Homeopatia IV

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HOMEOPATIA IV

Professora Lauracy Monzato


Rotulagem e Embalagem
Rotulagem e Embalagem
› Quantidade
› Lote
› Data de Fabricação
› Prazo de Validade
› Conservação (TM)
› Estado da droga (TM)
› Parte usada (TM)
› Grau alcoólico (TM)
› Volume (TM)
› Classificação toxicológica (TM)
Rotulagem e Embalagem

A disposição dos dizeres podem variar, mas devem estar legíveis.


Os itens listados, uns são comuns a todos os rótulos, e outros
específicos ‘as tinturas-mães (TM) , medicamentos homeopáticos,
Bioterápicos, isoterápicos.
Lavagem – Secagem - Inativação

1. Lavar com água corrente


2. Lavar com água purificada
3. Deixar imersos em solução hidroalcoólica 70% por 2 horas.
4. Enxaguar com água purificada
5. Inativar e/ou esterilizar em autoclave a 120º C, 1 atm, por 30 minutos, ou
em estufa de ar seco a 180º C por 30 minutos ou 140º C por 1 hora.
Os passos 1 e 2 é comum a todo material, os demais variam em relação ao tipo
material, virgem ou não, e fins de utilização.
A estocagem deve garantir a preservação da higiene.
Validade

Farmácia homeopática: teoria e prática 5a ed.


Olney Leite Fontes, Amarilys de Toledo
Cesar... [et al.]. (Capítulo 9)

Aconselhamos os seguintes prazos de validade para os


medicamentos preparados para serem administrados em gotas,
de acordo com os seguintes insumos inertes:

Água purificada: de 24 horas a 7 dias (o álcool contido na matriz
ajuda a aumentar o prazo de validade da água purificada). Para a
potência 7DH preparada a partir da potência 6DH trituração, o
prazo de validade é de 24 horas.
●●●
Etanol a 5% (v/v): 3 meses.
Etanol a 30% (v/v): 2 anos.
Etanol a 77% (v/v): 5 anos.
Validade

Farmácia homeopática: teoria e prática 5a ed.


Olney Leite Fontes, Amarilys de Toledo
Cesar... [et al.]. (Capítulo 9)

Entretanto, esses prazos de validade sugeridos dependem do


controle adequado de inúmeros fatores (qualidade da água,
condições de armazenamento dos insumos, processo de
preparação dos medicamentos etc.). Portanto, devem ser
determinados de acordo com cada caso, por cada uma das
farmácias que preparam e dispensam medicamentos
homeopáticos.
Para a obtenção dos prazos de validade de seus produtos, elas
devem proceder de acordo com a Instrução Normativa no 4, de
11 de abril de 2007, da Anvisa, que dispõe sobre o Guia para a
Realização de Estudos de Estabilidade para Medicamentos
Dinamizados.
Formas Farmacêuticas

Uso externo
› Líquidas –Supositórios
–Linimentos –Óvulos
–Preparações nasais, › Semi-sólidos
oftálmicas, –cremes
otológicas –Géis
› Sólidas –Géis-cremes
–Apósitos medicinais –Pomadas
–Pós medicinais
Formas Farmacêuticas

Uso interno › Sólidas


– Comprimidos
› Líquidas
– Glóbulos
– Gotas
– Pós
– Dose única
– Tabletes
– Formulações líquidas
– Dose única sólida
– Formulações
sólidas
FORMA
FARMACÊUTICA USO INSUMO INERTE INSUMO ATIVO MÉTODO VOLUME RECIPIENTE
INTERNO
LÍQUIDOS ALCOOL Diluir II GOTAS PARA DE ACORDO COM DE ACORDO COM A
PET VIDRO
(DOSE ÚNICA ) 5%(MNT) CADA /1ML MÉTODO E ESCALA PRESCRIÇÃO OU 2ML(MNT)
DE ACORDO COM CONFORME PRESCRIÇÃO OU
DE ACORDO COM
ALCOOL 30% MÉTODO E PADRONIZADO PELA
MÉTODO E ESCALA
ESCALA FARMÁCIA(MNT)
LÍQUIDOS (GOTAS)
DISSOLVER 1 VOLUME DEVERÁ OCUPAR 2/3 DA
ALCOOL 30% MICROGLÓBULO EM II LM CAPACIDADE DO FRASCO OU 20ML EM
GOTAS FRASCO DE 30ML

PET VIDRO
5%(FHB) CONFORME PRESCRIÇÃO OU
GLOBÚLOS SACAROSE
2% A 5%(MNT) PADRONIZADO PELA FARMÁCIA(MNT)

GLOBÚLOS (DOSE
SACAROSE II GOTAS 5 GLÓBULOS
ÚNICA)
CONFORME PRESCRIÇÃO OU
10%(FHB) DE ACORDO COM PADRONIZADO PELA
LACTOSE
15%(MNT) MÉTODO E
TABLETES FARMÁCIA(MNT)
ESCALA
TABLETES (DOSE
LACTOSE ENVELOPE
ÚNICA) II GOTAS 1 TABLETE
CONFORME PRESCRIÇÃO OU
10%(FHB)/ II GOTAS ENVELOPES
LACTOSE PADRONIZADO PELA
15%(MNT) CAIXAS
PÓS FARMÁCIA(MNT)
POS (DOSE ÚNICA) LACTOSE II GOTAS 1 PAPEL ENVELOPE
FORMA
FARMACÊUTICA USO INSUMO INERTE INSUMO ATIVO
EXTERNO
conforme FHB
LINIMENTOS 10% FHB
conforme FHB

SUPOSITÓRIOS conforme FHB 5% FHB

SEMISSÓLIDAS conforme FHB 10% FHB

PREPARAÇÃO
conforme FHB 0,5% - 1% FHB
OFTÁLMICA

PREPARAÇÃO NASAL conforme FHB 1% - 5% FHB

PREPARAÇÃO
conforme FHB 10% FHB
OTOLÓGICA

PÓS LACTOSE 10% FHB


DROGAS SOLÚVEIS

Ponto de partida. Tintura-mãe, droga solúvel em água ou


etanol de diferentes graduações com solubilidade igual ou
superior a 10% (DH) ou 1% (CH).

Insumo inerte. Água purificada ou etanol em diferentes


graduações. Nas três primeiras dinamizações, para a escala
centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal, será
empregado o etanol com o mesmo teor da tintura-mãe ou, no
caso de mineral solúvel, utilizar água purificada ou solução
alcoólica que o solubilize.
Para estocar e preparar as demais formas derivadas utilizar
etanol a 77% (v/v) ou superior.
Para a dispensação, quer na escala centesimal, quer na
decimal, utilizar etanol a 30% (v/v).
No caso de medicamentos nas potências até 3 CH e 6 DH
inclusive, dispensar no mesmo teor alcoólico do ponto de
partida, colocando observação que “deverá ser administrado
diluído em água na hora do uso”.

Processo. Diluição e sucussão, manual ou mecânica.


Técnica.
1.Dispor sobre a bancada tantos frascos quantos forem necessários
para atingir a dinamização desejada.

2. Colocar em cada frasco, volume de insumo inerte na proporção


indicada, conforme escalas decimal ou centesimal.

3. Acrescentar no 1º frasco 1 parte do ponto de partida em 9 (DH) ou


99 (CH) partes do insumo inerte. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se
assim a 1 DH ou 1 CH.

4. Transferir para o 2º frasco 1 parte da 1 DH ou 1 CH em 9 ou 99


partes do insumo inerte, respectivamente. Sucussionar 100 vezes.
Obtém-se assim a 2 DH ou 2 CH.

5. Transferir para o 3º frasco 1 parte da 2 DH ou 2 CH em 9 ou 99


partes do insumo inerte, respectivamente. Sucussionar 100 vezes.
Obtém-se assim a 3 DH ou 3 CH.

6. Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes até


atingir a dinamização desejada.
Número de frascos. Tantos frascos quantas forem as
dinamizações a serem preparadas.

Volume. O líquido a ser dinamizado deverá ocupar de 1/2 a 2/3


da capacidade do frasco utilizado na preparação.

Número de sucussões. 100.

Embalagem e armazenamento. Recipiente bem fechado,


protegido do calor, umidade e da luz direta.

Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme


legislação pertinente.
DROGAS INSOLÚVEIS

Ponto de partida.
Drogas insolúveis, quando sua solubilidade for inferior a 10%
(DH) ou 1% (CH) em água ou em etanol em diferentes
graduações.

Insumo inerte. Lactose nas três primeiras triturações para a


escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal,
salvo especificação de solubilidade contida na respectiva
monografia.
A partir da 4 CH ou 7 DH, utilizar como insumo inerte etanol
em diferentes graduações.

Processo. Trituração para a fase sólida, diluição e sucussão


para a fase líquida.
DROGAS INSOLÚVEIS

Técnica.
1.Dividir a quantidade total de lactose a ser utilizada em três partes
iguais. Uma terça parte de lactose será colocada em gral de
porcelana e triturada para tapar os poros do mesmo.

2. Sobre esse terço de lactose, coloca-se o insumo ativo a ser


triturado obedecendo à escala decimal (1 parte de insumo ativo para
9 partes de insumo inerte) ou centesimal (1 parte de insumo ativo
para 99 partes de insumo inerte).

3. Homogeneizar com espátula de porcelana ou de aço inox.

4. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.

5. Raspar, com espátula de porcelana ou de aço inox, o triturado


aderido ao gral e ao pistilo, durante 4 minutos, homogeneizando-o.

6. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de


lactose.
DROGAS INSOLÚVEIS

Técnica.

7. Raspar o triturado durante 4 minutos.


8. Acrescentar a segunda terça parte de lactose.
9. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
10. Raspar o triturado durante 4 minutos.
11. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de
lactose.
12. Raspar o triturado durante 4 minutos.
13. Acrescentar o último terço de lactose.
14. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
15. Raspar o triturado durante 4 minutos.
16. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
17. Raspar o triturado durante 4 minutos.
18. Esse triturado será acondicionado em recipiente bem fechado e
protegido da luz, recebendo o respectivo nome homeopático e a
designação de primeiro triturado. 1/10 ou 1/100. Ex.: Petroleum 1 DH
trit. ou Petroleum 1 CH trit.
DROGAS INSOLÚVEIS

Técnica.

19. Para obtenção do segundo triturado, 2 DH ou 2 CH, usar como


insumo ativo 1 parte do primeiro triturado, para 9 ou 99 partes de
lactose (respectivamente escala decimal ou centesimal) repetindo-se
o procedimento anterior (itens de 3 a 17).
20. Esse triturado será acondicionado em recipiente bem fechado e
protegido da luz, recebendo o nome da droga e a designação de
segundo triturado. Ex.: Petroleum 2 DH trit., Petroleum 2 CH trit.
21. Para obtenção do terceiro triturado, 3 DH ou 3 CH, usar como
insumo ativo 1 parte do segundo triturado para 9 ou 99 partes de
lactose (respectivamente escala decimal ou centesimal) repetindo-se
o procedimento anterior (itens 3 a 17).
22. Esse triturado será acondicionado em frasco em recipiente bem
fechado e protegido da luz, recebendo o nome da droga e a
designação de terceiro triturado. Ex.: Petroleum 3 DH trit., Petroleum
3 CH trit.
23. No caso de trituração na escala decimal (DH), para obtenção das
triturações subsequentes, repetir o procedimento anterior até a
obtenção da 6ª trituração (itens 3 a 17).
DROGAS INSOLÚVEIS

Técnica.

24. Para solubilizar o triturado:

A.Para solubilizar a 6 DH trit., considerando que a lactose não é


solúvel a frio na proporção de 1/10 (p/v), aquecer água
purificada a temperatura entre 40 °C e 45 °C. Adicionar 10 partes
dessa água aquecida sobre 1 parte da 6 DH trit. e homogeneizar
até completa dissolução e resfriamento. Em seguida,
sucussionar 100 vezes para obter a 7 DH. Essa preparação
intermediária não pode ser estocada. Para preparar a 8 DH,
diluir 1 parte da 7 DH em 9 partes de etanol a 30% (v/v) para
dispensar e igual ou superior a 77% (v/v) para estocar.
DROGAS INSOLÚVEIS

Técnica.

24. Para solubilizar o triturado:

B.Para solubilizar a 3 CH trit., dissolver 1 parte dessa trituração


em 80 partes de água purificada, completar com 20 partes de
etanol a 96% (v/v) e sucussionar 100 vezes, para obter a 4 CH.
Essa preparação intermediária não pode ser estocada. As
demais dinamizações serão preparadas em etanol de graduação
igual ou superior a 77% (v/v) para estocar e etanol a 30% (v/v)
para dispensar.

Embalagem e armazenamento. Recipiente bem fechado,


protegido do calor, umidade e da luz direta.
Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme
legislação pertinente.
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE

A PARTIR DE PLANTAS FRESCAS

As tinturas-mãe obtidas a partir de plantas frescas são


preparadas exclusivamente por maceração. Para a preparação
da tintura-mãe, é necessária a determinação do resíduo sólido
do vegetal fresco, conforme descrito abaixo ou de acordo com
a respectiva monografia. Com esse valor, pode-se calcular o
volume total da tintura-mãe a ser obtido, assim como o volume
e o teor de etanol a ser adicionado. Em seguida, pode-se
iniciar o processo extrativo.
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL
FRESCO
Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco,
fracioná-la em fragmentos suficientemente reduzidos,
deixando-a em estufa à temperatura entre 100 °C e 105 °C, até
peso constante, salvo quando houver outra especificação na
monografia.
Calcular a porcentagem do resíduo sólido na amostra.
Calcular o peso total do resíduo sólido contido no vegetal
fresco.
Para se calcular o volume final de tintura-mãe a ser obtido,
multiplicar o valor do resíduo sólido contido no vegetal fresco
por dez (10).
O volume do líquido extrator a ser adicionado será equivalente
ao volume final de tintura-mãe a ser obtido subtraído do
volume de água contido no vegetal fresco.
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL
FRESCO
A graduação alcoólica final do líquido extrator deve ser a
especificada na monografia e resultante da mistura alcoólica
acrescida do teor de água contido na planta. Caso não haja
especificação em monografias, o teor alcoólico no início da
extração deverá ser de 60% (v/v) e ao final da extração deverá
ser de 55% (v/v) a 65% (v/v), obedecendo a seguinte
orientação:
- Utilizar etanol a 90% (p/p) para resíduo sólido até 29%
(plantas com alto teor de água). Se o resíduo sólido for inferior
a 20% deve-se considerá-lo igual a 20%.
- Utilizar etanol a 80% (p/p) para resíduo sólido de 30% a 39%
(plantas com médio teor de água).
- Utilizar etanol a 70% (p/p) para resíduo sólido igual ou acima
de 40% (plantas com baixo teor de água).
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL
FRESCO
Exemplo 1.
Vegetal fresco = 1000 g.
Resíduo sólido = 20%.
Resíduo sólido total do vegetal = 200 g.
Quantidade de água contida no vegetal = 800 mL.
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 90% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 2000 mL (10 vezes o resíduo
sólido total).
Volume de álcool 90% (v/v) a ser adicionado: 2000 mL – 800 mL =
1200 mL.
Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL
FRESCO
Exemplo 2.
Vegetal fresco = 1000 g.
Resíduo sólido = 32%.
Resíduo sólido total do vegetal = 320 g.
Quantidade de água contida no vegetal = 680 mL.
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 80% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 3200 mL (10 vezes o resíduo
sólido total).
Volume de etanol 80% a ser adicionado: 3200 mL – 680 mL = 2520
mL.
Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL
FRESCO

PROCESSO DE MACERAÇÃO
Consiste em deixar o vegetal fresco, devidamente dividido, por pelo
menos 15 dias, em contato com o volume total do líquido extrator
apropriado descrito na respectiva monografia, em ambiente
protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente
diariamente.
A seguir, filtrar e guardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntar
o líquido resultante dessa operação àquele anteriormente filtrado.
Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar
adequadamente.
Para tinturas-mãe cujas monografias determinem o teor de
marcador especificado, um ajuste de concentração deste marcador
pode ser realizado por adição de etanol de mesmo teor que aquele
utilizado para a preparação da tintura-mãe.
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DE ORIGEM ANIMAL

Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado.

Parte empregada: animal inteiro, parte ou secreção.

Líquido extrator: etanol (65% a 70% (v/v)), mistura de etanol,


água e glicerina (1:1:1), mistura de água e glicerina (1:1),
mistura de etanol e glicerina (1:1) ou outro qualquer
especificado na respectiva monografia.

Relação droga/líquido extrator: 1:20 (p/v) (5%).

Processo: maceração.
PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE
DE ORIGEM ANIMAL

Deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de


acordo com a respectiva monografia, em contato com volume do
líquido extrator equivalente ao volume final da tintura-mãe, em
ambiente protegido da ação direta de luz e calor, agitando o
recipiente diariamente. Deixar em contato por pelo menos 15 dias
quando o líquido extrator for alcoólico e por pelo menos 20 dias
quando o líquido extrator for glicerinado. Filtrar sem promover a
expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar
adequadamente.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz
direta.
PRAZO DE VALIDADE
A ser determinado pelo fabricante, segundo a legislação em vigor.
Ponto de partida.
Droga vegetal, animal ou biológica, sempre que possível no estado
fresco e droga mineral.
Poderá ser utilizada a tintura-mãe, tendo sua força medicamentosa
corrigida com posterior evaporação.

Nota: no caso de utilizar a TM como ponto de partida, fazer a


correção da força medicamentosa. Logo após tapar os poros do
gral, a TM será adicionada ao primeiro terço da lactose (ao
preparar a 1 CH trit.). Após evaporação, em temperatura inferior a
50 °C, seguir com a técnica de trituração.

Exemplos.
Uma TM de origem vegetal (10%) tem força medicamentosa de 1/10,
ou seja, 1 parte da droga está contida em 10 partes de TM. Para a 1ª
trituração centesimal, colocar 10 partes da TM para 100 partes de
lactose. Para TM de origem animal (5%) a força medicamentosa é de
1/20, ou seja, colocar 20 partes da TM para 100 partes de lactose.
Ponto de partida.
Droga vegetal, animal ou biológica, sempre que possível no estado
fresco e droga mineral.
Poderá ser utilizada a tintura-mãe, tendo sua força medicamentosa
corrigida com posterior evaporação.

Nota: no caso de utilizar a TM como ponto de partida, fazer a correção da força medicamentosa. Logo
após tapar os poros do gral, a TM será adicionada ao primeiro terço da lactose (ao preparar a 1 CH trit.).
Após evaporação, em temperatura inferior a 50 °C, seguir com a técnica de trituração.
Exemplos.
Uma TM de origem vegetal (10%) tem força medicamentosa de 1/10, ou seja, 1 parte da droga está contida em
10 partes de TM. Para a 1ª trituração centesimal, colocar 10 partes da TM para 100 partes de lactose. Para TM
de origem animal (5%) a força medicamentosa é de 1/20, ou seja, colocar 20 partes da TM para 100 partes de
lactose.

Insumo inerte. Água purificada, lactose, microglóbulos e etanol em


diferentes graduações.

Volume. Para a fase líquida, o líquido a ser dinamizado deverá


ocupar entre 1/2 e 2/3 da capacidade do frasco utilizado na
preparação.

Número de sucussões. 100.

Processo. Para a fase sólida, trituração; para a fase líquida, diluição


e sucussão, manual ou mecânica.
Técnica.
Primeira etapa. Trituração da droga até 3 CH trit., conforme
técnica de trituração.

Segunda etapa. Dissolução do 3º triturado.


• Pesar 63 mg do 3º triturado e dissolver em quinhentas
gotas de etanol a 20% (v/v).

Terceira etapa. Preparação da 1a dinamização LM (1 LM).


• Em frasco de capacidade adequada, colocar uma gota da
solução anterior em 100 gotas de etanol a 96% (v/v).
• Aplicar 100 sucussões.
• Umedecer 500 microglóbulos com uma gota desta solução
(100 microglóbulos devem corresponder a 63 mg).
• Deixar secar à temperatura ambiente. Essa é a matriz na
potência 1 LM.

Embalagem e armazenamento. Recipiente de vidro


âmbar, bem fechado, protegido de calor, umidade,
radiações e luz direta.
Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso,
conforme legislação pertinente.
Técnica.

Quarta etapa. Preparação da 2a potência LM (2 LM).


• Em frasco de capacidade adequada, dissolver um microglóbulo da
1 LM em uma gota de água purificada.
• Acrescentar 100 gotas de etanol a 96% (v/v).
• Aplicar 100 sucussões.
• Umedecer 500 microglóbulos com uma gota da solução
intermediária anterior.
• Separá-los, rapidamente, sobre papel de filtro, deixar secar à
temperatura ambiente. Essa é a matriz na potência 2 LM.

Embalagem e armazenamento. Recipiente de vidro âmbar, bem


fechado, protegido de calor, umidade, radiações e luz direta.
Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme
legislação pertinente.
Técnica.

Quinta etapa. Preparação das demais potências LM.


• Em frasco de capacidade adequada, dissolver um microglóbulo da
LM imediatamente anterior, em uma gota de água purificada.
• Acrescentar 100 gotas de etanol a 96% (v/v).
• Aplicar 100 sucussões.
• Umedecer 500 microglóbulos com uma gota da solução
intermediária anterior.
• Deixar secar à temperatura ambiente.

Embalagem e armazenamento. Recipiente de vidro âmbar, bem


fechado, protegido de calor, umidade, radiações e luz direta.
Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme
legislação pertinente.
MÉTODO KORSAKOVIANO

Ponto de partida. Matriz na potência 30 CH em etanol a 77%


(v/v).

Insumo inerte. Etanol a 77% (v/v) nas preparações


intermediárias e etanol a 30% (v/v) na dispensação.

Número de frascos. Frasco único.

Volume. O líquido a ser dinamizado deverá ocupar 1/2 a 2/3


da capacidade do frasco.

Escala. Não definida.

Número de sucussões. 100.

Processo. Diluição e sucussão. Manual ou mecânico.


MÉTODO KORSAKOVIANO

Técnica.
Colocar num frasco quantidade suficiente da matriz na potência
30 CH de modo que ocupe de 1/2 a 2/3 de sua respectiva
capacidade.
Emborcar o frasco, deixando o líquido escorrer livremente por
cinco segundos.
Adicionar o insumo inerte na quantidade previamente
estabelecida e sucussionar por 100 vezes.
A resultante dessa sequência de operações corresponde à 31 K.
Repetir esse procedimento para obter as dinamizações
subsequentes.

A dispensação do medicamento preparado segundo método


Korsakoviano deve se dar a partir de 31 K até a 100 000 K como limite
máximo.

É vedada a estocagem de medicamentos preparados por esse


método.

Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme


legislação pertinente.
MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO

Ponto de partida.
Matriz na potência 30 CH em etanol a 77% (v/v).

Insumo inerte. Água purificada.

Número de frascos. Câmara de dinamização única.

Controle da vazão. Deve garantir que um fluxo contínuo e


constante de insumo inerte passe através da câmara de
dinamização de forma controlada para que no final de 100
rotações o conteúdo da câmara seja completamente renovado.

Escala. Não definida.

Número de rotações. Nesse método considera-se que 100


rotações equivalem a 100 sucussões, pois a cada 100 rotações
obtêm-se uma nova potência.

Processo. Diluição e turbilhonamento contínuos. Mecânico.


MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO

A potência desejada será função do tempo necessário para sua


obtenção. Alcançado o tempo definido, desligar simultaneamente a
entrada de água e o motor do equipamento.

Retirar da câmara dinamizadora o volume necessário para que sejam


feitas, a seguir, duas dinamizações centesimais hahnemannianas em
etanol a 77% (v/v) ou superior.

Nota: É comum a farmácia adquirir pronto na potência anterior


a prescrita e realizar a última dinamização.
MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO

Técnica.
• Adicionar o volume da matriz de partida em etanol a 77% (v/v) ou
superior, equivalente à capacidade volumétrica da câmara do aparelho.
A entrada de água purificada e a rotação do motor serão acionadas
simultaneamente.
• A dinamização inicia-se sempre com a câmara cheia.
• O processo será reiniciado com a última potência FC em que ele foi
interrompido, adicionando o volume da matriz de partida equivalente à
capacidade volumétrica da câmara do aparelho.
• Acionar, então, a entrada da água purificada e o motor,
simultaneamente.
• Interromper o processo sempre duas potências antes da desejada.
• Para o preparo das duas últimas potências será seguido o método
hahnemanniano em escala centesimal, usando como insumo inerte
etanol a 77% (v/v) ou superior.
• Somente as potências em etanol a 77% (v/v) poderão ser estocadas.
MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO

Técnica.

A dispensação do medicamento preparado segundo o Método de fluxo


contínuo deve se dar a partir da 200 FC até a 100 000 FC, como limite
máximo.

Embalagem e armazenamento. Recipiente de vidro âmbar, bem


fechado, protegido do calor, umidade, radiações e luz direta.
Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme
legislação pertinente.
VIDRO frasco globulos nº 5 pesar impregnar técnica tablets técnica
volume vazio peso nº g 5% peso nº
0,2 mL ou 4
5 5,526 3,729 72 4 3,386 42
gotas
15 29,672 15,194 282 16 0,8mL impreg 13,401 168
20 35,044 18,979 354 20 1mL nação 17,141 215
30 eur 40,871 27,332 512 25,318 316
30 ame 36,67 27,874 522
28 1,4mL
24,388 304
insumo i mpregna r (p/p)
1 tablete 0,0813g tabletes pesar 10% FHB 15% MNT secagem
inerte
2,7g - 3,1mL
técnica 300 lactose 27g <50ºC FHB III ou <40ºC MNT
4,05g - 4,6mL
1,4g - 1,6mL
moldagem 150 lactose 14g <50ºC FHB III ou <40ºC MNT
2,10g - 2,4mL
PET frasco globulos nº 5 pesar impregnar técnica tablets técnica
volume vazio peso nº g 5% peso nº
10 4,863 12,19 231 13 0,65mL 10,31 128
15 5,77 16 295 16 0,8mL impreg
20 6,659 19,88 375 20 1mL nação 17,749 221
30 8,457 29,97 565 30 1,5mL 25,761 321
pós / papel II pesar 500mg IA 10% 0,05g ou 2gt=dose única
Referências
› FONTES, Olney Leite. Farmácia Homeopática: teoria e prática. 1ª
edição – São Paulo: Manole, 2001.
› GONSALVES, Paulo Eiró organizador. Medicinas alternativas. Os
Tratamentos Não-Convencionais. 2ª ed. ampl. - Paulo: IBRASA,
1996.
› CAIRO, Nilo. Guia de Medicina Homeopática. 23ª edição – São
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› SOARES, Antonius A. Dorta. Dicionário de Medicamentos
Homeopáticos. 1ª edição – São Paulo: Livraria Santos, 2001.
› WELLS, Henrietta. HOMEOPATIA PARA CRIANÇAS. Guia Prático
para a família. 1ª edição – São Paulo: Livraria Santos, 1997.
› ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS.
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. Parte I. Métodos
Gerais - 2ª ED. São Paulo: ATHENEU.
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FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. Parte II. Primeiro
Fascículo - 2ª ED. São Paulo: ATHENEU.
› MANUAL NORMAS TÉCNICAS PARA FARMÁCIA
HOMEOPÁTICA. 3ª ED. Curitiba: ABFH, 2003.
› MANUAL NORMAS TÉCNICAS PARA FARMÁCIA
HOMEOPÁTICA. Complemento da 3ª ED. Curitiba: ABFH.
› MANUAL NORMAS TÉCNICAS PARA O PREPARO DE ESSÊNCIAS
FLORAIS. 1ª ED. ABFH.
› www.portaleducacao.com.br. Acesso em 20/07/2010.
› Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São
Paulo - Setembro/2010
› www.crfsp.org.br

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