Filosofia Antiga

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 21

FILOSOFIA

ANTIGA
Profª Alexandra Fernandes Azevedo Venturi
Pensamento Mítico
■ Forma usada por um povo para explicar aspectos essenciais da realidade em
que vive:
– a origem do mundo,
– funcionamento da natureza
– Funcionamento dos processos naturais
– as origens deste povo
– valores básicos
■ No grego mythos (μυθoσ) significa um tipo específico de discurso, o discurso
ficcional ou imaginário.
■ A origem cronológica é indeterminada, e sua forma de transmissão é
basicamente oral.
Pensamento Mítico
■ configura a própria visão de mundo dos indivíduos, a sua maneira mesmo
de vivenciar esta realidade.
■ Pressupõe a adesão, a aceitação dos indivíduos, na medida em que
constitui as formas de sua experiência do real.
■ Não se justifica, não se fundamenta, não se presta ao questionamento, à
crítica ou à correção, não há discussão
■ constitui a própria visão de mundo dos indivíduos pertencentes a uma
determinada sociedade, tendo portanto um caráter global que exclui outras
■ Ou o indivíduo é parte dessa cultura e aceita o mito como visão de mundo,
ou não pertence a ela e, nesse caso, o mito não faz sentido para ele, não lhe
diz nada.
Pensamento Mítico

■ Explica a realidade a partir do sobrenatural, do mistério, do sagrado, da magia.


■ Tudo é governado por uma realidade exterior ao mundo, uma realidade superior
e natural, seja os fenômenos naturais ou aquilo que acontece aos homens
■ Os sacerdotes, os magos, os iniciados que são capazes de interpretar esses
fenômenos e servem como intermediários entre o mundo humano e o mundo
divino.
■ A explicação dada pelo pensamento mítico esbarra no inexplicável, na
impossibilidade do conhecimento
A Sedução de
Calisto
By Luís Lopes in
Constelações

Calisto era uma princesa de rara


beleza, filha de Licaonte, rei da
Arcádia, uma região da Grécia
antiga. Muito jovem ainda, fez o
voto de virgindade e foi viver
nos bosques com a deusa
Ártemis e as suas ninfas.
Ártemis era uma das deusas mais veneradas pelos gregos, sendo muitas as competências que
lhe eram atribuídas. A sua ajuda era requisitada em assuntos relativos à caça, aos animais
selvagens, à natureza, ao parto, à virgindade e à proteção das jovens mulheres.
A beleza de Calisto despertou a atenção de Zeus, deus do firmamento, dos trovões e
relâmpagos, da lei, ordem e justiça. Zeus era o maior de todos os deuses do Olimpo,
conhecido pelas suas aventuras extra-conjugais que deram origem a alguns dos mais
conhecidos episódios da mitologia grega. Entre os filhos nascidos destas ligações contam-se a
bela Helena de Tróia, e heróis como Perseu, Héracles, Minos e Pólux.
Determinado a possuir Calisto, certo dia Zeus disfarçou-se da própria deusa Ártemis, para
conseguir aproximar-se da princesa e simultaneamente escapar aos olhos sempre atentos de
sua esposa Hera. Calisto, enganada, deixou-se isolar das restantes ninfas. Nessa altura, Zeus
mostrou a sua verdadeira face e possuiu-a.
Calisto ocultou este episódio, e o facto de estar grávida, de Ártemis e das restantes ninfas. Os
meses passaram até que um dia, no banho, a deusa se apercebeu do seu estado e a expulsou da
sua companhia. A partir de então, Calisto vagueou pelos bosques alimentando-se do pouco
que conseguia obter de arbustos e árvores. Pouco tempo depois, deu à luz um filho a quem
deu o nome de Arcas.
Estes eventos não passaram despercebidos a Hera, irmã e esposa Zeus, e deusa das mulheres e do
casamento. Hera passou um mau bocado tentando controlar as infidelidades do seu marido, por
vezes exercendo vinganças terríveis sobre as suas amantes.
Quando Calisto deu à luz, Hera aproveitou o momento para exercer a sua vingança,
transformando a princesa numa ursa, condenada a cruzar os bosques durante anos, e não
permitindo que visse o seu filho crescer.
Anos depois, Arcas, já um homem feito, caçava na floresta com os seus cães. De repente,
deparou-se com uma ursa que o fitava com estranheza. A ursa, Calisto, depois de anos de
separação, reconheceu em Arcas o seu filho e instintivamente lançou-se na sua direcção, querendo
abraça-lo. Arcas, naturalmente, não teve a mesma percepção do momento e preparava-se para
abater o animal quando foi impedido in extremis, por Zeus, que observava a cena à distância.
Revelada a verdadeira natureza da ursa, Zeus coloca ambos no firmamento, formando Calisto a
constelação da Ursa Maior, Arcas a do Boieiro e os dois cães — Astério e Chara — a dos Cães de
Caça. Hera ficou furiosa com esta atitude do marido, mas desta vez nada pode fazer. De facto, o
nome Arcturus, a estrela mais brilhante da constelação do Boieiro, tem origem no grego arktouros,
literalmente “guardião da ursa”, de arktos “urso” e ouros “guardião”. Da próxima vez que
observarem a Ursa Maior e Arcturus, imaginem Calisto, sob a forma de uma ursa, movendo-se
lentamente através do firmamento, acompanhada fielmente pelo filho Arcas e pelos seus cães.
Filosófico-científico
■ Surge na cultura grega (séc.VI a.C.).
■ Tales de Mileto – o 1º filósofo (segundo Aristóteles)
■ forma específica de o homem tentar entender o mundo que o cerca.
■ este pensamento nasce basicamente de uma insatisfação com o tipo de
explicação do real que encontramos no pensamento mítico
■ A tentativa dos primeiros filósofos da escola jônica foi de buscar uma
explicação do mundo natural (a physis, φυσιs, daí o nosso termo “física”)
baseada essencialmente em causas naturais, o que consistirá no assim
chamado naturalismo da escola.
Filosófico-científico

o surgimento desse novo tipo de explicação não significa o


desaparecimento por completo do mito, do qual aliás sobrevivem
muitos elementos mesmo em nossa sociedade contemporânea, em
nossas crenças, superstições, fantasias etc., isto é, em nosso
imaginário
Filosófico-científico
 A viragem do pensamento mítico para o filosófico-científico resulta de um
longo período de transição e de transformação da própria sociedade grega,
 período de decadência da civilização micênico-cretense na Grécia, por volta
do séc. XII a.C,
 Perda da estrutura social de monarquia divina, da influência da classe
sacerdotal do poder político hereditário, da aristocracia militar e da
economia agrária.
 Invasão da Grécia pelas tribos dóricas (900 a 750 a.C.)
 Surgimento das cidades-Estado - participação política mais ativa dos
cidadãos
 Redução do papel da religião e o surgimento de uma nova ordem econômica
(atividades comerciais e mercantis)
Fundamentos

■ Physis
■ Causalidade
■ Arqué
■ Cosmo
■ Logos
■ Caráter crítico
Filósofos pré-socráticos
■ Os primeiros filósofos
■ Viveram antes de Sócrates (470-399 a.C.),
■ Sábios conhecidos de maneira indireta devido a falta de registros, uma vez que a tradição
filosófica grega em seus primórdios valorizava mais a linguagem falada do que a escrita.
■ As obras que pode ventura foram escritas, não se conservou integralmente
■ Fontes de conhecimento:
– Doxografia consiste em sínteses do pensamento desses filósofos e comentários a eles,
geralmente breves, por autores de períodos posteriores,
– Fragmentos são citações de passagens dos próprios filósofos pré-socráticos
encontradas também em obras posteriores.
Filósofos pré-socráticos
■ Foram divididos em duas grandes correntes:
– Escola jônica
■ interesse pela physis, pelas teorias sobre a natureza.
– Escola italiana.
■ uma visão de mundo mais abstrata, menos voltada para uma explicação naturalista da
realidade,
■ Na segunda fase dos pré-socráticos temos
– São aqueles que desenvolveram suas teorias a partir da influência do pensamento de
seus predecessores, combinando frequentemente aspectos de diferentes escolas e
valorizando uma concepção do mundo natural como múltiplo e dinâmico.
■ Pluralistas
■ Ecléticos
Aula invertida

■ Platão
■ Aristóteles
■ Helenismo
■ Filosofia medieval
– Escolástica
– Aristotélica
Filósofos pré-Socrático – secs.VI-V a.C.

■ Preocupação com a origem da natureza - physis


■ Período no qual a filosofia e a ciência tem seu início
■ Ponto de partida de uma visão de mundo
■ suas teorias buscam dar uma explicação causal dos processos e dos fenômenos naturais
a partir de causas puramente naturais, isto é, encontráveis na natureza, no mundo
natural, concreto, e não fora deste, em um mundo sobrenatural, divino, como nas
explicações míticas.
■ A compreensão da realidade natural encontra-se nesta própria realidade e não fora dela
Novos pensadores

■ René Descartes: racionalismo – método a dúvida – “Penso, logo existo”


■ Tomas Hobbes: materialismo mecanicista – “a razão é a capacidade humana de calcular
e controlar todas as coisas” – natureza do homem é individual e livre – com o pacto
social vive-se num mundo artificial (contratualismo moderno)
Iluminismo – razão humana

■ Tudo pode ser iluminado, esclarecido, resolvido e conhecido.


■ O ser humano pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política.
■ Se garante o progresso.
■ A melhor organização política, seja ela a democracia representativa, ou não, será
construída
■ Alcançasse o saber mais certo e criasse técnica cada vez mais perfeita, para resolver
todos os problemas
■ Relações econômicas mais sólidas
Pensadores

■ Jean-Jacques Rousseau; pela organização racional do trabalho, o ser humano se tornará


cada vez mais senhor da situação, senhor de si
■ David Hume: ceticismo – o conhecimento da realidade sempre estará permeado por
hábitos e crenças compartilhadas. Portanto não se estabelece conhecimento objetivo e
neutro da realidade
■ Immanuel Kant (1724-1804) – pensamento crítico – o ser humano conhece a realidade,
mas não na sua essência, mas no modo como se mostra diante de quem quer conhecer –
saber humano construção humana
Modernidade - Kant

■ No senso comum – estar atualizado, esclarecido.


■ Sair da menoridade que é “a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro
indivíduo”. (KANT, 2011, p. 1).
– heteronomia (em grego heteros, outro, e nomos, lei): a lei é feita pelo outro.
– Autonomia (em grego, autos, eu mesmo, e nomos, lei): eu mesmo faço a lei e a cumpro. (ser
moderno).
■ o menor – se mantém nessa condição devido a preguiça e covardia.
■ é preciso coragem para alguém ser moderno (Kant)
■ Ser humano responsável pelas suas ações e pensamentos – autocrítico
■ Mudar quando preciso
Ler página 50
Concepção do humano

■ Homem que reflete sobre si mesmo, que pensa a natureza e a realidade, incluindo-se
nela.
■ A subjetividade como a própria constituição do sujeito no mundo que habita.
■ Sujeito que pensa o lugar ocupado por essa pensamento.
■ Ser humano – sentido do que é o Ser do humano.
■ O renascentismo, humanismo e a psicologia humanista destaca o homem de uma
perspectiva limitada para uma concepção de homem como totalidade, essa como
expressão da superação como desafio a continuidade.
Bibliografia

■ Asmann, S. J. Filosofia. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração,


UFSC, 2014. 3. ed.

Você também pode gostar