A Inerrancia Da Biblia

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Bibliologia: A Inerrância da Bíblia

Texto: Pv 30:5-6.
Sl 12:6
Introdução:
• Neste tópico, iremos ver acerca do nível de inspiração
da Bíblia, sendo que tal tópico é o ápice dos anteriores.
• Até aqui já vimos:
• A Origem divina da Bíblia (Inspiração).
• A Natureza Divina da Bíblia.
• A Natureza humana da Bíblia.
Passemos agora a ver o grau de inspiração bíblica mais
detalhadamente, e assim, chegarmos a doutrina da
inerrância.
I. O nível de inspiração.
• Como anteriormente, a Bíblia possuí autoridade divina,
pois encontra sua origem em Deus (2 Pe 1:20).

• Paulo afirma um detalhe importante ao afirmas que as


escriturais são “sagradas letras”.

• O Senhor Jesus afirmou que nem uma parte da letra das


sagradas escrituras seria perdida (Mt 5:17-18).

• Logo pode-se definir o nível de inspiração como plenário


(abrange todos os livros da Bíblia) e verbal (toda as
palavras da Bíblia).
• Possíveis objeções: “Pode-se argumentar que a tanto
Paulo quanto Jesus nada mais utilizavam uma linguagem
metafórica, poética e simbólica, logo não pode significar
que todas as palavras possuem autoridade, mas apenas seu
significado religioso e moral.”. Tal argumento é utilizado
pela maioria dos críticos da Bíblia, teólogos liberais, neo-
ortodoxos e neo-evangélicos (cf. Geisler, Teologia
Sistemática).

• Resposta:
• Tal argumento, à primeira vista coerente, não encontra
base nas próprias Escrituras, pois tanto Paulo quanto Jesus
argumentam hermeneuticamente com base em uma só
palavra da Escritura, Vejamos dois exemplos:
• Que Jesus cria na inspiração plenária e verbal fica
evidente em seu debate com os Fariseus em João 10:34-
35, onde ele argumenta com base em apenas duas
palavras: “sois deuses” e conclui afirmando: “ As
Escrituras não podem falhar”. Em Mateus 22:43-45 onde
ele argumenta com base em uma só palavra: “Senhor”.
• Segundo o mesmo princípio exegético de Jesus, Paulo
argumenta em Gálatas 3:16, ele argumenta com base no
número singular de uma só palavra: “descendente” e não
“descendentes”.
• Segue-se portanto, a conclusão de que se a inspiração da
Bíblia é plenária e verbal, segue-se então que ela não
possui erro algum em tudo o que afirma. Vejamos com
mais detalhes isso no próximo tópico.
II. A Inerrância da Bíblia
• A Doutrina da inerrância é fruto tanto de uma análise
das afirmações da Escritura quanto de uma dedução
lógica.
• Da Bíblia, podemos extrair que:
• 1. Ela é soprada por Deus.
• 2. De que ela é um escrito profético.
• 3. De que ela é portadora de autoridade divina.
• 4. De que ela é o que Deus diz.
• 5. De que ela é chamada de “Palavra de Deus”, ou
expressões similares.
• Segue-se um importante silogismo para entendermos a
Inerrância da Escritura:

• 1 Deus não pode errar.


• 2. A Bíblia é o que Deus diz.
• 3. Logo, A Bíblia não pode errar.

Ainda que ela tenha vindo por homens pecadores, tais


homens foram preservados de erros pela ação do Espírito
Santo.
• Objeções à Inerrância: Como falado anteriormente, Há
diversas críticas em certos meios acadêmicos relativos
quanto à inerrância da Bíblia. Tais objeções provém de
teólogos liberais, neo-orotodoxos e neo-evangélicos,
sendo que algumas de suas principais críticas serão
expostas a partir de agora.
• “A Bíblia em si não nos deixa
margem para este mal
entendido; ela não apresenta
a ‘revelação’ como uma
doutrina sobrenaturalmente
revelada; nem ‘revelação’
com uma coleção de livros
ou qualquer livro específico;
na Bíblia, ‘revelação’
significava os atos poderosos
de Deus em favor da
salvação do homem...o
conteúdo da escritura é
verdadeiro, não porque deve
ser considerado Palavra de
Deus como um todo, mas
porque, e à medida que Deus
me encontra e me fala, Ele
se atesta a si mesmo como
• “O livro de Jó não me parece representar
um relato histórico porque inicia com
um homem bastante desconectado com
toda a história ou mesmo lenda, não tem
genealogia, mora em um país
praticamente não mencionado na Bíblia,
porque...o autor, parece-me óbvio,
escreve da perspectiva de um contador
de histórias, e não de um cronista”
C. S. Lewis, autor neo-evangélico
• 1° Objeção: Insuficiência da linguagem humana.
• Segundo essa objeção, a linguagem humana é
extremamente limitada e subjetiva para descrever fatos
com precisão. Segundo teólogos neo-ortodoxos, como
Karl Barth, afirmaram que a linguagem humana está
contaminada pelo pecado, logo, não pode haver uma
revelação de Deus plena de forma escrita.
• Resposta:
• Há dois erros básicos nestas afirmações, pois
• -primeiramente ainda que Deus seja
transcendente (além da criação) e infinito, o
homem foi criado à imagem e semelhança de
Deus, projetado para comunicar-se e se
relacionar com Deus.
• O próprio Deus, ao falar com o homem, se
adapta ao falar em linguagem humana, de
forma que ele fosse entendido.
• Ainda que o ser humano seja pecador por
natureza, e tal pecaminosidade se estende a
todos os aspectos da vida humana, deve-se
lembrar que as Escrituras não vieram da
• Objeção 2: Há claros erros na Bíblia.
• Esse argumento, utilizado por neo-ortodoxos e neo-
evangélicos (e também por liberais), afirma que há claros
erros históricos e contradições evidentes na Bíblia, ainda
que sua verdade espiritual seja possível através de um
encontro (neo-ortodoxia) ou inspiração parcial, cobrindo
apenas as áreas espirituais (neo-evangélicos). Temos por
exemplo a descrição do sol parando em Josué (sendo que
a terra é que se move em torno do sol). Ou então, as
contradições entre Crônicas e Samuel ou Reis ( Ex: 2 Sm
24:1 cf. 1 Cr 24:1).
• Resposta:
Afirmar que só podemos ter um certo encontro com Deus e não conhecermos
a Deus preposicionalmente não nos dá garantia que estamos de fato
encontrando à Deus. É necessário que Deus se revele e fale a nós (Hb 1:1).
Dizer que a Bíblia contém apenas uma revelação parcial, onde somente as
verdades espirituais são inspiradas e Deus permitiu erros menores não
encontra lugar no pensamento de Jesus e dos apóstolos, como já foi mostrado.
Na verdade, é impossível separar a revelação da história e dos fatos
científicos, pois todos estão firmemente interligados. Como por exemplo:

• O nascimento Virginal de Cristo.


• Sua morte Expiatória e sua Ressurreição.
• A libertação dos Israelitas do Egito e a abertura do mar vermelho.

Todos esses fatos envolvem questões sobrenaturais, mas que foram realizados
dentro do tempo e espaço, por isso são históricos e literais, e ao mesmo tempo
de profundo valor espiritual. Tal distinção é arbitrária, feita com o intuito de
• As supostas contradições são apenas aparentes, sendo que
várias soluções são apresentadas por estudiosos
conservadores e ortodoxos, dentre estas podemos
destacar:
• O caso de Josué: Neste episódio, vemos que se trata de um
relato totalmente verdadeiro e histórico, ainda que o fato
tenha sido em uma linguagem humana e coloquial .
Ninguém dá uma descrição científica quando diz: O sol se
pôs, ou o sol nasceu. Mas nem por isso tais descrições
estão erradas, mas são feitas da perspectiva humana.
• Neste contexto, Henry Morris escreve: 
• “Todo movimento é movimento relativo, e o sol não está mais “fixo”
no espaço do que está a Terra… O meio cientificamente correto para
especificar movimentos, portanto, é selecionar um ponto arbitrário
de velocidades assumidas como sendo iguais a zero e então medir
todas as velocidades relativas aquele ponto. O ponto correto para
usar é aquele que é mais conveniente ao observador para os
propósitos de seus cálculos particulares. Em caso de movimentos de
corpos celestes, normalmente o ponto mais apropriado é a superfície
da Terra na latitude e longitude do observador, e este
conseqüentemente é o ponto mais “científico” a ser usado. Davi
[Salmo 19:6] e Josué são mais científicos que suas críticas em
adotar semelhante convenção para suas narrativas.” -
• Henry Morris com Henry Morris III. Many Infallible Proofs:
Pratical and Useful Evidences for the Christian Faith. Master
Books: Arizona, 1996. pág. 253.
• Com relação aos episódios de Davi em 2 Samuel e 1
Crônicas, a diferença é entre perspectiva. Na perspectiva
Bíblica, mesmo o mal está sob o controle de Deus e é
ordenado por Deus, ainda que executado por Satanás (cf.
Jo 1:12, 21, II Cr 18:1-21 ), O autor de 2 Samuel focaliza
um aspecto do episódio, a soberania de Deus, e em
Crônicas, a ação direta de Satanás.
• Outras aparentes contradições podem ser superadas com
uma análise do contexto, assim também como dados
históricos e até mesmo comparação entre um relato feito
por dois historiadores diferentes.
• “Aprendi a render respeito e honra
somente aos livros canônicos da Sagrada
Escritura, de modo que somente destes
acredito firmemente que os autores
estavam completamente livres de
erro...Meu amigo, a Palavra de Deus é a
Palavra de Deus, quanto a isso não temos
muito a acrescentar! Quando alguém, de
modo blasfemo, atribui mentira a Deus em
uma só Palavra, ou diz que é um a questão
mínima se Deus é blasfemado ou chamado
mentiroso, ele blasfema de Deus por
completo e traz luz a toda a sua
blasfêmia...portanto é absolutamente
verdadeiro e sem exceção que ou se crê
em tudo ou não se crê em nada. O Espírito
Santo não age de forma divida, de modo
que nos ensinaria uma doutrina da forma
certa e outra da forma errada”.
• “Se ficarmos perplexos com
qualquer contradição aparente nas
Escrituras, não nos é permitido
dizer: o autor deste livro está
enganado; mas antes, ou se trata de
uma falha no manuscrito, ou a
tradução é ruim, ou você não
compreende bem o que está lendo”.
Aurelius Agostinhus
III. Jesus e a Bíblia.
• Antes de aceitarmos a opinião dos homens, vejamos o
que Jesus tinha a dizer sobre a Bíblia.
Jesus tinha a Bíblia em alta estima, sendo que uma frase
recorrente em sua vida e na vida dos apóstolos era “Está
Escrito” ou então “porque está escrito” (gregaptai
gar).
As sessões hoje combatidas pelos críticos foram
afirmadas como verdadeiras por Jesus, como por
exemplo:
• 1. A criação do universo (Gn 1: Jo 1:3;Cl 1:16).

• 2. A Criação de Adão e Eva ( Gn 1-2 – Mt 19:4-5).

• 3. O Casamento antes do Dilúvio (Gn 6 – Lc 17-27).

• 4. Ló e Sodoma (Gn 18-19-17:29).

• 5. O hasteamento da serpente no deserto (Nm 21:9 – Jo


3:14).

• 6. Jonas e o grande peixe (Jn 2 –Mt 12:40).


• Jesus era o próprio Deus, sendo assim, suas declarações
possuem a mais absoluta autoridade em tudo o que
afirmou. No que tange às Escrituras, Jesus afirmou serem
elas as Palavras de Deus que não poderiam falhar (ou
serem quebradas).

• Dizer que Jesus possuía conhecimento humano limitado


ou era ignorante é a mesma coisa de dizer que, de alguma
forma, o pecado estava na mente de Cristo, o que constitui
blasfêmia das mais alta gravidade. O próprio Jesus
afirmou:

• “Se vos falei das coisas da terra e não credes, como crereis
se vos falar das celestiais?” (Jo 3:12).
IV. Conclusão:
• Podemos confiar verdadeiramente que a Bíblia é a Palavra de
Deus inerrante, que não possui erro de espécie alguma, haja vista
ser Deus o seu autor, as declarações de neo-ortodoxos e neo-
evangélicos não é válida e no fim, acaba gerando uma
espiritualidade sem nenhum tipo de fundamento verdadeiro.
• A Bíblia é como uma semente que nos salva (1 Pe 1:23).
• A Bíblia é como um leite que nos nutre (1 Pe 2:2).
• A Bíblia é com a carne sólida que nos satisfaz (Hb 5:14).
• A Bíblia é como água que nos lava (Sl 119:9/Ef 5:25-26).
• A Bíblia é como um fogo que nos purifica (Jr 23:29).
• A Bíblia é como um martelo que nos quebra (Jr 23:29).
• A Bíblia é como uma espada que penetra no mais íntimo do
nosso ser (Hb 4:13).

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