Aterosclerose 1
Aterosclerose 1
Aterosclerose 1
Colesterol
O colesterol é precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina
D. Além disso, como constituinte das membranas celulares, o colesterol atua na
fluidez destas e na ativação de enzimas aí situadas
Lipoproteínas
As lipoproteínas permitem a solubilização e o transporte dos lípides, que são
substâncias geralmente hidrofóbicas, no meio aquoso plasmático. São compostas
por lípides e proteínas denominadas Apolipoproteínas (apo). Há seis tipos de LP:
a) Quilomícrons = de origem hepática, são ricas em TG, são as maiores e menos
densas
b) HDL = rica em colesterol
c) LDL = ricas em colesterol
d) VLDL = de origem hepática, são ricas em TG
e) IDL
f) Lipoproteína (a) = a Lp(a) é formada pela união de uma partícula de LDL e uma
Apo(a) por meio de uma ligação covalente
Dislipidemias
Podem ser ser do tipo hiperlipidemia [↑LP] ou hipolipidemia [↓LP]; primárias (origem
genética) ou secundárias (decorrente do estilo de vida)
Hipolipidemia
HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL)
isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG
Hiperlipidemias
a) Hipertrigliceridemia
A diminuição da hidrólise da lipoproteínas ricas em TG (quilomícrons e da VLDL)
pela LPL ou do aumento da síntese de VLDL resulta no acúmulo dessas no
plasma, caracterizando um quadro de hipertrigliceridemia
-Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150
mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum)
b) Hipercolesterolemia
O acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol, como o LDL, provoca
hipercolesterolemia devido, principalmente, a disfunções genéticas
(monogênicas ou poligênicas)
-Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL)
c) Hiperlipidemia mista:
Aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175
mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do
LDL-c pela fórmula de Friedewald ([LDL] = (CT - HDL) - (TG/5)) é inadequado,
devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.
Aterosclerose
-É a maior causa das doenças cardíacas isquêmicas, pois é a principal causas dos
entupimentos das artérias coronárias
Aterogênese
-É uma patologia imuno-inflamatória em que ocorre a formação de placas
ateroscleróticas em resposta à agressão da túnica íntima de artérias de médio e
grande calibre por conta de diversos fatores de risco, como DLP, HAS e tabagismo.
Em decorrência dessa violação da integridade endotelial, a túnica íntima da artéria
fica permeável à entrada de lipoproteínas plasmáticas (principalmente aquelas ricas
em colesterol, como a LDL, mas não a HDL - que é bem menor não se acumula no
endotélio), que podem se acumular na lâmina subendotelial, sofrer oxidação e assim
alertar para o sistema imune começar suas ações de defesa. Desse modo, é
estimulado uma adesão leucocitária na superfície endotelial, na qual moléculas de
adesão (proteínas quimiotáticas) atraem linfócitos e monócitos (que se diferenciarão
em macrófagos). Os macrófagos ao fagocitarem as moléculas lipídicas serão
envolvidos por essas e denominados células espumosas (o acúmulo de CL em
macrófagos é o principal componente das estrias gordurosas - lesões
macroscópicas iniciais da aterosclerose) são responsáveis pela progressão da placa
aterosclerótica, pois mesmo na tentativa de combater os antígenos - a gordura -
eles acabam amplificando a inflamação por meio da secreção de citocinas (que
recrutam outras células inflamatórias) e de enzimas proteolíticas, que degradam
colágeno e outras estruturas teciduais. O mesmo ocorre nas células musculares do
vaso, que ao migrarem para a íntima, também tornam-se células espumosas que
liberam além de citocinas e fatores de crescimento, conteúdos da matriz
extracelular, como proteoglicanos e colágeno, que formarão a capa fibrosa da placa
aterosclerótica. Já os linfócitos T, em menor quantidade, também participam desse
processo inflamatório secretando citocinas que o intensifica. Alguns mediadores da
inflamação estimulam a migração e a proliferação das células musculares lisas da
camada média arterial. A placa aterosclerótica plenamente desenvolvida (a estável)
é constituída por elementos celulares, componentes da matriz extracelular e núcleo
lipídico e necrótico, formado principalmente por debris de células mortas e podem
até conter capilares provenientes da camada adventícia.
-Se ocorrer a ruptura (extravasamento de sangue) dessa placa haverá a formação
de um trombo, pela ativação dos mecanismos de hemostasia (induzida a partir da
interação do fator tecidual da íntima vascular com fator VIIa circulante, levando à
geração de trombina)
-Se não a presença do ateroma provoca uma redução na luz do vaso (uma
oclusão/obstrução parcial) e, consequentemente, diminui o fluxo sanguíneo, caso
haja a formação de um trombo haverá obstrução total do lúmen
-Se esse processo de obstrução por placas de ateroma ocorrer nas artérias
coronárias do coração, dá-se o nome de doença cardíaca isquêmica. E se ocorrer a
oclusão total dos vasos, ocorrerá um infarto - que consiste na necrose do tecido
cardíaco
-Tal limitação de fluxo, no entanto, pode ocorrer por outros mecanismos como
vasoespasmo, embolia ou dissecção coronariana. Outros fatores podem estar
envolvidos na fisiopatologia da SCA por alterar a oferta e/ou o consumo de oxigênio
miocárdico, tais como anemia, hipertensão, taquicardia, cardiomiopatia hipertrófica,
estenose aórtica, entre outras.
Hemostasia
1. Hemostasia primária: formação do tampão plaquetário (adesão, ativação e
agregação)
2. Hemostasia secundária: ínicio da cascata de coagulação
Tipos de placas
a) Estáveis = são compostas principalmente por colágeno, organizado em uma
capa fibrosa espessa