Problemas de Aprendizagem

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PROBLEMAS

DE
APRENDIZAGEM

Prof.ª Esp. Cássia Nathalia Dias| Psicóloga


CRP 20/04137
Rhayssa Oliveira de Souza| Psicóloga
Importância da Aprendizagem
Logo que a criança nasce, começa aprender e
continua a fazê-lo durante toda a vida...

 Nasce – Choro;

 Primeiros anos – familiaridade com mãos e pés; Pronto


para iniciação da linguagem falada;
 3 ou 4 anos – aprendizagem dirigida.
Importância da Aprendizagem

 Fatores Biológicos:
 Maturação dos órgãos dos sentidos, do sistema nervoso
central, dos músculos, glândulas, etc.
 Integridade dos órgãos dos sentidos;
 Plasticidade;
 Influência de drogas no organismo;
 Fadiga (mental ou muscular).
Importância da Aprendizagem

 Fatores Psicológicos:
 Motivação adequada;

 Autoconceito positivo;

 Confiança em sua capacidade de aprender;

 Ausência de conflitos emocionais perturbadores, etc.


Importância da Aprendizagem

A aprendizagem depende de informações, habilidades e


conceitos aprendidos anteriormente. A eficiência da
aprendizagem está diretamente ligada à existência de
problemas.
Dificuldade, distúrbio e transtorno

Mesmo com tantas informações e diagnósticos


prescritos de condições neuropsicológicas, há uma imensa
confusão em relação ao que é uma Dificuldade, um
Distúrbio e um Transtorno.
Dificuldade, Distúrbio e Transtorno
Dificuldade, Distúrbio e Transtorno

Na visão comportamentalista,
DISTÚRBIO e TRANSTORNO são
nomenclaturas que equivalem, ou seja, tanto a
palavra distúrbio quanto a palavra transtorno
são usadas em uma mesma situação.
Dificuldade, Distúrbio e Transtorno

 A DIFICULDADE não está centrada somente no aluno, ou seja, no


seu processo de aprendizagem, mas também no processo de ensino
(professor), em uma situação emocional e na organização social;

 A DIFICULDADE é pontual e deve ser trabalhada por


especialistas das áreas pedagógica, fonoaudiológica e/
ou psicológica para que seja excluída.
Dificuldade, Distúrbio e Transtorno

O DISTÚRBIO ou TRANSTORNO já difere da dificuldade


por ser relacionado a algo patológico, que sugere comprometimentos
neurológicos das funções cerebrais. Os especialistas que trabalham
com esses problemas são os neurologistas e/ou psiquiatras, conforme
cada caso.
Um aluno com Distúrbio de aprendizagem apresenta
algumas características que devem ser observadas pelo
professor:

 Refugia-se no mutismo, ou seja, evita


falar, recusa-se a ir ao quadro, participa
pouco, deixa-se esquecer;

 Tem o sentimento, às vezes


correspondente à realidade, de não
ser ouvido, de ser excluído, de ser
rejeitado pelo professor;
Um aluno com Distúrbio de aprendizagem apresenta
algumas características que devem ser observadas
pelo professor:

 Sente-se marginalizado ou mantido


afastado por seus colegas no recreio, não
se sente à vontade com seus amigos, tem
dificuldade em se inserir em uma
atividade em grupo;

 Busca de forma exclusiva o contato


com o adulto, fala facilmente com os
professores, mas tem pouco contato com
os colegas;
Um aluno com Distúrbio de aprendizagem apresenta
algumas características que devem ser observadas
pelo professor:

 Perde o apetite, recusa‑se a comer antes de ir à escola,


queixa‑se de dor de barriga ou dor de cabeça;

 Opera uma separação considerável entre a vida


escolar e a vida familiar.
Entretanto, esses indicadores não devem ser
considerados como fatores determinantes, pois há
alunos que falam pouco e brincam sozinhos sem que
isso seja um indicador de dificuldade, pois essas
ações fazem parte da sua personalidade.
DISTÚRBIOS
DA FALA
Todos os problemas que ocorrem na área da
linguagem e da fala, apresentam dois aspectos
importantes, que se relacionam, tornando-se ora
causa, ora consequência: o Psicológico (ou
emocional) e o Orgânico.
É a omissão,
substituição, distorção
ou acréscimo de sons
na palavra falada.
DISLALIA
Trata-se de falhas de articulação cuja origem pode ser
orgânica (defeitos no arco dental, lábio leporino, freio de língua
curto, língua de tamanho acima do normal) ou funcional (a criança
não sabe mudar a posição da língua e dos lábios).
DISLALIA
 A Dislalia Funcional é frequente em filhos caçulas, por terem
uma função importante na família, tendem a conservar formas de
articulação infantil;
 A Dislalia Funcional pode ocorrer também com filhos de
estrangeiro que em casa usam a língua de origem, que obriga a
acriança a ter dois sistemas de articulação;
 O tratamento das Dislalias consiste em
exercícios articulatórios feitos diante do
espelho e de treino de movimentação da língua
e lábios;
 A Dislalia como todos os problemas de fala,
interferem no aprendizado da língua escrita.
Disartria é definida como a
dificuldade de utilizar os músculos
da fala, ou então a fraqueza destes.
É um problema articulatório.
DISARTRIA
 Pode ser causada por danos no tronco cerebral ou às fibras nervosas
que ligam a camada externa do cérebro (córtex cerebral) ao tronco
cerebral;

 Nas formas mais brandas, as falhas só aparecem quando


o portador tenta falar com rapidez, em situações de tensão
e fadiga.
DISARTRIA
Pessoas que têm Disartria
produzem sons que se aproximam ao
real som das palavras, e na ordem
correta. A fala pode ser ofegante,
irregular, imprecisa e com tons
monótonos ou de vibração, dependendo
do local em que ocorreu o dano cerebral.
Pelo fato de a capacidade para
compreender e usar a linguagem não ser
afetada, a maioria das pessoas com
Disartria pode ler e escrever
normalmente.
DISTÚRBIOS
Dislexia, antes de qualquer definição,
é um jeito de ser e de aprender; reflete a
expressão individual de uma mente, muitas
vezes arguta e até genial, mas que aprende
de maneira diferente...
É um tipo de distúrbio de leitura que provoca uma
dificuldade específica na identificação de símbolos
gráficos, embora a criança apresente inteligência
normal, integridade sensorial e receba estimulação e
ensino adequados.
DISLEXIA

Atualmente a dislexia é conhecida nomeio


científico por Transtorno de Aprendizado em Leitura.
Divide-se em duas partes:
 Dificuldade na decodificação das palavras, ou seja
em identificar as palavras individuais ou a lentidão
na leitura de frases e textos;
 Dificuldade na compreensão do que é lido.
DISLEXIA

A dificuldade na leitura envolve omissão, troca


ou adição de letras, sílabas ou palavras na frase,
dificuldade em dar entonação adequada nos
acentos e nas pontuações, lentidão excessiva e,
consequentemente, uma tendência a evitar cada
vez mais a leitura.
SINTOMAS E SINAIS
 Demora a aprender a falar, dar laço nos
sapatos, a reconhecer as horas, a pegar e chutar
bola, a pular corda;
 Tem dificuldade para: escrever números e letras corretamente;
ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras
compridas; distinguir esquerda e direita;
 A leitura é mais lenta do que o esperado para a idade;
Necessita usar blocos, dedos ou anotações para fazer
cálculos;
Apresenta dificuldade incomum para lembrar a tabuada;
SINTOMAS E SINAIS

 O tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas


parece ser mais lento do que se espera para idade;

 Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si;

 Confunde-se com instruções, números de telefones, lugares,


horários e datas;

Atrapalha-se ao pronunciar palavras longas;

 Tem dificuldade em planejar e fazer


redações..
SINTOMAS E SINAIS

O esforço de lutar contra as dificuldades, a censura e a


decepção às vezes leva a criança disléxica a manifestar sintomas
como dores abdominais, de cabeça ou transtornos de
comportamento. Em geral, ela é considerada relapsa, desatenta,
preguiçosa, sem vontade de aprender, o que cria uma situação
emocional que tende a se agravar.
SINTOMAS E SINAIS

Muitos conflitos e frustrações


acompanham o disléxico e sua família,
pois, sendo ele normal
intelectualmente, as expectativas da
família são sempre muito altas.
Reprovações e abandono escolar são
ocorrências comuns na vida escolar do
disléxico. Existem consequências mais
profundas no nível emocional, como
diminuição do autoconceito, reações
rebeldes e delinquências ou de natureza
depressiva.
CAUSAS
A Dislexia tem base
neurológica e genética, podendo
ainda ser agravada pelo recinto no
qual a criança está inserida.
Contudo, para fechar o diagnóstico
é necessário que o estudante passe
por uma equipe multidisciplinar
para realizar uma avaliação de
exclusão, sendo essencial a
colaboração da família.
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe


multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo,
neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso
descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de
atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais,
psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na
aprendizagem.
TRATAMENTO
O profissional responsável pode variar, dependendo da
dificuldade apresentada pela criança. Ela pode precisar de
acompanhamento especializado de um psicólogo, psicopedagogo ou
fonoaudiólogo. Entretanto, o tratamento não acontece apenas no
contexto da clínica. É necessário o envolvimento da família e dos
professores para estimular continuamente a criança.
O papel do Professor...
O papel do professor...

 Colocar o aluno numa carteira mais próxima de si, para assim poder
"vigiar" a atenção e as dificuldades do aluno;
 Eliminar possíveis focos de distração (afastar colegas/amigos,
barulhos, objetos que distraiam, janelas ou portas, etc.);
 Ensinar o aluno a organizar os cadernos/dossiê com cores, com
separadores, etc.
 Fazer um reforço positivo e não negativo para que ele não
se sinta marginalizado.
 Dar mais tempo durante as provas.
 Ler as provas/perguntas para o aluno.
DISTÚRBIOS DA ESCRITA

Disgrafia e Disortografia
DISGRAFIA
É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo
visual da palavra impressa. Caracteriza-se pelo lento traçado
das letras, que em geral são ilegíveis.
DISGRAFIA
 A criança Disgráfica não é portadora de defeito visual e
tampouco de qualquer comprometimento intelectual ou
neurológico. No entanto, ela não consegue idealizar no plano
motor o que captou no plano visual.
 Existem vários níveis de disgrafia,
desde a incapacidade de segurar o lápis
ou de traçar uma linha, até a
apresentada por crianças que são
capazes de fazer desenhos simples, mas
não copiar figuras ou palavras mais
complexas.
DISGRAFIA

Os principais tipos de erro da criança disgráfica são:

 Apresentação desordenada do
texto;
 Margens mal feitas ou
inexistentes; a criança ultrapassa ou
para muito antes da margem, não
respeita limites, amontoa letras na
borda da folha;
 Espaço irregular entre palavras,
linhas e entrelinhas.
DISGRAFIA
 Traçado de má qualidade: tamanho
pequeno ou grande, pressão leve ou
forte, letras irregulares;
 Separações inadequadas das letras;
 Ligações defeituosas de letras na
palavra;
 Irregularidade no espaçamento das
letras na palavra;
 Direção da escrita oscilando para
cima ou para baixo.
DISORTOGRAFIA
 Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente
a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de
letras. Essa dificuldade não implica a diminuição da qualidade
do traçado das letras;
 As trocas ortográficas são normais
durante o 1º e 2º ano do EF, porque a
relação entre a palavra impressa e os sons
ainda não está totalmente dominada. A
partir daí, deve-se avaliar as dificuldades
ortográficas, principalmente com trocas de
palavras e sílabas já conhecidas.
DISORTOGRAFIA

Os principais tipos de erro da criança com Disortografia são:

 Confusão de letras (trocas auditivas):


- Consoantes surdas por sonoras: f/v, p/b, ch/j
- Vogais nasais por orais: an/a, en/e, in/i, on/o, un/u
 Confusão de sílabas com tonicidade semelhante:
cantarão/cantaram
 Confusão de letras (trocas visuais):
~ Simétricas: b/d, p/q.
~ Semelhantes: e/a, b/h, f/t
DISORTOGRAFIA
 Confusão de palavras com configurações semelhantes:
pato/pelo
 Uso de palavras com um mesmo som para várias letras:
casa/caza, azar/asar, exame/ezame (som do z)
 Além dessas trocas podem surgir dificuldades em recordar a
sequência dos sons das palavras, que são elaboradas mentalmente.
~ Omissões: caxa/caixa ~ Adições: árvovore/árvore
~ Inversões: picoca/pipoca
~ Fragmentações: em contraram/ encontraram
~ Junções: Comcerteza/ Com certeza
~Contaminação, na palavra, de uma letra por outra
próxima: brindadeira/brincadeira
CAUSAS

Estão associadas a cinco aspectos principais:


1. Orgânicos: Cardiopatias, deficiências sensoriais (visuais e
auditivas), deficiências motoras (paralisia infantil, paralisia
cerebral, etc.), deficiências intelectuais (retardamento mental
ou diminuição intelectual), disfunção cerebral, etc.

2. Psicológicos: Desajustes
emocionais provocados pela
dificuldade que a criança tem de
aprender, o que gera ansiedade,
insegurança e autoconceito
negativo.
CAUSAS

3. Pedagógicos: Métodos inadequados


de ensino; falta de estimulação pela
pré-escola dos pré-requisitos
necessários à leitura e à escrita; falta
de percepção, por parte da escola, do
nível de maturidade da criança,
iniciando a alfabetização precoce;
relacionamento professor – aluno
deficiente; atendimento precário das
crianças devido a superlotação das
classes.
CAUSAS
4. Socioculturais: Falta de estimulação (criança que não faz a
pré-escola e também não é estimulada no lar); desnutrição;
privação cultural do meio; marginalização das crianças com
dificuldades de aprendizagem pelo sistema de ensino comum.

5. Dislexia.
DISTÚRBIOS ARITMÉTICOS

Discalculia
DISCALCULIA

A condição é independente do nível de inteligência da criança


e dos métodos pedagógicos usados. A dificuldade está centrada ao
redor da habilidade para interpretar símbolos numéricos e operações
aritméticas como adição, subtração, multiplicação e divisão. Uma
criança com Discalculia vai confundir números e signos e não será
capaz de fazer cálculos mentais ou trabalhar com ideias abstratas.
Essas crianças têm dificuldade para completar exercícios ou deveres.
Sintomas da Discalculia na Ed. Infantil

 Dificuldade para aprender a contar;


 Problemas associados à compreensão de números;
 Incapacidade para classificar e medir: É difícil associar um número
com uma situação da vida real. Por exemplo, vincular o número "2" à
possibilidade de ter 2 balas, 2 livros;
 Erros de ortografia dos números quando são escritos ou copiados;
 Símbolos incorretos: por exemplo, confundir o 9 com o
6 ou o 3 com o 8;
 Dificuldade para classificar objetos por formato e
tamanho.
Sintomas da Discalculia no EFI

 Problemas para reconhecer os símbolos matemáticos: As crianças


confundem o signo + com - e não podem usar esses ou outros
símbolos corretamente;
 Incapacidade para aprender ou lembrar estruturas matemáticas
básicas, como 1+2=3;
 Usam com frequência os dedos para contar;
 Iniciam os problemas na ordem errada. Por exemplo, ao
somar ou subtrair começam pela direita ao invés de pela
esquerda;
 Dificuldade para realizar contas básicas na mente.
Sintomas da Discalculia no EFII e EM

 Elas têm dificuldade para aplicar ideias matemáticas no dia a dia. Por
exemplo, estimar quanto vão gastar em total, fazer uma alteração, criar
um orçamento, etc.;
 Pouca orientação ou desorientação, elas têm dificuldade para seguir
indicações e com frequência se perdem;
 Usam com frequência os dedos para contar;
 Se sentem inseguras para resolver equações matemáticas
básicas e têm pouca criatividade com os números. Não
entendem as diferentes fórmulas ou maneiras de resolver
o mesmo problema;
 Dificuldade para entender gráficos, representações
numéricas ou mapas.
TIPOS DE DISCALCULIA

Na Discalculia léxica, o estudante apresenta dificuldade na


leitura de símbolos matemáticos, na verbal, dificuldades em nomear
quantidades matemáticas, na gráfica, o estudante se atrapalha na
escrita de números e símbolos da matemática, na proctognóstica,
dificuldade na enumeração e comparação de objetos, e na
ideognóstica, os estudantes sentem dificuldade em operações mentais

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