Absolutismo em Portugal

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A sociedade e o poder em Portugal: a

afirmação do absolutismo
Biografia
• Filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neubourg, foi
aclamado rei em 1707.
• Casou em 1708 com D. Maria Ana Josefa, de Áustria, filha do
Imperador, Leopoldo I, era irmã dos Imperadores José I e
Carlos VI.

• João V O Magnânimo, em virtude do luxo de que se revestiu


o seu reinado; alguns historiadores recordam-no também
como O Freirático.

• Os filhos ilegítimos de D. João V eram conhecidos pelos


Meninos de Palhavã.
João V de Portugal
(1689-1750). Palácio
Nacional da Ajuda,
Lisboa, Portugal.
S/D
S/A
Contexto internacional
• Iniciou o reinado em plena Guerra da Sucessão de
Espanha.
• O desfecho da Guerra colocou no trono austríaco de
Carlos III, pretendente ao trono espanhol e levou à Paz
de Utreque - 1714.
• A partir de então o Brasil foi a sua principal
preocupação.
• Dificuldades económicas: contrabando do ouro do Brasil
e crise do império do Oriente.
Maria Ana Josefa- de Áustria
Oliveira Martins, escreveu sobre D. João V,

“(…) Um facto fortuito, alheio aos elementos naturais, tinha vindo pelos fins do
século XVII influir poderosamente nos destinos da nação.
Despovoado e inculto o reino, miseráveis e nuas as povoações, sem riqueza nem
trabalho – as minas de ouro do Brasil deram ao rei e ao povo uma fortuna que o
país lhes negava.
Lisboa era mais a metrópole de um vasto império ultramarino do que a capital de
um reino europeu.
Agora, as minas americanas (do Brasil) chamam todas as ambições e todas as
forças para a cidade onde se encontra a vida inteira da nação.

Foi sobre o ouro e os diamantes do Brasil que se ergueu o trono absoluto de D.


Pedro II; foi com eles que D. João V, e todo o reino, puderam entregar-se ao
entusiasmo desvairado dessa ópera ao divino em que desperdiçaram os tesouros
americanos.

O acaso concedeu a um tonto o uso de armas perigosas, abrindo-lhe de par em


par as portas dos arsenais; e D. João V, enfatuado, corrompeu e gastou,
pervertendo-se também a si e desbaratando toda a riqueza da nação. Tal foi o rei.
O povo, beato e devasso, pastoreado pelos jesuítas, arreava-se agora de pompas,
para assistir como convinha à festa solene do desbarato dos rendimentos do Brasil.
Oliveira Martins e o reinado de D. João V

• Identifique as razões de se considerar o


reinado e o rei D. João V O Magnânimo.
• Relacione a situação económica de Portugal
com a centralização do poder
• Explique a frase: “Lisboa era mais a metrópole
de um vasto império ultramarino do que a
capital de um reino europeu”.
• Indique 3 críticas do historiador ao reinado de
D.João V
O Absolutismo
Aspectos de reinado que contribuíram para o
reforço do absolutismo:

1. Ouro e diamantes do Brasil;


2. Fim das cortes;
3. O exemplo de Luís XIV: o absolutismo
4. Novas ideias iluministas( progresso razão);
diplomatas
Fim da Guerra da Sucessão da Espanha
Ouro e Diamantes do Brasil
A conjuntura da guerra da Sucessão de Espanha um momento marcante da história
portuguesa: única vez que se interveio, por opção, num conflito europeu que
atravessou o território do reino, que permitiu a generais portugueses ocuparam
Madrid.
Assinatura do Tratado de Methuen.
Fim das cortes
“Desde há muito que os historiadores se habituaram a encarar o
longo reinado joanino como um tempo diverso e específico,
muitas vezes identificado com o da «monarquia absoluta»

Pelo menos duas dimensões decisivas parecem contribuir


para essa caracterização: a última reunião das Cortes tradicionais
em 1697-1698 e a relativa estabilidade política da primeira
metade de Setecentos, sobretudo por contraste com os anos
agitados da guerra da Restauração. “

Nuno G. Monteiro, Identificação da política setecentista.


O exemplo de Luís XIV: o absolutismo
Reformas e governação
• A regência e reinado de D. Pedro II caracterizar-
se-ão por um modelo de funcionamento da
administração central que se prolongará ainda
pelos primeiros anos do reinado de D. João V,
• D. João V adopta, nos anos 20 de Setecentos,
despachar com os seus sucessivos secretários de
Estado à margem do Conselho de Estado, órgão
central da administração em todo o período
anterior.
• 1736- Reforma as Secretarias de Estado.
D . João V e a nobreza de corte
• “ Na sequência de uma disputa entre Luís César de
• Menezes e o corregedor do Rossio, na qual intervieram vários
fidalgos, teria lugar o mais célebre episódio de punição da
indisciplina aristocrática.
• [….] 1726 o secretário de Estado daria ordem para se
degradarem para fora de Lisboa quase três dezenas de
Grandes e fidalgos da primeira nobreza da Corte. O degredo
não duraria muito. Mas este episódio [...]nunca mais seria
esquecido, […]E o Conselho de Estado nunca mais voltou a
reunir durante o longo reinado joanino.
A.H. de Oliveira Marques - História de Portugal

« O reinado do Magnânimo ficou famoso pela tendência do


monarca em copiar Luís XIV e a corte francesa. O ouro do Brasil
deu ao soberano e à maioria dos nobres a possibilidade de
ostentarem opulência como nunca anteriormente.
Por toda a parte se construíram igrejas, capelas, palácios e
mansões em quantidade. Em Mafra, perto de Lisboa, um enorme
Mosteiro exibiu a magnificência real. D. João V ocupou-se
igualmente das artes e das letras, despendendo vastas somas na
aquisição de livros e na construção de bibliotecas.
A paridade diplomática
• A orientação joanina em diplomacia europeia foi
a conquista da paridade de tratamento com as
outras grandes potências católicas:
• Na relação com a Santa Sé, passou pelo esforço em
elevar a capela real à dignidade de igreja e basílica
patriarcal, obtida em 1716.
• Atribuição da dignidade cardinalícia ao patriarca
• de Lisboa Ocidental (1737),
• Reconhecimento do direito de apresentação dos
bispos pelo monarca português (1740) e
• Atribuição ao monarca português do título de rei
fidelíssimo (1748).
POLÍTICA CULTURAL
1. Mecenato real nas artes e letras;
2. Estrangeirados; Fundação das Academia de
História; Desenvolvimento das ciências:
Bartolomeu de Gusmão ( passarola);
astronomia , medicina;
3. Renovação do ensino, métodos pedagógicos
“Verdadeiro método de Estudar”; Bibloteca ,
encomendas;
“Aqueduto da Águas Livres”
Compare as duas posições .
1. A 12 de Maio de 1731, D. João V autoriza a construção do
Aqueduto das Águas Livres. As obras de construção iniciam-
se em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entra em
funcionamento. A sua extensão, incluindo todos os seus
ramais, é de 58 135 metros com 35 arcos.
O Aqueduto é uma das mais notáveis obras de sempre da
engenharia hidráulica.

2. “Nem todo o ouro do Brasil chegou, a dívida nacional


cresceu, e se Lisboa quis deixar de morrer à sede teve de
pagar com um imposto especial a construção do seu
Aqueduto”( 0liviera Martins)
Palácio/ Convento e Basílica
Mafra
Mafra e o nascimento de D . Maria
Bárbara
Com o nascimento de D. Maria Bárbara o monarca cumpriu a
promessa: construção -17 de Novembro de 1717 -projecto para
abrigar 13 frades franciscanos.
O ouro do Brasil deu a ideia D. João V e ao arquitecto (Ludovice)
de planos mais ambiciosos: abrigar 330 frades, um palácio real,
umas das mais belas bibliotecas da Europa.
A basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de
Outubro de 1730.
Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em
Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam
mais de 200 toneladas, considerados os maiores e melhores do
mundo.
A Biblioteca de Mafra à semelhança
das euroepeias
Biblioteca Joanina da Universidade de
Coimbra

Estilo Barroco. Encimado


por um grande escudo
nacional de D. João V.
Biblioteca Joanina da Universidade de
Coimbra
Projecto régio de reforma dos
estudos universitários - correntes
iluministas em Portugal
-ano de 1717
O objectivo era albergar a
biblioteca universitária de
Coimbra e foi 1728.

A Talha dourada - é uma técnica


escultórica em que madeira é
talhada (esculpida) e
posteriormente dourada, ou seja,
revestida por uma película de ouro
Coche oferecido por D. João V ao Papa
Retrata um episódio da história marítima, a ligação
do Oceano Atlântico com o Oceano Índico
Estrangeirados
Barcarola de B. de Gusmão
Busto de D. João V,
Alessandro Giusti, séc. XVIII
(2ª metade), PNM; Palácio
Nacional de Mafra

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