Aula 2, 3 e 4. Pré-Socráticos À Aristóteles
Aula 2, 3 e 4. Pré-Socráticos À Aristóteles
Aula 2, 3 e 4. Pré-Socráticos À Aristóteles
cosmologia e retórica
Pré-socráticos: injustamente pouco
estudados
• Sócrates como ponto de partida;
• Poucas fontes;
• Não se ocupam intensamente do conceito de
justiça;
• Dificuldade de resgate (pela cultura antiga, língua
e fontes), gerando embaraços;
• Influência do mito, logo, crença evolucionista por
parte dos atuais filósofos;
• Crença de não existência de uma filosofia do
direito autêntica nos pré-socráticos, visto que
Nas palavras de Bittar e Almeida (2015, p. 72):
“a civilização e a cultura gregas somente estariam
preparadas para as questões do humanismo, do discurso
(lógos), da ágora e da pólis (entre as quais aparecerá de
modo mais enfático a questão da justiça – diké), a partir
do século V a.C. (o que permitiria a alguns afirmar
somente a partir dos sofistas a existência de uma Filosofia
do Direito autêntica), antes do que o período
cosmológico da filosofia se detinha na preocupação com
a natureza (phýsis), a investigação sobre a composição da
matéria (hýle), a origem de todas as coisas (pánta), a
perspectiva do universo (kósmos), como mesmo chega a
afirmar Aristóteles.”
Condições para a passagem do mito à
filosofia
• Expansão da cultura grega;
• Uso da moeda;
• Nomos (escrita e leis);
• Deuses controlam meu destino? Criaram o
mundo?
Pré-socráticos
• Características:
– Controlam seu destino;
– Physis;
– Kosmos;
– Árkhe
– Místicos
– Justiça?
• Thêmis
• Diké
Pré-socráticos
A justiça na tradição homérica: thémis e diké (p.78-79).
• Parmênides (imobilismo)
– O ser é e não pode não ser.
• Zenão de Eléia
Escola pitagórica: dualismo numérico e
justiça
• Pitágoras (572-510 a.C.) –
Conhecido por sua intimidade
com os números, em verdade
foi um pensador e místico
que fundou uma congregação
de iniciados. Segundo este
filósofo, era possível ouvir os
sons dos astros e explicar a
essência das coisas por meio
de categorias numéricas e
seus sentidos. (BITTAR e
ALMEIDA, 2015, p. 33)
Números e justiça para Pitágoras
• De qualquer forma, considerando inclusive a intimidade que a
teoria e a prática tinham na concepção de Pitágoras, não há
doutrina filosófica que não interferia, ainda que pela educação, na
vida social. Nesta, a dinâmica do pensamento funciona como
reforço do convívio com relação ao respeito à igualdade, à
liberdade e ao combate à tirania. A concepção de Justiça de
Pitágoras envolvia, antes de tudo, a consideração de que não há
pacto social sem respeito à condição de cada um como livre e
racional, o que coloca a condição do tirano no exílio das práticas
políticas consentidas por esta filosofia grega. Assim, seguindo a
tradição reinante à época, somente é livre aquele que se deixa
governar não pela vontade do outro (tirano), mas pelo acordo
construído pela palavra, no ambiente comum da ágora, através dos
instrumentos da lei (nómos) e da política incorporada às
instituições da pólis. (BITTAR e ALMEIDA, 2015, p. 93).
Escola da pluralidade: atomismo e
justiça
• “Demócrito (460-370 a.C.)
– Com sua teoria
atomística, explicava a
composição dos corpos a
partir do elemento
indivisível: o átomo. As
diferenças entre os corpos
devem-se às diferenças
entre os átomos que os
compõem. Nada resta de
sua obra.” (BITTAR e
ALMEIDA, 2015, p. 33).
Átomo e justiça para Demócrito
• Como filósofo pré-socrático, Demócrito haverá de pensar na phýsis das coisas (o
átomo) e haverá de localizar as coisas num todo, num kósmos, dado pela relação
entre o vazio e os átomos e o arranjo destes entre si, cuja ordem é fundamental
para a harmonia das partes. Este kósmos ordenado pode ser enxergado em sua
concretização, e refletido nesta sentença: “Ceder à lei, ao chefe e ao mais sábio é
pôr-se em seu lugar.”81 Isto significa que esta mesma sentença, além de revelar
uma espécie de subserviência de Demócrito às antigas e tradicionais crenças
gregas, já o coloca também entre aqueles filósofos do período socrático, para os
quais as preocupações com a ordem do todo se plasmariam na esfera dos assuntos
humanos, especialmente os ético-políticos. Isto porque nesta frase estão
consagradas: a) a ideia da conservação da lei (ética do respeito à lei) como sendo o
cimento da cidade (pólis), algo que está presente no discurso de Sócrates perante
seus discípulos diante do cálice de cicuta; b) a ideia de hierarquia que coloca cada
um em seu próprio lugar, o que pressupõe o entendimento de que há um lugar
dado a cada um e de que este lugar deve ser conservado, algo que haverá de
marcar a lógica da definição de justiça da República de Platão; c) a ideia de
superioridade do sábio e da sabedoria, ante a vulgaridade e a ignorância, marcas
do intelectualismo ético aristotélico, que faz a felicidade decorrer do
conhecimento e da contemplação filosófica. (BITTAR e ALMEIDA, 2015, p.95-96).
Reflexão: há uniformidade dos pré-
socráticos?
• Arcke
• Justiça
Sofistas
• Contexto: Pólis e Ágora
• Focavam na retórica;
• Não místicos
Sofistas
• Protágoras: Homem é a medida de
todas as coisas;
• A ruptura sofista;
• A importância do discurso;
• Maiêutica;
Sócrates
• Ética como filosofia II: filosofia como éthos,
filosofia de Sócrates é sua vida;
ACADEMIA X LICEU
Aristóteles
• Virtudes: justo meio.
• Justiça como virtude