Familia Direito
Familia Direito
Familia Direito
Num conceito amplo podemos considerar famlia o conjunto de pessoas unidas por vnculo jurdico de natureza familiar. O que compreende os ascendentes, descendentes e colaterais do cnjuge, que se denominam parentes por afinidade ou afins.
Num conceito mais restrito, famlia seria o ncleo formado por pais e filhos que vivem sob o ptrio poder.
Para a psicologia o grupo familiar um espao psquico, grupo formado por vnculos, laos.
A famlia antiga tinha por misso a conservao dos bens, no havia ligao de afeto entre pais e filhos. As trocas afetivas aconteciam fora do grupo familiar onde vizinhos, amigos, criados, crianas, velhos, podiam participar.
Foi a partir do sc. XVIII que os pais passam a organizar a vida privada e assim assumem a educao, o cuidado e o afeto pelos filhos. As crianas passam a ter importncia. No atual contexto social brasileiro o modelo tradicional de famlia no tem mais espao. Hoje temos outros tipos de organizaes familiares:
casais
em
seu
Unidade me-filhos ou mono parentais: onde a me encontra-se sozinha com seus filhos. Famlia Extensa: constituda por outros membros da famlia, parentes. Algumas vezes essa rede se estende para alm do grupo de parentesco, crianas que ficam sob os cuidados de amigos e vizinhos.
Segundo infantil
Winnicott,
psicanalista
a unidade familiar proporciona uma segurana indispensvel criana pequena. A ausncia dessa segurana ter efeitos sobre o desenvolvimento emocional e acarretar danos personalidade e ao carter.
A sociedade burguesa patriarcal instituiu como fato natural que todas as mulheres tem a faculdade natural de serem mes e de amarem seus filhos. Sabemos que em cada poca surge um modelo de me, baseado numa diferenciao de papis, sempre defendida de acordo com os interesses econmicos vigentes.
No Brasil entre os anos de 1726 a 1950 as crianas eram entregues nas Casas da Roda, ou entre os anos de 1877 a 1899 era permitido abandonar as crianas em latas de lixo, rios, ptios de casas, prostbulos, Igrejas, etc. Hoje isso no mais possvel e no amar o seu filho virou crime.
Para a psicologia precisamos discernir entre o desejo de ter um filho e a deciso de cuidar dele, eu posso desejar ter um filho mas decidir no t-lo.
A relao materno-filial determinada por questes que no so de ordem biolgica e sim emocionais e dizem da histria subjetiva dessa me.
O instinto ou a biologia por si no geram maternalidade nas mulheres. A vergonha e o medo de desafiar o amor materno tm levado mulheres a preferir abandonar suas crianas a fim de abrir mo voluntariamente do ptrio poder.
Esse comportamento dificulta a colocao dessas crianas em famlia substituta mediante adoo, na medida que a ausncia da genitora, seu paradeiro ignorado e a falta de informaes sobre familiares retardam esse processo.
Porm abandonar no significa que as crianas no vivem com os pais, abandono deixar o filho sem assistncia, o descaso intencional pela sua criao, educao e moralidade.
Para o desenvolvimento subjetivo da criana preciso o desejo de um Outro (funo materna). Inicialmente existe uma relao de simbiose entre a criana e quem exerce essa funo. funo materna filho
falo (tudo que completa essa me) nada falta, ambos se
Com o passar do tempo a criana percebe que no tudo para a me, a entra um terceiro elemento, a funo paterna, elemento de separao, entrada da lei simblica. Funo materna filho
A partir da entrada da lei simblica o filho comea a organizar os limites, o que pode e o que no pode fazer. a nossa primeira organizao de lei, posteriormente somos introduzidos na lei social, atravs do contato com a escola, com a socializao.
Dessa forma, estamos referidos a duas leis, a lei social que comum a todos, e a lei simblica que organizada subjetivamente a partir das minhas relaes familiares, singular.
O exerccio da funo materna e paterna deixam marcas na histria e isso compe a subjetividade. Por isso dissemos que o vnculo familiar, ou o lugar que a criana vem a ocupar na famlia produzem efeitos sobre o desenvolvimento de sua personalidade.