Sitios Arqueologicos Urbanos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE ARTES, HUMANIDADES E LETRAS


CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Sitios arqueológicos urbanos

DISCENTE – MARCOS CANDIDO DOS SANTOS PINHO


DOCENTE:
CACHOEIRA - BA
2023
Sitios arqueológicos
urbanos
Descubra a riqueza escondida dos sítios arqueológicos urbanos e sua importância
na compreensão do passado e na preservação da história cultural.
O que são sítios arqueológicos?

Os sítios arqueológicos urbanos são locais de grande importância histórica e


cultural. Eles são vestígios de ocupações humanas passadas e podem ser
encontrados em áreas urbanas, muitas vezes escondidos sob a superfície da
cidade moderna.
O Decreto-Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937
É a principal legislação brasileira que trata da proteção do patrimônio histórico e
artístico nacional.

Este decreto estabelece o conceito de patrimônio histórico e artístico nacional,


que inclui bens móveis e imóveis cuja conservação seja de interesse público, seja
por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, seja por seu
excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
Exemplos de sítios arqueológicos urbanos
pelo mundo
Machu Picchu, Peru: Construída no século 15, no coração dos Andes peruanos, a 2.500 metros acima do nível do
mar, a antiga cidadela de Machu Picchu é um dos principais vestígios da civilização Inca.
Exemplos de sítios
arqueológicos urbanos pelo
Brasil
Serra da Barriga - Alagoas

Localizada no município de União dos Palmares, a Serra da Barriga foi inscrita


no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Histórico, em 1986. Entre os
séculos XVII e XVIII, negros, brancos e índios organizaram a República dos
Palmares.
Exemplos de sítios
arqueológicos urbanos pela
Bahia
Pedra da Santana: Localizado em Rio de Contas, é um sítio arqueológico com
inscrições rupestres.

Durante obras de restauração no Pelourinho, em Salvador, em 2006, os


arqueólogos encontraram peças que revelam as características dos habitantes do
local, nos diferentes períodos da formação da cidade.
Importância da preservação
desses locais
Os sítios arqueológicos urbanos são importantes para entendermos a história e a
cultura das civilizações passadas. Eles nos fornecem informações valiosas sobre
como as pessoas viviam, trabalhavam e interagiam em seu ambiente.

A proteção e conservação desses sítios é essencial para preservar nosso


patrimônio cultural. No Brasil, o IPHAN é responsável pela gestão do patrimônio
arqueológico. A preservação é um direito e um dever de todos os cidadãos
Técnicas utilizadas na identificação e
escavação de sítios arqueológicos urbanos

Descoberta do Sítio Arqueológico

Preparação do Terreno

Sondagem

Escavação

Registro dos Achados

Análise dos Achados

Além disso, os arqueólogos também podem usar tecnologias modernas como


radar de penetração no solo (GPR), detectores de metal e magnetometria para
auxiliar na identificação e escavação de sítios arqueológicos.
Os desafios e limitações do trabalho
arqueológico em áreas urbanas
1 Preservação e Proteção

Integração com a Comunidade 2

3 Interdisciplinaridade

Impacto das Obras Públicas e Privadas 4

5 Inclusão de Arqueólogos nas


Equipes de Planejamento
Os benefícios da incorporação dos sítios
arqueológicos urbanos ao espaço público

1 Educação e Conscientização

2 Identidade Cultural

3 Turismo

4 Espaços Públicos

5 Participação da Comunidade
Escavando o Pelourinho: o desafio da pesquisa arqueológica

O Projeto Pelourinho de Pesquisa Arqueológica iniciou-se em março de


2006 com o objetivo de diagnosticar e pesquisar a área da 7ª Etapa do
Projeto Recuperação do Centro Histórico de Salvador

Seu objetivo foi diagnosticar o potencial arqueológico da área e também


desenvolver pesquisas sistemáticas nas áreas apontadas como de especial
interesse.
O desenrolar da pesquisa

• É necessário desvelar as relações de classes, por meio da cultura


material, observando como os agentes sociais representativos da
sociedade soteropolitana do período estudado (séculos XVI a XXI) se
relacionavam e expressavam sua cultura.

• É importante observar o ambiente construído como fonte de dados que


nos permita interpretar o perfil dos indivíduos que compunham a
sociedade nos diferentes períodos da formação da cidade de Salvador; a
arquitetura como marcador temporal
O desenrolar da pesquisa

• Deve-se estar atento aos vários limites que a cidade já teve: chamava-
nos a atenção a existência de muros, construções que limitam os vários
perímetros que a cidade possuiu e que inicialmente foram erguidos com
intuito de proteção, mas que na realidade eram marcos na paisagem que
impunham fronteiras também sociais. Viver dentro ou fora do muro
tinha seu significado.

• Mapas e desenhos de época que fornecem dados sobre a localização


destas. No entanto, onde estão essas rugosidades? O que sobrou delas?
O desenrolar da pesquisa

• Outra questão levantada diz respeito ao binômio tempo e espaço, visto


como elemento atuante na evolução da ocupação urbana, já que estamos
trabalhando em uma área onde encontramos contextos de ocupações
diferentes, tanto temporal quanto espacialmente, e que compreende desde
meados do século XVI até os dias atuais
O desenrolar da pesquisa

• Deve-se desvelar como foi o crescimento da cidade de Salvador, como o


arranjamento urbano chegou ao que observamos hoje, saber como se deu
a ocupação do espaço.

• Faz-se necessário observar os sistemas construtivos empregados, as


diferenças e/ou semelhanças entre os tipos de técnicas, materiais
utilizados e contexto do assentamento diante da topografia da área
(padrões de assentamentos). A partir da diversidade de vestígios imóveis
ou superartefatos encontrados, correlacionar os sistemas construtivos
com o terreno em que se encontram edificados.
O desenrolar da pesquisa

• Torna-se fundamental considerar nas pesquisas o contexto topográfico


do lugar. Foram observadas durante as escavações várias sobreposições
de aterros formados principalmente por lixo (cultura material móvel).
Diante dessa constatação, é preciso conhecer a lógica desses aterros,
temporal e espacialmente, e a relevância que tiveram em cada momento
na ocupação da área
O desenrolar da pesquisa

• A coleção de artefatos móveis coletados é bastante diversificada e


numerosa, contabilizando cerca de 400 mil peças – a maioria do material
vem dos aterros pesquisados.

E foi dividida em nove subcoleções, baseadas nos tipos de material:


cerâmico, lítico (pedra), ósseo, malacológico (conchas), vítreo (vidro),
metálico, de madeira e plástico.

A nona subcoleção é a dos materiais construtivos, que foram agrupados


dentro de uma única coleção e não estão separados por matériaprima.

A coleção cerâmica, a mais significativa, contabiliza cerca de 250 mil


peças, sendo as mais antigas atribuídas aos indígenas que viveram na
área antes da chegada dos colonizadores.
Conclusão e reflexões finais

Os sítios arqueológicos urbanos são uma janela para o passado. Eles nos
permitem entender melhor nossa história e cultura. É importante que
continuemos a proteger e preservar esses locais para as futuras gerações.

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