3 Introdução Bíblica - MBCV - SAPIRANGA - Introdução - Novo Testamento

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Pressupostos na Compreensão do NT - Introdução

 Existe diferença entre a versão bíblica utilizada pelos católicos da usada pelos
protestantes? Qual é a diferença entre as Bíblias católicas e protestantes? No NT
não há diferenças, tanto na Bíblia evangélica quanto na católica, são iguais = 27
Livros.
 Porém, o AT da Bíblia protestante não possui sete livros que fazem parte da Bíblia
católica.
 A Bíblia Protestante não possui os livros de Judite, Tobias, Sabedoria,
Eclesiástico, Baruch (com a Epístola de Jeremias), I e II Macabeus. O Livro de
Daniel, na Bíblia protestante, não tem os capítulos 13 e 14, e os versículos 24 a 90
do capítulo 3. Não tem também os capítulos 11 a 16 de Ester.
Explicação: Os judeus eram radicalmente nacionalistas. Por isso, achavam que Deus
só poderia inspirar os livros escritos nas línguas utilizadas pelos judeus, que eram o
hebraico e o aramaico. Achavam também que a Palavra de Deus só poderia ser
escrita dentro do território de Israel, e até o tempo de Esdras.
http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/catolica-e-protestante-porque-existem.html
Pressupostos na Compreensão do NT - Introdução
...Muitos pensam que foi Lutero quem retirou os sete livros da Bíblia cristã, o que é
um engano primário. Na realidade, a mudança foi um processo lento, e somente no
século XIX que os protestantes decidiram abolir de vez os deuterocanônicos de sua
lista. A Septuaginta contém os sete livros que estão até hoje na Bíblia Católica, e
todo biblista competente é capaz de perceber que, nas diversas citações que o NT faz
do AT, a tradução utilizada é a da Septuaginta. Esse era, o conjunto dos livros
sagrados utilizado pelos Apóstolos.

...Nos primeiros tempos da Igreja, quando os judeus perceberam que os Apóstolos


pregavam o Evangelho, expulsaram-nos das sinagogas. Esse fato contribuiu para
que os judeus fechassem de uma vez o cânon dos seus livros sagrados, rejeitando
tudo o que era cristão. Assim, no final do século I, decidiram pela exclusão definitiva
dos sete livros que constavam da Septuaginta.
Pressupostos na Compreensão do
NT - Introdução
Resumindo a história, vemos que o AT da Bíblia
com a lista completa da Septuaginta, foi adotado
e canonizado pelos Apóstolos de Cristo e seus
sucessores, desde o início da Igreja; o AT da Bíblia
protestante foi canonizado pelos rabinos judeus,
cerca de um século depois de Cristo. Antes e
além de qualquer debate, a mais simples
realidade dos fatos é esta: os protestantes, ao
aceitarem o cânon da Bíblia judaica, estão
aceitando a autoridade dos rabinos judeus
depois de Cristo, e negando a autoridade dos
Apóstolos, a quem o próprio Cristo deu
autoridade sobre a Igreja.
http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/catolica-e-
protestante-porque-existem.html
Confissão Belga – 1561 – Bíblia de Estudos de
Pressupostos na Compreensão do NT
Pressupostos na Compreensão do NT
2. Composição:
O NT é composto de 27 livros que foram escritos, originalmente, em grego. Como se chegou a esse
número? Como se definiu a canonicidade dos livros para compor o NT? Aconteceram alguns
percalços no caminho dessa composição. Um fator foi o surgimento dos livros apócrifos.

Dos livros canônicos (isto é, catalogados) ou inspirados


O termo livros canônicos e livros por Deus, era preciso na antiga Igreja distinguir outros
apócrifos tomou, no século 16, as livros, que, embora tivessem grande semelhança de
suas modalidades hoje vigentes. estilo com as Escrituras Sagradas, eram obra
Cânon (gr. kanón) significava meramente humana, por vezes edificante, por vezes
“medida, norma” e, por extensão, herética ou fantasista. A estes livros foi dado o título de
“catálogo, índice, registro”. A partir “apócrifos” (gr. apókryphoi), isto é, ocultos, não lidos
do século 4° aplicou-se o vocábulo ao no culto público oficial (embora fossem lidos em
catálogo dos livros inspirados por caráter particular); tais eram, por exemplo: Ascensão
Deus no Antigo e no NT. de Isaías, Evangelho de Pedro, o de Nicodemos, os Atos
de Tomé, os Atos de Paulo e Tecla, etc.
Pressupostos na Compreensão do NT
2. Composição:
No século 16 introduziu-se entre os teólogos católicos Entre os deuterocanônicos contam-se, além dos sete
a distinção meramente terminológica entre livros livros do AT não incluídos no cânon palestinense
protocanônicos e deuterocanônicos. Ela se deve a (Baruc com a Epístola de Jeremias, Tobias, Judite, 1° e
Sixto de Sena (1520-1569), judeu que, uma vez 2° dos Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico), sete escritos
batizado, se tornou franciscano e depois dominicano. do NT: a epístola aos Hebreus, São Tiago, 2ª de Pedro,
Este autor, na sua “Bibliotheca Sancta”, chamou 2ª e a 3ª de São João, a de São Judas e o Apocalipse.
”protocanônicos”, em grego, “primeiramente As hesitações sobre o valor de tais livros dos Apóstolos
(introduzidos) no cânon”, os livros sobre cujo valor eram devidas principalmente aos abusos que desses
inspirado nunca se registraram dúvidas; documentos faziam os hereges; prolongaram-se nesta
“deuterocanônicos”, isto é, “em segundo lugar ou naquela região até os séculos 4º / 5º.
(inseridos) no cânon”, aqueles escritos que só depois
Em 393, o concílio regional de Hipona (África) definia
de hesitações foram oficialmente recenseados no
o catálogo dos livros sagrados, incluindo nele tanto os
catálogo bíblico.
Como se vê, a distinção significa apenas diferença protocanônicos como os deuterocanônicos do Antigo e
cronológica, de modo nenhum implicando menor do NT. Esta declaração foi repetidamente inculcada
autoridade ou menor grau de inspiração para os pelo Magistério da Igreja (católica) nos séculos
“deuterocanônicos”. subsequentes até os nossos dias.
Tópico 1 – Pressupostos na Compreensão do NT - Composição
No Concílio de Cartago (III),
(28/08/397), ficou determinado a
aceitação e publicação do Canon
da Bíblia, tal como a temos hoje.

Foi decidido que nada, salvo as


Escrituras canônicas, deveria ser lido
na Igreja sob o nome de 'Divinas
Escrituras'. As escrituras canônicas
são: [...] Novo Testamento: 4 livros dos
Evangelhos, 1 livro dos Atos dos
Apóstolos, 13 epístolas de Paulo
Apóstolo, 1 do mesmo [Paulo] aos
Hebreus, 2 de Pedro, 3 de João, 1 de
Judas, [e] o Apocalipse de João. Assim,
[foi decidido] que a Igreja do outro
lado do mar seria consultada para
confirmar este Cânon, bem como será
permitido ler os sofrimentos dos
mártires, quando da celebração de seus
dias de aniversário"
Tópico 1 – Pressupostos na Compreensão do NT - Composição
No limiar do século III, ao avaliar a evolução do Cânon, chega-se às seguintes constatações: em toda a parte, os
quatro evangelhos conquistaram uma posição inexpugnável, que nunca mais lhes seria contestada. [...] Quanto ao
que diz respeito à segunda parte do cânon (os apóstolos), deparam-se por toda a parte, citados como Sagrada
Escritura, 13 epístolas de Paulo, o livro dos Atos e a primeira epístola de Pedro. Certa unanimidade formou-se
acerca da primeira epístola de João (BÍBLIA, 1994, p. 1835).

Os livros do Apocalipse e da SOBRE A EPÍSTOLA AOS HEBREUS


Panteno
carta aos Hebreus – enquanto o No ano 150 d.C., Panteno, principal
1º era negado no Oriente, o 2º professor de Alexandria na época, referia-se
não tinha reconhecimento no a ela como uma epístola de Paulo – o que
Ocidente – no século IV, significa que apenas 70 anos após a morte
juntamente com a segunda e do apóstolo, a carta geralmente era aceita
terceira epístolas de João, a como dele!
segunda epístola de Pedro e a de
Judas, foram compondo o cânon Desde este tempo, acreditava-se em Alexandria que a Carta aos
praticamente como o temos hoje, Hebreus, de maneira indireta, era obra do apóstolo Paulo, autoridade
só havendo divergências em canônica; esta opinião tinha o apoio de Clemente e Orígenes, e veio a
relação à ordem dos livros. ser aceita de modo geral pelas igrejas gregas orientais no século III”.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Catequ%C3%A9tica_de_Alexandria
A falta de consenso entre a igreja ocidental e a oriental sobre a Carta aos Hebreus fez
com que ela demorasse um pouco mais para ser reconhecida como canônica.
Na igreja ocidental, fosse conhecida e citada, Hebreus inicialmente não foi recebida
como canônica. Em Roma e no Oeste europeu, não foi incluída na coleção das epístolas
paulinas e não tinha peso apostólico”.
Além das evidências em Clemente de Roma, outros pais da igreja ocidental fazem
alusões a essa epístola ou citam-na, mas nenhum deles trata como apostólica ou
canônica.
O Cânon Muratoriano exclui Hebreus.
No século II, em Alexandria, Hebreus foi incorporada a obra Paulina, o que comprova a
tendência de estar sendo reconhecida como obra canônica.
Eusébio inclui Hebreus entre os livros “reconhecidos”, embora tenha consciência das
dúvidas existentes a respeito na igreja ocidental.
As convicções da Igreja Oriental prevaleceram no Ocidente, principalmente por
influência de Jerônimo e Agostinho.
Lutero não a considerava como um escrito apostólico e não se podia equipará-la a um
escrito apostólico. (LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas. Volume 8, p. 152-153).
SOBRE A EPÍSTOLA AOS
HEBREUS
RECEPÇÃO DO TEXTO DE HEBREUS
Prós Hebraious: primeira menção desse
título por Tertuliano, em De Pudicitia XX,2,
cerca de 217 d.C. Citava Hebreus como texto
não-canônico, considerava Barnabé seu
autor.

Antilegomena (autenticidade ou valor


contestado), conforme Eusébio de Cesareia:
Alguns rejeitam a Carta aos Hebreus,
dizendo que é contestada pela Igreja de
Roma, fundamentando-se no argumento de
que não foi escrita por Paulo” (HE III,III,5).

A Carta aos Hebreus, no concílio de Laodiceia (364 a.D.), era aceita e considerada como obra de Paulo. Ela
entra oficialmente no Cânon, no Concílio de Cartago (397 a.D.), ainda considerada como obra de Paulo.
Tópico 1 – Pressupostos na Compreensão do NT - Composição
Cerca de três mil manuscritos do NT em grego (em partes ou por inteiro) foram preservados e copiados
entre os séculos II e XVII, além de mais de 2200 lecionários manuscritos contendo seções (perícopes) do
NT organizadas para a leitura na liturgia da igreja do século VII em diante. As muitas cópias do texto do
NT não são unânimes, mas relativamente poucas diferenças entre elas são significativas.

Nenhum autógrafo ou manuscrito original de um


livro do NT foi conservado; as diferenças
surgiram no processo de cópia do original. Nem
todas as diferenças provêm de erros de copistas,
algumas surgiram de mudanças deliberadas. Às
vezes os copistas sentiam-se impelidos a
melhorar o texto que recebiam, a modernizar a
escrita, a completar com frases explicativas, a
harmonizar os evangelhos e até mesmo a omitir Manuscrito Uncial 59 (numeração de Gregory-Aland), ε 09 (von
algo que parecesse duvidoso. Soden), é um manuscrito uncial grego do NT. A paleografia data
o códex para o século IV. (http://bibliateca.com.br/).
Poder-se-ia pensar que as mais antigas cópias conservadas do NT grego (em parte ou no todo) seriam o
melhor guia para os originais; mas não é bem assim. Por exemplo, um manuscrito do século VI pode
ser o único exemplar restante de uma cópia mais antiga, agora perdida, que estava mais próxima do
texto original do que uma cópia do século II ou IV existente (BROWN, 2012, p. 109). p. 109 LD.
Tópico 1 – Pressupostos na Compreensão do NT
3 Questão Sinótica
Há a teoria da dependência mútua,
que indica uma dependência de um
evangelho para o outro. Já a
tradição oral leva em conta o que
se falava a respeito de Jesus, dos
apóstolos como primeiro estágio
que se supõe, para num segundo
momento servir de base para os
primeiros escritos. Outra teoria
aponta que houve um Evangelho
primitivo, que serviu de base para
“consulta” dos autores.

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