Aula 15 - Exercício Físico e Doenças Metabólicas e Cardiovasculares

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Exercício físico e

Diabetes Mellitus
Para saber mais: Sociedade Brasileira de Diabetes
https://diabetes.org.br/atividade-fisica/adicionar texto
O exercício físico é fundamental para
prevenção e tratamento do Diabetes Mellitus
Recomendações de exercício físico para pessoas com diabetes, de acordo com a
Associação Americana de Diabetes (ADA):
 Crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 ou tipo 2 ou pré-diabetes devem
participar de 60 min/dia ou mais de atividade aeróbica de intensidade moderada ou
vigorosa, com atividades vigorosas de fortalecimento muscular e fortalecimento
ósseo por pelo menos 3 dias/semana.
 Pacientes adultos devem praticar pelo menos 150 min/semana de atividade física
aeróbia de moderada a vigorosa intensidade (50 a 70-80% da FCMáx), pelo menos 3
dias/semana, em DM1 e em DM2.
Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in diabetes 2020. Facilitating Behavior Change and Well-
being to Improve Health Outcomes: Standards of Medical Care in Diabetes 2020. Diabetes Care 2020;43(Suppl. 1):S48–S65
https://doi.org/10.2337/dc20-S005.
O exercício físico é fundamental para
prevenção e tratamento do Diabetes Mellitus
 Durações mais curtas (no mínimo 75 min/semana) de intensidade vigorosa ou
treinamento intervalado podem ser suficientes para indivíduos mais jovens e com
melhor condicionamento físico.
 Na ausência de contraindicações, pacientes devem realizar treino de resistência 2-3 x
por semana em dias não consecutivos, em DM1 e em DM2.
 Recomenda-se a redução do tempo “sedentário”, particularmente com intervalos na
atividade sentada (interrompida pelo menos a cada 30 minutos).
 Recomenda-se treinamento de flexibilidade e equilíbrio de 2 a 3 vezes/semana para
idosos com diabetes. O yoga e o tai chi podem ser incluídos com base nas preferências
individuais para aumentar a flexibilidade, força muscular e equilíbrio.

Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in diabetes 2020. Facilitating Behavior Change and Well-
being to Improve Health Outcomes: Standards of Medical Care in Diabetes 2020. Diabetes Care 2020;43(Suppl. 1):S48–S65
Exercício físico,
disfunção endotelial e
hipertensão arterial sistêmica.
As lipoproteínas permitem a solubilização e o transporte
dos lípides, que são substâncias geralmente hidrofóbicas,
no meio aquoso plasmático. São compostas por lípides e
proteínas denominadas Apolipoproteínas (apo).

Lipoproteínas:
estrutura e função Existem quatro grandes classes de lipoproteínas
separadas em dois grupos: (i) as ricas em TG, maiores e
menos densas, representadas pelos quilomícrons, de
origem intestinal, e pelas Lipoproteínas de Densidade
Muito Baixa (VLDL, sigla do inglês very low density
lipoprotein), de origem hepática; e (ii) as ricas em
colesterol, incluindo as LDL e as de Alta Densidade (HDL,
do inglês high density lipoprotein).
HDL (high density lipoprotein).

• A HDL é a única que facilita a


extração do colesterol dos tecidos
periféricos para o fígado
(transporte reverso do colesterol),
além de contribuir para a
proteção do leito vascular contra a
aterogênese, por meio da
remoção de lípides oxidados da
LDL, a inibição da fixação de
moléculas de adesão e monócitos
ao endotélio, e a estimulação da
liberação de óxido nítrico.
Classificação laboratorial
As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com
a fração lipídica alterada em:
• Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-
c (LDL-c ≥ 160 mg/dL).
Classificaçã • Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos
o das triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a
amostra for obtida sem jejum).
Dislipidemia • Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160
mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a
s amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o
cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é
inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia
mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.
• HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e
mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao
aumento de LDL-c ou de TG.
As artérias são compostos pelas camadas: túnica intima, túnica média e túnica
adventícia.

https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-1129.html
O endotélio é uma
monocamada de
epitélio pavimentoso
localizado
O endotélio é uma monocamada de epitélio pavimentoso localizado entre o sangue circulante e a entre o do
camada média
músculo liso vascular.
sangue circulante e a
camada média do
músculo liso vascular.

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Endotélio vascular
O endotélio vascular é considerado um tecido ativo e dinâmico. Esse
verdadeiro "órgão" controla diferentes funções, como regulação do tônus
vascular, da adesão celular, da proliferação das células musculares lisas, da
resistência à formação de trombos e da inflamação da parede vascular.
Estas funções atribuídas às células endoteliais decorrem da sua
capacidade de sintetizar e liberar substâncias vasoativas a partir de
estímulos físicos, neurais e humorais.
Óxido nítrico
O óxido nítrico (NO) é um dos derivados do endotélio de maior
importância. O NO é sintetizado a partir do aminoácido L-arginina pela
enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS).
Funções do NO:
participa da transmissão neural, como neurotransmissor e
neuromodulador, da vasodilatação mediada pelo endotélio;
 possui ação de antiagregação plaquetária;
participa do processo de citotoxidade contra microorganismos
invasores e células tumorais.
Óxido nítrico
A produção de NO é estimulada por diversos fatores
circulantes (catecolaminas, serotonina, bradicinina e adiponectina) e
fatores físicos como a tensão de cisalhamento. Essa última, também
conhecida como shear stress, é a força exercida pelo sangue que corre
paralelamente ao eixo longitudinal dos vasos sanguíneos, sendo um
ativador-chave da enzima eNOS.
Síntese e remoção de óxido nítrico
(NO) e ação vasodilatadora

Estímulos físicos e químicos ativam a enzima


óxido nítrico sintase (eNOS), responsável
pela síntese de NO. Este, por sua vez,
atravessa a membrana da célula muscular
lisa e ativa a enzima guanilato ciclase solúvel
(GC), que converte guanosina trifosfato
(GTP) em guanosina monofosfato cíclico
(GMPc), a qual diminui a concentração de
Ca2+ dentro dessa célula, acarretando a
vasodilatação arterial. Ca2+ calmodulina;
ONOO––CaM: complexo cálcio-:
peroxinitrito.
Disfunção
endotelial
Uma crescente lista de doenças e
fatores de risco cardiovasculares está
associada à redução da
biodisponibilidade de NO e,
consequentemente, à disfunção
endotelial. Como resultado dessa
alteração, a parede dos vasos
sanguíneos pode causar inflamação,
oxidação de lipoproteínas,
proliferação da matriz extracelular,
acúmulo de material rico em lipídios,
ativação plaquetária e formação de NO = óxido nítrico
trombos, o que resulta em O- = representa ânios superóxidos (O2 -)
desenvolvimento e progressão da
aterosclerose.
Esquema representando as consequências clínicas da aterosclerose. Fonte: Robbins & Cotran: Bases Patológicas das Doenças.
Exercício físico e disfunção endotelial
Aumento expressivo de eNOS endotelial, que estimula maior produção de NO
(devido à shear stress)

Vasodilatação, inibição da agregação plaquetária e aumento das propriedades


antioxidantes, antiproliferativas e antiapopitóticas.

Diminuição da progressão de doenças cardiovasculares.

Melhor qualidade de vida e diminuição da morbi-mortalidade.

Fonte: Exercício físico e disfunção endotelial. Arq Bras Cardiol 2010; 95(5): e130-e137
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

É uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e


sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a distúrbios
metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos), sendo agravada pela presença de
outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade abdominal, resistência à
insulina e diabetes mellitus, com consequente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não fatais.
Classificação da PA a partir de 18 anos de
idade
Decisão e Metas Terapêuticas
A abordagem terapêutica da PA
elevada inclui medidas não
medicamentosas e o uso de
fármacos anti-hipertensivos, a
fim de reduzir a PA, proteger
órgãos-alvo, prevenir desfechos
CV e renais.
A decisão terapêutica deve
basear-se não apenas no nível da
PA, mas considerar também a
presença de fatores de risco,
lesão de órgão-alvo (LOA) e/ou
DCV estabelecida.
EFEITOS AGUDOS DO EXERCÍCIO FÍSICO
NA HIPERTENSÃO ARTERIAL

• Hipotensão pós-exercício: exercícios físicos dinâmicos (aeróbicos que envolvem


grandes grupos musculares) provocam diminuição na pressão arterial que pode
perdurar por longos períodos (horas), dependendo da intensidade do exercício
(intensidades submáximas, entre 40 e 80% do consumo de oxigênio de pico,
provocam maior queda na PA no pós-esforço).
• Alguns fatores, tais como, idade, sexo, níveis de pressão arterial, índice de massa
corporal, nível de condicionamento físico, ritmo circadiano, recuperação pós-
exercício na posição supina, além da intensidade e da duração do exercício,
influenciam a queda pressórica no período pós-exercício.

Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 4ª. edição. São Paulo


Manole 2019.
MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA
HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO
• Redução no débito cardíaco, decorrente da diminuição da frequência cardíaca.

• Diminuição na resistência vascular periférica, decorrente da redução na atividade


nervosa simpática, evidenciada pelos níveis de catecolaminas plasmáticas.

• Estudos também sugerem que substâncias produzidas no endotélio, como o


óxido nítrico, aumentam a redistribuição do fluxo sanguíneo, o que contribui para
a queda pressórica no período pós-exercício.

Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 4ª. edição. São Paulo


Manole 2019.
MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA
HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO
• O treinamento físico impede a rarefação
capilar na evolução temporal da
hipertensão arterial, aumentando a
vascularização em vários territórios. Essa
vascularização reduz a relação volume de
sangue/capacidade vascular, resultando
em diminuição da pressão arterial em
hipertensos.
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Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 4ª. edição. São Paulo Manole 2019.
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