Asma

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ASMA

DRª MARÍLIA
Conceito
A asma é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida, caracterizada por três
componentes:
1. Episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas, que regridem
espontaneamente ou com tratamento;
2. Resposta broncoconstritora exagerada a estímulos que tem pouco ou
nenhum efeito nos indivíduos não asmáticos – hiperresponsividade das vias
aéreas;
3. Inflamação das vias aéreas
Sinonímia

ASMA = BRONQUITE ASMÁTICA


Epidemiologia
- meninos>meninas
- após puberdade meninas > meninos
- incidência aumento com industrialização – sem causa definida

- EUA: 8% - prevalência
15 mi – consultas ambulatoriais/ano
2 mi – internações/ano
Fisiopatologia
Genética:

- 60% hereditariedade
- Um locus no cromossomo 17q21 tem sido associado a asma que se inicia na
infância
Fisiopatologia
Acetilcolina Histamina
Liberada dos nervos motores Principal fonte: mastócitos
intrapulmonares
Agente broncoativo
Causa constrição dos mm lisos das
Papel menor como mediador da
vias aéreas através da estimulação
direta dos receptores muscarínicos obstrução das vias aéreas
Fisiopatologia
Leucotrienos Óxido Nítrico
Cisteinil leucotrienos – LTC4, LTD4, LTE4 Produzido pelas cels epiteliais das VA
Di-hidroxileucotrieno – LTB4 Tem ação broncodilatador, porém em
altos níveis pode ter reação com ânion
Mastócitos, eosinófilos e os macrófagos superóxido e formar produtos tóxicos
alveolares têm a capacidade enzimática de
produzir cisteinil leucotrienos a partir de Paciente com asma tem níveis de NO
seus fosfolipídeos da membrana mais elevados que outras pessoas
Leucócitos PMN produzem
exclusivamente LTB4
LTC4, LTD4: mais potentes constritor da
mm lisa
Consequência...
• Hipertrofia e hiperplasia das glândulas das vias aéreas e das células
secretoras tanto na superfície epitelial como glandular, bem como
hiperplasia do músculo liso das vias aéreas.
Manifestação Clínica
 Dispneia – graus variados, presente nas crises ou exercício físico, sem relação
com o grau de obstrução de VA
 Tosse seca
 Sibilância / “chiado”
 Dor torácica ( anterior e opressiva)
Exame Físico
Ambulatorial:
Ausculta: sibilos

Exame do tórax na crise aguda:


inspeção: tórax hiperinsuflado; Inspiração < expiração; uso de mm. acessória
Ausculta: sibilos (roncos e estertores se outro dx associado)
Taquipneia, taquicardia
Achados laboratoriais
Espirometria: Pico de Fluxo:
- Distúrbio ventilatório obstrutivo • Diminuído
(VEF1/CVF < LIN)
• variação > 10% PFE
- VEF1 diminuído
- FEF 25-75 diminuído
*Obs: espirometria normal não exclui
dx de ASMA
Não é recomendado realizá-la com
paciente exacerbado!
DVO

Leve
Com
reversibilidade
após o uso de
BD
Achados laboratoriais
NO ar exalado: Gasometria arterial:
•Elevada nos pacientes com asma • Asma grave com IRp e dessaturação
•Sem valor na rotina (<92%)
Achados Laboratoriais
Séricos: ECG:
•Leucograma: Eosinofilia •Normal
•Taqui sinusal
•IgE total: aumentado •Asma grave: p pulmonale; BRD;
anormalidade ST
Achados Laboratoriais
Radiografia: Escarro:
• Normal • eosinófilos
• Sinais de hiperinsuflação na fase • sem benefício na rotina
tardia
• Principal indicação: descartar outros
diagnósticos diferenciais
Diagnóstico

CLÍNICO + LABORATORIAL
Características clínicas
 Geralmente paciente com mais de um sintoma (difícil ter somente tosse)
 Sintomas variam ao longo do tempo e de intensidade
 Os sintomas pioram quase sempre a noite ou ao acordar
 Os sintomas pioram quase sempre com exercício físico, risada, contato com
alérgenos, frio
 Sintomas pioram ou surgem com infecções virais
Prova de função pulmonar
 Espirometria:

-Reversibilidade pós BD: aumento do VEF1 ou CVF > 12% e 200ml em relação
ao valor basal após 10-15min de uso de SABA (salbutamol 400mcg)

-Aumento de 12% e 200ml na espirometria após 4 semanas de tratamento com


corticoide inalatório, sem infecção respiratória ou >20% PFE, em relação ao valor
basal
Variação do VEF1 >12% e 200ml nas consultas, sem infecção respiratória

 PFE:
-média de variação >10% do valor diário diurno em 2 semanas
Teste Broncoprovocativo /
broncoprovocação
Teste broncoprovocativo positivo: queda de
20% do VEF1 após inalação com concentrações
gradualmente maiores de metacolina
Fenótipos

GINASTHMA 2019
Diagnóstico diferencial
 DPOC  Deficiência de α1AT
 Disfunção das cordas vocais  Doença Cardíaca Congênita
 Bronquiectasia/Fibrose Cística  TEP crônico
 IC Tosse por medicação (IECA)
 Doença Pulmonar Intersticial  Aspiração de corpo estranho
 Síndrome da Hiperventilação Aspergilose Broncopulmonar alérgica
DRGE
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
NÃO FARMACOLÓGICO
Terapia não farmacológica
- COMORBIDADES (Rinite alérgica, DRGE, Hipotireoidismo, Depressão, SAHOS,
Obesidade)
- HIGIENE AMBIENTAL
- CESSAÇÃO DE TABAGISMO
- VACINAÇÃO (anti-influenza anualmente) e pneumo23.
- EVITAR MEDICAMENTOS QUE PIORAM OS SINTOMAS DA ASMA (β-bloq,
aspirina, AINE)
- ATIVIDADE FÍSICA
Considerar Step Up:
 asma não controlada, exacerbações, MAS... Checar técnica do dispositivo e
aderência, primeiramente!

Considerar Step down:


Sintomas controlados e função pulmonar estabilizada por 3 meses + baixo risco
de exacerbações
Não é recomendado interromper corticoide inalatório!
Critérios controle ( último mês)
- Despertar noturno
- Sintomas diurnos > 2x/semana
- Usar medicação de resgate > 2x/semana
- interferência dos sintomas no dia a dia (faltar do trabalho ou faltar da escola)

0 : bem controlado
1-2 positivas: parcialmente controlado
> 3 : não controlado
Objetivos do tratamento
1. Permitir que o paciente siga com suas AVDs sem a interferências dos sintomas
2. Permitir que o paciente durma sem o despertar causado pelos sintomas
3. Minimizar o uso de broncodilatadores de alívio
4. Prevenir a necessidade de cuidados médicos imprevistos
5. Manter a função pulmonar razoavelmente próxima ao normal

Não há cura!
Ablação por radiofrequência do M. liso das VA
•Indicado a partir do step 5
• Feito através de broncoscopia
• Diminuição das exacerbações, mas sem benefício na melhora da função
pulmonar e nos sintomas
Ex 1 Paciente sexo feminino, 22 anos, com quadro de sibilância, dispneia e tosse seca há dois anos,
com predomínio dos sintomas no período noturno quase diariamente. Refere ter tido bronquite
na infância. Nega tabagismo ativo e tem passivo (pai). Também relata idas frequentes ao pronto
atendimento, pelo menos duas vezes na semana pelos mesmos sintomas a pouco mais de um
mês. À espirometria: distúrbio ventilatório obstrutivo leve com resposta após o uso de
broncodilatador. À radiografia de tórax: sem alterações.
Com base neste caso, responda qual a conduta inicial indicada para a paciente?

a) B2 agonista de curta duração e antileucotrieno

b) Corticoterapia sistêmica e B2 agonista de curta duração se crises

c) B2 agonista de longa duração e corticoterapia sistêmica

d) Corticoterapia inalatória em média dosagem associado a B2agonista de longa duração

e) B2 curta duração nas crises


Ex 2 A paciente retorna após 03 meses em seu consultório referindo não ter ido mais ao pronto
atendimento, porém está apresentando sibilância no período noturno com despertares,
necessitando de medicação de resgate. Nega interferência dos sintomas nas atividades diárias.
Refere uso regular da medicação. Nova espirometria de reavaliação: distúrbio ventilatório
obstrutivo leve com resposta pós broncodilatador. Qual a conduta?
a) Associar anticolinérgico
b) Checar adesão e técnica do dispositivo inalatório
c) Aumentar a dosagem da corticoterapia inalatória
d) Associar corticoterapia sistêmica e anti-IgE subcutâneo.
e) Associar antileucotrieno
Objetivos da aula:
 Reconhecer pacientes com sintomas de asma
 Fazer diagnóstico
 Estabelecer tratamento – farmacológico e não farmacológico
Bibliografia
Cecil 23ª edição
Diretriz da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
GINASTHMA 2020

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