A Curva ABC

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 Descrever a finalidade do uso da curva ABC nas


empresas;

 Apresentar a importância da curva ABC para o bom


desempenho das organizações;

 Descrever os principais passos a seguir na resolução


de curva ABC;

 Exercitar sobre ponto de vista prático da curva ABC.


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1. Gestão de Stock nas Empresas
Nos dias actuais, uma das áreas que mais se
desenvolvem dentro das organizações sem dúvidas é a
Gestão de Estoques, pois inferiu a ideia de que os
itens em estoque ficam parados por períodos de
tempo muito grandes e sem necessidade alguma, e
isso, retém um alto investimento de capital da empresa.

Estoque parado é dinheiro “morto”.

Com este cenário, as empresas passaram a ter uma


atenção maior em seus inventários, sendo assim,
resguardando um tempo a mais de estudos referidos a
este assunto.
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No século XIX, Vilfredo Pareto, político, sociólogo e
economista italiano, em um estudo sobre a renda e
riqueza, constatou que 20% da população
concentravam a maior parte da riqueza, 80%.

A curva ABC ou “80-20”, como também é conhecida, é


concebida nas empresas com o intuito de separar os
itens de maior e menos importância, sendo
classificados em grupos das respectivas letras A, B e C.

Curva ABC nada mais é do que um método de orientação


de itens de estoque de uma empresa e a classificação
em grupos de itens, sob o ponto de vista econômico-
financeiro, de acordo com suas importâncias relativas.
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Os itens da Classe A são os mais importantes e devem,
por isso, ser tratados com uma atenção especial pela
administração (políticas diferenciadas para a definição do
estoque mínimo, giro, controlo, etc).

Os itens da Classe C são menos importantes e assim,


justificam pouca atenção por parte da administração (por
exemplo, aquisição de lotes maiores) e, B é uma Classe
intermediária entre A e C.

A classificação, o conhecimento e a composição do


estoque são peças-chaves no gerenciamento da
empresa, e junto a esta magnífica ferramenta, determinar
à lucratividade proporcionada por cada grupo.
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2. Importância da Curva ABC
 Separa dos itens em três grupos de acordo com: O
valor de demanda ou procura anual quando se trata
de produtos acabados; O valor de consumo anual
quando se tratar de produtos em processo ou
matérias-primas e insumos;
 Usada para a definição de políticas de vendas,
para o estabelecimento de prioridades, para a
programação de produção;
 Usada como um parâmetro que informa sobre a
necessidade de aquisição de itens (mercadorias ou
matérias-primas) essenciais para o controlo do
estoque.
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Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se
o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e
o grau de representação no facturamento da
organização.

Assim sendo, como resultado de uma típica classificação


ABC, surgirão grupos divididos em três classes, como
segue:
 CLASSE A: Itens que possuem alto valor de
demanda/procura ou consumo anual.
 CLASSE B: Itens que possuem um valor de
demanda/procura ou consumo anual intermediário.
 CLASSE C: Itens que possuem um valor de
demanda/procura ou consumo anual baixo.
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A curva ABC deriva tanto a sua simplicidade e eficácia da
regra 80-20. Então, para começar a entender e aplicar a
curva ABC no controlo de estoques, o gestor da logística
deve começar aqui: 80% das receitas da empresa
provêm de 20% de suas ofertas.

Todo gestor deve saber qual de seus


produtos ou serviços produzem a parte
maior da receita e do lucro.
O gestor da logística pode sentar-se com o gerente de
compras dele e começar a procurar formas de diminuir
custos e reduzir os montantes mantidos na mão.
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Itens A são aqueles relativamente poucos que
representam o maior custo e, geralmente, o maior
investimento. Como tal, estes itens devem ser dados
uma atenção considerável.

Itens B podem ser encomendados em quantidades


menores do que as peças C, talvez mensal ou trimestral,
mas com muito menos frequência do que o grupo "A".

Os demais itens, que custam menos e são classificados


como “não tão importantes”, são denominados itens C e
podem ser comprados com muito menos frequência, algo
de uma vez por ano.

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Tabela Resumo de Curva ABC

Classe Quantidade em Stock (%) Valor em Stock (%)


A 20% 80%
B 30% 15%
C 50% 5%

Definido desta maneira é fácil ver a lógica simples:


80% dos custos do negócio provêm de apenas
20% de seus itens comprados.

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Representação Gráfica da Curva ABC

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Exercício de Aplicação:
A empresa GESLOG, Lda, precisa definir critérios prioritários de
suprimentos para itens de consumo regulares. Por decisão de seus
administradores ou gestores, passou a colectar dados para
confecção de um sistema de classificação ABC, conforme podemos
visualizar pela tabela seguinte.
Pede-se para:
a)Determinar o grupo de produto das classes A, B e C e a
porcentagem que cada uma delas contribui para o valor total da
empresa.

Informações necessárias para resolver este problema, que são:


 Produto (ou Cód. do Produto);
 Consumo Anual;
 Preço Unitário;
 Valor total (muitas vezes o valor total virá em branco).

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Consumo Preço %
Produto Valor Total % Classificação
Anual Unitário Acumulada
1 1000 2,00 2.000,00
2 200 20,00 4.000,00
3 2000 1,00 2.000,00
4 100 80,00 8.000,00
5 200 20,00 4.000,00
6 4000 10,00 40.000,00
7 4000 48,00 192.000,00
8 1000 84,00 84.000,00
9 50 40,00 2.000,00
10 30 200,00 6.000,00
11 500 4,00 2.000,00
12 8000 4,00 32.000,00
13 100 20,00 2.000,00
14 1000 24,00 24.000,00
15 10 600,00 6.000,00
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Passos a Seguir:
Passo 1: Determinar a ordem dos produtos que
contribuem mais no campo de “Valor Total” (ordem do
produto com maior contribuição para o de menor
contribuição).
Passo 2: Determinar a porcentagem relativa de cada
item correspondente no todo. Para fazer isso,
dividimos cada item do campo “Valor Total” pela soma
total do mesmo campo.
Passo 3: Determinar a porcentagem acumulada. Para
fazer isso, copiamos o resultado do 1° item e os
demais acumulamos.
Passo 4: Determinar a classe dos itens da tabela.

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Passo 1: Determinar a ordem dos produtos que contribuem
mais no campo de “Valor Total” (ordem do produto com
maior contribuição para o de menor contribuição).
Produto Consumo Preço Unitário Valor Total % % Acumulada Classificação
Anual
7 4000 48,00 192.000,00
8 1000 84,00 84.000,00
6 4000 10,00 40.000,00
12 8000 4,00 32.000,00
14 1000 24,00 24.000,00
4 100 80,00 8.000,00
10 30 200,00 6.000,00
15 10 600,00 6.000,00
2 200 20,00 4.000,00
5 200 20,00 4.000,00
1 1000 2,00 2.000,00
3 2000 1,00 2.000,00
9 50 40,00 2.000,00
11 500 4,00 2.000,00
13 100 20,00 2.000,00
TOTAL -------------------- -------------------- 410.000,00
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Passo 2: Determinar a porcentagem relativa de cada item
correspondente no todo. Para fazer isso, dividimos cada item do
campo “Valor Total” pela soma total do mesmo campo.
Produto Consumo Preço Unitário Valor Total % % Acumulada Classificação
Anual
7 4000 48,00 192.000,00 46,8
8 1000 84,00 84.000,00 20,5
6 4000 10,00 40.000,00 9,8
12 8000 4,00 32.000,00 7,8
14 1000 24,00 24.000,00 5,9
4 100 80,00 8.000,00 2
10 30 200,00 6.000,00 1,5
15 10 600,00 6.000,00 1,5
2 200 20,00 4.000,00 1
5 200 20,00 4.000,00 1
1 1000 2,00 2.000,00 0,5
3 2000 1,00 2.000,00 0,5
9 50 40,00 2.000,00 0,5
11 500 4,00 2.000,00 0,5
13 100 20,00 2.000,00 0,5
TOTAL -------------------- -------------------- 410.000,00 100
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Passo 3: Determinar a porcentagem acumulada. Para fazer
isso, copiamos o resultado do 1° item e os demais
acumulamos.
Produto Consumo Preço Unitário Valor Total % % Acumulada Classificação
Anual
7 4000 48,00 192.000,00 46,8 46,8
8 1000 84,00 84.000,00 20,5 67,3
6 4000 10,00 40.000,00 9,8 77,1
12 8000 4,00 32.000,00 7,8 84,9
14 1000 24,00 24.000,00 5,9 90,7
4 100 80,00 8.000,00 2 92,7
10 30 200,00 6.000,00 1,5 94.1
15 10 600,00 6.000,00 1,5 95,6
2 200 20,00 4.000,00 1 96,6
5 200 20,00 4.000,00 1 97,6
1 1000 2,00 2.000,00 0,5 98
3 2000 1,00 2.000,00 0,5 98,5
9 50 40,00 2.000,00 0,5 99
11 500 4,00 2.000,00 0,5 99,5
13 100 20,00 2.000,00 0,5 100
TOTAL -------------------- -------------------- 410.000,00 100 100
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Passo 4: Determinar a classe dos itens da tabela.
Produto Consumo Preço Unitário Valor Total % % Acumulada Classificação
Anual
7 4000 48,00 192.000,00 46,8 46,8 A
8 1000 84,00 84.000,00 20,5 67,3 A
6 4000 10,00 40.000,00 9,8 77,1 A
12 8000 4,00 32.000,00 7,8 84,9 B
14 1000 24,00 24.000,00 5,9 90,7 B
4 100 80,00 8.000,00 2 92,7 B
10 30 200,00 6.000,00 1,5 94.1 B
15 10 600,00 6.000,00 1,5 95,6 C
2 200 20,00 4.000,00 1 96,6 C
5 200 20,00 4.000,00 1 97,6 C
1 1000 2,00 2.000,00 0,5 98 C
3 2000 1,00 2.000,00 0,5 98,5 C
9 50 40,00 2.000,00 0,5 99 C
11 500 4,00 2.000,00 0,5 99,5 C
13 100 20,00 2.000,00 0,5 100 C
TOTAL -------------------- -------------------- 410.000,00 100 100 --------------------

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Nota: Determinamos as classes dos itens baseando-se nas
porcentagens acumuladas.
Sabemos que o grupo de produtos Classe A se referem
aproximadamente à 80% da renda. No exercício a porcentagem
acumulada de 77,1% é a que chega mais próxima deste valor,
logo os produtos que fazem parte deste acúmulo (produto 7,
produto 8 e produto 6) são os que compõe os produtos de
classe A da empresa.

O grupo B é constituído pelos itens 12, 14, 4, 10 e 15 dos produtos,


e eles contribuem com 18,5% da renda total da empresa; (Nota:
os grupos da classe B ocupam cerca de 15% da renda total).

O grupo C é constituído pelo restante, ou seja, pelos itens 2, 5, 1, 3,


9, 11 e 13 dos produtos, e eles contribuem o restante de nossa
renda, que é o valor de 4,4%. (Nota: os grupos da classe C
ocupam cerca de 5% da renda total).
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Exercício Prático:
Empresa GOLSEG, Lda, precisa definir critérios prioritários de suprimentos
para itens de consumo regulares. Por decisão de seus administradores
ou gestores, passou a colectar dados para confecção de um sistema
de classificação ABC, conforme podemos visualizar pela tabela abaixo:
Produto Consumo Preço Unitário Valor Total % % Acumulada Classificação
Anual
1 20000 1,00
2 4000 2,00
3 3500 2,00
4 5000 3,00
5 65000 1,00
6 200 10,00
7 300 10,00
8 2000 1,00
9 5000 1,00
10 3000 2,00
11 30000 100,00
12 10000 50,00
Total
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1) VIANA, João J. Administração de Materiais: um enfoque
prático. São Paulo: Atlas, 2008.
2) WANKE, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de
Suprimentos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
3) NOVAES, António G. Logística e Gerenciamento da
Cadeia de Distribuição. São Paulo: Campus, 2007.
4) HONG, Yuh C. Gestão de Estoques na Cadeia de
Logística Integrada: Supply Chain. São Paulo: Atlas,
2008.
5) MEDEIROS, Valéria Zuma et al. Métodos Quantitativos
com Excel.
6) BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos. 6. ed. São Paulo: Bookman, 2006.
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