Aula 01 - Principios Físicos RM
Aula 01 - Principios Físicos RM
Aula 01 - Principios Físicos RM
conceitos.
Prof ª Tecnóloga em Radiologia Havilla Santos
Sumário
Introdução e Histórico
Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM (abordagem física)
Estrutura do equipamento de RM
Formação da imagem em RM e artefatos
Segurança em RM e meios de contraste
Ponderação da Imagem
Exemplos de Protocolo para exame de RM
Aplicações com RM (Angio-RM, RM das Mamas e Avanços em Neuroimagem).
2
Resumo do estudo da Ressonância
3
Introdução e histórico
4
Introdução e histórico
A imagem radiológica envolve a interação dos raios X com os elétrons que
circundam os núcleos dos átomos, enquanto a imagem por ressonância magnética
envolve a interação de ondas de rádio e campos magnéticos estáticos apenas com
os núcleos dos átomos.
No entanto, nem todos os núcleos de átomos respondem aos campos magnéticos.
Apenas os núcleos dos elementos químicos que são constituídos por um número
ímpar de prótons ou nêutrons servem para a ressonância magnética, por possuírem
spin diferente de zero.
Isto se deve ao fato que tanto os prótons quanto os elétrons possuem carga
elétrica. Por estarem sempre girando (movimento conhecido pela palavra inglesa
spin), essa carga elétrica cria um campo elétrico variável.
E todo campo elétrico variável está associado um campo magnético
também
variável. Isso faz com que o próton tenha comportamento de um imã. 5
Introdução e
histórico
A tabela ao lado, relaciona os elementos
químicos mais interessantes para a utilização
na ressonância magnética.
Embora outros tantos ainda possam ser
influenciados por um campo magnético, as
imagens de ressonância são produzidas a
partir da interação do núcleo de hidrogênio.
Este átomo foi escolhido pela sua
abundância no corpo humano (na forma de
água - H2O)
6
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Princípio de funcionamento de ressonância
magnética - RM (abordagem física)
Conceito de magnetismo:
Na Física, magnetismo é conhecido como o
fenômeno físico em que os materiais exercem
forças, seja de atração ou repulsão, sobre
outros materiais com os quais interagem.
Todos os materiais, alguns em maior
grau e outros em menor recebem a influência
de um camp o magnético, os materiais
ferromagnético s são fortemente atraídos (ferro,
cobalto e níquel), os paramagnético s são
fracamente atraídos ou não são atraídos
(magnésio e alumínio) e os diamagnéticos que
não são atraído e sim repelidos sob ação
de um campo magnético (bismuto, cobre e
prata).
7
Princípio de funcionamento de ressonância
magnética - RM (abordagem
As partículas elétricas, prótons e elétrons,
física)
possuem um movimento giratório em torno do
próprio eixo (Spin). Ou seja, os prótons giram
como se fossem planetas.
9
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Princípio de funcionamento de ressonância magnética
- RM (Mas o que acontece quando cargas elétricas se movimentam?)
Rios, 1998 10
Princípio de funcionamento de ressonância magnética -
RM (Mas o que acontece quando cargas elétricas se movimentam?)
Rios, 1998 11
Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM
(O que acontece com os prótons se submetidos a um campo magnético externo?)
Rios, 1998 12
Princípio de funcionamento de ressonância magnética -
RM
(O que acontece com os prótons se submetidos a um campo magnético externo?)
Rios, 1998 13
Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM
(Descrição do comportamento dos prótons submetidos a um campo magnético.)
Rios, 1998 14
Princípio de funcionamento de ressonância
magnética - RM (abordagem física) –
Relaxamento
A velocidade de relaxamento fornece-
nos informação sobre o tecido normal e
sobre processos patológicos nos
tecidos.
Assim, podemos dizer que é o tempo de
relaxamento o responsável pela imagem
que visualizamos do paciente.
O relaxamento é dividido em dois tipos,
denominados relaxamento T1
relaxamento e
T2 .
A letra significa tempo, pois é o tempo
de duração.
Relaxamento T1 e
T2.
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM (O que
significa ter um longo ou curto tempo de relaxação? Que tipo de tecido apresenta um tempo
maior ou menor de relaxação?)
16
Rios, 1998
Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM
(Quais os parâmetros que influenciam T1 ?)
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM
(abordagem física) – Gradiente de campo magnético
O uso de gradientes em RM é semelhante em vários aspectos ao uso de
colimadores de raios X em tomografia computadorizada, em que é usada
informação de cortes específicos de tecido irradiado para reconstruir a
imagem tomográfica.
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética
A primeira vista , o aparelho de ressonância magnética é muito semelhante a
um aparelho de tomografia computadorizada. A sala, os vários monitores , a
mesa motorizada, o portal. Porém as semelhanças não passam do aspecto físico.
Por trás daquele enorme portal, existe um sistema completamente diferente do
TC.
Em primeiro lugar, vale lembrar que a RM não utiliza qualquer tipo de radiação
ionizante , o que quer dizer, que o exame de ressonância magnética não
acarreta nenhum efeito radioinduzido ao paciente ou ao operador.
Em segundo lugar, não há partes móveis dentro do portal , ou seja, não
existem componentes que giram ao redor do paciente.
E por fim, a imagem é obtida através de uma sequência de ações onde o corpo
humano participa ativamente, ao contrário da forma passiva de atenuação dos
raios X.
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001 20
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética
Um sistema de RM possui os seguintes
componentes fundamentais para o seu
funcionamento:
magneto,
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001 Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Magneto supercondutor
O magneto supercondutor também utiliza o princípio
do eletromagneto. Além disso, utiliza uma
propriedade que é apresentada por alguns materiais
em temperaturas extremamente baixas, a
característica da supercondutividade, condução da
corrente elétrica sem resistência e nem perdas.
Quando isso ocorre, correntes elétricas muito
grandes podem ser mantidas com pouco dispêndio
de energia elétrica e custo baixo.
Por outro lado, o custo do sistema de refrigeração
para manter o supercondutor em temperaturas muito
baixas é alto. Os materiais utilizados na refrigeração,
chamados de criogênicos, são o nitrogênio líquido (-
196oC) e o hélio líquido (-268oC). A vantagem deste
http://www3.gehealthcare.co.jp/ja-
tipo de tecnologia, apesar do alto custo inicial, é a jp/products_and_service/imaging/magnetic_r
capacidade de se atingir campos magnéticos de 3 esonance_imaging/discovery_mr750_3-0t
Teslas ou mais.
25
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Bobinas de gradiente
A presença de um gradiente magnético ao longo
do corpo do paciente causa a precessão dos
prótons em velocidades ligeiramente diferentes, em
diferentes localizações do paciente, permitindo
que o computador determine a localização no
paciente da qual se originou o sinal de RM
recebido. Esta informação é, fundamental para a
reconstrução de imagens do paciente.
Gradiente x – Altera o campo magnético e
seleciona
cortes sagitais; Bobinas de gradiente desenhadas como são construídas
Gradiente y no ressonador.
– Altera o campo magnético e
seleciona Mediante o ajuste eletrônico da quantidade de corrente
cortes coronais; nestes três grupos de bobinas é possível obter um
gradiente em qualquer direção, obtendo assim imagens
Gradiente z – Altera o campo magnético e em qualquer orientação dentro do paciente.
Obs.: Os cortes oblíquos são selecionados
seleciona cortes axiais.
por associação de dois gradientes.
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Bobinas de Radiofrequência
Um terceiro componente fundamental do sistema de RM são as bobinas
de radiofrequência (RF) ou bobinas de "emissão e recepção".
Estas bobinas de RF atuam como antenas para produzir e detectar as ondas
de rádio que são denominadas de "sinal de ressonância magnética".
Uma bobina de RF típica está encerrada no portal do magneto (bobina de
corpo) e , assim, não é especificamente visível.
Estas bobinas de RF encobertas, algumas vezes denominadas de bobinas
corporais, circundam completamente o paciente, incluindo a mesa sobre a
qual ele está deitado.
27
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Bobinas de Radiofrequência (classificação)
Os desenhos das bobinas de RF variam desde esta grande bobina corporal
embutida no próprio portal até bobinas de volume integral circunferenciais menores
e separadas, que também circundam a parte examinada.
Algumas bobinas de superfície, como a bobina para ombro, são colocadas sobre a
área a ser examinada. Geralmente, este tipo de bobina é usado para visualização
de estruturas mais superficiais.
Outro tipo de bobina de RF usado frequentemente é a bobina de arranjo de fase
(phased array). Estas consistem em múltiplas bobinas e receptores agrupados
juntos.
Cada bobina é independente da outra e tem seu próprio receptor que permite
grande campo de cobertura de visão para uso no estudo da coluna vertebral..
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Bobinas de Radiofrequência (classificação)
Bobinas volume: Bobina transceptora (transmite e recebe sinal de
de
utilizada paraRF),
aquisição de imagens que necessitam que toda a anatomia daquele
segmento de volume do corpo seja abrangido. Utilizada para aquisição de imagens
de cabeça, extremidades ou de todo o corpo.
Bobinas de superfície: Bobinas planas de recepção, posicionadas em contato com
área de interesse. Utilizadas para melhorar a relação sinal ruído (RSR) das
imagens adquiridas de estruturas próximas a superfície do paciente.
Bobina de arranjo de fase: São bobinas transceptoras (transmissão e recepção
sinal de RF) construídas com múltiplos receptores de sinais que aumenta a
qualidade da imagem, uma vez que os sinas individuais são combinados para gerar
uma imagem com melhor RSR e maior cobertura.
Boninas de quadratura: duas ou mais bobinas de superfície conjugadas para obter imagens de uma mesma região
com melhor RSR em relação as bobinas de superfície comuns.
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Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001 Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Bobinas de Radiofrequência
Algumas bobinas de volume
integral
circunferenciais e bobinas de superfície:
a) bobina para membro;
b) bobina para pescoço;
c) bobina de superfície plana;
d) bobina para cabeça;
e) bobina para ATM (lateral);
f) bobina para ombro;
g) bobina para punho;
h) bobina para coluna.
51
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Estrutura do equipamento
de ressonância magnética –
Sistemas controladores
Os sistemas controladores de envio e Os sistemas controladores de gradiente
recebimento de RF enviam os pulsos do campo magnético controlam três
de onda de rádio para o paciente e conjuntos de bobinas independentes e
recebe os sinais de ressonância não refrigeradas pelo sistema de
magnética do paciente, através das criogenia (hélio) que irão produzir uma
bobinas de RF descritas pequena variação no campo magnético
anteriormente. o mais linear possível numa dada
O receptor de RF também contém direção (x, y ou z).
amplificadores que a Três direções de aplicação de dos
intensidade aumentam de gradientes são necessárias para
radiofrequência relativamente
sinais fracos codificar a origem espacial do sinal
recebidos do paciente dentro do (localização) e assim formar imagens
magneto. bidimensionais (2D) e tridimensionais
(3D).
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http:/ /rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-magnetica/sistemas-de-imagem-por-rm
Estrutura do equipamento de ressonância magnética
–
Sistemas controladores
Diagrama sistema de
RM
http:/ /rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-magnetica/sistemas-de-imagem-por-rm 53
Estrutura do equipamento de ressonância
magnética –
Estação de trabalho e mesa de exame
Estação de trabalho - Constitui-se como a
interface entre o operador e restante do
sistema de RM. Permite múltiplas tarefas que
vão desde a prescrição dos protocolos até o
controle da impressão das imagens geradas
ou envio para rede lógica para arquivamento
ou distribuição para o laudo a ser realizado
pelos radiologistas.
Mesa de exame - Local para o adequado
posicionamento do paciente para realização
do exame de RM.
http:/ /rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonan
cia-magnetica/sistemas-de-imagem-por-rm
Mesa de exame
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Resumo básico da sequência de procedimentos
necessários a realização de um exame de RM
55
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Formação da imagem em RM e artefatos
O sistema de geração da imagem de RM emprega muitos fatores técnicos que
devem ser considerados, compreendidos e algumas vezes modificados no painel de
controle durante um exame. Muitos equipamentos permitem que estes fatores
sejam programados em um protocolo semelhante à programação do protocolo de
Tomografia Computadorizada.
Através da aplicação de pulsos de radiofrequência de 90° para a precessão dos
prótons em fase no plano transverso e do pulso de 180° para recuperação da
magnetização longitudinal, gerando o processo de relaxamento T1 e T2 dos
prótons, bem como o uso de gradientes no campo magnético é possível ter a
informação das estruturas anatômicas estudadas.
Os parâmetros de sequência dos pulsos de radiofrequência são designados para
suprimir artefatos e otimizar a qualidade de diagnóstico da anatomia e patologia
específicas.
56
Formação da imagem em RM e artefatos
37
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Formação da imagem em RM e artefatos
38
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Formação da imagem em RM
Uma sequência de pulso típica é representada Em técnicas de RM, a bobina receptora
capta
em diagrama no slide 57. um eco do sinal, e não o sinal inicial, o que é
A sequência contém dois pulsos, um de 90° denominado decaimento de indução livre (DIL).
outro
e de 180°. O eco é interceptado pelas
As ondas de radiofrequência são enviadas ao receptoras
bobinas do sistema de RM e é usado para
paciente durante cada pulso. construir uma imagem do paciente.
39
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Formação da imagem em RM
A aquisição de uma imagem requer que os gradientes sejam ativados e desativados
em momentos apropriados durante uma sequência de pulso.
Os gradientes são usados para variar a fase e a frequência da precessão de
prótons de todo o paciente, de forma que a origem do sinal de RM (eco) pode ser
atribuída a localizações apropriadas dentro da imagem.
O diagrama de cronometragem da sequência de pulso completa para uma
sequência de pulso spin-eco é mostrada no próximo slide.
Uma sequência de pulso spin-eco é comumente usada em situações clínicas e é
apenas uma das técnicas disponíveis para a imagem.
O gradiente-eco e a inversão-recuperação são outros dois tipos de sequências de
pulso.
40
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Formação da imagem em
RM
42
Soares, F.A. e Lopes, H.B., 2001
Formação da imagem em RM – Espaço K
Para seleção de um ponto ou um corte em uma imagem de RM são necessários:
gradiente de seleção de corte (eixo Z); gradiente de codificação de fase (eixo X) e
gradiente de codificação de frequência (eixo y).
Como os gradientes de codificação de frequência e fase atuam em diferentes
direções e correspondem, respetivamente, aos eixos de coordenadas X e Y, é assim
formada uma matriz – conhecida por Espaço K.
O Espaço K é um conceito abstrato, onde cada linha desta matriz é preenchida por
um eco adquirido na sequência de pulsos.
A periferia do Espaço K será preenchida pelo sinal de menor amplitude,
relacionadas com a resolução espacial da imagem. O espaço mais central do
Espaço K irá conter o sinal de maior amplitude e maior contraste.
64
Fonte: https:/ /ampoladigital.wordpress.com/contacto/
Formação da imagem em RM – Espaço K
Cada vez que o gradiente de codificação de fase varia a sua
amplitude, ocorre uma mudança de linha no Espaço K,
passando ao preenchimento da linha seguinte. No caso de se
tratar de uma matriz de 256 x 256, existem 256 ativações de
amplitudes diferentes deste gradiente. Assim, cada linha do
Espaço K será preenchido por um eco codificado por uma
amplitude diferente do gradiente de fase.
É importante salientar que quanto maior o número de linhas
do Espaço K, maior a quantidade de sinal recolhido. No
entanto, maior será o tempo necessário para adquirir as
imagens. Esquema representativo
do espaço K
65
Fonte: https:/ /ampoladigital.wordpress.com/contacto/
Formação da imagem em RM – Imagens
Ponderadas
T1: T2:
A fimde maximizar a diferença de A imagem emprega uma sequência de pulsos
sinal
baseada em tempos de relaxamento T1, o TR de TR longo e TE curto (Ex.: TR = 2.000 ms;
na sequência de pulso é encurtado. Uma TE = 60 a 80
sequência de TR e TE curtos produz uma ms).
Quando o TE é aumentado, o contraste T2
imagem ponderada em T1 (Ex.: TR de 350-
aumenta; entretanto, a razão sinal/ruído
800 ms e TE de 30 ms ou menor).
geral diminui.
Isso permite que estruturas com tempos de
As estruturas na imagem ponderada em T2
relaxamento T1 curtos sejam brilhantes
mostrarão inversão do contraste em relação
(gordura, líquidos proteinogênicos, sangue
às estruturas na imagem ponderada em T1.
subagudo) e estruturas com T1 longo sejam
escuras (neoplasia, edema, inflamação, As estruturas com T2 longo apresentam-se
líquido puro, LCE). brilhantes (neoplasia, edema, inflamação,
líquido puro, LCE).
Um aspecto a ser lembrado com
imagem
ponderada em T1 é que como o TR está As estruturas com T2 curto apresentam-se
encurtado, a razão entre sinal e ruído escuras (estruturas com ferro - os produtos
diminui. de decomposição do sangue).
66
Formação da imagem em RM – Imagens
Ponderadas
As imagens ponderada s em T 1 mostram de forma ideal a anatomi a de
partes
moles e gordura (p. ex., para confirmar uma massa que contém gordura).
68
Ponderação da imagem
Para demonstrar um contraste por T1, por T2 ou por DP são escolhidos parâmetros
específicos de tempo (TR e TE) para uma determinada sequência de pulsos. A
seleção desses parâmetros de maneira apropriada pondera uma imagem, de modo
que um dos mecanismos de relaxação realiza um contraste que predomina sobre os
demais.
69
Ponderação da imagem
ML
A figura ao lado mostra a Gordura
diferente T1
velocidade
magnetização na recuperação
longitudinal da
de um tecido
adiposo comparado com a água e
também, a diferente velocidade do
declínio na magnetização transversa.
Água
70
Segurança em RM e meios de contraste
Os meios de contraste (MC) usados na radiologia por diferentes vias, tem por
função aumentar a definição das imagens tanto quanto da utilização de radiação
ionizante assim como coma utilização de campos magnéticos nos exames por
ressonância, pois produzem alteração de contraste, possibilitando uma maior
precisão nos exames de diagnóstico por imagem realizados.
51
Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Segurança em RM e meios de contraste
Fatores de risco a MC com gadolínio Recomendações e indicações para uso
Hipersensibilidade a MC iodado de MC com gadolínio
Alergia Tumores
Hipertireoidismo Metástases
Desidratação Processos inflamatórios/infecciosos
Insuficiência cardiovascular grave Análises vasculares
Insuficiência pulmonar e asma
Placas de esclerose ativas
Insuficiência renal
Áreas de infarto
Nefropatia em pacientes diabéticos
Doença autoimune Áreas de fibrose no pós-operatório
Idade avançada Estudos funcionais e de perfusão nos
Ansiedade diversos órgãos
52
Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Segurança em RM e meios de contraste
Classificação dos efeitos colaterais e das reações segundo o grau de gravidade
https:/ / atarp.pt/ 55
Segurança em RM e meios de contraste
Zona III: área onde o seu acesso tem de ser
2. O American College of Radiology (ACR) III. restrito apenas ao pessoal que trabalha em
estabelece quatro zonas de ambientes de RM, assim como os pacientes
segurança em RM,cada uma com e outro pessoal devida e previamente
as suas restrições: rastreados. É uma área onde poderá já
existir potencial interferência por parte do
I. Zona I: área livre (externa) acessada aparelho de RM (sala de comando e laudo);
pelo púbico em geral. É um espaço
não controlado pelo pessoal que IV. Zona IV: área onde se situa o equipamento
trabalha no departamento de de RM, que deverá ser claramente marcada
onde os riscos associados à RM são
RM, com painéis ilustrativos, onde todos tem de
inexistentes; ter supervisão constante. Riscos
relacionados com a estimulação,
II. Zona II: área de interface entre a zona aquecimento induzido pela radiofrequência
1 e a zona 3, onde todos que se (RF), efeito míssil, entre outros efeitos e
dirigem à unidade devem ser devida e riscos estão presentes.
rigorosamente rastreados;
https:/ / atarp.pt/ 56
Segurança em RM e meios de contraste
O American College of Radiology (ACR)
estabelece quatro zonas de segurança
em RM, cada uma com as suas
restrições:
I. Zona I
II. Zona II
III. Zona III
IV. Zona IV
https:/ / atarp.pt/ 57
Segurança em RM e meios de contraste
3. Preparação triagem dos 4. Riscos e Efeitos do campo magnético
e / Questionários depacientes
segurança; estático (B0)
Saber se o paciente já realizou alguma RM prévia; B0 interage com os tecidos humanos e os
Saber quais os antecedentes cirúrgicos materiais ferromagnéticos ocasionando o
(tipo, aparecimento de diferentes riscos e
data...);
Saber se o paciente tem claustrofobia e reações efeitos. Estes podem ser classificados em
prévias ao produto de contraste; biológicos e mecânicos.
Saber se o paciente possui corpos estranhos, Biológicos: tonturas vertigens,
projéteis, estilhaços em alguma parte do corpo e gosto metálico, distúrbio de náuseas,
tatuagens; concentração ... atenção,
Conhecer outros problemas de saúde relacionados Mecânicos: atração (efeito míssil), deflexão,
com o paciente (diabetes, hipertensão arterial, torque (torção), mau funcionamento...
entre outras) e alergias a algo;
Nas pacientes do sexo feminino e em idade fértil é
importante saber se a doente está grávida ou https:/ / atarp.pt/
suspeita.
79
Segurança em RM e meios de contraste
5. Riscos e Efeitos dos gradientes 6. Riscos e Efeitos dos campos de
de radiofrequência (RF)
campo As RF podem interagir com os
tecidos
biológicos humanos através de diferentes
Durante um exame de RM, os gradientes
mecanismos, sendo o seu efeito principal a
são ligados e desligados e induzem
deposição de calor, provocando aquecimentos
correntes elétricas nos tecidos dos
dos tecidos.
pacientes. Essas correntes podem levar
a uma despolarização das membranas Também podem interagir com dispositivos
celulares, conduzindo a uma médicos implantáveis metálicos e/ou
estimulação nervosa periférica, sendo eletrônicos, tatuagens e produtos de cosmética
contendo óxidos de ferro e outros pigmentos
este o efeito biológico principal dos
metálicos, causando efeitos adversos devido
gradientes em RM.
ao aquecimento.
Um outro efeito, considerado físico, é o Contatos com cabos de bobinas de RF podem
ruído acústico. gerar queimaduras.
80
https:/ / atarp.pt/
Segurança em RM e meios de contraste
7. Specific Absorption Rate (SAR)e 8. Uso de produtos de contraste em RM
B1 + O produto de contraste mais utilizado é
rms o gadolínio (Gd) (elemento
paramagnético), que irá afetar
O parâmetro Specific Absorption Rate (SAR) é
principalmente o tempo T1. Este
definido como a RF absorvida por unidade
de massa por um objeto. Significa a
elemento não pode ser administrado na
deposição da energia da RF no corpo dos sua forma livre, pois é altamente tóxico,
pacientes. É medido em watts por quilograma sendo utilizado sob a forma de quelato
(W/ kg). O SAR descreve o potencial de Gd.
aquecimento dos tecidos do paciente. É um
Não devem ser usados em pacientes
valor model dependent, sendo crucial a
inserção do peso e altura dos doentes grávidas, pois os ions de Gd passam a
previamente à execução do exame. barreira placentária, entrando na
circulação fetal, podendo ser libertados,
Outro aspecto o fato da importância do posteriormente, no líquido amniótico,
operador ser o responsável de manter os permanecendo aí e transformando-se
níveis de SAR no nível mais baixo quanto num elemento tóxico.
possível.
O parâmetro B1 + rms, por definição, é o tempo
médio de RF efetivo que é gerado pelo 81
equipamento de RM e o seu entendimento https:/ / atarp.pt/
Segurança em RM e meios de contraste
9. Enquadramento Legal e 10. Dispositivos médicos implantáveis
(Legislação)
Normativo e R
ANVISA ???? M
Pacientes dispositivos médicos
American College of Radiology (ACR), The com requerem, por
Emergency Care Research Institute (ECRI), implantáveis
cuidados redobrados vezes,
quanto à execução da
Institute for Magnetic Resonance Safety, (DMI) Os DMI podem ser classificados como
RM.
Education, and Research (IMRSER) e o Food seguros (MR Safe), condicionais (MR
and Drug Administration (FDA) estabelecem Conditional) e inseguros ou proibidos (MR
requisitos de segurança para um ambiente de Unsafe).
imagens por ressonância magnética.
Existem símbolos internacionais próprios para
A Comunidade Europeia (CE) estabeleceu em esta categorização. A seguir os critérios de
2013 a diretriz 2013/ 35/ C E que aborda condicionalidade dos implantes.
"...desenvolvimento ou manutenção, no setor
da Saúde, de equipamentos de ressonância
magnética destinados aos pacientes, ou a
práticas de investigação relacionadas com
esses equipamentos.”
82
https:/ / atarp.pt/
Segurança em RM e meios de contraste
Se o implante não tiver partes metálicas visíveis por radiografia tende a ser
considerado seguro, mas se o implante tiver metal em sua composição será
proibido até a sua confirmação.
Objetos que embora interajam com o campo magnético, são altamente aderidos ao
tecido implantado e não apresentam risco ao paciente. Ex. Válvulas cardíacas.
Obs. stents devem aguardar pelo menos 6 semanas após a cirurgia .
Dispositivos de imobilização com partes metálicas, sua mobilização ou remoção
condicionada a critério médico.
Realização de RM em portadores de marca-passo deve ser questionada ao médico.
Dispositivos programado por onda de rádio e sensíveis ao campo de RF ou objetos
metálicos de grande porte não devem ser submetidos ao campo magnético. Ex.
maca, cilindro de oxigênio, cadeira de rodas...
83
Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Exemplo de Protocolo– Pescoço e coluna Cervical (Parótida)
Indicações:
Anatomia da orofaringe, apnéia
SE – spin eco do sono
(SAHOS), Ronco
TSE – turbo spin eco
FLAIR – inversão-recuperação com atenuação liquida
Difusão - RM com difusão possibilita medir a mobilidade da água no interior dos tecidos
GRE – gradiente ecoC
87
Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Exemplo de Protocolo: Membro inferior
Indicações:
Artrose, lesões condriais, Osteonecrose,
traumas..
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Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
Exemplo de Protocolo: Membro
Superior
Protocolo mínimo - Ombro Protocolo mínimo - Cotovelo
Axial T2 FSE FAT SAT Coronal T1
Coronal T2 FSE FAT SAT Axial T1
Coronal DP/ T2 FSE Sagital T1
Sagital T2 FSE Axial DP FAT SAT
FOV 17 x 17 cm Coronal DP FAT SAT
16 cortes finos FOV 17 x 17cm
Cortes finos
Indicações:
Indicações:
Trauma, luxação, Bursite, artrose,
Bursite, instabilidade acrômio- Tendinopatia ...
clavicular, lesões ligamentares, luxação gleno-
umeral...
89
Ferreira, F.M. e Nacif, M.S., 2011
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Heuck, A. et al , 2012
91
Heuck, A. et al , 2012