O documento discute várias doenças e condições de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, transtorno bipolar, dependência química, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. O documento explica que essas condições são multifatoriais, significando que elas resultam da interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, em vez de um único gene ou fator ambiental. A herança multifatorial significa que múltiplos genes contribuem para o risco e
O documento discute várias doenças e condições de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, transtorno bipolar, dependência química, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. O documento explica que essas condições são multifatoriais, significando que elas resultam da interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, em vez de um único gene ou fator ambiental. A herança multifatorial significa que múltiplos genes contribuem para o risco e
O documento discute várias doenças e condições de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, transtorno bipolar, dependência química, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. O documento explica que essas condições são multifatoriais, significando que elas resultam da interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, em vez de um único gene ou fator ambiental. A herança multifatorial significa que múltiplos genes contribuem para o risco e
O documento discute várias doenças e condições de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, transtorno bipolar, dependência química, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. O documento explica que essas condições são multifatoriais, significando que elas resultam da interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, em vez de um único gene ou fator ambiental. A herança multifatorial significa que múltiplos genes contribuem para o risco e
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Unidade 4
4.1-4.2-4.3-4.4 Herança Multifatorial
Diego Fernandes Alarcon
FSU – Faculdade Anhanguera de Sumaré Conceito Herança Multifatorial
Combinação de múltiplos fatores, genéticos e
não genéticos (ambientais), onde cada alelo tem um efeito na determinação da característica. Definicão Herança se refere a características que se manifestam em virtude de diversos fatores envolvidos.
O projeto "Genoma Humano" constatou a presença de
aproximadamente 20 a 25 mil genes. Quando tratamos de herança multifatorial estamos tratando de características que envolvem a interação de diferentes genes do indivíduo e entre eles e os fatores ambientais. Certas características multifatoriais, como grande parte das malformações congênitas, não apresentam uma distribuição contínua na população, existindo um limiar que separa os indivíduos em 2 grupos: os normais e os anormais, sendo que, entre os anormais, as anomalias variam de moderadas a graves.
Nesse caso, dizemos que a característica e sua herança são
multifatoriais com efeito de limiar. Podemos citar como exemplo de característica multifatorial com efeito de limiar, a suscetibilidade a doenças. As pessoas são classificadas em resistentes ou suscetíveis à determinada doença; dentre os suscetíveis, temos os poucos e os muitos suscetíveis. Isso se explica pelo fato de haver uma quantidade mínima de genes necessários para que a característica se manifeste em um determinado ambiente (limiar genotípico). Nesses casos, o efeito clínico não é observado até que o limiar seja atingido. Os indivíduos acima do limiar apresentam a anomalia porque têm mais alelos de suscetibilidade e porque foram expostos a fatores ambientais que conduzem ao fenótipo em relação aos indivíduos abaixo do limiar. Doenças do Coração A causa mais comum de doenças do coração é a doença arterial coronariana, que é decorrente da aterosclerose, um estreitamento das artérias coronarianas resultante da deposição de lipídios, que impede o fluxo sanguíneo para o coração, podendo levar ao infarto do miocárdio, que é a morte do tecido cardíaco devido ao suprimento inadequado de oxigênio.
Quando a aterosclerose ocorre nas artérias que irrigam o
cérebro, pode haver o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Doença do Coração
São fatores de risco para a doença arterial
coronariana: obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e histórico familiar para a doença (presença de um ou mais parentes de 1º grau afetados).
Estudos revelam que o histórico familiar positivo dá
uma predisposição de 2 a 7 vezes mais a sofrer da doença do que indivíduos sem histórico familiar. Obesidade A obesidade é consequência do acúmulo excessivo de tecido adiposo no corpo como resultado de uma alimentação muito calórica, quando relacionada ao gasto energético que é representado não apenas pela prática regular de atividade física, mas também pelo metabolismo basal.
Com relação ao acúmulo de tecido adiposo, pode-se
dizer que é consequência tanto dos hábitos alimentares como também de outros fatores, como o estilo de vida, alterações metabólicas, neuroendócrinas e dos componentes hereditários. Obesidade
Os genes controlam a manutenção do peso e da
gordura corporal estáveis ao longo do tempo, pois participam do controle da produção de substâncias, como a leptina, por exemplo, que é uma proteína secretada pelos adipócitos; Leptina
Atua no Sistema nervoso central promovendo a
diminuição da ingestão de alimentos e o aumento do gasto de energia; também atua na função neuroendócrina em impulsionar o metabolismo da glicose e de gorduras.
Os genes também estão envolvidos na síntese de
neurotransmissores, de hormônios, como a insulina, por exemplo. Estudos sugerem que o balanço final entre a energia ingerida e gasta, depende em torno de 40% da herança genética, afetando tanto na ingestão quanto no gasto e 60% depende dos fatores ambientais.
Esses estudos indicam que há uma base genética, que é
transmissível através das gerações, que promove a manutenção do peso corporal estável por meio de mecanismos como o controle da síntese de substâncias envolvidas com a regulação do apetite, nas variações do metabolismo basal e no controle da utilização de nutrientes energéticos para suprir as necessidades do organismo. Hipertensão arterial
Hipertensão é um termo utilizado para caracterizar a pressão
arterial elevada crônica de caráter patológico; trata-se de um problema de saúde pública mundial. Alterações na pressão arterial estão intimamente relacionadas às doenças cardiovasculares, renais e mortalidade. Estudos demonstram que a hipertensão arterial está dentre as patologias de herança multifatorial, pois é consequência da influência de diferentes genes e de fatores ambientais. Temos diversos genes que exercem influência na hipertensão arterial, dentre eles, os que codificam produtos envolvidos direta ou indiretamente na homeostase do volume sanguíneo, no equilíbrio das taxas de Na+ (sódio), além de genes responsáveis pela codificação da síntese de proteínas que intermediam processos intercelulares que estimulam a atividade dos vasos sanguíneos.
Na grande maioria dos casos (em torno de 90 a 95%) não há
cura para a hipertensão, e o controle é realizado através do uso de medicamentos e de mudanças no estilo de vida. Diabetes Trata-se de uma patologia causada pela carência total ou parcial de insulina no organismo.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que
está envolvida no transporte da glicose para quase todas as células do organismo.
A elevação da taxa de glicose no organismo eleva a
secreção da insulina que irá transportá-la para o interior das células, onde a glicose será utilizada no processo de respiração celular. Temos dois tipos de diabetes: o Diabetes Mellitus tipo 1 e o Diabetes Mellitus tipo 2. O primeiro caso trata-se de uma doença autoimune na qual, geralmente, os primeiros sintomas surgem na infância ou na adolescência. No diabetes tipo 1, o pâncreas não produz insulina ou a produz em pequena quantidade e por isso são necessárias doses diárias de insulina. No diabetes tipo 2 a insulina é produzida normalmente, no entanto, há alterações na secreção e na ação da insulina, ocasionando acúmulo de glicose no sangue, o que caracteriza o diabetes. No diabetes tipo 2 temos a influência de fatores genéticos e ambientais. Dentre os fatores ambientais, podemos citar o sedentarismo, alimentação inadequada com consumo excessivo de carboidratos e excesso de peso. Estudos demonstram que há diversos genes presentes em vários tecidos, que atuam influenciando na homeostase dos carboidratos, na sensibilidade à insulina e no padrão de secreção da insulina. Transtorno Bipolar É caracterizado por alterações ao longo da vida de estados de depressão e euforia de intensidades variadas, indo de leves a moderados e graves. Dentre as causas do transtorno bipolar estão os fatores genéticos e os ambientais. Estudos indicam que o risco de um parente em primeiro grau de um portador do transtorno bipolar desenvolver o mesmo quadro está entre 2% e 15%; entre gêmeos idênticos (univitelinos), quando um gêmeo apresenta o transtorno, a probabilidade de o outro também desenvolver é de 60% a 80%. A grande contribuição genética foi confirmada estudando-se gêmeos idênticos criados por famílias diferentes. Os fatores ambientais também exercem influência sobre a manifestação da doença.
Para que se manifeste, é necessário que haja a presença de um conjunto de
genes de suscetibilidade que interagem entre si e que sofrem e recebem a influência dos fatores ambientais. Dependência Química Quando nos referimos à dependência química, estamos remetendo à dependência de qualquer substância cujo uso é nocivo, seja ela lícita ou ilícita. Não temos o objetivo de abordar individualmente cada uma das substâncias que causam dependência e, portanto, faremos uma abordagem geral. Estudos realizados demonstram a importância dos fatores genéticos na dependência química, no entanto, não há um único gene responsável por tal condição; também não foram encontrados genes exclusivos para a dependência química. Esse é mais um caso de doença que é consequência da atuação conjunta de vários genes que produzem uma situação de vulnerabilidade, que, em conjunto com a ação do ambiente, resultam no fenótipo da doença, ou seja, trata-se de herança multifatorial. Ansiedade, Depressão e Síndrome do Pânico Assim como as doenças anteriormente discutidas, os transtornos de ansiedade, depressão e pânico surgem em decorrência de uma predisposição genética e influência de fatores ambientais.
Como explicar a reação de algumas pessoas a determinadas situações? Há
pessoas que ficam extremamente ansiosas diante de uma determinada situação, ao passo que outras permanecem calmas e lidam com naturalidade. A resposta a essa pergunta pode estar nos particulares do cérebro de cada pessoa e na maneira como os genes coordenam seu funcionamento. Pesquisas indicam que há uma relação muito estreita entre o grau de ansiedade e a presença de certos receptores de serotonina nas células do cérebro; as pessoas que apresentam grau mais elevado de ansiedade apresentam menor quantidade desses receptores nas células cerebrais. Com relação à depressão, popularmente se acredita que é o resultado de experiências de vida traumática pelas quais a pessoa passa. No entanto, há evidências de um componente genético na depressão. Pessoas que têm um parente próximo que sofre de depressão têm algo em torno de 40 a 50% de probabilidade de desenvolver a depressão. Para prevenir a depressão, essas pessoas devem evitar os fatores ambientais que podem influenciar no aparecimento da doença, buscar estar ao lado de pessoas positivas e alegres, controlar os níveis de estresse, cuidar da saúde mental e do lazer. Sabe-se que, para a depressão se desenvolver, não basta a predisposição genética, é necessária a presença de um evento externo que desencadeie a doença. Acredita-se que os genes relacionados à depressão estejam associados à serotonina.
O transtorno do pânico é caracterizado pelo aparecimento repentino de ataques de
ansiedade e medo exacerbado; afeta cerca de 4,8% da população, com predomínio em mulheres jovens. É importante ressaltar que os ataques de pânico não ocorrem como consequência de alterações fisiológicas diretas e também não são sintomas de outros transtornos mentais. Os ataques podem ser espontâneos e, com o desenvolvimento da doença, podem ser situacionais.
Estudos revelam que os parentes em 1º grau de um paciente de transtorno
do pânico têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Segundo as pesquisas, tanto os fatores genéticos como os ambientais colaboram para o desenvolvimento de fobias, dos transtornos de ansiedade, depressão e pânico. Assim como discutido anteriormente, acredita-se que a ação de diversos genes contribua com um pequeno efeito na predisposição à doença, mas que a ação dos fatores ambientais é imprescindível para o desenvolvimento do transtorno. Defeitos de Fechamento do Tubo Neural Os defeitos de fechamento do tubo neural constituem malformações congênitas, que ocorrem com frequência devido à falha no fechamento do tubo neural do embrião durante a quarta semana de gestação. São consequência da interação de vários genes e da influência de fatores ambientais (herança multifatorial). A carência de ácido fólico é considerada o fator ambiental mais importante no nascimento de crianças com defeitos de fechamento do tubo neural. Foi descoberto que o ácido fólico protege o desenvolvimento normal do tubo neural e reduz significativamente o risco de repetição do defeito na prole de casais que já tiveram um filho afetado. Recomenda-se que a suplementação com ácido fólico seja iniciada de 2 a 3 meses antes de uma gravidez planejada e que continue durante o primeiro trimestre da gestação. Isso tem reduzido o risco de nascimento de crianças com defeitos de fechamento do tubo neural em 50 a 70%. Essas malformações apresentam um espectro clínico bastante variável, mas as mais comuns são a anencefalia (ausência parcial ou completa do cérebro e de parte óssea do crânio neural) e a espinha bífida (defeito no fechamento ósseo posterior da coluna vertebral), que pode estar oculta devido ao defeito estar recoberto por pele normal (espinha bífida oculta) ou pode estar associada com uma protrusão cística; A incidência da anencefalia é de cerca de 2 ocorrências a cada 1.000 nascidos vivos e de espinha bífida é de 3 a cada 1.000 nascimentos. Ambos surgem com maior frequência no sexo feminino. A anencefalia é o mais grave defeito de fechamento do tubo neural e é absolutamente incompatível com a vida, cerca de 50% a 60% são neo ou natimortos, os demais vivem cerca de horas ou alguns dias e geralmente vão a óbito por parada respiratória. Em caso de anencefalia a legislação brasileira permite a interrupção precoce da gravidez, pois trata-se de uma anomalia muito grave e completamente incompatível com a vida.