Ensaios Mecânicos
Ensaios Mecânicos
Ensaios Mecânicos
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
ENSAIOS MECÂNICOS DE
POLÍMEROS
A LUNOS : ELAINE PEREIRA DOS SANTOS
AL FREDO DE ANDRADE ALBUQUERQUE NETO
Jo ão Pe s s o a, 0 6 d e d eze m b ro d e 2 0 1 7
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INTRODUÇÃO
As propriedades mecânicas dos materiais poliméricos são de grande
importância e interesse científico e tecnológico, devido aos requisitos e/ou
exigências que os diversos polímeros existentes devem atender na maior parte
de suas aplicações.
Os valores de propriedades mecânicas são obtidos através de ensaios
mecânicos padronizados, dentre os quais se destacam os ensaios de solicitação
mecânica sob:
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CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS MECÂNICOS
RUCKERT, C. O. F. T. Ensaios Mecânicos dos Materiais: Tração. 2010. Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de São Carlos. Departamento de Engenharia de materiais, Aeronáutica e Automobilística.
Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/217019/mod_resource/content/1/Ensaio%20de%20Tra%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2017. 3
FATORES QUE AFETAM AS PROPRIEDADES MECÂNICAS
PARÂMETROS ESTRUTURAIS PARÂMETROS EXTERNOS
RUCKERT, C. O. F. T. Ensaio Tração Polímero. 2010. Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de São Carlos. Departamento de Engenharia de materiais, Aeronáutica e Automobilística. Disponível em:
4
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/228326/mod_resource/content/2/Aula%206%20-%20Ensaio%20Tra%C3%A7%C3%A3o%20Polimeros%20Mod.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2017.
INTRODUÇÃO
Os resultados dos ensaios de resistência
mecânica sob tração, flexão e compressão são
obtidos como curvas do tipo tensão versus
deformação.
CALLISTER JÚNIOR, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002, 589 p. 5
MÁQUINA UNIVERSAL DE ENSAIOS
A máquina de ensaios deve ter a capacidade de manter:
- Velocidades constantes em um intervalo de 1 a 500
milímetros/ segundo, com tolerância de erro pequena (<menor
que 20%);
- A célula de carga deve ter uma precisão maior que 99% do
valor real da carga;
SOLUÇÕES INDUSTRIAIS. Máquina Universal de Ensaios Mecânicos. 2017. Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/intermetric/produtos/acessorios/maquina-universal-de-
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ensaios-mecanicos->. Acesso em: 28 nov. 2017.
MÁQUINA UNIVERSAL DE ENSAIOS
TRAÇÃO FLEXÃO COMPRESSÃO
AFINKO SOLUÇÕES EM POLÍMEROS. Ensaios Mecânicos. 2015. Disponível em: <http://afinkopolimeros.com.br/servicos/ensaios-laboratoriais/ensaios-mecanicos/>. Acesso em: 28 nov. 2017. 7
TESTES PADRONIZADOS PARA OS ENSAIOS MECÂNICOS
Normas técnicas ASTM, ISO, ABNT, etc.
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Propriedades mecânicas sob TRAÇÃO
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de Caracterização de Polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão. 9
CORPOS DE PROVA
l3 – Comprimento total do corpo de prova;
W – Largura total;
t – espessura;
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de Caracterização de Polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão. 10
PARÂMETROS MEDIDOS/CALCULADOS NO ENSAIO DE TRAÇÃO
Tensão de tração nominal: Resistência à tração nominal:
Elongação: L
Elongação percentual:
Deformação de tração:
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão 11
PARÂMETROS MEDIDOS/CALCULADOS NO ENSAIO DE TRAÇÃO
Empescoçamento:
Figura 10: Curvas tensão versus deformação para os polímeros PEBD e PEAD em ensaios de tração: (a) curva original; (b) ampliação
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007)
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão
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Aumenta substancialmente seu módulo de elasticidade e resistência a tração
Exemplos Diminuição na elongação na ruptura
Figura 11: Curvas tensão versus deformação para os polímeros Poliamida 6,6 e Poliamida 6,6 com 30% de fibra de vidro (FV) em
ensaios de tração: (a) curva original; (b) ampliação
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007)
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão
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Propriedades mecânicas sob FLEXÃO
Normas ASTM D790 e ISO 178
L/D = 16
Figura 12: Representação esquemática do dispositivo de ensaio de flexão com três pontos
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007).
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de Caracterização de Polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão. 15
Propriedades mecânicas sob FLEXÃO
Figura 13: Ensaio de flexão com três pontos Figura 14: Ensaio de flexão com quatro pontos
Fonte: AFINKO (2015) Fonte: UNIVERSITY OF MICHIGAN (2009)
AFINKO SOLUÇÕES EM POLÍMEROS. Ensaios Mecânicos. 2015. Disponível em: <http://afinkopolimeros.com.br/servicos/ensaios-laboratoriais/ensaios-mecanicos/>. Acesso em: 28 nov. 2017.
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UNIVERSITY OF MICHIGAN. "Self-healing Concrete For Safer, More Durable Infrastructure." Sciencedaily, 24 April 2009. <www.sciencedaily.com/releases/2009/04/090422175336.htm>. Acesso em: 28 nov. 2017.
CORPOS DE PROVA
ISO
l (mm) b (mm) d (mm)
80±2 10±0,2 4,0±0,2
Figura 15: Geometria típica de corpos de prova para ensaios de flexão em polímero ASTM
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007).
l (mm) b (mm) d (mm)
l – comprimento total do corpo de prova; b – largura do corpo de prova; e h – 127 12,7±0,2 3,2±0,2
espessura do corpo de prova.
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo : Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão. 17
PARÂMETROS MEDIDOS/CALCULADOS NO ENSAIO DE TRAÇÃO
Tensão de flexão: Resistência à fexão:
Figura 16: Curvas típicas Tensão de Flexão versus Deformação sob flexão e suas designações
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007).
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo : Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão 18
COMPRESSÃO
Nos ensaios de compressão, os corpos de prova são dispostos entre duas bases com superfícies
paralelas, Estas bases são acopladas as travessas fixa e móvel. A taxa de deformação de
compressão e controlada
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo : Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão 19
PARÂMETROS NOS ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Tensão de compressão nominal
Resistência à compressão nominal
Resistência à compressão na ruptura
Ponto de escoamento
Deformação sob compressão
Módulo de Elasticidade
Resistencia a compressão no escoamento deslocada
Razão de dimensões
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EXEMPLO
O poliestireno homopolímero apresenta um comportamento frágil em ensaios de tração e dúctil em ensaios de
compressão.
A diferença de
comportamento
decorre do fato de o
carregamento sob
compressão não
conduzir à formação
das micro-trincas, que
são responsáveis pelo
comportamento frágil Figura 18: Curvas tensão versus deformação pata o polímero poliestireno, sob tração
do poliestireno nos (comportamento frágil) e sob compressão (comportamento dúctil), (a) curva original; (b)
ensaios de tração. ampliação
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007).
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo : Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão
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ENSAIO DE IMPACTO
O ensaio de impacto se caracteriza por submeter o corpo ensaiado a uma força
brusca e repentina, que deve rompê-lo.
Sucesso ou Fracasso
Tenacidade
Propriedade que representa a capacidade de um material se deformar durante a
solicitação mecânica.
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PARÂMETROS QUE AFETAM AS PROPRIEDADES SOB IMPACTO
Velocidade de impacto;
Sensibilidade a entalhes;
Temperatura;
Força sofrida no impacto;
Geometria do corpo de prova;
Condições de fabricação do corpo de prova;
Condições ambientais do ensaio;
Orientação molecular, etc.
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PARÂMETROS QUE AFETAM AS PROPRIEDADES SOB IMPACTO
Espessura do corpo de prova
Sensibilidade ao entalhe
A confecção do entalhe deve ser
a mais cuidadosa possível,
principalmente para os plásticos
mais sensíveis, para evitar a
influência da sensibilidade ao
entalhe sobre o comportamento
ao impacto do material.
Figura 19: Diferentes formas e dimensões de corpos de prova e dos respectivos entalhes
Fonte: SOUSA (1982)
SOUSA, Sérgio Augusto de. Ensaios mecânicos de materiais metálicos - Fundamentos teóricos e práticos. São Paulo, Editora Edgard Blücher Ltda., 5 ed., 1982.
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ENTALHE NA RESISTÊNCIA AO IMPACTO
Figura 20: Efeito do raio da extremidade do entalhe na resistência ao impacto de diversos plásticos
Fonte: CANEVAROLO JÚNIOR (2007).
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo : Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão
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PARÂMETROS QUE AFETAM AS PROPRIEDADES SOB IMPACTO
Temperatura
As temperaturas extremamente baixas, a resistência ao impacto é reduzida
drasticamente. Esta redução torna-se mais evidente em temperaturas
inferiores a temperatura de transição vítrea (Tg). Por outro lado, em
temperaturas acima de Tg a resistência ao impacto do plástico apresenta um
aumento significativo, devido ao efeito dissipativo provocado pela mobilidade
molecular do polímero.
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INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
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ENSAIOS DE IMPACTO
UTILIZANDO PÊNDULO
Chiaverini, V. Tecnologia mecânica: estrutura e propriedades das ligas metálicas. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda. 2a. ed., v. 1, 2, 3, 1994. 30
ENSAIOS IZOD E CHARPY
ASTM D4812, ASTM D6110, ISO
ASTM D256, ISO 180 e NBR 8425.
179-1, ISO 179-2 e NBR 9564.
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ENSAIOS DE IMPACTO ATRAVÉS DA QUEDA DE PESO
A maior vantagem é de reproduzir tensões multidirecionais, além dessa vantagem, os corpos de prova podem
ser testados em diferentes tamanhos e formas, incluindo em alguns casos até a própria peça moldada.
Uma das maiores desvantagens é o número exagerado de corpos de prova para se estabelecer o nível de
energia necessário para romper a amostra por impacto.
ASTM D 5420, ISO 7765, ASTM D 1709, ASTM D2444, ISO 13957, NBR 10437
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ENSAIOS DE IMPACTO INSTRUMENTADOS
Figura 25: Curva de carga (forca) versus tempo obtidas em ensaios de impacto instrumentados
Fonte: CANEVAROLO (2007)
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de caracterização de polímeros. São Paulo : Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão
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ENSAIOS DE IMPACTO EM ELEVADAS VELOCIDADES
Faixa de 750 a 15 000 000 mm/min.
Uma vasilha cheia de líquido é deixada cair a partir de uma plataforma, a uma altura pré-
determinada. Seu comportamento de resistência ao impacto é observado após sofrer o choque;
CALLISTER JÚNIOR, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002, 589 p.
CANEVAROLO JUNIOR, S.V. Técnicas de Caracterização de Polímeros. São Paulo: Artliber, 2007. 448 p. 1ª reimpressão.
CHIAVERINI, V. Tecnologia mecânica: estrutura e propriedades das ligas metálicas. São Paulo: Makron Books do
Brasil Editora Ltda. 2a. ed., v. 1, 2, 3, 1994.
RUCKERT, C. O. F. T. Ensaios Mecânicos dos Materiais: Tração. 2010. Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia
de São Carlos. Departamento de Engenharia de materiais, Aeronáutica e Automobilística. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/217019/mod_resource/content/1/Ensaio%20de%20Tra%C3%A7%C3%A3o.p
df>. Acesso em: 27 nov. 2017.
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REFERÊNCIAS
RUCkERT, C. O. F. T. Ensaio Tração Polímero. 2010. Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de São Carlos.
Departamento de Engenharia de materiais, Aeronáutica e Automobilística. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/228326/mod_resource/content/2/Aula%206%20-
%20Ensaio%20Tra%C3%A7%C3%A3o%20Polimeros%20Mod.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2017.
SOLUÇÕES INDUSTRIAIS. Máquina Universal de Ensaios Mecânicos. 2017. Disponível em:
<http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/intermetric/produtos/acessorios/maquina-
universal-de-ensaios-mecanicos->. Acesso em: 28 nov. 2017.
SOUSA, Sérgio Augusto de. Ensaios mecânicos de materiais metálicos - Fundamentos teóricos e práticos. São Paulo, Editora
Edgard Blücher Ltda., 5 ed., 1982.
University of Michigan. "Self-healing Concrete For Safer, More Durable Infrastructure." Sciencedaily, 24 April 2009.
<www.sciencedaily.com/releases/2009/04/090422175336.htm>. Acesso em: 28 nov. 2017.
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OBRIGADO!!!
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