Fiscalidade I
Fiscalidade I
Fiscalidade I
HUAMBO
Fiscalidade
Docentes:
Assistente: Joaquim Chitanda S. Moisés e,
Assist. Estagiário: Manuel Maria Dias
* programa da cadeira
INTRODUÇÃO
TEORIA GERAL DOS IMPOSTOS
DIREITO FISCAL
O SISTEMA FISCAL ANGOLANO
FISCALIDADE, A ECONOMIA E A GESTÃO
* AVALIÇÃO DA CADEIRA
PROVA PARCELAR 40%
EXAME 60%
A equidade;
A eficiência e,
A liberdade
INTRODUÇÃO
Função afectação;
Função distribuição e,
Função estabilização.
INTRODUÇÃO
FUNÇÃO AFECTAÇÃO
Provisão;
Controlo de externalidades e,
Regulação.
INTRODUÇÃO
Provisão
Controlo de externalidades
Regulação.
FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO
FUNÇÃO ESTABILIZAÇÃO
TIPOS DE ESTADO
O Estado mínimo,
O Estado imperfeito
INTRODUÇÃO
TIPOS DE ESTADO
O Estado mínimo,
O Estado imperfeito
INTRODUÇÃO
TIPOS DE ESTADO
Face a tudo o que acima fica exposto, tendo em consideração a classificação dos
Estados em função do seu papel interventivo, conhecendo as características dos
estados mínimo ou liberal, Estado protector ou de bem-estar e Estado imperfeito,
podemos considerar que o papel do Estado angolano é enquadrável no Estado
protector ou de bem-estar, pois o Estado intervém deliberadamente nos mercados
para garantir um rendimento mínimo, permitir que haja alguma segurança através
da cobertura de alguns riscos (doença, invalidez) e fornecer um conjunto de bens
considerados meritórios (educação básica, cuidados primários de saúde e outros).
INTRODUÇÃO
DESPESAS PÚBLICAS
RECEITAS PÚBLICAS
RECEITAS PÚBLICAS
Receitas públicas
Quanto a coercividade:
Receitas de caracter obrigatórias ou receitas de
caracter facultativo.
INTRODUÇÃO
RECEITAS PÚBLICAS
As receitas fiscais ou impostos são para Pereira (2009) “uma prestação pecuniária,
coactiva, unilateral, a título definitivo, sem caracter de sanção, devida ao Estado
ou outros entes públicos com vista a realização de fins públicos”. Esta definição
tem pontos comuns com a que a OCDE usa para efeitos da sua classificação dos
impostos.
INTRODUÇÃO
Em Angola “Os impostos só podem ser criados por lei, que determina a sua
incidência, a taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes” (CRA,
Art.º 102º, nº 1).
2 Teoria Geral do Imposto
2.5 Incidência
e) O imposto é uma prestação sem caracter de sanção: o imposto não tem caracter
sancionatório, o que permite distinguir a respectiva prestação das sanções patrimoniais,
como o confisco e a multa.
Estes têm origem num facto ilícito e visam um fim preventivo e repressivo, o que não
acontece com o imposto;
2 Teoria Geral do Imposto
g) O imposto é uma prestação com vista a realização de fins públicos: o objectivo tradicional do
imposto é o da arrecadação de receitas para que os entes públicos deles beneficiários possam
realizar as tarefas que lhes estão cometidas. Esta é a chamada finalidade fiscal do imposto.
O imposto tem outros objectivos conhecidos como extrafiscais. Estes servem como instrumento
de política económica-fiscal e são nomeadamente os seguintes:
regulação conjuntural e,
desenvolvimento económico.
2 Teoria Geral do Imposto
O sujeito passivo
é a pessoa jurídica ou não que a lei fiscal sujeita ao dever de efectuar a prestação
do imposto.
O sujeito passivo
o contribuinte;
o devedor do imposto e,
O sujeito passivo
O contribuinte
O sujeito passivo
O sujeito passivo
O sujeito passivo
A abordagem do contribuinte introduz duas figuras que importam aludir que são:
a substituição fiscal e
a repercussão fiscal.
2 Teoria Geral do Imposto
O sujeito passivo
Braz Teixeira apud Pereira (2009) diz que a substituição fiscal ou tributária
verifica-se quando, por imposição da lei, a prestação tributária for exigida a
pessoa diferente do contribuinte.
O sujeito passivo
Esta noção coincide com o previsto nos termos do n.º 2 do Art.º 8.º da
Lei 15/10, de 14 de Julho (Lei Quadro do Orçamento Geral do Estado),
onde “tributo é a receita instituída pelo Estado ou pela Autarquia,
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos
legais em matéria financeira, destinando o seu custeio de acções gerais
ou específicas exercidas pelo Estado ou pela Autarquia”.
2 Teoria Geral do Imposto
2.3.2 Taxa
2.3.2 Taxa
A base do imposto e,
O elemento objectivo e,
O elemento subjectivo.
2 Teoria Geral do Imposto
BASE TRIBUTÁVEL
= MATÉRIA COLECTÁVEL
TAXA
= COLECTA
-DEDUÇÕES À COLECTA
= IMPOSTO A PAGAR
2 Teoria Geral do Imposto
2.5 Incidência
A incidência é uma definição geral e abstrata, feita pela lei, das situações
ou actos sujeitas a imposto e das pessoas sobre as quais recai o dever de o
prestar.
2.5 Incidência
A incidência real está associada ao elemento objectivo do facto gerador do
imposto e define o que está sujeito ao imposto.
2.5 Incidência
A incidência pessoal é respeitante ao elemento subjectivo do mesmo facto e que
em termos simples, da resposta à interrogação: quem está sujeito a imposto?
Fases do imposto
Apresentados que estão os elementos que estruturam o imposto interessa
agora verificar a sua dinâmica, ou seja, o modo como se desenvolve a sua
aplicação, desde o nascimento da respectiva obrigação até ao seu
cumprimento, o que geralmente ocorre através do pagamento.
2 Teoria Geral do Imposto
Fases do imposto
As fases da vida do imposto são constituidas essencialmente pelo
lançamento, liquidação e cobrança.
Lançamento
Lançamento é um conjunto de operações administativas conducentes a
identificação do sujeito passivo do imposto e a determinação da matéria
colectável.
2 Teoria Geral do Imposto
Liquidação
É um conceito que abrange as operações administrativas do lançamento e
consiste na aplicação da taxa à matéria colectável, para determinação da
colecta.
Liquidação
No entanto, na falta dessa declaração, a iniciativa pode caber a
administação fiscal,
Liquidação
Neste sentido está a falar-se de um aspecto ligado a liquidação oficiosa, em
que nos termos do qual, a entidade competente tome conhecimento de
factos tributários não declarados pelo sujeito passivo e do suporte
probatório necessário, o processo de liquidação é instaurado oficiosamente
pelos competentes serviços.
2 Teoria Geral do Imposto
Liquidação
Também existe o caso em que, o contribuinte apenas declara os elementos
necessários e os serviços fiscais procedam à liquidação do imposto.
Liquidação
Subjacente a estas técnicas está o problema de saber de que modo é
determinada a matéria colectável e a quem cabe essa determinação, assim
como a própria liquidação.
2 Teoria Geral do Imposto
Liquidação
A lei distingui dois tipos de avaliação: avaliação directa e avaliação
indirecta.
Liquidação
A avaliação indirecta visa a determinação da matéria colectável a partir de
indícios, presunções ou outros elementos de que a administração tributária
disponha, sendo da competência desta, embora com a participação do
contribuinte nos termos fixados na lei.
2 Teoria Geral do Imposto
Cobrança
Lançado e liquidado o imposto segue-se a última fase que é a da cobrança,
pela qual o imposto entra nos cofres do Estado ou do outro ente público a
quem é devido.
Cobrança
A este propósito, cumpri distinguir os casos em que o pagamento é exigido
ao contribuinte de direito, e os casos em que o pagamento é exigido a um
terceiro.
Neste último caso o terceiro pode reter o imposto e entrega-lo nos cofres
do Estado, mediante a chamada retenção na fonte.
2 Teoria Geral do Imposto
Cobrança
São várias as vantagens que se podem atribuir à retenção na fonte, mesmo
quando funciona apenas como um pagamento por conta, vantagens que
justificam o seu uso crescentemente alargado.
2 Teoria Geral do Imposto
Cobrança
Também pode se falar dos pagamentos por conta, que são as entregas
pecuniárias antecipadas que sejam efectuadas pelos sujeitos passivos no
período da formação do facto tributário, não se esgotando nas retenções na
fonte.
2 Teoria Geral do Imposto
Cobrança
A lei prevê neste caso os rendimentos de actividades empresariais e de
profissionais independentes, esses pagamentos como forma de
aproximação do momento da cobrança ao da percepção do rendimento de
modo a colmatar as situações em que essa aproximação não pode efectivar-
se através das retenções na fonte.
2 Teoria Geral do Imposto
Cobrança
De acordo com a lei, a cobrança das dívidas fiscais, pode ocorrer segundo
uma das seguintes modalidades:
serem coactivos;
obrigatórios e,
os da contabilidade nacional;
Dito de outra forma, são aqueles que têm uma consideração fiscal da
família.
2 Teoria Geral do Imposto
a propriedade de um prédio,
industrial ou agrícola.
2 Teoria Geral do Imposto
Por sua vez os impostos acessórios (filhos) acrescem aos impostos principais, de
cuja existência dependem. Estes impostos são calculados sobre a colecta principal
e são, habitualmente designados por adicionais.
2 Teoria Geral do Imposto
Assim, mesmo que por força de uma determinada isenção não seja devido
o imposto principal isso não significa que não haja lugar ao imposto
dependente. Estes dependem da existência de matéria dos impostos
principais.
2 Teoria Geral do Imposto
O sistema fiscal deve ser encarado como uma realidade dinâmica, em interacção
com o meio envolvente, mas sem perca do seu quadro geral de referência.
2 Teoria Geral do Imposto
A análise dos sistemas fiscais pode ser também feita a partir de outros domínios
complementares que são:
o normativo,
o económico,
o organizacional e
o psicossociológico.
2 Teoria Geral do Imposto
os impostos são influenciados pela realidade económica a que se aplicam, mas são
também instrumento de intervenção sobre essa mesma realidade.
2 Teoria Geral do Imposto
A tipologia dos sistemas fiscais pode fazer-se de acordo com vários critérios, de
entre os quais avultam os critérios sócio-políticos e os critérios sócio-económicos.
Para além dos factores apontados são também geralmente usados como
facilitadores da distinção dos sistemas fiscais os seguintes elementos:
1. A estrutura administrativa,
2. A tradição sócio-cultural,
3. O grau de desenvolvimento e,
4. O condicionamento ideológico.
Assim, os sistemas fiscais podem ser:
2 Teoria Geral do Imposto
Este desequilíbrio pode de algum modo ser explicado pelo diminuto rendimento
per capita, que impede qualquer significativa tributação do rendimento, que
encontra igualmente dificuldades derivadas da escassa ou insuficiente
monetarização da economia.
2 Teoria Geral do Imposto
Por outra, a organização administrativa que suporta o sistema fiscal é, pelo seu
lado, incipiente e a legislação fiscal, muitas vezes herdada dos tempos coloniais,
mostra-se não raro inadequada.
2 Teoria Geral do Imposto
Dito de outra forma, significa dizer que a fiscalidade serve apenas para fazer
algumas correcções de determinados efeitos de distorções, que puderiam ser
provocados por uma maior descentralização administrativa ou liberdade
económica.
Desde sempre constituíram preocupação dos economistas as regras que devem moldar
um sistema fiscal.
Assim para Adam Smith um bom sistema fiscal, deveria basear-se em alguns
princípios fundamentais:
A justiça;
A certeza;
A comodidade e,
A economia
2 Teoria Geral do Imposto
Equidade
Eficiência económica
O imposto é algo que se impõe aos agentes económicos e pode, por isso,
modificar os preços relativos das variáveis económicas, directa ou indirectamente
relacionadas com a sua incidência.
Importa a este propósito ter em conta que os efeitos do imposto são de dois tipos:
efeito rendimento e efeito substituição.
2 Teoria Geral do Imposto
Simplicidade
Simplicidade
Simplicidade
Por outro lado, a simplicidade do sistema fiscal é um dos meios mais eficazes de
luta contra a evasão fiscal, pois existe evidência demonstrativa de que esta
aumenta na razão directa do acréscimo da complexidade do sistema.
2 Teoria Geral do Imposto
Simplicidade