Otite Media Cronica

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Otite média crônica

Setor de Otorrinolaringologia (ORL) da FAMEMA – Marília/SP


Apresentador: Filipe Faleiros - Médico Residente do 1º ano da ORL
Introdução

Definição da Otite Média Crônica (OMC)

Clínica Temporal Histopatológica

Condição inflamatória Maior que 3 meses de Alterações teciduais


+ Perfurações amplas e duração. Irreversíveis.
persistentes da
membrana timpânica
(MT); otorreia.

https://cdn.gn1.link/iapo/imageBank/xiii_manual_da_iapo_portugues_28.pdf https://pt.pngtree.com/freepng/cartoon-hand-drawn-hourglass-timing-time_5767232.html
Otite Média com Efusão Crônica (OMEC)

Efusão por mais de 3 meses, sem sinais inflamatórios agudos.

https://www.portalped.com.br/outras-especialidades/otorrinolaringologia/otite-media-com-efusao-recomendacoes-atuais/

Etiopatogênese - Processo dinâmico e multifatorial

Fatores que modifiquem as características histológicas e as funções exercidas pela


mucosa respiratória, associados ou não à disfunção da tuba auditiva. principal fator isolado

Teorias
IVAS- Congestão da tuba – pressão negativa na orelha média – aspiração de patógenos da nasofaringe.

Congestão da tuba – trocas gasosas entre orelha média e microcirculação da mucosa- extravasamento de plasma
(transudato) – metaplasia epitelial – produção de exsudato.
Otite Média com Efusão Crônica (OMEC)

A OME chegou a ser considerada uma patologia não infecciosa.


Hoje, sabemos do papel do biofilme como grande fator causal e de resistência.

• 75% das efusões têm microorganismos.


• Biofilmes indentificados na nasofaringe de 54% das crianças com OM.
Germes: Haemophilus influenzae; Streptococcus pneumoniae; Moraxella catarrhalis.
Alloiococcus otitidis (gram-positivo) em 20-50% dos aspirados de orelha.
https://br.depositphotos.com/416699302/stock-photo-otitis-media-inflammatory-disease-middle.html

Sequelas Diagnóstico Tratamento

Pode provocar perda condutiva leve à Presença de líquido s/ sinais e Inclui espera vigilante, uso de
moderada. sintomas da OMA (abaulamento e corticosteroides ou inserção de
hiperemia da MT; febre). tubos de ventilação na orelha média
para drenar o líquido.

atraso no desenvolvimento da A remoção cirúrgica das adenoides,


linguagem e alterações no rendimento quando presentes, pode ser
escolar. considerada em casos persistentes
ou recorrentes.
Perfuração Timpânica

Centrais: bordo de remanescente Marginais: ausência de bordo


timpânico em todos os 360 graus da em algum ponto.
perfuração.

https://felippefelix.com.br/blog/timpanoplastias/

Historicamente (Thorburn, em 1965) foi classificada:


Lillie Tipo I (sd da Lillie Tipo II
perfuração permanente): (mucosite
Limitada a pars tensa. tubotimpânica
Margens densas; crônica): otorreia
otorreia intermitente. mucoide ou
Aspecto variável mucopurulenta de
(hialino, purulento ou longa data e maior
mucopurulento). quantidade;
Mucosa da caixa perfurações grandes
timpânica quase normal, ou totais; erosões
pode ter hiperemia ou ossiculares https://www.clinicacoser.com/veja-fotos-de/otoscopia/#14

degeneração superficial, frequentes; mucosa


porém, sem timpânica inflamada e
queratinização. espessada
Perfuração Timpânica

Perfuração Inside-out ou Explosiva: Perfuração Outside-in ou Perfuração-Retração:

perfurações amplas da MT, de aspecto Resultado de uma retração moderada ou grave da parte
riniforme. Está associada a um evento tensa da membrana. São orelhas cronicamente mal
infeccioso inflamatório agudo na fenda ventiladas com retração e atrofia progressivas da
auditiva que, tanto pela pressão exercida pela membrana timpânica, muitas vezes resultando na sua
secreção purulenta quanto pela necrose aderência ao promontório e ruptura da sua integridade.
associada, acaba por “explodir” a membrana
timpânica resultando na perfuração.

Indícios: medialização
do cabo do martelo;
remanescentes
timpânicos aderidos à
articulação
incudoestapediana;
remanescentes
timpânicos aderidos ao
promontório.
Perfuração Timpânica

Bactérias envolvidas (mas


patogenicidade questionável):

Gram-negativos, especialmente
Pseudomonas aeruginosa, Proteus
mirabilis e Escherichia coli; Gram--
positivos Staphylococcus aureus,
Enterobacter e, raramente, bactérias
anaeróbias.

ATBs

Geralmente se usa
polimixina B;
gentamicina;
ciprofloxacino;
associados com
corticóide.
Retração da M. Timpânica

retrações ocorrem mais frequentemente na


parte flácida e no quadrante posterossuperior
da parte tensa.
Retração da M. Timpânica

https://felippefelix.com.br/blog/timpanoplastias/ https://www.otorrinousp.org.br/imageBank/seminarios/seminario_74.pdf

Tubo de ventilação não garante a resolução do


processo inflamatório localizado no espaço de
Prussak (maior sítio potencial para futuros
colesteatomas).
Otite Média Crônica Silenciosa

Conceito

Alterações teciduais inflamatórias


irreversíveis na fenda auditiva associadas a
uma membrana timpânica íntegra.

Presença de estágios ativos, com aumento da vascularização da


mucosa e submucosa, infiltrados inflamatórios agudos, ulcerações e
tecido de granulação imaturo; e cicatriciais nos quais predominam a
fibrose e a neoformação óssea.

Indetectada x Indetectável
Alterações Ossiculares
Efeito columelar

https://blogcocleativa.com/2021/02/08/otosclerose-ou-otospongiose/
Colesteatoma

Colesteatomas são estruturas císticas revestidas por epitélio Patogênese


escamoso estratificado, repousando sobre um estroma fibroso de
espessura variável, o qual pode conter alguns elementos do forro Discutível, geralmente feita
mucoso original. pelo estudo da orelha
contralateral.

• Metaplasia;
• Migração;
• Invaginação;
• Proliferação Papilar;

https://doctorried.com/colesteatoma/ https://doctorried.com/colesteatoma/

É caracterizado pelo acúmulo de queratina esfoliada na orelha média


ou outras áreas pneumáticas do osso temporal.

“Pele no lugar errado” (Schuknecht; 1974)


Colesteatoma

Classificação

Congênito x Adquirido
Primário x Secundário

Padrão de crescimento:

■ Átical ou epitimpânico posterior: quando o


colesteatoma é confinado à
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/multimedia/image/colesteatoma

pars flaccida. ( + prevalente em adultos).


■ Tensa ou mesotimpânico posterior: quando o
colesteatoma surge no
quadrante posterossuperior da pars tensa.
■ Epitimpânico anterior: quando o colesteatoma
se origina
cranialmente e anteriormente à cabeça do
martelo.

Ainda, o de “duas vias” e “indeterminado”


https://portaldootorrino.com/doenca.php?id=41
Colesteatoma Congênito

Colesteatoma congênito é um tipo raro de keratoma - 3 a 6 em


100.000 pessoas. Na infância, cerca de 30% dos colesteatomas são
congênitos.

A apresentação clássica constitui-se da presença de uma pérola atrás de


uma membrana timpânica intacta, observada em topografia do quadrante
anterossuperior e na maioria das vezes sem história de otorreia, perfuração
ou qualquer procedimento otológico prévio.

https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMicm0911270

Origina-se do mesmo ectoderma que forma a notocorda primitiva:

Teoria da metaplasia da Migração de células


X ectodérmicas oriundas do
mucosa da orelha média.
conduto auditivo externo em
desenvolvimento.

https://www.facebook.com/102844328190198/posts/216230226851607/
Colesteatoma Congênito Granuloma de colesterol

Necessita ser distinguido do granuloma de colesterol, seio sigmoide


anômalo e neoplasmas.

Critérios diagnósticos propostos por Sousa

https://www.otorrinoweb.com/glosario/g/3937-granuloma-de-colesterol.html

Glomus timpânico

Em crianças com 1 desses sinais, TC de ouvido é mandatória, Segundo o


autor.
https://www.iogi.org/servicio/oido/patologia/glomus-timpanico-yugular
Colesteatoma - cirurgia

O tratamento de escolha para o colesteatoma


congênito é cirúrgico. O otologista deve escolher
entre os três principais procedimentos cirúrgicos
para a ressecção da doença: timpanoplastia,
timpanomastoidectomia de cavidade fechada e
timpanomastoidectomia de cavidade aberta.

Vídeo do Dr Bruno Taguchi - REMOÇÃO DO


COLESTEATOMA COM ENDOSCÓPIO - Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=lTFXAVxI1do
Colesteatoma - cirurgia
Vídeo do Dr Felippe Felix- Cirurgia de Colesteatoma Congênito - Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=nSPqt1aHaqY
Referência
• PIGNATARI, Shirley Shizue Nagata (Org.); ANSELMO-LIMA, Wilma
Terezinha (Org.). Tratado de otorrinolaringologia. 3a ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018. 991 p.
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