01 Estrutura Cristalina

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INTRODUÇÃO AOS

TRATAMENTOS TÉRMICOS
2ª Parte
ESTRUTURAS CRISTALINAS

As propriedades mecânicas dos materiais


ferrosos são definidas principalmente por sua estrutura
cristalina.
O ferro cristaliza-se sob a forma cúbica e,
dependendo da disposição dos átomos dentro do cubo
(isto depende da temperatura), pode-se designá-las
pelas letras do alfabeto grego, alfa (α), gama () e delta
(δ).
FERRO ALFA (Fe-α)

O ferro apresenta estrutura alfa (Fe-α) desde


temperaturas criogênicas até a temperatura de 912ºC. O ferro
alfa é também denominado: Ferro CCC ou Ferrita.
FERRO ALFA (Fe-α)

Observando a célula unitária CCC podemos contar


quantos átomos estariam dentro desta célula. Cada átomo do
vértice corresponde a um oitavo (1/8) de átomo e temos também
o átomo do centro.

Vertices: 1/8 x 8 = 1

Centro: 1

Numero de átomos = 1 + 1 = 2
FERRO ALFA (Fe-α)

Observe com atenção que os átomos não ocupam todos os


espaços possíveis
Fazendo-se o cálculo do volume do cubo ocupado pelos
átomos chegaríamos num valor que se chama FEA (Fator de
Empacotamento Atômico). No caso da estrutura CCC do ferro o
FEA é igual a 0,68, ou seja, 68% do cubo são ocupados por
átomos e 32% é vazio.
FERRO GAMA (Fe-)

O Ferro gama possui uma estrutura cristalina diferente da


do ferro alfa. A estrutura do ferro gama é a Cúbica de Face
Centrada (CFC). O ferro gama, para o ferro puro, existe entre as
temperaturas de 912 ºC e 1394 ºC.
O ferro gama também é conhecido como Fe-, ferro CFC
ou Austenita. Como o próprio nome diz esta estrutura é formada
por um cubo. No entanto, a disposição dos átomos dentro deste
cubo é um pouco diferente daquela do ferro CCC.
FERRO GAMA (Fe-)
FERRO GAMA (Fe-)

Vértice: 8x1/8 = 1

Faces: 6x1/2 = 3

Numero de átomos = 1 + 3 = 4

O fator de empacotamento atômico (FEA) da estrutura


CFC é igual a 0,74, ou seja, 74% da célula é ocupada por
átomos e 26% é vazio.
Ou seja, o ferro gama (CFC) é mais denso que o ferro alfa
(CCC).
FERRO DESTA (Fe-δ)

O Ferro delta é idêntico ao ferro alfa, exceto


quanto à faixa de temperatura na qual existe. Ele
possui estrutura cúbica de corpo centrado (CCC), e é
também chamada de Ferrita, porém, mais
especificamente de ferrita delta.
A faixa de temperatura que ocorre a ferrita delta
(Fe-δ) para ferro puro é de 1394 ºC até a fusão do ferro
que ocorre a 1536 ºC.
TRANSFORMAÇÕES POLIMÓRFICAS DO FERRO

O ferro possui três tipos de estrutura cristalina no estado


sólido (Fe-α, Fe-γ e Fe-δ), estas estruturas também são
conhecidas como fases.
DEFEITOS CRISTALINOS

A estrutura cristalina define as propriedades dos


materiais. No entanto, ela apresenta defeitos. Os quais são
inevitáveis e inclusive existe valor mínimo de defeitos presentes
num material cristalino em equilíbrio, para uma determinada
temperatura.
Na verdade, o tipo de rede cristalina, os tipos de defeitos
cristalinos e a quantidade destes defeitos é que determinam o
comportamento mecânico de um material.
VAZIOS

Os vazios (ou lacunas) ocorrem quando a posição de um


átomo na rede cristalina não está ocupada.

VAZIO
ÁTOMO INTERSTICIAL

Os átomos intersticiais ocorrem quando um átomo não


está em sua posição correta, havendo um átomo a mais na rede
cristalina.

INTERSTICIAL
CONTORNOS DE GRÃO

 No estado líquido os átomos não possuem


um posição definida;

 Durante o processo de solidificação os


átomos perdem energia (queda de
temperatura) e começam a formar
grupamentos;
 Cada grupamento de átomos recebe o
nome de grão e possuem uma direção
preferencial de crescimento;

 Concluída a solidificação do material este


será constituído por inúmeros grãos.
CONTORNOS DE GRÃO

Os contornos de grão influenciam marcadamente nas


propriedades dos materiais. Quanto menor o tamanho dos grãos
mais resistente tende a ser o material. Existem tratamentos
térmicos que podem alterar o tamanho de grão.
DISCORDÂNCIAS

As discordâncias podem ser consideradas como os


defeitos mais importantes nos materiais metálicos cristalinos.
DISCORDÂNCIAS

A discordância é um defeito tão importante, pois ela


comanda o mecanismo de deformação plástica do material.
SOLUÇÃO SÓLIDA

Para adoçar o café é necessário misturar açúcar numa certa


quantidade. Para que você sinta o café doce é necessário que o
açúcar sólido se dissolva no café. Quando isso ocorre você não
consegue mais diferenciar o açúcar do café. Isto porque temos uma
solução monofásica.
Neste caso, para se ter uma solução monofásica é necessário
que todo o açúcar se dissolva no café. Caso você coloque açúcar
demais, parte dele se dissolve e parte fica no fundo da xícara. Isto
seria uma solução bifásica.
Dizemos que o açúcar atingiu o limite de solubilidade e este
precipitou no fundo da xícara.
SOLUÇÃO SÓLIDA

Na metalurgia, o conceito é similar, porém, trabalhamos


geralmente, com solução sólida.
O bronze é uma liga cobre e estanho. Mas como dois
materiais sólidos podem se dissolver um no outro? Na verdade
não é bem assim que ocorre. O que se faz geralmente é fundir
os materiais e após a solidificação temos então um dissolvido no
outro, formando uma liga metálica. Mas, como ocorre essa
dissolução? Existem, basicamente, duas maneiras:
 Solução Sólida Intersticial;
 Solução Sólida Substitucional.
SOLUÇÃO SÓLIDA

Solução sólida Solução sólida


intersticial Substitucional
H, B, C, N e O

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