Reino Monera
Reino Monera
Reino Monera
Reino Monera
• O reino monera compreende as bactérias e as
cianobacetérias, que são seres procariontes. Esses
organismos podem viver como células isoladas,
microscópicas ou formar colônias visíveis a olho nu,
compostas de muitos indivíduos.
• A célula que forma as bactérias não tem, carioteca
delimitando e individualizando um núcleo.
• O material genético corresponde a uma
molécula de DNA circular, localizada em uma
região do citoplasma denominada nucleoide.
• Além do DNA presente nessa região, podem
existir de uma a muitas moléculas pequenas e
circulares, os plasmídeos que geralmente
contêm genes relacionados à resistência das
bactérias a antibióticos .
• A classificação atual dos procariontes tem se baseado na
sequência de nucleotídeo do RNA ribossômico, que é o
material que constitui os ribossomos, organelas responsáveis
pela síntese de proteínas.
• Isso permitiu distribuir os procariontes em dois grandes
grupos.
Arqueas ( arqueobactérias; arqueo:antigo, primitivo) – é
formado por pequeno número de espécies, que vivem na
maioria dos casos em ambientes desfavoráveis a vida. É o
caso das fontes termais (com água muito quente), das águas
muito salinas, ou de alta acidez e pântanos sem oxigênio.
Eubactérias – correspondem as demais bactérias e
cianobactérias.
As arqueas, também chamadas arqueobactérias,
receberam esse nome porque, até pouco tempo atrás,
considerava-se que este seria o grupo mais primitivo
de bactérias. No entanto, estudos recentes, baseados
em análises moleculares, indicam que as arqueas não
são bactérias apesar de compartilharem com elas o
fato de serem procariontes – e são evolutivamente
mais próximas dos eucariontes do que das bactérias.
ARQUEOBACTÉRIAS
• As arqueobactérias constituem um grupo
relativamente pouco conhecido, especialmente
devido ás dificuldades de acesso aos seu habitats e
de coleta de materiais, além da grande diversidade
de seus processos químicos.
• Certamente elas eram abundantes no ambiente que
caracterizavam a Terra, há cerca de 3 bilhões de
anos.
• Atualmente, são bem conhecidas as bactérias
metanogênicas (geno = origem), anaeróbias,
que vivem em locais como pântanos, brejos,
sedimentos marinhos, esgotos no intestino de
animais que digerem celulose como bois e
cupins.
• O nome metanogênicas deriva do fato de esses
organismos formarem gás metano (CH4) como
produto de seu metabolismo energético.
• Outras, as halófilas (halo=sal + filo=afinidade), são
aeróbicas e vivem em ambientes com alta
concentrações de sais. São abundantes e responsáveis
pela coloração rósea de algumas salinas, vista quando
fotografadas de avião.
• As bactéria termoacidófilas (termo=calor + acido=
ácido + filo=afinidade) suportam as altas temperaturas
(até 90-100°C) e a grande acidez (pH 1 a 2) do meio em
que vivem: fontes quentes e sulforosas, fundo de mares
e montes de resíduos quentes de minas de carvão.
A cor rosa distinta é causada pela
bactéria “Dunaliella salina”,
atraída pelo teor de sal do lago.
Produz um pigmento vermelho a
fim de absorver a luz solar e
fornecer ao lago a cor original. O
tom é visível durante a estação
seca (que vai de novembro a
junho), menos na estação
chuvosa (julho-outubro)
Lago Cor De Rosa No Senegal
Fonte termal em parque dos
Estados Unidos. Ali a
temperatura da água e o
grau de acidez são muito
elevados. O colorido da água
resulta das populações de
arqueas que e ali vivem.
As arqueas
conhecidas
como
metanogênicas
vivem locais
como pântanos
entre outros.
EUBACTÉRIAS
Cianobactérias
• As cianobactérias são eubactérias, que apresentam um tipo
de clorofila e realizam fotossíntese de modo semelhante à
fotossíntese de planta se algas. Em razão desse semelhança,
eram antigamente consideradas um grupo especial de algas
chamadas cianofíceas ou “algas azuis” (pela presença de um
outro pigmento, azulado). No entanto, diferentemente das
algas,as cianobactérias são procariontes e seus pigmentos
não estão contidos em organelas, mas sim em lamelas
dispostas no citoplasma.
Esquema de uma
cianobactéria,
mostrando as
lamelas dispostas
no citoplasma.
• Existem evidências de que os cloroplastos, organelas
responsáveis pela síntese nas células de plantas e algas,
tenham se originado de cianobactérias primitivas que
passaram a viver em simbiose com células eucarióticas.
Apesar de unicelulares, a maioria das espécies de
cianobactérias ocorre na forma de colônias.
• Existem cianobactérias nos mais diversos ambientes: na água
doce, no mar, no solo, na superfície úmida de rochas ou
troncos. Esse seres vivos são fundamentais ao equilíbrio
ecológico, pois graças à fotossíntese que realizam, retiram
gás carbônico do meio, produzem matéria organiza e liberam
gás oxigênio.
Os filamentos que
vemos nessa
imagem são
formados por
cianobactérias.
Bactérias
• Bactérias são organismos unicelulares capazes de
formar, em alguns casos, um conjunto de colônias.
• As células bacterianas são muito pequenas, da ordem
de 1µm (1µm = 0,001 mm). Assim, sua estrutura só
poder ser estudada ao microscópio eletrônico.
• Quanto à forma, ou morfologia, as bactérias podem
ser células aproximadamente esféricas, cilíndricas ou
espiraladas (helicoidais).
• Em função de variações dentro desse aspecto geral e com finalidade
didática, costuma-se dividir as bactérias em cinco grupos, quanto à
forma:
Cocos – são arredondadas, geralmente esféricas, mas com
representantes ovóides;
Bacilos – são célula cilíndricas, alongadas, como bastonetes (pequenos
bastões);
Espirilos – são filamentos longos, relativamente rígidos ou espiralados;
Espiroquetas – são também filamentos longos e espiralados, porém
mais flexíveis do que os espirilos;
Vibriões – possuem aspectos que lembram um bastonete curvo ou
uma vírgula.
• Os cocos e, mais
raramente, os bacilos
podem formar colônias, o
que não acontece com os
espirilos, as espiroquetas e
os vibriões.
Bacilos
Paliçada:
agrupados
lado a lado
• Além de diplococos (reunião de dois
cocos), dos estafilococos (arranjo em forma
de cacho de uva), e dos estreptococos, que
lembram fios encurvados, podem ocorrer
ainda as tétrade e as sarcinas. As tétrades
são arranjos de quatro cocos e as sarcinas
são formadas por cocos que se organizam
de forma cúbica.
• A maior parte dos procariontes possui parede
celular, cuja composição química é diferente da
encontrada nas plantas (celulose) e nos fungos
(basicamente quintina). Ela é formada
principalmente por peptidoglicano (ou
peptoglicano), que são moléculas de carboidratos
ligadas a aminoácidos.
• Pelo método de Gram (desenvolvido por Hans
Christian Gram), as bactérias podem ser
classificadas em gram-positivas e gram-negativas.
• Nesse método elas são submetidas a um corante
violeta especial que evidencia a presença de
peptidoglicano. As bactérias gram-positivas retêm
o corante, mas as gram-negativas não, porque
estas têm uma camada externa adicional,
semelhante a uma segunda membrana plasmática
que evita o contato do corante com o
peptidoglicano. As bactérias gram-positivas são
mais sensíveis a antibióticos.
NUTRIÇÃO DAS BACTÉRIAS
• As bactérias apresentam grande variedade
de formas de nutrição. Quanto a essa
característica, podem ser separadas em dois
grandes grupos: heterótrofas e autótrofas.
• As bactérias heterotróficas se alimentam de
uma fonte externa.
• Alguns tipos de bactérias heterotróficas obtêm energia
apenas por meio da respiração aeróbica e,
consequentemente, só sobrevivem quando há gás oxigênio
disponível, sendo, por isso chamadas bactérias aeróbicas.
• Outras bactérias podem obter energia por meio da
respiração aeróbica quanto da fermentação . Por isso, elas
são denominadas bactérias anaeróbicas facultativas.
• Há também certas bactérias, como as causadoras do
tétano, que não toleram a presença de gás oxigênio,
morrendo se expostas a ele. São as bactérias anaeróbicas
obrigatórias.
• As bactérias heterotróficas podem, de acordo
com a origem do alimento, ser classificadas em:
• Saprófagicas (do grego sapros, podre, e
phagein, comer) se alimentam de cadáveres,
fezes ou partes descartadas por seres vivos
(folhas caídas, por exemplo), causando
putrefações.
• Parasitas se alimentam de tecidos corporais de
seres vivos e geralmente causam doenças.
• Estas bactérias patogênicas podem ser
transmitidas por água e alimentos contaminados,
secreções (catarro, saliva), fezes, sangue, objetos
contaminados que perfuram a pele, ou então
diretamente por animais.
• Liberando fortes toxinas, as bactérias provocam
infecções, febre, necrose de tecidos, lesões com
dores neuromusculares, disenteria, hemorragia
interna e muito mais outros sintomas.
• Bactérias autotróficas são capazes de produzir alimento.
• Essas bactérias podem ser fotossintetizantes, quando
sua fonte de energia é a luz;
• Ou qumiossintetizantes, quando aproveitam a energia
liberada em reações químicas inorgânicas.
• São exemplos as sulfobactérias, que oxidam
componentes de enxofre, as ferrobactérias, que oxidam
compostos de ferro, e as nitrobactérias, que aumentam
a fertilidade do solo, pela oxidação de amônia (a) a nitrito
(b) e deste a nitrato (c).
NH+4 No-2 NO-3
(a) (b) (c)
• Bactérias autotróficas podem realizar duas formas
de fotossíntese:
Uma forma semelhante à de outros organismos
clorofilados, como as plantas e certos protistas; é
realizada pela cianobactéria, e os pigmentos
fotossintéticos envolvidos são clorofila a, ficoeritrina
(pigmento vermelho) e ficocianina (pigmento azul).
• Uma forma diferente dos demais organismos
clorofilados e exclusiva de certas bactérias, como as
“púrpuras”, nesta forma particular de fotossíntese é
a bacterioclorofila, que absorve principalmente a
luz infravermelha.
• Essas bactérias usam CO2 e gás sulfídrico (H2S)
para a síntese de matéria orgânica. Como não usam
H2O, não há liberação de oxigênio, mas de enxofre
que fica acumulado nas células.
bacterioclorofila