservas, como as recm-descobertas nas Bacias de Campos e Santos, bem como de Urucu, na Amaznia, e com o Gasoduto BolviaBrasil. O Aproveitamento Hidreltrico (AHE) Paulistas uma obra que se insere no projeto de retomada e ampliao do parque gerador de energia do pas. Caso se venha a comprovar que essa usina possa ser construda sem prejuzos ambientais para a regio onde se prev sua instalao, ela poder vir a contribuir com uma parcela importante para a garantia da disponibilidade energtica do pas. Trs empresas se coligaram, de forma cooperativa, para elaborar os estudos e projetos de engenharia e ambientais que permitam avaliar a viabilidade do AHE Paulistas: uma estatal, FURNAS, e duas privadas, PCE, do Rio de Janeiro, e SPEC, de Belo Horizonte. As empresas AGRAR e BIODINMICA, ambas do Rio de Janeiro, foram contratadas para a elaborao dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e deste Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA), visando subsidiar o processo de licenciamento ambiental do AHE Paulistas. Neste RIMA, disponvel para consulta nas Prefeituras Municipais de Paracatu, em Minas Gerais, e Cristalina, em Gois, onde estaro localizados a usina e seu reservatrio, so apresentados, de forma resumida e simplificada, conforme previsto na legislao, os resultados dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA). A verso completa e detalhada desse EIA poder ser consultada por todos aqueles que desejarem mais informaes tcnicas sobre o projeto e sua relao com o meio ambiente nos rgos ambientais licenciadores. A identificao das Consultoras e das empresas que formam o grupo empreendedor apresentada a seguir. PCE Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda. CNPJ: 35.808.088/0001-57 Cadastro IBAMA: 655.426 Av. Presidente Wilson, 165 Grupos 411/412 Centro Cep: 20.030-020 Rio de Janeiro RJ Telefone: (21) 3321-7450 Fax: (21) 2240-5567 E-mail: [email protected]
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Representante Legal e Pessoa de Contato (mesmos dados da empresa): Eng. Civil Jos Eduardo Moreira CPF: 205.093.087-91 Cadastro IBAMA: 655.415

SPEC Planejamento, Engenharia e Consultoria Ltda. CNPJ: 29.420.783/0001-44 Cadastro IBAMA: 306.677 Av. Joo Pinheiro, 146/12o andar Centro Cep: 30.130-180 Belo Horizonte BH Telefone: (31) 3218-3777 - Fax: (31) 3218-3701 E-mail: [email protected] Representantes Legais e Pessoas de Contato: (mesmos dados da empresa): Eng. Civil Omar Torres Shaat Magdi A.R.G. Shaat FURNAS CENTRAIS ELTRICAS S.A. CNPJ: 23.274.194/0001-19 Cadastro IBAMA: 296.169 Rua Real Grandeza, 219 - Bloco C 8o andar Cep: 22.283-900 Rio de Janeiro RJ Telefone: (21) 2528-5876 Fax: (21) 2528-5113 Representantes Legais: Dr. Jos Pedro Rodrigues de Oliveira Diretor-Presidente Dimas Fabiano Toledo Diretor de Planejamento, Engenharia e Construo Fbio Machado Resende Diretor de Produo e Comercializao de Energia Eltrica Jos Roberto Cesaroni Cury Diretor Financeiro Rodrigo Botelho Campos Diretor de Gesto Corporativa Marcos Guimares de Cerqueira Lima Diretor de Relaes Institucionais Responsvel pelo Departamento de Engenharia Ambiental e Pessoa de Contato: Vera da Silva Vieira Paiva E-mail: [email protected] Telefone: (21) 2528-5041 Fax: (21) 2528-5113 AGRAR Consultoria e Estudos Tcnicos Ltda. CNPJ: 35.795.210/0001-06 Cadastro IBAMA: 200.679 Av. Presidente Wilson, 164 - Grupos 411/416 Centro Cep: 20.030-020 Rio de Janeiro RJ Telefone: (21) 2240-8801 Fax: (21) 2240-8801 E-mail: [email protected] Representantes Legais e Pessoas de Contato (mesmos dados da empresa): Eng. Agrnomo Carlos Fernando Barbosa Montano CPF: 458.663.097-34 Cadastro IBAMA: 350.563
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E-mail: [email protected] Eng. Agrnomo Marcos de Macedo Dertoni CPF: 687.618.727-68 Cadastro IBAMA: 200.678 E-mail: [email protected] Eng. Agrnomo Pedro Luiz Aleixo Lustosa de Andrade CPF: 596.322.407-15 Cadastro IBAMA: 350.564 E-mail: [email protected]

BIODINMICA Engenharia e Meio Ambiente Ltda. CNPJ: 00.264.625/0001-60 Cadastro IBAMA: 259.581 Av. Marechal Cmara, 186/3o andar Centro Cep: 20.020-080 Rio de Janeiro RJ Telefone: (21) 2524-5699 Fax: (21) 2240-2645 E-mail: [email protected] Representantes Legais e Pessoas de Contato (mesmos dados da empresa): Eng. Civil Edson Nomiyama CPF: 895.553.178-87 Cadastro IBAMA: 460.691 E-mail: [email protected] Eng. Civil Raul Odemar Pitthan CPF: 024.710.437-04 Cadastro IBAMA: 259.569 E-mail: [email protected]

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2.

O EMPREENDIMENTO

5.1 LOCALIZAO
O Aproveitamento Hidreltrico Paulistas localiza-se no rio So Marcos. A barragem est situada na divisa dos municpios de Cristalina, em Gois, e Paracatu, em Minas Gerais, e seu reservatrio engloba terras desses dois municpios. O acesso ao local da barragem se d a partir de Cristalina pelas rodovias BR-050 e GO-020, numa distncia de aproximadamente 95km. O acesso, a partir de Paracatu, deve ser feito atravs das rodovias BR-040 at Cristalina e, a partir da, pela BR-050, em um total de aproximadamente 198km.

5.2 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS


O objetivo do empreendimento a gerao de energia eltrica a ser disponibilizada para o Sistema Interligado Brasileiro. O empreendimento se justifica na medida em que a gerao de energia eltrica um grande impulsionador do desenvolvimento econmico, pois possibilita a dinamizao dos processos industriais e comerciais, proporcionando um aquecimento dos servios e fornecimento dos insumos, e contribui para a melhoria da qualidade de vida da populao. Do ponto de vista econmico, o empreendimento se justifica por apresentar grande atratividade, com um custo mdio de gerao de 26US$/MWh, e custo global estimado em R$300.000.000, incluindo juros durante a construo, na data-base de outubro de 2004.

5.3 DESCRIO DO EMPREENDIMENTO


O empreendimento constitui-se de uma barragem de 50 metros de altura que fechar o vale do rio So Marcos, formando um reservatrio de 36 quilmetros de extenso e uma rea de 138 quilmetros quadrados, com o nvel mximo normal de operao na cota de 800 metros. O volume do reservatrio ser de 1.782 milhes de metros cbicos. As estruturas de concreto estaro localizadas na margem esquerda do rio. A Casa de Fora ser constituda por 2 turbinas do tipo Francis, com uma potncia total instalada de 52,50MW, representando uma energia firme local de 40,4MWmdios e uma energia firme incremental no Sistema Interligado de 61,90MWmdios. A vazo turbinada mxima por unidade ser de 76,20m3/s. O circuito de aduo ser composto de: Canal de Aproximao, Tomada dgua, Tnel de Aduo, Bifurcao e Casa de Fora. O circuito de desvio ser composto de Canal de Aproximao, Tomada de Desvio e Tnel de Desvio. O sistema vertente ser composto de Vertedouro e Calha de Dissipao.

5.4 CONSTRUO DO EMPREENDIMENTO


O prazo previsto para as obras do empreendimento de 26 meses. O processo de construo do AHE Paulistas se desenvolve segundo as seguintes etapas: obras de apoio, que se constituem na instalao dos canteiros de obras; desvio do
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rio; e servios principais, envolvendo as escavaes comuns e em rocha, a formao do enrocamento e do macio compactado, a concretagem e a montagem dos equipamentos. O canteiro de obras principal estar localizado na margem esquerda, constituindo-se de ptio de areia e britagem, silos, central de refrigerao e central de concreto. As demais reas previstas, como oficina, lavagem e lubrificao, almoxarifado, ptios eletromecnico e de montagem, laboratrios e escritrios, estaro localizadas na margem direita, ao lado da Subestao. Devido distncia do local da barragem aos centros habitacionais, prev-se a construo de alojamentos para os trabalhadores nas proximidades das obras. O suprimento de gua para o canteiro de obras compreender o fornecimento de gua bruta, para fins industriais, de gua tratada no clorada (filtrada), para a produo de concreto, e de gua tratada clorada (potvel), para consumo humano. A fonte de suprimento dever resultar de uma composio entre o aproveitamento de guas subterrneas e guas captadas no rio So Marcos, atravs de estao de bombeamento. O canteiro dever ser dotado de um sistema de drenagem de guas pluviais, composto por galerias, junto s sarjetas, protegidas por bocas de lobo, visando facilitar o trfego dos diversos equipamentos. O sistema de esgotos sanitrios dever ser constitudo por fossas spticas, projetadas de acordo com as normas da ABNT. Para o atendimento s suas necessidades de energia eltrica, prev-se uma subestao no canteiro, alimentada a partir da rede local. O desvio do rio constar de duas fases distintas, a seguir descritas. Na 1a fase, o rio permanecer escoando pela calha natural e sero construdas a seco, sem interferncia com a calha natural do rio, as obras da margem esquerda Vertedouro, Circuito de Aduo e Gerao e Tnel de Desvio, e da margem direita Barragem de Terra e Dique. Na 2a fase, o rio ser desviado por um tnel escavado na margem esquerda e o rio ser fechado por cordes de enrocamento, a montante e a jusante do eixo de barramento, no perodo de estiagem. Posteriormente, sero construdas as ensecadeiras, at as cotas 760,00m a montante e 762,00m a jusante, o que permitir o escoamento das guas pelo tnel de desvio. A ensecadeira de montante ser incorporada barragem. Com o rio desviado, ser construdo o macio da Barragem e complementada a escavao da Casa de Fora. Os materiais naturais de construo, rochas, solos, material arenoso e cascalhoso devero ser obtidos em reas prximas obra, j identificadas nos estudos realizados. Prev-se a utilizao de mo-de-obra estimada em cerca de 1200 empregos diretos, na poca de pico da construo.

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INCLUIR DESENHO DO ARRANJO E CRONOGRAMA DAS OBRAS

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INCLUIR DESENHO DO ARRANJO E CRONOGRAMA DAS OBRAS

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5.5 OPERAO DO RESERVATRIO


O reservatrio do AHE Paulistas ser de regularizao, com variao sazonal dos nveis dgua, isto , depleo durante a estiagem e enchimento durante a cheia, com perodos de vertimentos. O nvel do reservatrio (NA) poder ser deplecionado em at 15,0m, lentamente, podendo variar entre as cotas 800 e 785m, mas, a maior parte do tempo ficar acima da cota de 795m. Durante cerca de 44% do tempo, o NA estar na cota 800m.

5.6 HISTRICO
A bacia do rio So Marcos foi primeiramente estudada em 1965 pela CANAMBRA Engineering Consultants Limited e CEMIG Centrais Eltricas de Minas Gerais, envolvendo o trecho de cerca de 340km do rio So Marcos, a partir da sua foz no rio Paranaba, excluindo-se o trecho superior da bacia. A energia firme avaliada nesse estudo era de 83MW mdios, para o trecho. Em 1969, os estudos foram retomados pela CELG Centrais Eltricas de Gois, identificando dois aproveitamentos, denominados Anta Gorda e Paulistas. Esses estudos concluram haver uma capacidade instalvel total cerca de 50% superior dos estudos de 1965. No perodo entre julho de 1997 e novembro de 1998, foram realizados os servios de Atualizao e Complementao dos Estudos de Inventrio Hidreltrico da Bacia do Rio So Marcos, atravs de Convnio entre FURNAS e a UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro, envolvendo o trecho compreendido entre as nascentes do rio So Marcos e o remanso do reservatrio de Emborcao. Dos estudos realizados, resultou a diviso de queda escolhida para o rio So Marcos, apresentada a seguir. Diviso de queda escolhida para o rio So Marcos
Potncia Instalada (MW) 67,0 81,0 224,0 41,0 Nmero de Unidades 2 2 2 2 N.A. Reservatrio (m) mx 860,0 800,0 753,0 675,0 mn 840,0 785,0 742,3 675,0 Volume Reservatrio (km3) mx 3,230 1,758 4,641 0,031 mn 0,896 0,422 2,802 0,031

Usina

Mundo Novo Paulistas Serra do Faco Paraso

Entre agosto de 1985 e maro de 1987, foram realizados os primeiros Estudos de Viabilidade Tcnica e Econmica do Aproveitamento Hidreltrico de Paulistas, por FURNAS, revisados em 2004 por FURNAS/PCE/SPEC.

5.7 ALTERNATIVAS TECNOLGICAS


Atualmente, para a reduo dos riscos futuros de falta de energia, o Setor Eltrico est considerando todas as alternativas possveis de gerao, com destaque para as pequenas e mdias centrais hidreltricas e para as termeltricas acionadas por combustveis pouco poluentes, como o gs natural. As alternativas de usinas hidreltricas muito grandes e de termeltricas ou nucleares que impliquem poluio ambiental elevada, ou que se traduzam em problemas socioeconmicos de difcil soluo, esto sendo temporariamente preteridas. O AHE Paulistas surge, assim, como uma usina que no provoca poluio e cujos impactos podem ser adequadamente equacionados e devidamente mitigados e/ou

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compensados. , portanto, uma alternativa tecnolgica que se enquadra no conceito do desenvolvimento nacional sustentvel.

5.8 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS


O stio para o Aproveitamento Hidreltrico Paulistas coincidente ao local indicado pelos estudos de inventrio realizados, mantendo-se o N.A. mximo normal de operao previsto na cota de 800m. Os estudos de viabilidade analisaram trs alternativas de localizao do eixo da barragem, levando em considerao dificuldades geolgico-geotcnicas e os custos a elas relacionados, concluindo pela semelhana de situaes entre os 3 eixos, de modo a que a deciso da escolha no se baseou s em dados quantitativos, mas em valores qualitativos. Levando em conta os custos de implantao semelhantes para as diversas alternativas de eixos; a facilidade de planejamento para implantao dos diversos canais de emboque, no eixo de jusante; e a menor interferncia entre os escoamentos hidrulicos da aduo e do vertedouro, no eixo de jusante, foi confirmada a deciso de adoo desse eixo.

5.9 FICHA TCNICA DO EMPREENDIMENTO


Os resultados dos estudos realizados nesta fase de viabilidade tcnico-econmicaambiental se encontram sintetizados na Ficha Tcnica das folhas a seguir.

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3.

A REGIO DO EMPREENDIMENTO

5.1 A BACIA HIDROGRFICA DO RIO SO MARCOS (REA DE INFLUNCIA INDIRETA)


O rio So Marcos formado a partir do crrego Samambaia, que nasce a uma altitude de cerca de 1000m, no Distrito Federal. Desde sua nascente, at o encontro com o rio Paranaba, percorre uma distncia de cerca de 480km. Constitui, em boa parte de seu percurso, a linha de fronteira entre os Estados de Gois e Minas Gerais. A bacia do rio So Marcos tem por afluentes, pela margem esquerda, os ribeires Soberbo, Mundo Novo e da Batalha e o rio So Bento, e, pela margem direita, o rio Samambaia e os ribeires Arrojado, So Firmino, Castelhano e Imburuu. Abrange um territrio de 12.140km2 pertencente aos Estados de Gois e Minas Gerais e ao Distrito Federal. Os seguintes municpios possuem territrios na bacia do rio So Marcos: Una e Paracatu, no Estado de Minas Gerais, Cristalina, Campo Alegre de Gois, Catalo, Davinpolis, Ipameri e Ouvidor, no Estado de Gois, e Braslia-DF. At a metade do curso do rio So Marcos, a bacia possui um relevo praticamente plano e levemente ondulado, em contraste com seu trecho inferior, caracterizado por um relevo acidentado e montanhoso. Desta forma, aos vales suaves e abertos, caractersticos dos trechos de montante, o rio So Marcos contrape, nos trechos de jusante do empreendimento, vales encaixados e escarpados. uma regio de clima tropical mido, com vero chuvoso e inverno seco. O perodo chuvoso ocorre nos meses de novembro, dezembro e janeiro, quando se pode ter at 500mm de precipitao mensal. O trimestre mais seco corresponde aos meses de junho, julho e agosto, com apenas 2% da precipitao anual, podendo-se chegar a menos de 10mm de precipitao mensal. A durao do perodo seco varia de 4 a 6 meses. A temperatura mdia anual de aproximadamente 22oC. O trimestre mais quente corresponde aos meses de janeiro, fevereiro e maro, com temperaturas mximas da ordem de 37oC, e o trimestre mais frio corresponde aos meses de maio, junho e julho, com temperaturas mnimas da ordem de 0oC. O regime fluvial do rio So Marcos caracteriza-se por apresentar perodos de cheia e estiagem bem definidos. De maneira geral, o incio do perodo de cheia ocorre durante os meses de outubro ou novembro, atingindo seu pico durante os meses de dezembro a abril, quando tem incio o perodo de estiagem, que se estende at setembro. As guas do rio So Marcos apresentam boa qualidade e se enquadram nos padres estabelecidos pelo CONAMA (Resoluo 357, de 17/03/05) para a Categoria 2, de guas adequadas balneabilidade. Na bacia do rio So Marcos no existem grandes aglomerados urbanos. As sedes dos municpios atravessados pelo rio e seus afluentes no se encontram na bacia, de modo que no h descargas de esgotamento sanitrio urbano para as suas guas. Da mesma forma, no h captao de gua para o abastecimento de cidades. A irrigao constitui o principal uso das guas, encontrando-se, no entanto, muito abaixo de seu potencial. No se identifica, no momento, conflito de uso da gua na bacia do rio So Marcos. O aqfero subterrneo possui grande importncia na bacia. A presena de solos profundos e bem drenados, no topo das chapadas, com alta capacidade de infiltrao, d origem a aqferos contnuos e com boa capacidade de armazenamento, contendo guas de boa qualidade fsico-qumica. Esses aqferos tm a capacidade de alimentar os crregos ou rios durante longos perodos de estiagem. tambm diretamente em suas nascentes, ou atravs de poos, que se abastece a populao residente na bacia. Todavia, a pequena profundidade do lenol fretico, sem proteo em superfcie, incorre em elevado risco de contaminao. A continuidade do processo de desmatamento da cobertura vegetal pode tambm pr em risco o volume dos mananciais.

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Palmeiral (buritizal) em rea alagada, prxima ao rio So Marcos.

Mata Ciliar do rio So Marcos bem conservada, composta por quaresmeira, leo-de-copaba, ing e capito, dentre outras espcies.

Ribeiro do Cristal, afluente do rio So Marcos, nas proximidades da rodovia BR-040.

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O padro de vegetao predominante em toda a bacia o Cerrado, que pode apresentar diversas formas, como o Cerrado, Campos Cerrados e Campos Limpos, aparecendo freqentemente, tambm, junto s margens dos rios, as matas ciliares. Originalmente, o Cerrado na bacia do rio So Marcos apresentava grande diversidade, que pode ser comprovada pelos remanescentes que hoje so encontrados na regio. Hoje, as matas ciliares, margeando seus cursos dgua, o Cerrado denominado stricto sensu e o Campo Sujo, em reas de difcil acesso, so as fisionomias encontradas mais comumente na regio. O Cerrado, os Campos Limpos, os palmeirais e as veredas so mais raramente encontrados e na forma de pequenas manchas. Dentre os mamferos com ocorrncia no Cerrado, 16 esto includos na lista oficial de espcies ameaadas, como o lobo-guar e o tamandu-bandeira, ambos tpicos representantes do Cerrado stricto sensu. Com relao s aves, o Cerrado apresenta cerca de 20 espcies endmicas, como o papagaio-galego e a gralha-do-campo. Os solos na bacia apresentam, em geral, baixa fertilidade natural. So de boa qualidade para as prticas agrcolas com nveis altos de tecnologia, na medida em que necessitam de corretivos e fertilizantes. A caracterstica climtica, onde predomina a ausncia de chuvas, associada aos solos de baixa fertilidade, fizeram com que a pecuria extensiva em pastagens naturais se mantivesse por longos anos como a forma predominante de uso do solo na regio, ao lado da explorao de recursos minerais, que foi a principal atrao da ocupao desse territrio, no sculo XVIII. A pecuria extensiva e a extrao vegetal, para a construo e a produo de carvo, promoveram no passado uma ampla degradao do Cerrado, com a destruio das feies originais de sua flora e de sua fauna. At 1960, a regio manteve seu carter essencialmente rural, apresentando um acentuado vazio demogrfico que estabelecia tnues relaes comerciais com os principais centros do pas. Com a construo de Braslia e a abertura da rodovia Belo Horizonte Braslia (BR-040), ocorreu um intenso processo de atrao de trabalhadores de todo o Pas, que se refletiu em forte crescimento de toda a regio de entorno da nova capital e de passagem da nova rodovia. Cidades como Paracatu-MG e Cristalina-GO, atravessadas pela rodovia e prximas ao Distrito Federal, assistiram a um significativo crescimento de suas populaes e de suas reas urbanas. Entretanto, as condies de uso do solo na bacia do rio So Marcos s se alteraram a partir dos anos 80, quando o aumento do valor internacional da soja levou ao desenvolvimento de pesquisas tecnolgicas que mostraram a boa aptido dos solos do Cerrado para essa produo, dando incio a um processo que viria transformar o panorama tradicional da regio Centro-Oeste do Pas. A viabilidade da agricultura na regio, no entanto, em funo de seus solos e de seu clima, depende de investimentos em maquinrios e equipamentos e altos custos de produo, necessitando de calagem e nutrientes, como fosfato, potssio, nitrognio e enxofre, e de variados defensivos agrcolas, alm da necessidade de irrigao. Impe-se, dessa forma, uma agricultura em grande escala e modernizada. As caractersticas naturais da bacia redundam em uma utilizao do solo baseada nas mdias e nas grandes propriedades rurais. O crescimento da agricultura moderna na bacia do rio So Marcos acirra o processo pr-existente de degradao do Cerrado, introduzindo novas variveis: o uso intensivo da gua para irrigao e o risco de contaminao do solo, das guas e do lenol fretico pela utilizao de agrotxicos. Localizando-se entre o Distrito Federal e o Tringulo Mineiro, a regio da bacia hidrogrfica do rio So Marcos apresenta hoje um forte dinamismo, fundado no desenvolvimento agrcola em bases tecnolgicas e no crescimento de um parque industrial e de um importante setor comercial e de servios prioritariamente direcionados aos implementos e insumos agrcolas e transformao de produtos agropecurios.

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Vista geral de parte rea da bacia do rio So Marcos

Vista geral da rea do ribeiro dos Teixeiras, onde as paisagens naturais foram substitudas por grandes extenses de pastagens e lavoura.

Vegetao de Cerrado em Paracatu.

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5.2 REA DE INFLUNCIA DIRETA DO AHE PAULISTAS (AID)


O AHE Paulistas, incluindo o reservatrio e as reas destinadas a canteiros de obras e construo da Usina Hidreltrica, afetar uma rea de mais de 13.000ha, pertencente aos municpios de Cristalina-Go e Paracatu-MG. Os solos presentes na AID apresentam diferentes graus de deficincia de fertilidade natural e de limitantes agricultura e pecuria. Em 38% da rea, distribuindo-se principalmente na regio central e na margem esquerda do rio So Marcos, so encontrados solos (o Latossolo Vermelho-Amarelo) que apresentam boas condies de uso agrcola, quando em relevo plano e suave ondulado, desde que corrigida a fertilidade qumica com o uso adequado de corretivos e fertilizantes. Outros 38% das terras da AID so recobertos por outros solos (Cambissolo Hplico), apresentando fortes limitantes atividade agrcola e com elevada suscetibilidade eroso e, finalmente, 23% da rea so recobertos por solos (Latossolo Vermelho) de boa aptido agrcola para alto nvel tecnolgico, pois tambm apresentam baixa fertilidade natural e demandam medidas de conservao em decorrncia de sua suscetibilidade eroso, que se encontram em relevo dominantemente plano e suave ondulado, principalmente na margem direita do rio So Marcos. Na rea de Influncia Direta 14% de sua superfcie so ocupados com lavouras e 38% com pastagens, cabendo ter em mente que comum, na rea, a prtica de rotao entre pastagens e lavouras, ou seja, o uso de reas de lavoura, aps a colheita para pastagens, e a incorporao de reas de pastagem para lavouras. Em praticamente toda a rea, predomina a agricultura em alto nvel tecnolgico, com aplicao de corretivos e de fertilizantes e mecanizada, sendo muito comum o uso da irrigao, principalmente com sistemas de pivs centrais. Mesmo as pastagens so predominantemente plantadas e tm seus solos corrigidos. As atividades agropecurias obtm elevada produtividade, sobretudo quando servidas por sistemas irrigados. A exceo encontrada nos assentamentos rurais do INCRA, destinados agricultura de subsistncia, mas que apresentam resultados extremamente baixos, incapazes de atender ao objetivo bsico de manuteno das famlias em seus lotes, levando a que tenham que buscar complementos de renda, sobretudo atravs do trabalho assalariado temporrio. Na rea encontram-se 5 assentamentos rurais, sendo 1 em Paracatu Jambeiro, e 4 em Cristalina, os de Vista Alegre, Buriti das Gamelas, So Marcos e Casa Branca. O Assentamento Casa Branca o nico, dentre os 5, que apresenta uma histria de formao distinta, que acarreta uma diferena significativa em sua dinmica atual. Formouse h 4 anos a partir de recursos do governo federal, atravs de financiamento do Banco da Terra para a compra de lotes de cerca de 11ha por 211 famlias. Embora com poucos recursos, esse Assentamento tem apresentado uma produo relativamente significativa, se comparado aos demais da regio. O Assentamento conta com assistncia tcnica da Emater de Cristalina, que realiza cursos e reunies na sua sede. O reservatrio da AHE Paulistas dever atingir, cerca de 20 lotes do assentamento Casa Branca, sendo que, entre eles, apenas uma residncia dever ser atingida. Os demais assentamentos foram criados em 1999 e 2000, a partir de invases de propriedades por trabalhadores sem terra, seguidas de desapropriao e distribuio de lotes, pelo INCRA, para os sem terra. Na formao desses assentamentos encontram-se lotes de 6ha, em Buriti das Gamelas, at 30ha (podendo chegar a 40ha) em Jambeiro. Nos assentamentos, alm dos lotes individuais, conta-se com reas coletivas que, no caso de Buriti das Gamelas, ganha grande expresso, como reas efetivas de explorao conjunta, tendo em vista a pequena dimenso dos lotes. Possuem tambm escolas municipais da 1 4 srie, onde estudam as crianas dos assentamentos e os filhos dos funcionrios das fazendas do entorno.

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Terrenos da regio do empreendimenrto, cuja aptido agrcola boa para plantios de gros.

rea de ocorrncia de terrenos com aptido agrcola regular para pastagem natural e silvicultura. So terras cascalhentas, em relevo suave ondulado e ondulado.

Piv para agricultura irrigada, muito freqente na regio.

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Em termos gerais, a situao atual dos assentados de extrema dificuldade. A instabilidade climtica da regio, a pouca disponibilidade de gua e o solo de difcil trato resultam em baixa produtividade e em resultados da produo dificilmente capazes de sustentar suas famlias. O recurso ao trabalho temporrio nas propriedades agrcolas da regio representa um aumento de renda importante para os assentados. Para o complemento alimentar da famlia, praticam a pesca no rio So Marcos e a caa nas reas preservadas da regio, com reflexos negativos no equilbrio ecolgico dessas reas. Nos assentamentos rurais, estima-se que 301 lotes sero afetados pela formao do reservatrio do AHE Paulistas. Nesses lotes, vivem 754 pessoas. Os limitantes impostos pelos solos atividade agrcola deram origem a um uso do solo que vem ganhando expresso na AID: a formao de propriedades de lazer. Diversos proprietrios de estabelecimentos rurais lotearam e venderam reas prximas ao rio que eram inadequadas produo e que hoje so usadas exclusivamente para temporadas com objetivo de lazer. A AID conta ainda com uma parcela considervel de seu territrio razoavelmente preservada ou em regenerao, sobretudo no que diz respeito a suas matas ciliares. Ela possui 38% de seu territrio recobertos por matas ciliares, 7% com Campos Sujos e 3% com Cerrado. Essas reas representam, principalmente, as reservas legais das propriedades. Nessas reas ainda se pode encontrar uma fauna e uma flora variadas, embora haja indcios, por relatos de moradores locais, de intensa prtica de caa que pe em risco a sobrevivncia das espcies mais procuradas, como o veado-catingueiro, a cascavel, o tatucanastra e o tamandu-bandeira, sendo que estes dois ltimos so espcies consideradas em extino. A grande maioria das aves observadas na AID caracterstica de ambientes antropizados. Com relao aos usos da gua, a irrigao o uso predominante, embora essa atividade seja ainda pequena na AID, onde as produes de soja e de milho, ambas de sequeiro, dominam amplamente o uso agrcola dos solos, embora seja ntida a tendncia ao crescimento da irrigao. A pesca pouco expressiva, sobretudo a destinada ao lazer e complementao alimentar de trabalhadores e assentados. O abastecimento de gua se faz em nascentes e poos, sendo relatado pelos prprios consumidores que se trata de gua da melhor qualidade. O lazer representa outro uso potencialmente crescente na rea. Ou seja, tambm na AID no se verifica uma situao de conflito de uso da gua. Segundo os produtores e moradores locais, a perspectiva de introduo do uso para gerao de energia no conflitante com os usos atuais, mas, ao contrrio, seria benfico a eles: facilitaria a irrigao, elevando o nvel dgua; ampliaria as possibilidades de lazer, pela criao de um lago artificial; e criaria melhores condies para o aumento dos estoques pesqueiros.

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Sapo-flecha encontrado na beira do rio So Marcos.

Gavio-caboclo em rea de Cerrado degradado.

Cuca em galho de rvore da regio.

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4.

IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

A identificao e a avaliao dos impactos ambientais levaram em conta as principais interferncias do empreendimento na regio e sua repercusso nos diversos elementos ambientais. Ao final, apresentada uma Matriz de Impactos que mostra a correlao entre as atividades potencialmente causadoras de impactos e as caractersticas ambientais das reas de Influncia Indireta e Direta, assim como a proposio de medidas mitigadoras. Principais aes do empreendimento que podem causar impactos ambientais Planejamento e aes iniciais: divulgao de informaes sobre o empreendimento; aquisio/desapropriao de terras. Implantao: recrutamento e contratao da mo-de-obra; desmatamento e terraplenagem para implantao dos acessos ao canteiro e demais locais das obras; ampliao e melhoria da infra-estrutura existente; implantao do canteiro de obras; implantao dos alojamentos; mobilizao dos equipamentos; explorao de fontes de materiais, de emprstimos e jazidas para as construes civis; execuo das obras civis abrangendo o desvio do rio e a barragem; deposio de materiais excedentes em bota-foras; transporte e suprimento de materiais. Enchimento do reservatrio: desocupao da rea a ser submersa pelo reservatrio (reas rurais e infra-estrutura); desmatamento e limpeza da rea de inundao; enchimento. Operao da usina

5.1 IMPACTOS SOBRE OS MEIOS FSICO E BITICO


(1) Alterao do Regime Fluvial

A implantao do AHE Paulistas dever alterar o regime fluvial do rio So Marcos, devido basicamente ao barramento do rio e criao do reservatrio. O enchimento do reservatrio poder ter uma durao de 3 a 12 meses, dependendo do volume de chuvas. Durante esse perodo, s ser liberada para jusante uma vazo de 7,5m/s, superior a 80% da mnima vazo mdia mensal do rio So Marcos. A reduo das vazes durante o enchimento poder ocasionar algum transtorno, por causa do rebaixamento dos nveis dgua do rio So Marcos, nas captaes para irrigao e abastecimento de residncias, alm de provocar alteraes na fauna aqutica.
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Com a formao do reservatrio, haver reduo das velocidades nos trechos de remanso (chegada dos rios ao reservatrio) no curso dgua principal e em seus afluentes, sendo o principal o ribeiro So Firmino, podendo afetar as atividades das reas agrcolas. Na fase de operao do empreendimento, haver aumento das vazes durante as estiagens e reduo dos picos de vazo durante as cheias para jusante. Considerando que o reservatrio de Paulistas foi projetado para regularizao de vazes, o armazenamento dos volumes afluentes dever provocar uma grande alterao no regime fluvial a jusante. Medidas Recomendadas Como medida compensatria, dever ser realizado um programa de monitoramento, com a instalao e operao de diversas estaes fluviomtricas: no reservatrio, no remanso (rio So Marcos e ribeiro So Firmino), a montante do remanso e a jusante da barragem. Devero ser monitorados e adotadas medidas mitigadoras relacionadas aos impactos decorrentes dessa alterao sobre a fauna aqutica, os processos erosivos e de assoreamento e a interferncia com as atividades agrcolas. (2) Alterao da Qualidade da gua

A implantao do AHE Paulistas dever alterar a qualidade da gua do rio So Marcos dentro do reservatrio e a jusante do barramento, na medida em que o reservatrio ter baixa capacidade de renovao de suas guas. Durante o enchimento do reservatrio, ocorrer a inundao progressiva da vegetao remanescente, provocando uma demanda maior de oxignio para a decomposio da vegetao, que poder afetar a vida aqutica, particularmente o desenvolvimento de peixes. Este impacto dever ser temporrio, porque o processo de decomposio de folhas, estrato herbceo e serrapilheira dura cerca de 30 dias. A partir da, o material lenhoso remanescente apresenta decomposio muito lenta, no sendo mais crtico para a qualidade da gua. No entanto, caso haja uma excessiva oferta de nutrientes (nitrognio e fsforo, principalmente) durante o enchimento, devido fitomassa alagada, o perodo de m qualidade da gua poder se prolongar. Medidas Recomendadas De modo a minimizar esse impacto, recomenda-se que seja feita a remoo seletiva e parcial da vegetao a ser inundada. O Programa de Limpeza do Reservatrio dever ser estabelecido com base em uma modelagem da qualidade da gua do reservatrio durante o enchimento, que estabelea as quantidades e os estratos de vegetao a serem retirados de cada segmento do futuro reservatrio. Como o enchimento do reservatrio dever ser lento, o planejamento do desmatamento tornase muito importante. Dever ser realizado o monitoramento da qualidade da gua durante o enchimento e a operao do reservatrio, visando validar a modelagem a ser realizada e detectar, em tempo hbil para correo, eventuais desvios em relao ao comportamento previsto. Em face das intensas atividades agrcolas da regio, recomenda-se o monitoramento das taxas de nutrientes afluentes ao reservatrio, de modo que possa ser identificado, caso ocorra, um aumento inesperado do aporte desses elementos. O monitoramento dever incluir a inspeo freqente das margens do reservatrio, de modo a permitir a identificao e correo de problemas localizados, evitando que eles se expandam (por exemplo, em bolses).
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(3)

Alterao do Comportamento Hidrossedimentolgico do Rio So Marcos

A implantao do AHE Paulistas afetar o comportamento hidrossedimentolgico do rio So Marcos, devido reduo das velocidades de escoamento e conseqente deposio de sedimentos a montante do barramento. Alm disso, as guas restitudas para jusante apresentaro um aumento da capacidade de carreamento de material, podendo provocar eroso no estiro imediatamente a jusante da barragem. A deposio de material na entrada do reservatrio poder acentuar os efeitos de remanso por eles provocados e, conseqentemente, elevar ainda mais o nvel dgua durante as cheias. Vale lembrar que o desenvolvimento e a intensificao das atividades agrcolas nas cabeceiras da bacia do rio So Marcos, principalmente nos tabuleiros, em geral bastante suscetveis eroso, podero contribuir para o aumento dos processos erosivos, gerando um afluxo maior de sedimentos ao reservatrio. Medidas Recomendadas Recomenda-se o monitoramento com instalao e operao de estaes sedimentomtricas: a montante do remanso (rio So Marcos e ribeiro So Firmino) e a jusante da barragem. Durante o detalhamento dos programas ambientais, devero ser identificadas as reas agrcolas que podero ter suas atividades afetadas devido aos processos de assoreamento, no trecho de remanso, e de eroso, no trecho imediatamente a jusante da barragem. (4) Perda de Terras Potenciais para Agropecuria Com a construo do empreendimento e a formao do reservatrio sero atingidos, pelas obras, aproximadamente 200ha e, pela formao do reservatrio, 13.800ha, perfazendo cerca de 14.000ha. As perdas de terras potencialmente agricultveis representam aproximadamente 1% do total existente na rea da bacia hidrogrfica do rio So Marcos. Essas perdas, sob o ponto de vista da qualidade das terras, tm sua importncia reduzida pelo fato de que os mesmos solos que ocorrem na rea a ser alagada so tambm encontrados no restante da bacia, em grandes extenses. Medidas Recomendadas As reas utilizadas para emprstimo, canteiro de obras, deposio descartes, pedreiras, etc. devero ser recuperadas, de maneira restabelecer as relaes solo-gua-planta, como parte das atividades Recuperao de reas Degradadas, que compem o Programa Conservao da Flora. de a de de

(5) Interferncia de reas de Autorizaes e Concesses Minerais com o Futuro Reservatrio e sua rea de Entorno

Sero parcialmente atingidas, pela formao do reservatrio, 18 reas requeridas no Departamento Nacional da Produo Mineral - DNPM para pesquisa mineral e lavra. As principais substncias requeridas so o chumbo e o ouro. Medidas Recomendadas Dever ser realizado um Programa de Acompanhamento dos Direitos Minerrios, contemplando a implantao das seguintes medidas:
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pedido, no DNPM, de no liberao de novas autorizaes e concesses que sejam requeridas aps a Licena Prvia; localizao das jazidas ou ocorrncias do bem mineral que se pretende pesquisar e/ou explorar; atualizao dos processos minerrios e assinatura dos termos de renncia dos requerentes, se houver interferncia com o AHE Paulistas. (6) Instabilizao das Encostas Marginais do Reservatrio

A variao do nvel dgua do reservatrio poder induzir a ocorrncia de escorregamentos nas encostas e aumento de intensidade dos processos erosivos, embora a reduo desse nvel seja lenta, ocorrendo ao longo de vrios meses e, assim, induzindo muito pouco a processos de escorregamento. O choque contnuo das ondas formadas no reservatrio pela ao dos ventos na base das encostas, em determinadas pocas do ano, poder provocar o solapamento das margens e, em conseqncia, desbarrancamentos. Esse processo poder favorecer, tambm, o transporte de detritos para o interior do reservatrio, pela lavagem do material fino superficial das encostas. Medidas Recomendadas Para mitigar esse impacto, recomenda-se implementar um Programa Monitoramento das Condies de Eroso, considerando-se as seguintes medidas: de

identificar as reas crticas nas encostas marginais do reservatrio, nas quais as modificaes das cargas hidrulicas impostas pelo enchimento e rebaixamento do nvel dgua possam promover alteraes nas condies naturais dos solos, definindo-se, ento, medidas preventivas e/ou corretivas; se for o caso, implantar estruturas especiais sobre as reas crticas a serem afetadas, de forma a fortalec-las (proteo com enrocamento, gabies, etc). (7) Possibilidade da Ocorrncia de Sismos Induzidos

H uma possibilidade, embora remota, de ocorrncia de sismos induzidos com o enchimento do reservatrio que, se vierem a ocorrer, devero ser de baixa magnitude. Na fase de operao, restabelecendo uma situao de equilbrio, essa possibilidade de induo de sismos dever desaparecer. As caractersticas tcnicas de profundidade e volume do reservatrio indicam que o AHE Paulistas no est enquadrado entre os que apresentam maior probabilidade de ocorrncia de sismos induzidos. Medidas Recomendadas Instalao de rede sismogrfica. Realizao de um Programa de Monitoramento Sismolgico. (8) Possveis Interferncias do Enchimento do Reservatrio sobre o Nvel do Lenol Fretico Durante o enchimento do reservatrio e, principalmente, aps a implantao do empreendimento, poder haver uma elevao do nvel fretico nas reas de entorno do reservatrio. Nessas reas, a velocidade do fluxo subterrneo das guas mais lenta. Poos
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porventura localizados no entorno do futuro reservatrio podem ser beneficiados com a a elevao do nvel dgua do rio. Como impactos negativos, podem-se esperar alteraes nas condies de estabilidade das encostas marginais. Medidas Recomendadas Para mitigar esse impacto, recomenda-se implementar um Programa de Monitoramento do Nvel Fretico nas reas de Entorno do Reservatrio, visando identificar e definir as reas nas quais as modificaes decorrentes do enchimento do reservatrio possam interferir, de modo permanente, na aptido e no uso produtivo dessas terras. (9) Alteraes na Dinmica da Ictiofauna

A implantao do empreendimento provocar mudanas na composio da ictiofauna, devido alterao no regime fluvial do rio So Marcos e de seus afluentes, acarretando perda ou reduo na populao de peixes residente nos afluentes ao reservatrio, a proliferao de espcies nativas melhor adaptadas s novas condies e a diminuio, ou mesmo eliminao, das grandes espcies migradoras, devido s mudanas nos atributos fsicos, qumicos e biolgicos da gua do rio na rea do reservatrio e a jusante do barramento. Durante a fase de desvio do rio So Marcos, os peixes que no conseguirem passar para montante e no se dispersarem podero ficar aprisionados, junto ensecadeira, situao que poder ser fatal para eles. Este quadro poder ser especialmente agravado na poca reprodutiva dos peixes, coincidente com o fim da estiagem e incio do perodo chuvoso. Durante o enchimento do reservatrio, ser mantida apenas uma vazo residual, criando uma situao problemtica para a ictiofauna. Havendo eutrofizao (excesso de nutrientes) e estratificao das guas do reservatrio. com conseqentes alteraes na qualidade da gua, poder ocorrer mortandade e fuga dos peixes, especialmente daqueles mais dependentes de elevada aerao da gua. No rio So Marcos, ocorrem peixes considerados grandes migradores, como os piaus, a pirapitinga, o dourado, a tabarana e o surubim. Com o barramento do rio, poder ocorrer uma reduo ou o desaparecimento de suas populaes. Medidas Recomendadas: durante a construo, os peixes capturados no trecho a jusante da ensecadeira e nas poas formadas dentro da rea seca do rio, que estejam em boas condies de sade, devem ser recolhidos e restitudos ao rio So Marcos; manter uma vazo mnima a jusante, durante o enchimento, preferencialmente atravs de um dispositivo que permita uma aerao maior e conseqente oxigenao da gua; estabelecer medidas visando proteo de tributrios na bacia do rio So Marcos, como a seleo e proposio do estabelecimento de reas de Proteo Ambiental naquela regio; desenvolver estudos para reconhecimento de tributrios que possam atuar como rotas migratrias alternativas a jusante da barragem da UHE Paulistas ou da UHE Serra do Faco, esta a ser implantada antes, para serem utilizadas por espcies migratrias durante o perodo reprodutivo e adotar medidas para que estes sejam preservados em suas condies atuais; e
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realizar Programa de Monitoramento da Ictiofauna, para o acompanhamento da evoluo das comunidades de peixes e de seu comportamento reprodutivo, no interior do reservatrio e a montante. (10) Perda de Vegetao Nativa

O empreendimento ir inundar uma rea de, aproximadamente, 14.000ha, sendo que, desse total, as formaes mais representativas so de matas ciliares e vegetao caracterizada por fisionomia tpica de Cerrado, que sero definitivamente perdidas, seja por medidas de desmatamento seja por sua inundao. Medidas Recomendadas Implantao do Programa de Conservao da Flora, contemplando: desmatamento apenas parcial prximo s reas do barramento e canteiros de obra; nos locais no inundveis (externos ao reservatrio), desmatamento somente nas reas indispensveis, que sero objeto da implementao de aes de Recuperao de reas Degradadas; aproveitamento do material vegetal (arbreo lenhoso), por parte dos proprietrios dentro da rea inundvel, sobretudo nas reas de mata ciliar; coleta de sementes e mudas, assegurando o patrimnio gentico de espcies de potencial valor ecolgico e comercial e facilitando a obteno de mudas para a recomposio das margens do reservatrio; co-gesto com rgos de pesquisa para aproveitamento e armazenagem de germoplasma; resgate e transplantio das espcies vegetais de ocorrncia rara ou endmica, de epfitas e de espcies de sub-bosque de valor medicinal. (11) Perda de Hbitats da Fauna Terrestre

A inundao e o corte da vegetao arbrea existente na rea do reservatrio acarretam uma srie de efeitos danosos sobre a fauna que perde espaos anteriormente destinados a abrigo, alimentao e reproduo. A fragmentao causa o isolamento de reas naturais remanescentes, muitas vezes impedindo o deslocamento, aumentando a competio por recursos, facilitando a predao e dificultando a reproduo. H espcies da fauna que so caractersticas das diferentes fisionomias do Cerrado na regio, inclusive das matas ciliares remanescentes. A reduo desses hbitats pode acarretar a perda de espcimes da fauna local. Medidas Recomendadas Programa de Conservao da Fauna. (12) Alterao da Estrutura de Populaes de Espcies da Fauna Terrestre

O empreendimento causar a diminuio ou a perda total da rea de vida (rea de alimentao e reproduo) da mastofauna (mamferos) encontrada na regio, podendo afetar drasticamente as populaes desse grupo de animais que figuram no topo da cadeia alimentar. Aves de hbitos terrestres podero sentir mais drasticamente as modificaes ambientais provocadas pelo enchimento do reservatrio e do desmatamento. Sofrero
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tambm com a diminuio ou perda total da rea de vida. Aves de hbitos voadores sentiro um pouco menos essas modificaes, porque podem se deslocar mais facilmente para locais que no sero afetados pelo empreendimento. J aquelas que estiverem em perodo reprodutivo podero ter seus ninhos prejudicados. Os anfbios, que evitam os rios e ribeires de grande vazo e utilizam locais marginais aos corpos dgua principais (poas, alagamentos, brejos e riachos), devero ter suas comunidades afetadas quando o enchimento do reservatrio fragmentar esses hbitats. Algumas espcies de serpentes, que tm nos anfbios uma parcela importante de sua dieta, podero sofrer alteraes indiretas, em funo de mudanas na dinmica desses animais nos ambientes novos criados. Medidas Recomendadas Implantar o Programa de Conservao da Fauna, contemplando aes de monitoramento de populaes animais. (13) Aumento da Caa de Animais Silvestres

O aumento do trnsito de pessoas durante a implantao do AHE Paulistas, em toda a rea de Influncia Direta, devido s obras e eventual limpeza parcial da rea a ser inundada, aumentar a presso para a prtica da caa a animais silvestres. Medidas Recomendadas Esclarecer a populao e a mo-de-obra alocada ao empreendimento sobre a ilegalidade da caa, dentro do Programa de Educao Ambiental.

5.2 IMPACTOS SOBRE O MEIO ANTRPICO


(14) Gerao de Expectativas

As perspectivas de implantao do AHE Paulistas geram expectativas que podem se transformar em problemas reais para a regio ou para determinados segmentos da populao, caso as dvidas no sejam esclarecidas de forma adequada. Dentre estas, podem ser mencionadas: do ponto de vista do empresariado agrcola, que vem investindo em suas terras visando modernizao e ao aumento da produo, a incerteza sobre os prazos de implantao do empreendimento e a delimitao precisa das reas produtivas que sero perdidas em suas propriedades leva a que interrompam o processo de investimento em suas terras e busquem novos locais para tal, reduzindo o processo de crescimento da agricultura na regio, com reflexos sobre a arrecadao, a gerao de empregos e a dinmica econmica da regio como um todo; do ponto de vista dos agricultores dos assentamentos rurais, a incerteza sobre o que ocorrer com seus lotes e qual o destino que tero, caso venham a ser inundados, gera problemas graves para o planejamento do futuro dessas famlias, que j vivenciaram uma situao de trabalhadores sem terra e sabem que so poucas as possibilidades locais de espaos livres para onde possam ser relocados; os proprietrios rurais da regio que, em geral, demonstram uma grande preocupao com as reas de reservas legais de suas propriedades, s quais vm tentando proteger h anos, deparam-se com a perspectiva de que essas reas venham a ser inundadas, sem saber que medidas sero
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tomadas para sua recomposio, o que gera um forte descrdito quanto s perspectivas de proteo do meio ambiente relacionadas ao empreendimento, e que pode ter por resultado uma reverso do cuidado que veio sendo tomado at o presente com essas reas; h uma forte expectativa da populao, em geral, quanto ao crescimento da disponibilidade de energia para a regio que ser trazida pelo empreendimento, favorecendo a eletrificao rural e a irrigao, sem que se disponha de dados objetivos sobre o que o empreendimento representar, neste sentido, para a regio; da mesma forma, grande a expectativa em termos da disponibilidade de gua para irrigao decorrente do enchimento do reservatrio; e a perspectiva de construo do empreendimento gera uma expectativa de gerao de empregos que, mal administrada, poder trazer problemas significativos para a regio, decorrentes da atrao de populaes migrantes e de conflitos entre aqueles que contam poder preencher postos de trabalho. Medidas Recomendadas O principal instrumento para controle e/ou mitigao desse impacto ser Programa de Comunicao Social, que tem como principal objetivo criao de canais de informao e esclarecimentos permanentes entre populao e o empreendimento. Esse programa dever, portanto, prever esclarecimento de todas as questes que geram maior preocupao para populao. (15) Gerao de Empregos o a a o a

A construo do empreendimento ir envolver uma mo-de-obra que dever atingir, no momento de pico, 1.200 trabalhadores contratados diretamente para as obras. Estimase que para cada emprego direto gerado neste tipo de empreendimento, no mnimo, 2 novos empregos indiretos sejam criados. O uso da mo-de-obra local representar um impacto positivo para a populao, tendo em vista os elevados nveis de desemprego atualmente existentes. Caso a contratao da mo-de-obra venha a se dar de forma organizada, com o apoio das Prefeituras Municipais, com base no cadastramento de pretendentes e capacitao prvia para o trabalho, este impacto ser ainda mais importante, ampliando a possibilidade de preenchimento dos postos de trabalho abertos para a populao local e evitando o afluxo desordenado de populaes de fora em busca de emprego. Este impacto altamente positivo, num momento de acentuadas dificuldades econmicas. importante destacar que uma das mais marcantes expectativas que o empreendimento suscita na regio se refere justamente ao dinamismo que ele poder trazer ao mercado de trabalho regional. Medidas Recomendadas No sentido de promover a insero regional do empreendimento, recomenda-se a implementao de medidas que privilegiem a mo-deobra local e o envolvimento das Prefeituras Municipais no processo de cadastramento e informao sobre as reais necessidades e possibilidades de emprego.

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Atrao de Populaes em Busca de Emprego e Oportunidades de Negcios

Empreendimentos de grande porte, geradores de empregos diretos e de possibilidades de atividades indiretas geradoras de renda tendem a atrair populaes migrantes de outras regies em busca de oportunidades, principalmente em um momento como o vivido atualmente pelo Pas, de elevado desemprego. As conseqncias negativas de processos desse tipo so conhecidas, ampliando os nveis de indigncia, criminalidade e pobreza e gerando forte presso sobre os servios pblicos de sade, de segurana, de saneamento e afetando os mercados locais de trabalho e de habitao. O aumento da demanda por esses servios e equipamentos poder trazer problemas considerveis para as Prefeituras Municipais. Medidas Recomendadas Para controlar o processo de atrao de mo-de-obra de outros municpios para a regio do AHE Paulistas, dever ser desenvolvida, no mbito do Programa de Comunicao Social, uma ampla campanha de divulgao regional da capacidade real de absoro de trabalhadores, bem como da priorizao de contrataes locais. (17) Sobrecarga na Infra-Estrutura de Sade Os municpios de Cristalina e Paracatu apresentam condies deficientes em termos de infra-estrutura pblica de sade, mal conseguindo atender populao local que, em casos mais graves, deve sempre ser transferida para hospitais de outros municpios ou do Distrito Federal. Na zona rural, onde estar localizado o empreendimento, no se dispe de nenhuma infra-estrutura de sade. A presena de um nmero expressivo de trabalhadores e as atividades relacionadas obra podero dar origem ao aumento do nmero de doentes e de acidentados que, se dependerem de atendimento pela atual infra-estrutura de sade dos municpios, ir representar uma sobrecarga, piorando as condies locais de atendimento. Medidas Recomendadas O empreendedor dever, atravs das empreiteiras, implantar estruturas de atendimento sade nos canteiros de obras, buscando parcerias com as Prefeituras Municipais, de modo a que, futuramente, a infra-estrutura implantada possa representar um benefcio para as populaes locais. (18) Perda de Terras e Benfeitorias dos Assentamentos Rurais A formao do reservatrio do AHE Paulistas ir inundar terras e benfeitorias de 301 lotes de assentamentos rurais, afetando 750 pessoas. Tendo em vista que a dimenso dos lotes j insuficiente para a manuteno das famlias que a se encontram, deve-se prever que a grande maioria dos lotes afetados se tornar invivel. Os assentados que sero afetados pelo reservatrio dificilmente podero ser relocados para outras reas dentro dos prprios assentamentos existentes. Medidas Recomendadas Implantao de um Programa de Indenizaes e Reassentamento da Populao que encontre solues adequadas para a transferncia da populao afetada. Criar um canal permanente de comunicao com a populao, atravs da implantao do Programa de Comunicao Social. Possibilitar a melhoria da qualidade de vida da populao atravs da implantao do Programa de Educao Ambiental.
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(19) Perda de Terras Produtivas e de Benfeitorias em Estabelecimentos Rurais e Propriedades de Lazer A formao do reservatrio do AHE Paulistas ir inundar 4.644ha de pastagens e 1.754ha de lavouras, ou seja, cerca de 6.400ha de terras produtivas. A esta rea deve-se somar a faixa de preservao permanente do reservatrio, calculada em 150m de cada margem. Estima-se que sero afetadas pelo empreendimento 60 propriedades rurais. Alm de terras produtivas, o reservatrio ir inundar um nmero significativo de casas, equipamentos da atividade agrcola (galpes, estbulos, etc.) e outras benfeitorias. Tambm sero inundadas, segundo o pr-cadastro de FURNAS, terras e benfeitorias de 38 stios de lazer. Neste caso, a maior parte das propriedades, em funo de suas pequenas reas, ser inviabilizada. Medidas Recomendadas Implantao de um Programa de Indenizaes e Remanejamento da Populao que encontre solues para a indenizao dos proprietrios afetados. Criar um canal permanente de comunicao com a populao, atravs da implantao do Programa de Comunicao Social. (20) Aumento da Probabilidade do Surgimento de Endemias da de de de

A implantao do reservatrio do AHE Paulistas, ao provocar a alterao composio qualitativa e quantitativa de espcies da fauna original, assim como as aes desmatamento associadas, pode ocasionar a disseminao de espcies transmissoras enfermidades, especialmente da malria, da filariose, da febre amarela, da dengue e vrios tipos de arboviroses. Medidas Recomendadas

Implantar um Programa de Sade e Controle de Vetores, no qual destacase a realizao de inquritos epidemiolgicos peridicos, com o objetivo de controlar possveis mudanas decorrentes da implantao do empreendimento. (21) Incremento de Receitas pelo Aquecimento da Economia

O aquecimento do mercado local, decorrente do conjunto de oportunidades que surgiro com a construo do empreendimento, ter conseqncias no aumento da receita dos municpios de Paracatu e Cristalina, que sero beneficiados com o aumento da arrecadao pblica, em funo da ampliao dos servios relacionados obra e dos royalties da gerao de energia hidreltrica. A contratao de trabalhadores causar um impacto direto no mercado de bens e servios, atravs do aumento da demanda, uma vez que ser elevado o nmero de consumidores potenciais. Os novos trabalhadores representam um crescimento na massa salarial da regio, que dever ser gasta no consumo de bens e servios locais, potencializando a expanso no setor tercirio, principalmente. Este crescimento dever gerar novos empregos e negcios ampliando a renda local, gerando efeitos multiplicadores sobre as economias locais, na proporo em que os investimentos e o consumo de bens e servios se concentrem nos municpios de Cristalina e Paracatu. Como a demanda agregada dever se elevar, aumentaro, conseqentemente, a circulao de mercadorias e a prestao de servios, incrementando as arrecadaes municipais, basicamente atravs do recolhimento de ISS e ICMS.
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Na fase de operao, os municpios de Cristalina e Paracatu devero receber a compensao financeira da gerao de energia eltrica. Medidas Recomendadas Como este impacto tem natureza positiva, cabem medidas referentes a gestes junto ao poder pblico, para otimizar os seus benefcios, com a racional aplicao dos recursos arrecadados. (22) Aumento da Disponibilidade de gua A pouca disponibilidade de gua e sua sazonalidade so consideradas um dos principais entraves ao desenvolvimento agrcola da regio. Com a formao do reservatrio, haver maior disponibilidade hdrica, sobretudo para irrigao, aumentando o nvel dgua, o que facilitar a captao e ir reduzir as alteraes peridicas, permitindo um planejamento do uso da gua mais equilibrado durante todo o ano. Medidas Recomendadas Devem ser adotadas medidas referentes gesto do uso da gua, de forma a permitir que ele venha a beneficiar o maior nmero de produtores possvel, sem comprometer a disponibilidade hdrica para a gerao de energia e outros usos. (23) Aumento da Disponibilidade de Energia Os municpios de Cristalina e Paracatu apresentam, atualmente, uma significativa demanda reprimida por energia, que impede o desenvolvimento de programas de eletrificao rural e o aumento da irrigao. Hoje, grande parte dos sistemas de irrigao na AID abastecida por geradores a diesel (inclusive a iluminao residencial na zona rural), sendo raros os produtores rurais que contam com iluminao eltrica. Embora a energia gerada pelo AHE Paulistas no se destine especificamente regio, ela deve melhorar a situao local em termos da presena de mais linhas de transmisso e de subestaes. Medidas Recomendadas O projeto dever prever mecanismos que permitam facilitar o aumento da disponibilidade de energia para os municpios de Cristalina e Paracatu, tendo em vista ser esta uma das principais expectativas locais relacionadas ao empreendimento. (24) Valorizao das Terras para reas de Lazer O uso de reas marginais aos rios para prticas de lazer j tem expresso, hoje, na regio. Com a formao do reservatrio, sero criadas situaes ainda melhores para o desenvolvimento de prticas de lazer, com o aumento da piscosidade, da beleza cnica, condies adequadas para prticas de esportes aquticos, etc., devendo-se esperar uma valorizao do preo da terra para a instalao de stios de lazer. Medidas Recomendadas Recomenda-se a adoo de medidas que permitam o uso sustentvel para lazer das reas de entorno do reservatrio.

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(25) Risco de Perda de Patrimnio Cultural A rea onde ser instalado o AHE Paulistas est inserida em uma regio de ocupao histrica importante, onde existiram aldeamentos pr-histricos e coloniais, de modo que existe a possibilidade de ocorrncia de stios arqueolgicos na rea, que no foi, at o presente, objeto de pesquisa arqueolgica. Caso eles existam, a movimentao da obra nas reas de canteiro e a formao do reservatrio, contribuiro para sua destruio, parcial ou total. Medidas mitigadoras Dever ser desenvolvido um programa de pesquisa e salvamento arqueolgico onde as reas que sofrero interferncias pelas obras sejam pesquisadas por uma equipe especializada de acordo e com o acompanhamento do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN). No caso de serem localizados stios arqueolgicos na rea de abrangncia de acessos, canteiros, bota-foras e outras, a melhor opo para garantir a integridade dos stios poder ser a transferncia destas instalaes e reas para outro local. No caso desta medida no ser possvel, o Salvamento Arqueolgico dever ser implementado, alm de realizado o monitoramento das obras civis atravs do acompanhamento das aes diretas sobre os terrenos.

Igreja de Nossa Senhora do Rosrio dos Pretos, em Paracatu, MG.

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Construo antiga da sede de Cristalina, GO.

(26) Perda de Infra-Estrutura Com a formao do reservatrio, devero ser inundados trechos de estradas municipais vicinais e particulares, com leitos de terra ou cascalhadas, alm da ponte sobre o rio So Marcos da rodovia GO-020, que liga os municpios de Cristalina e Paracatu. Medidas Recomendadas Recomenda-se relocar, antes do enchimento do reservatrio, a infraestrutura viria afetada, visando no interromper o acesso s propriedades, o fluxo e o transporte de usurios e da produo agropecuria. No caso da ponte sobre a GO-020, recomenda-se a discusso com as autoridades municipais visando identificar alternativas para a sua relocao ou seleo de outras rotas de ligao entre Paracatu e Cristalina.

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MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS


Etapa
Planejamento e Aes Iniciais Enchimento do Reservatrio

Classificao dos Impactos

Implantao das Obras

Reversibilidade

Probabilidade

Abrangncia

Importncia

Magnitude

Natureza

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Operao da Usina

Forma

Local de Ocorrncia

Medidas de Controle e Mitigadoras

1 I M P A C T O S N O S M E I O S F S I C O E B I T I C O

Modificao do Regime Fluvial

NEG DIR LOC IRR ALT ALT ALT NEG DIR LOC IRR ALT MED ALT

A montante e a jusante do reservatrio, nos cursos d'gua A montante e a jusante do reservatrio, nos cursos d'gua A montante e a jusante do reservatrio, nos cursos d'gua Na rea destinada s obras civis e, para a formao do reservatrio.

Programa de Monitoramento Limnolgico, Hidrossedimentolgico e de Qualidade da gua. Programa de Monitoramento Limnolgico, Hidrossedimentolgico e de Qualidade da gua. Programa de Limpeza Seletiva da Bacia de Acumulao. Programa de Monitoramento Limnolgico, Hidrossedimentolgico e de Qualidade da gua. Programa de Monitoramento das Condies de Eroso.

Alterao da Qualidade da gua Alterao do Comportamento Hidrossedimentolgico do Rio So Marcos Perda de Terras Potenciais para Agropecuria Interferncia de reas de Autorizaes e Concesses Minerrias com o Futuro Reservatrio Instabilizao das Encostas Marginais do Reservatrio Possibilidade da Ocorrncia de Sismos Induzidos Possveis Interferncias do Enchimento do Reservatrio sobre o Nvel do Lenol Fretico Alteraes na Dinmica da Ictiofauna Perda de Vegetao Nativa

NEG DIR LOC IRR ALT ALT ALT

NEG DIR LOC IRR BAI ALT MED principalmente, nas reas que sero alagadas
Nos locais dos polgonos das concesses reservatrio.

Programa de Conservao da Flora / Recuperao de reas Degradadas.

NEG DIR LOC IRR BAI ALT MED minerais que coincidirem com a rea do futuro
No entorno do futuro reservatrio,

Programa de Acompanhamento dos Direitos Minerrios. Programa de Monitoramento das Condies de Eroso. Programa de Monitoramento Climatolgico. Programa de Monitoramento Sismolgico. Programa de Monitoramento do Nvel Fretico nas reas de Entorno do Reservatrio Programa de Conservao da Ictiofauna.

6 7 8 9

NEG DIR LOC IRR BAI ALT MED particularmente nas reas situadas NEG DIR LOC IRR BAI BAI INS

imediatamente acima do novo nvel d'gua. Nas reas que sero alagadas para a formao do reservatrio e na regio de entorno. Nas reas marginais ao reservatrio e nos poos

NEG DIR LOC IRR BAI ALT MED que, porventura, estejam localizados no entorno
deste. No corpo principal do rio e nos afluentes diretos NEG DIR REG IRR ALT ALT ALT do reservatrio.

10

Onde houver necessidade de remoo de vegetao nativa para a instalao de canteiros, Programa de Conservao da Flora NEG DIR LOC IRR ALT ALT ALT vias de acessos, reas de emprstimo e de botafora, alm da rea do reservatrio. Na rea a ser inundada e onde houver desmatamento para implantao das estruturas, Programa de Conservao da Fauna. NEG DIR LOC IRR MED ALT ALT pois a fauna perde espao anteriormente destinado a abrigo, alimentao e reproduo.

11

Perda de Hbitats da Fauna Terrestre Alterao da Estrutura de Populaes de Espcies da Fauna Terrestre Aumento da Caa de Animais Silvestres

12 13

NEG DIR REG IRR MED ALT ALT Nas reas onde houver desmatamento. NEG IND LOC REV BAI BAI BAI

Programa de Conservao da Fauna.

Na AID, especialmente nas localidades prximas Programa de Educao Ambiental. de onde houver desmatamento.

Legenda: POS - positivo; NEG - negativo; DIR - direto; IND - indireto; LOC - local; REG - regional; ALT - alta; MED - mdia; BAI - baixa; REV - reversvel; IRR - irreversvel; INS - insignificante.

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MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS


Etapa
Planejamento e Aes Iniciais Enchimento do Reservatrio

Classificao dos Impactos

Implantao das Obras

Reversibilidade

Probabilidade

Abrangncia

Importncia

Magnitude

Natureza

AHE PAULISTAS

Operao da Usina

14 15

Gerao de Expectativas Gerao de Empregos Atrao da Populao em Busca de Empregos e Oportunidades de Negcios Sobrecarga da Infra-Estrutura de Saude Perda de Terras e Benfeitorias em Assentamentos Rurais Perda de Terras e Benfeitorias em Estabelecimentos Rurais e Propriedades de Lazer Aumento da Possibilidade de Surgimento de Endemias Incremento de Receitas pelo Aquecimento da Economia Aumento da Disponibilidade de gua Aumento da Disponibilidade de Energia Valorizao das Terras para reas de Lazer Risco de Perda do Patrimonio Cultural (Etapas Diferentes)

NEG DIR LOC REV ALT ALT ALT Municpios de Cristalina, Paracatu e vizinhos POS DIR LOC REV ALT ALT ALT Municpios de Cristalina, Paracatu e vizinhos NEG IND LOC REV MED ALT MED Municpios de Cristalina, Paracatu NEG DIR LOC REV ALT ALT ALT Municpios de Cristalina, Paracatu NEG DIR LOC IRR ALT ALT ALT

Forma

Local de Ocorrncia

Medidas de Controle e Mitigadoras

Programa de Comunicao Social Privilegiar a contratao da mo-de-obra local; envolvimento das Prefeituras no processo de cadastramento da mo-de-obra; Programa de Comunicao Social Campanha de divulgao (PCS) sobre numero de empregos e prioridade da contratao da mo-de-obra local; implantao de atividades de Educao em Sade (Programa de Controle de Vetores e Sade). Implantao de estruturas de atendimento saude nos canteiros de obras; buscar parceria com Prefeituras para repasse da infra-estrutura instalada.

I M P A C T O S N O M E I O A N T R P I C O

16

17 18 19 20 21 22 23 24

Assentamentos Vista Alegre, Buriti das Gamelas, Programa de Indenizaes e Remanejamento da Populao; Programa de Jambeiro, So Marcos e Casa Branca Comunicao Social; Programa de Educao Ambiental Programa de Indenizaes e Remanejamento da Populao; Programa de Comunicao Social

NEG DIR LOC IRR MED ALT ALT reas afetadas pela formao do reservatrio NEG DIR LOC REV ALT ALT ALT

Na AID, especialmente nas localidades prximas Programa de Controle de Vetores e Sade; Programa de Educao Ambiental do reservatorio. Gesto junto ao poder publico para otimizar os resultados Medidas referentes gesto do uso da gua para beneficiar o maior nmero possvel de produtores rurais, sem comprometer os outros usos Prever mecanismos para facilitar aumento da disponibilidade de energia em Paracatu e Cristalina. Programa de Conservao e Uso do Entorno do Reservatrio Programa de Preservao do Patrimonio Cultural Programa de Preservao do Patrimonio Cultural Relocar a infra-estrutura afetada

POS IND LOC REV ALT ALT ALT Municpios de Cristalina e Paracatu POS DIR LOC IRR ALT ALT ALT POS DIR REG IRR ALT MED ALT
Propriedades rurais localizadas no entorno do futuro reservatorio Sistema Interligado e Municpios de Cristalina e Paracatu

POS IND LOC IRR ALT ALT ALT reas no entorno do reservatorio. NEG DIR LOC IRR MED MED MED
Vias de acesso, canteiros de obras e reas de emprstimo

25 26

NEG DIR LOC IRR ALT MED ALT reas do futuro reservatrio
reas afetadas pelas obras e pela formao do NEG DIR REG REV ALT ALT ALT reservatrio

Perda de Infra-Estrutura

Legenda: POS - positivo; NEG - negativo; DIR - direto; IND - indireto; LOC - local; REG - regional; ALT - alta; MED - mdia; BAI - baixa; REV - reversvel; IRR - irreversvel; INS - insignificante.

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5.

PROGRAMAS AMBIENTAIS

O conjunto de Programas Ambientais, apresentado a seguir, organiza e consolida as medidas identificadas destinadas preveno, correo ou compensao dos impactos ambientais negativos e potencializao dos positivos. Uma vez executados, devero possibilitar correes ou a melhoria da qualidade ambiental das reas de Influncia do empreendimento.

5.1 SISTEMA DE GESTO AMBIENTAL


Para o acompanhamento da implantao dos programas propostos, foi definida uma estrutura de Gesto Ambiental que contar com o apoio dos Programas de Comunicao Social e Educao Ambiental, com durao em todas as fases da obra, estabelecendo um fluxo de informaes sobre o empreendimento e a implantao dos programas compensatrios e de controle ambiental O objetivo geral do Sistema de Gesto Ambiental dotar o empreendimento de mecanismos eficientes que assegurem a execuo e o controle das aes planejadas nos programas e a adequada conduo ambiental das obras, no que se refere aos procedimentos, mantendo-se um elevado padro de qualidade na sua implantao e operao. So objetivos especficos deste Sistema: definir diretrizes gerais, visando estabelecer a base ambiental para a contratao das obras e dos servios relativos aos programas; estabelecer procedimentos tcnico-gerenciais, implementao dos programas ambientais, nas empreendimento; para garantir diversas fases a do

estabelecer mecanismos de superviso ambiental das obras; estabelecer mecanismos de acompanhamento, por profissionais especializados, dos programas ambientais compensatrios e/ou mitigadores. O Sistema de Gesto Ambiental ser composto por duas equipes, assim denominadas: (1) Equipe de Superviso Ambiental das Obras e (2) Equipe de Acompanhamento dos Programas Ambientais no Vinculados Diretamente s Obras. Essas equipes estaro subordinadas a um Coordenador Ambiental, que ser o responsvel pelo gerenciamento do pessoal, desempenhando tambm o papel de canal de comunicao entre o empreendimento, o IBAMA, as OEMAs e as comunidades locais. A Equipe de Superviso Ambiental ser formada por Inspetores Ambientais, com obrigaes relacionadas ao acompanhamento direto das obras e com o objetivo de verificar e monitorar as medidas mitigadoras para os impactos socioeconmicos, sendo responsveis pelo acompanhamento dos outros programas ambientais vinculados s obras. A Equipe de Acompanhamento dos Planos e Programas Ambientais ser composta por profissionais com especialidades variadas, de forma a garantir a implementao dos programas ambientais no relacionados diretamente obra.

5.2 PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLGICO, HIDROSSEDIMENTOLGICO E DE QUALIDADE DA GUA


Este Programa visa minimizar os impactos da implantao do AHE Paulistas sobre a qualidade da gua do rio So Marcos dentro do reservatrio e a jusante do barramento, no que diz respeito s possibilidades de eutrofizao e estratificao das guas do reservatrio e s mudanas no comportamento hidrosedimentolgico do rio.
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Tem como principais objetivos: caracterizar as condies de qualidade da gua do trecho do rio So Marcos na rea do futuro reservatrio e a jusante, anteriores implantao do empreendimento; acompanhar a evoluo da qualidade da gua durante as fases de implantao da AHE Paulistas, de enchimento e de operao do reservatrio; permitir a caracterizao do comportamento hidrossedimentolgico do rio So Marcos com base em dados locais, nas condies anteriores s de implantao do empreendimento, assim como acompanhar sua evoluo nas fases seguintes; permitir, caso ocorram situaes imprevistas, a adoo de medidas corretivas.

5.3 PROGRAMA DE LIMPEZA SELETIVA DA BACIA DE ACUMULAO


Este Programa decorre da necessidade de limpeza de parte da vegetao do reservatrio, objetivando minimizar o risco de deteriorao da qualidade das guas do rio So Marcos em funo da decomposio do material submerso, bem como evitar o acmulo de troncos e galhos junto ao ponto de barramento. Os principais objetivos do Programa so: minimizar o risco de aumento do nvel de eutrofizao do reservatrio; evitar a formao de gases oriundos da decomposio da vegetao submersa; viabilizar o uso do reservatrio para lazer; possibilitar o aproveitamento da biomassa vegetal pelos proprietrios.

5.4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO NVEL DO LENOL FRETICO


Nesse Programa, ser realizado um estudo sistemtico das reas do entorno do reservatrio, possibilitando identificar os locais mais suscetveis elevao do nvel fretico, orientando a monitorao nas fases de enchimento e operao do reservatrio, e, eventualmente, a aplicao de medidas de drenagem subsuperficial, em carter sistemtico e localizado. Os principais objetivos deste Programa so: identificar, definir e detalhar as reas crticas no entorno do reservatrio, onde h risco de elevao do nvel fretico a partir do enchimento e operao do empreendimento, com vistas a incorpor-las faixa de proteo do reservatrio; definir medidas e aes especficas para minimizao dos efeitos de elevao do nvel fretico, considerando os problemas inerentes a cada rea identificada; acompanhar, de forma sistemtica, a evoluo do nvel fretico nessas reas, tendo em vista a otimizao das medidas mitigadoras implantadas.

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5.5 PROGRAMA DE CONSERVAO DA ICTIOFAUNA


O objetivo principal deste Programa caracterizar a estrutura das comunidades de peixes do rio So Marcos e de seus principais afluentes nas reas de Influncia do AHE Paulistas, obtendo informaes relevantes sobre a ecologia das espcies mais freqentes, mais abundantes, raras, de importncia econmica, de hbitos migratrios e as ameaadas de extino, durante todas as fases do empreendimento. Os objetivos especficos so: acompanhar a comunidade de peixes da calha central do rio So Marcos, observando a evoluo dos processos de sucesso que ocorrem durante e aps uma mudana ecolgica; monitorar as condies para a conservao das comunidades de peixes dos afluentes principais do rio So Marcos nas reas de Influncia; executar, se necessrio, o resgate da ictiofauna durante etapas do processo de construo da barragem e enchimento do reservatrio; fornecer subsdios para gesto de programas em futuros empreendimentos com caractersticas semelhantes s do AHE Paulistas. Este Programa constitudo por quatro frentes de trabalho: monitoramento qualitativo e quantitativo das comunidades de peixes, com estudo da dinmica das populaes e caractersticas reprodutivas das principais espcies; monitoramento da ictiofauna de riachos e crregos tributrios do rio So Marcos nas reas de Influncia; salvamento e resgate da ictiofauna porventura aprisionada em poas a jusante do barramento nas fases de estabelecimento de ensecadeiras e enchimento do reservatrio; e implementao das medidas mitigadoras.

5.6 PROGRAMA DE CONSERVAO DA FLORA


Este Programa visa contribuir para a manuteno da biodiversidade do ecossistema Cerrado. Seus principais objetivos so: aprofundar o inventrio sobre a flora da rea de Influncia Direta (AID) do AHE Paulistas, para subsidiar o planejamento de aes de resgate; reconhecer os grupos mais afetados pelo empreendimento e verificar a necessidade e viabilidade do resgate para algum grupo especfico; realizar co-gesto com rgos armazenagem de germoplasma; de pesquisa para aproveitamento e

acompanhar o projeto e a execuo da recuperao de reas degradadas. Ele se compe de quatro atividades bsicas: Caracterizao da Vegetao; Resgate da Flora;
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Recuperao de reas Degradadas; e Reflorestamento das reas Marginais Prioritrias.

5.7 PROGRAMA DE CONSERVAO DA FAUNA


Visa minimizar os impactos da implantao do AHE Paulistas sobre a fauna e avaliar eventuais interferncias do empreendimento sobre ela, com relao aos que forem negativos, gerando informaes teis para a implantao de outros empreendimentos, sendo essa uma forma de compensar tais impactos. Os objetivos especficos do Programa so: registrar a ocorrncia de espcies ameaadas nas proximidades das reas de instalao do AHE, incluindo as possveis alteraes comportamentais; e verificar as diferentes espcies da fauna nativa, particularmente as endmicas, raras e/ou em processo de extino nas proximidades das reas de inundao e de corte de vegetao. A metodologia a ser adotada neste Programa contempla o resgate, quando necessrio e possvel, da fauna. Essa atividade ser dividida em duas etapas: o monitoramento da fauna e o resgate propriamente dito.

5.8 PROGRAMA DE COMPENSAO AMBIENTAL


O objetivo geral do Programa de Compensao Ambiental o de atender ao disposto na Resoluo CONAMA 002/96 e na Lei 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservao (SNUC) e foi regulamentada pelo Decreto Federal no. 4340/02, de vez que, nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de impactos ambientais significativos, h obrigatoriedade de o empreendedor apoiar a implantao ou a manuteno de Unidade(s) de Conservao. Os objetivos especficos so: colaborar para a preservao de reas remanescentes dos ecossistemas regionais de valor ecolgico; colaborar para a proteo de espcies da fauna e da flora ameaadas, ou em vias de extino; contribuir para a manuteno da diversidade gentica; e colaborar com a criao e manuteno de reas para o desenvolvimento de atividades de educao ambiental e pesquisas pela comunidade cientfica. A principal meta a ser atingida no Programa aplicar adequadamente o percentual do valor do empreendimento, a ser fixado pelo IBAMA, na criao ou na manuteno de Unidade(s) de Conservao, conforme orientao e acordo a ser firmado com o empreendedor. Os trabalhos necessrios devero ser desenvolvidos a partir da orientao do IBAMA, cujas aes sero estabelecidas no Termo de Compromisso a ser firmado entre as partes envolvidas.

5.9 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS CONDIES DE EROSO


Nesse Programa, se dever realizar um estudo sistemtico das encostas das reas Diretamente Afetada e de Entorno do Reservatrio, que possibilitar definir os locais mais
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suscetveis a instabilidades e eroses, orientando a sua monitorao, para as fases de enchimento e operao do reservatrio, e a aplicao de medidas de conteno e proteo superficiais, em carter sistemtico e localizado. Os principais objetivos deste Programa so: identificar, definir e detalhar as reas crticas potenciais no entorno do reservatrio, onde h risco de escorregamento e incremento dos processos erosivos a partir do enchimento e operao, com vistas a incorpor-las faixa de proteo do reservatrio; definir medidas e aes especficas para minimizao dos considerando os problemas inerentes a cada rea identificada; riscos,

acompanhar, de forma sistemtica a evoluo dos processos erosivos e de escorregamentos das reas crticas, tendo em vista a otimizao das medidas mitigadoras implantadas.

5.10 PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DOS DIREITOS MINERRIOS


O objetivo deste Programa proceder a uma anlise detalhada, no DNPM, visando atualizar os processos minerrios, e encaminhar a liberao de reas a serem afetadas pelo lago. Essa anlise inclui a localizao das ocorrncias ou jazidas minerais em cada polgono a ser atingido pelo reservatrio e nas outras reas a serem utilizadas pelo empreendimento. Nesse Programa, sero elaboradas, de forma objetiva, diretrizes para o processo de assinatura dos termos de renncia dos processos que estiverem com as licenas de pesquisa atualizadas no DNPM.

5.11 PROGRAMA DE MONITORAMENTO SISMOLGICO


O objetivo principal deste Programa acompanhar, atravs do monitoramento de estaes sismogrficas, a evoluo das atividades ssmicas naturais e induzidas, antes, durante e aps o enchimento do reservatrio do AHE Paulistas. tambm um dos objetivos propostos, pelo Programa, a ampliao do conhecimento da Sismicidade Induzida por Reservatrios, para que se possa entender melhor suas causas e efeitos e utilizar os conhecimentos adquiridos em outros trabalhos. O Observatrio Sismolgico da Universidade de Braslia poder ser a instituio indicada e responsvel pelo monitoramento sismolgico do empreendimento.

5.12 PROGRAMA DE MONITORAMENTO CLIMATOLGICO


No so esperadas mudanas climticas significativas na regio e seu entorno, em decorrncia da implantao do AHE Paulistas. Entretanto, a implantao de um Programa de Monitoramento Climatolgico justificase pela possibilidade de instalao de uma estao que produza dados locais, complementando os dados existentes oriundos de outras estaes prximas, de utilidade para o empreendimento em estudo e para outros projetos na regio. Os principais objetivos deste Programa so: acompanhar a evoluo dos parmetros climticos locais, antes, durante e aps a implantao do AHE Paulistas, cujo reservatrio criar um espelho
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dgua com rea em torno de 138km2; fornecer informaes complementares s j existentes para a instalao de linhas de transmisso associadas ao AHE Paulistas e para projetos agrcolas, assim como para outros estudos e projetos fora do mbito do empreendimento e outros programas ambientais. A estao climatolgica de Paulistas dever ser instalada na rea do Canteiro de Obras ou em local prximo, que atenda s exigncias de rea disponvel e fcil acesso, alm da inexistncia de obstculos ou outras interferncias que possam prejudicar a qualidade dos dados.

5.13 PROGRAMA DE COMUNICAO SOCIAL


O Programa de Comunicao Social visa assegurar a transparncia e construir um bom relacionamento entre empreendedor e comunidades na rea de Influncia do empreendimento. Em funo de seus principais objetivos, a implantao de um canal de comunicao e interao entre o empreendedor e a sociedade, caracteriza-se como o Programa de maior abrangncia em relao ao pblico a ser atingido e aos impactos que a ele esto associados. O Programa de Comunicao Social dever articular um conjunto de aes, de forma a evitar conflitos de informaes e/ou decorrentes de atuaes diferenciadas entre as equipes encarregadas da implantao dos Programas Ambientais e empresas contratadas para as obras e servios, no relacionamento com a populao. So objetivos do Programa: criar um canal de comunicao contnuo entre o empreendedor e a sociedade, especialmente a populao diretamente afetada pelo empreendimento; garantir amplo e antecipado acesso ao conjunto das informaes sobre o empreendimento, os impactos ambientais e sociais associados e os Programas Ambientais; contribuir para a minimizao dos impactos ambientais e sociais por meio da participao da populao afetada durante todas as fases do empreendimento; contribuir para a criao de um relacionamento construtivo entre o empreendedor e empresas contratadas com a populao afetada, suas entidades representativas, organizaes governamentais e no-governamentais, por meio da constituio de mecanismos de ouvidoria - recepo e respostas aos questionamentos, preocupaes e demandas; interagir com os demais programas propostos no PBA, para auxiliar sua implantao e divulgao interna e externa; e divulgar a importncia do empreendimento desenvolvimento local e regional. seguir. Articulao - abrange aes de comunicao desenvolvidas com o objetivo de contribuir para a boa imagem da empresa e divulgar os Programas Ambientais e os canais de comunicao a serem disponibilizados. Informao - envolve o conjunto de aes e instrumentos de comunicao destinados a informar os diferentes pblicos-alvo sobre os diversos aspectos do empreendimento, impactos associados, adoo de medidas e implantao e desenvolvimento dos programas ambientais.
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(gerao

de

energia)

para

O Programa de Comunicao Social foi estruturado a partir das vertentes listadas a

Monitoramento e Avaliao - envolve o processo de acompanhamento e avaliao das aes de comunicao. Foram preliminarmente identificados Comunicao Social os seguintes segmentos: como pblico-alvo do Programa de

populao das reas de Influncia e, em especial: famlias de assentados a serem remanejadas; proprietrios envolvidos nos processos de indenizao; trabalhadores nas propriedades afetadas e suas famlias; tcnicos e trabalhadores das obras; pblico em geral; mdia local e regional; rgos governamentais, em especial as Prefeituras Municipais de Cristalina e Paracatu; associaes e entidades ambientalistas; entidades empresariais e de trabalhadores; juizes, promotores e Ministrio Pblico.

5.14 PROGRAMA DE EDUCAO AMBIENTAL


O objetivo principal do Programa de Educao Ambiental o desenvolvimento de aes educativas, a serem formuladas atravs de um processo participativo, visando capacitar/habilitar setores sociais, com nfase nos afetados diretamente pelo empreendimento, para uma atuao efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na regio, devendo para tal: contribuir para a preveno e a minimizao dos impactos ambientais e sociais decorrentes do empreendimento; integrar e compatibilizar as diversas aes do projeto que envolvam educao ambiental; sensibilizar e conscientizar os trabalhadores sobre os procedimentos ambientalmente adequados relacionados s obras, sade e segurana e ao relacionamento com as comunidades vizinhas. Foram, preliminarmente, identificados como pblico-alvo do Programa: os trabalhadores das obras; as populaes residentes nas fazendas e nos assentamentos que tero partes de suas reas inundadas; as escolas municipais rurais que se encontram nessas fazendas e assentamentos; e as famlias beneficirias das diversas modalidades de reassentamento.

5.15 PROGRAMA DE INDENIZAO E REMANEJAMENTO DA POPULAO


A rea a ser afetada pela formao do reservatrio do AHE Paulistas totaliza cerca de 138km2, abrangendo terras da bacia hidrogrfica do rio So Marcos, pertencentes aos municpios de Cristalina, no Estado de Gois, e de Paracatu, em Minas Gerais.

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Os estudos realizados estimam que cerca de 399 propriedades sero total ou parcialmente afetadas pela formao do reservatrio, entre as quais destacam-se 301 lotes dos Assentamentos do INCRA. O deslocamento compulsrio da populao, especialmente os assentados dos loteamentos do INCRA, grande parte dos quais so provenientes do Movimento dos Sem Terra (MST), e que se fixaram h pouco tempo nos assentamentos, impe a adoo de uma estratgia de indenizao e/ou remanejamento que seja adequada s caractersticas socioeconmicas e culturais das famlias e garanta condies iguais ou melhores do que as que tm atualmente. O objetivo principal do Programa propiciar s famlias afetadas condies que permitam a recomposio de suas condies sociais e econmicas em situao, no mnimo, similar s atuais, devendo para tal: garantir preos justos nas avaliaes e indenizaes, para que as famlias afetadas no sofram perdas patrimoniais e de qualidade de vida; promover a participao das famlias afetadas no processo de remanejamento, visando privilegiar alternativas compatveis com suas aspiraes e expectativas; buscar a melhoria da qualidade de vida das famlias afetadas que se enquadram no Programa; identificar possveis impactos que possam decorrer da execuo do remanejamento e estabelecer medidas/aes mitigadoras e/ou compensatrias pertinentes.

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Fotos de reunies de FURNAS e INCRA com Assentados prximos ao eixo de barramento da UHE Paulistas.

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Outras fotos das reunies FURNAS/INCRA/Assentados.

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5.16 PROGRAMA DE SADE E CONTROLE DE VETORES


A implantao do AHE Paulistas poder provocar alteraes no quadro da sade pblica local, em funo, por um lado, das alteraes que ir gerar no ambiente natural e, por outro, devido chegada de populao no originria da regio, seja atravs da contratao da mo-de-obra para a construo, ou da atrao que a regio passar a exercer em funo das possibilidades de emprego. A modificao de ambientes naturais por ao antrpica tem como conseqncia, em muitos casos, a alterao da composio qualitativa e quantitativa de espcies da fauna original. Tal fato assume uma gravidade maior quando, dentre as espcies afetadas, existem as transmissoras potenciais de enfermidades ao homem. Por isso, o monitoramento de insetos vetores importante ferramenta no controle da propagao de doenas. Com a implantao do AHE Paulistas, o principal fator potencialmente gerador de agravos sade pblica refere-se chegada de populao no originria da regio, seja atravs da contratao da mo-de-obra para a construo do empreendimento, ou da atrao que a regio passar a exercer em funo das possibilidades de emprego ou trabalho, em uma conjuntura econmica marcada, nacionalmente, pelo desemprego. Estima-se que, no pico das obras, sero criados cerca de 1.200 empregos diretos e, pelo menos, cerca de 2.400 empregos indiretos. So objetivos do Programa: monitorar e controlar qualquer propagao de vetores de doenas decorrentes da implantao e operao do empreendimento; contribuir para o aumento das informaes sobre o comportamento dos vetores da famlia Culicidae; apoiar a rede de servios de sade disponvel, atravs de aes especficas de carter complementar, de modo que os servios de sade da regio continuem atendendo populao local, sem prejuzos sobre sua qualidade e recursos disponveis, em decorrncia do aporte de trabalhadores. garantir, atravs da aplicao das normas reguladoras de segurana, higiene e sade do trabalhador, o integral atendimento aos trabalhadores da obra, inclusive no caso de ocorrncia de acidentes; difundir conceitos e informaes, visando contribuir para a manuteno das condies de sade dos trabalhadores e da populao, com nfase na preveno s

doenas sexualmente transmissveis.


O Programa foi concebido em quatro vertentes, apresentadas a seguir. Sade do Trabalhador realizao de aes em consonncia com a legislao vigente. Educao em Sade voltada para a preparao de materiais educativos que apiem campanhas temticas. Controle de Vetores trata do monitoramento das espcies vetoras de doenas que possam ter sua populao alterada pelo empreendimento. Vigilncia Sanitria refere-se, principalmente, realizao peridica de inqurito epidemiolgico nas reas de ocorrncia de endemias, ao longo do rio So Marcos.

5.17 PROGRAMA DE PRESERVAO DO PATRIMNIO ARQUEOLGICO E CULTURAL


Os objetivos principais a serem implementados neste Programa so o aprofundamento das pesquisas arqueolgicas nas reas que sero afetadas pelo
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empreendimento e a divulgao Arqueolgico da regio.

para

sociedade

da

importncia

do

Patrimnio

Os objetivos especficos do Programa so: aprofundamento dos estudos histricos, etnogrficos e arqueolgicos; definio de estratgias de pesquisa de campo a partir do detalhamento do projeto de engenharia; implementao de atividades de prospeco e salvamento arqueolgico; monitoramento das obras de engenharia; aes de educao patrimonial; divulgao dos resultados para a sociedade. A partir da identificao de stios arqueolgicos com risco de destruio pelo empreendimento, devero ser definidas as aes necessrias para o salvamento arqueolgico, incluindo a garantia de salvaguarda do material cultural coletado e divulgao dos dados para a sociedade. Para a execuo deste Programa, dever ser obtida e publicada a Portaria do IPHAN para o incio das prospeces arqueolgicas, sendo os resultados avaliados por esse rgo, que remeter ao rgo ambiental, neste caso o IBAMA, um parecer para compor o licenciamento ambiental do empreendimento.

5.18 PROGRAMA DE CONSERVAO E USO DO ENTORNO DO RESERVATRIO.


Este Programa visa atender s determinaes da legislao atual, na qual fixada uma faixa marginal de no mnimo 30 metros de largura, para represas de usinas hidreltricas, a ser destinada constituio de rea de Preservao Permanente, e disciplinar o uso do entorno do reservatrio, assegurando seu uso sustentvel. O Programa tem como objetivos principais: realizar o zoneamento da rea de preservao, marginal ao reservatrio, de modo a compatibilizar as atividades econmicas hoje em desenvolvimento nessa regio com a rea de proteo; indicar, com base no zoneamento, as reas crticas do ponto de vista da degradao e as indicadas para uso; indicar reas que possam ser utilizadas com uso destinado ao lazer da populao; promover a revegetao ciliar nas reas em que as atividades de pecuria e agricultura possam comprometer as margens do reservatrio; propor, com base no zoneamento, diferentes extenses da APP, de acordo com o uso mais indicado reconstituio da vegetao ciliar, enriquecimento dos remanescentes adjacentes rea, reas de lazer pblicas etc.; reconstituir os fenmenos caractersticos das matas ciliares, como o ciclo de nutrientes e interaes biolgicas; estimular o repovoamento faunstico da faixa revegetada, com utilizao de espcies vegetais utilizadas pela fauna local para alimentao e nidificao; enriquecer os remanescentes com espcies que representam importante papel na disperso das comunidades faunsticas e nas cadeias trficas; aumentar a oferta de nichos ecolgicos, manter e enriquecer um banco gentico, o suporte alimentar e os refgios da fauna;
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contribuir para o estudo de corredores ecolgicos a partir da identificao de possveis interligaes entre a faixa marginal e os remanescentes adjacentes rea do reservatrio; atuar, em conjunto com os Programas de Comunicao Social e Educao Ambiental, junto aos proprietrios e populao local, para que conservem as reas onde a vegetao est preservada ou em vias de recuperao, nas margens de afluentes; coibir a utilizao de reas sujeitas a inundao, mesmo que eventual, eliminando riscos para a populao; reabilitar a faixa de proteo do reservatrio, pela utilizao do solo de acordo com um plano preestabelecido; criar barreiras naturais visando reduzir o aporte de sedimentos ao reservatrio; proporcionar a formao de uma barreira contra a contaminao e o assoreamento dos mananciais, criando limites ocupao inadequada das reas de Preservao Permanente; estabelecer, depois da desapropriao das reas, vistorias da APP e da zona de deplecionamento, visando controlar a ocupao indevida; compatibilizar possveis usos extensivos do solo, como lazer, ecoturismo e pequena agricultura de subsistncia, com a conservao dos recursos naturais; e proporcionar o embelezamento natural da faixa em torno do reservatrio.

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6.
6.1

CONCLUSES
AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DA REGIO SEM O EMPREENDIMENTO

A regio onde est inserido o empreendimento tem uma longa histria de utilizao de seus recursos naturais para atividades de explorao mineral, pecuria e agricultura que provocaram uma forte descaracterizao de seu ambiente natural. Hoje, s se encontram na regio poucos remanescentes do Cerrado, principalmente no que diz respeito s matas ciliares e s formaes localizadas em reas de difcil acesso e de pouco interesse para as atividades agropecurias. Trata-se de uma regio que se consolida como importante plo produtor agrcola, principalmente de gros, e pecuarista, com marcante crescimento do agronegcio. A perspectiva de desenvolvimento futuro da regio da bacia do rio So Marcos e, particularmente, da rea afetada pelo reservatrio do AHE Paulistas, de continuidade das tendncias de tecnificao da agricultura de sequeiro e da irrigao, com a ampliao das reas plantadas e com a melhoria dos aspectos de produtividade nas grandes propriedades que investiram no cultivo de gros ou na pecuria. Os grandes limitantes a este crescimento seriam a disponibilidade de energia e de gua. Por outro lado, no que se refere aos assentamentos do INCRA localizados na rea, permanecendo as atuais condies, continuariam a apresentar as atuais caractersticas de estagnao da produo, tendendo ao aumento da situao de pobreza que hoje apresentam. A reverso desta situao depender de mecanismos de polticas pblicas que venham a assegurar apoio tcnico e financeiro aos assentados, na medida em que as diminutas reas destinadas a eles no permitem economia de escala para produo nas condies do Cerrado. Em termos ambientais, a tendncia natural o incremento das intervenes sobre o meio ambiente, como o desmatamento de reas para ampliao da produo agrcola e o aumento do risco de contaminao dos solos e das guas subterrneas e superficiais, pelo crescente uso de agrotxicos. Com relao fauna, persistiriam as presses ocasionadas pelo desmatamento e pela atividade de caa das comunidades locais.

6.2

AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DA REGIO COM A IMPLANTAO DO EMPREENDIMENTO

A implantao do empreendimento ocasionar mudanas na regio da bacia do rio So Marcos afetada pela formao do reservatrio, especialmente na rea inundada e em seu entorno, quer pelas perdas de terras, em decorrncia da formao do lago, ou por aquelas ocasionadas nos ecossistemas pela supresso de vegetao e pela influncia direta na fauna remanescente. O empreendimento provocar tambm impactos sobre o regime e a qualidade da gua do rio So Marcos no local do reservatrio e a jusante do barramento, podendo induzir alteraes na ictiofauna. Por outro lado, de se esperar que a implantao do empreendimento acelere a dinmica da economia da regio, tanto durante a fase de construo como posteriormente. Alm dos efeitos imediatos de ampliao do mercado de trabalho e do aumento da circulao de capital durante o perodo das obras, ele potencialmente poder melhorar as condies de irrigao na agricultura, gerando a possibilidade de que os proprietrios irrigantes venham a ter suas captaes no entorno do lago a ser formado, permitindo uma maior garantia de oferta de gua, em funo da regularizao e da elevao do nvel dgua promovidas pelo reservatrio. Estes ganhos sero ainda maiores, caso se venha a efetivar a recomendao de que o projeto contemple mecanismos que assegurem maior disponibilidade de energia para os
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municpios de Paracatu e Cristalina, tendo em vista que esta se constitui, atualmente, em um efetivo limitante ao crescimento da agricultura irrigada na regio. A formao do reservatrio ir, ainda, colaborar para o desenvolvimento das prticas de lazer na regio, que uma tendncia em crescimento no momento atual.

6.3

O EMPREENDIMENTO COMPATVEL GOVERNAMENTAIS PARA A REGIO?

COM

OS

PLANOS

PROGRAMAS

As polticas pblicas direcionadas regio da bacia do rio So Marcos buscam fortalecer sua vocao agrcola em bases sustentveis, o que significa a melhoria das condies tcnicas da produo, especialmente com o crescimento das reas irrigveis, acompanhada da melhoria da qualidade de vida da populao e a proteo ou recuperao de seus recursos naturais. A maior disponibilidade de energia na bacia do rio So Marcos um fator de importncia fundamental para que sejam alcanados os objetivos de ampliao da produo agrcola e de universalizao de energia, levando luz ao campo, o que ser particularmente benfico ao significativo nmero de assentados rurais que se encontram na regio, sem dispor de eletricidade em suas moradias e reas produtivas. A implantao do empreendimento acarretar uma srie de aes voltadas para a proteo do meio ambiente, dentre as quais a recuperao de matas ciliares e a proteo da fauna, que podero incentivar iniciativas locais voltadas para a preservao ambiental. Dessa forma, o AHE Paulistas desempenha um importante papel dentre as polticas pblicas para a regio.

6.4

O PROJETO DE CONSTRUO DA USINA ADOTA A ALTERNATIVA MAIS FAVORVEL?

Os estudos das alternativas de construo do AHE Paulistas mostraram que as diversas possibilidades estudadas no apresentavam diferenas do ponto de vista ambiental nem econmico, de modo que a alternativa selecionada baseou-se em suas melhores condies tcnicas e hidrulicas. Dessa forma, foram selecionados seu eixo, o N.A. mximo normal de operao, sua forma de operao, suas energia firme e potncia instalada. Tendo em vista a necessidade de construo da usina, apontada pela poltica setorial de energia eltrica no Brasil, contribuindo para que se reduzam os riscos de falta de energia a mdio e longo prazos, considera-se que a alternativa selecionada a mais favorvel.

6.5

DO PONTO DE VISTA AMBIENTAL VIVEL O EMPREENDIMENTO?

Os possveis aspectos negativos acarretados pela implantao do empreendimento foram considerados e resultaram em propostas de medidas e programas ambientais capazes de evit-los, minimiz-los ou compens-los. Espera-se que os resultados do conjunto de aes previstas nos Programas Ambientais venham a contribuir para a soluo geral dos problemas ambientais da regio do entorno do empreendimento. Assim, os efeitos negativos de curto e mdio prazo decorrentes da construo do empreendimento tendem a ser neutralizados pelos efeitos positivos que ele ir ocasionar. A implantao do empreendimento, associada s recomendaes realizadas e implementao dos Programas Ambientais propostos, poder colaborar para a consolidao de um processo de desenvolvimento sustentvel da regio, de modo que, tendo em vista os benefcios sociais e econmicos decorrentes da gerao de energia, e a possibilidade de reverso dos impactos negativos, pode-se considerar o empreendimento vivel ambientalmente, desde que sejam implementados os Programas Ambientais previstos.
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7.

EQUIPE TCNICA
Nome/Profisso CARLOS FERNANDO BARROSO MONTANO Engenheiro Agrnomo RAUL ODEMAR PITHAN Engenheiro Civil MARILENA GIACOMINI sociloga DOMINGOS SVIO ZANDONADI Engenheiro Agrnomo MARIA BEATRIZ GANDOLFI DALLARI Biloga SERGIO TOLIPAN Socilogo ANTNIO IVO MEDINA Gelogo EDGAR SHINZATO Engenheiro Agrnomo MARIA CLARA RODRIGUES XAVIER Engenheira de Recursos Hdricos MARIA AMLIA DA ROCHA Engenheira Florestal OTVIO JOS MAGALHES SAMR Engenheiro Florestal RAFAEL MENDES TAVARES Bilogo MRCIA MOCELIN Biloga DANIELA FENERICH RUSSO Biloga MARCELO R. NOGUEIRA Bilogo RICARDO CAMPOS DA PAZ Bilogo Atuao no EIA Gerente Gerente Coordenao Tcnica Coordenao do Meio Fsico Coordenao do Meio Bitico Coordenao do Meio Antrpico Geologia/Geomorfologia/Recursos Minerais Solos e Avaliao da Aptido Agrcola das Terras Recursos Hdricos Flora Flora Flora Fauna Terrestre Fauna Terrestre Fauna Terrestre Fauna Aqutica AHE PAULISTAS Registro no Ibama Registro Profissional 000287-0 IBAMA CREA 49.721-D/RJ 259569 IBAMA CREA-RJ 21.807-D 199350 IBAMA sem registro 289155 - IBAMA CREA-RJ 39.970-D 95868 IBAMA CRB-RJ 29142/02 271628 - IBAMA ___ 50157 IBAMA CREA-RJ 17.521-D 39735 IBAMA CREA-RJ 90-1-00786-3 6971 IBAMA CREA-RJ 54.871-D 201179 IBAMA CREA-RJ 87-1-068398 207460 IBAMA CREA-RJ 94.100.562-4 313616 IBAMA CRB-RJ 38.914/02 96282 IBAMA CRB-RJ 21131/02 317567 IBAMA CRB-RJ 21.208/02 566580 IBAMA CRB-RJ 21032/02 40190 IBAMA CRB-RJ 29735/02-D 51

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Nome/Profisso MARCELO BRITTO Bilogo ALEXANDRE LUCCAS BITAR Bilogo ELISANGELA BAYERL Gegrafa LGIA MARIA ZARONI Arqueloga MAURO MATEUS RODRIGUES Tcnico JOS ANTNIO OLIVEIRA DE JESUS ENGENHEIRO CIVIL ANA LUCIA LEITE RODRIGUES Arquiteta LUS CARLOS F. C. LOPES Tcnico FERNANDO LUIZ REGALLO Tcnico JORGE BARBOSA DE ARAJO Tcnico YVANA ARRUDA Tcnico SILVIA DE LIMA MARTINS Biblioteconomista NEIDE PACHECO Professora de Portugus

Atuao no EIA Fauna Aqutica Qualidade da gua/ Limnologia Socioeconomia Socioeconomia Tcnico Campanhas de Campo Modelagem da Qualidade da gua Confeco de Mapas Temticos Confeco de Mapas Temticos Confeco dos Mapas Temticos Confeco dos Mapas Temticos Programao Visual Bibliografia Reviso Ortogrfica e Gramatical

Registro no Ibama Registro Profissional 40190 IBAMA CRB-RJ 21.712/02-D 295927 IBAMA CRBIO-26453/01-D 351844 IBAMA CREA 2003101177-D/RJ 59642 IBAMA ___ 580548 IBAMA ___ 676666 IBAMA CREA 89595-D/SP 223359 IBAMA CREA 881000583D/RJ 580521 IBAMA ___ 334182 IBAMA ___ 269901 IBAMA ___ 269901 IBAMA ___ 257354 IBAMA CRB 7 - 2235 43352 IBAMA LNo.0231 MEC RJ

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