Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico: diferenças entre revisões
Iria adicionar o cargo Duque de Parma e Placencia porém não apareceu na Infobox, já diz de tudo e nada, quem quiser ajudar e arrumar o possível erro meu para que este cargo fique visível eu fico grato. Ou também atingiu o limite de cargos? Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
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Educado por [[Antônio Floriano de Liechtenstein]], foi o herdeiro contratado pelos Habsburgos espanhóis, ramo em extinção. [[Carlos II da Espanha]] fez seu herdeiro o duque de Anjou, que subiu ao trono espanhol como [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], violando o contrato. A guerra pela coroa levou à [[Guerra da Sucessão Espanhola]], nos anos finais do [[Século XVII]]. |
Educado por [[Antônio Floriano de Liechtenstein]], foi o herdeiro contratado pelos Habsburgos espanhóis, ramo em extinção. [[Carlos II da Espanha]] fez seu herdeiro o duque de Anjou, que subiu ao trono espanhol como [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], violando o contrato. A guerra pela coroa levou à [[Guerra da Sucessão Espanhola]], nos anos finais do [[Século XVII]]. |
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Carlos chegou a [[Portugal]], como [[arquiduque]] pretendente ao trono espanhol, em março de [[1704]]. Foi recebido com muitos agasalhos: declaração de guerra à [[Espanha]]. Havia entretanto desordem, bulhas, anarquia nas tropas, rivalidade entre os comandantes. Desde [[1674]], D. [[Pedro II de Portugal]] não convocara mais as [[Cortes Gerais (Espanha)|Cortes Gerais]] — instituição que outrora representara a nação perante o rei —, uma consequência do [[absolutismo]]. O pretendente veio na armada do almirante Rook, usando nome de Carlos III da Espanha. Um mês depois Filipe d'Anjou iniciou hostilidades contra Portugal, ocorrendo as primeiras investidas na [[Beira (Portugal)|Beira]] e no [[Alentejo]]. A invasão continuou até o exército português criar, em território espanhol, uma segunda frente, o que significava encontrar-se completo o exército, com auxiliares [[neerlandeses]], comandados pelo barão Fagel, e [[ingleses]] chefiados pelo Conde de Galloway.<ref>Cerisier, Antoine Marie. ''Tableau de l'histoire générale des Provinces-Unies''. Volume 9. Utrecht : J. Van Schoonhoven & Comp., 1777.</ref> |
Carlos chegou a [[Portugal]], como [[arquiduque]] pretendente ao trono espanhol, em março de [[1704]]. Foi recebido com muitos agasalhos: declaração de guerra à [[Espanha]]. Havia entretanto desordem, bulhas, anarquia nas tropas, rivalidade entre os comandantes. Desde [[1674]], D. [[Pedro II de Portugal]] não convocara mais as [[Cortes Gerais (Espanha)|Cortes Gerais]] — instituição que outrora representara a nação perante o rei —, uma consequência do [[absolutismo]]. O pretendente veio na armada do almirante Rook, usando nome de Carlos III da Espanha. Um mês depois Filipe d'Anjou iniciou hostilidades contra Portugal, ocorrendo as primeiras investidas na [[Beira (Portugal)|Beira]] e no [[Alentejo]]. A invasão continuou até o exército português criar, em território espanhol, uma segunda frente, o que significava encontrar-se completo o exército, com auxiliares [[neerlandeses]], comandados pelo barão Fagel, e [[ingleses]] chefiados pelo Conde de Galloway.<ref>Cerisier, Antoine Marie. ''Tableau de l'histoire générale des Provinces-Unies''. Volume 9. Utrecht : J. Van Schoonhoven & Comp., 1777.</ref> |
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Embora com pouco talento político, em seu reinado a Áustria atinge sua maior expansão. Talvez em consequência dos anos que passara na Espanha, introduziu na corte de [[Viena]] o cerimonial espanhol (''Spanisches Hofzeremoniell'') e mandou construir a famosa [[Escola Espanhola de Equitação]]. Além do mais, construiu em seu reinado o ''[[Reichskanzlei]]'' ("chancelaria do Estado") e a Biblioteca Nacional. Agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler. Muitos dos prédios [[barroco]]s atualmente existentes em Viena foram construídos em seu reinado. |
Embora com pouco talento político, em seu reinado a Áustria atinge sua maior expansão. Talvez em consequência dos anos que passara na Espanha, introduziu na corte de [[Viena]] o cerimonial espanhol (''Spanisches Hofzeremoniell'') e mandou construir a famosa [[Escola Espanhola de Equitação]]. Além do mais, construiu em seu reinado o ''[[Reichskanzlei]]'' ("chancelaria do Estado") e a Biblioteca Nacional. Agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler. Muitos dos prédios [[barroco]]s atualmente existentes em Viena foram construídos em seu reinado. |
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[[Ficheiro:Johann Gottfried Auerbach 002.JPG|miniaturadaimagem|''Carlos VI''<br><small>Por [[Johann Gottfried Auerbach]]</small>|esquerda|250x250px]]Tinha ambições musicais. Em menino, recebeu lições de [[Johann Joseph Fux]], de modo que compunha e tocava [[cravo (instrumento musical)|cravo]] e [[piano]] e por vezes se animou a reger a orquestra real. |
[[Ficheiro:Johann Gottfried Auerbach 002.JPG|miniaturadaimagem|''Carlos VI''<br /><small>Por [[Johann Gottfried Auerbach]]</small>|esquerda|250x250px]]Tinha ambições musicais. Em menino, recebeu lições de [[Johann Joseph Fux]], de modo que compunha e tocava [[cravo (instrumento musical)|cravo]] e [[piano]] e por vezes se animou a reger a orquestra real. |
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Tendo apenas duas filhas (do casamento com [[Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel (1691-1750)|Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel]]) e não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a [[Pragmática Sanção de 1713]], pela qual declarou que seu reino não poderia ser dividido, e filhas mulheres poderiam também herdar o trono paterno. |
Tendo apenas duas filhas (do casamento com [[Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel (1691-1750)|Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel]]) e não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a [[Pragmática Sanção de 1713]], pela qual declarou que seu reino não poderia ser dividido, e filhas mulheres poderiam também herdar o trono paterno. |
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Quando morreu, teve lugar a [[Guerra de Sucessão Austríaca]]. Por fim, a Pragmática Sanção predominou, e sua filha [[Maria Teresa da Áustria|Maria Teresa]] o sucedeu como Rainha da Hungria e da Boêmia e Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não tivesse sido eleita para o Sacro Império Romano, o qual foi assumido por [[Carlos VII do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos VII]]. |
Quando morreu, teve lugar a [[Guerra de Sucessão Austríaca]]. Por fim, a Pragmática Sanção predominou, e sua filha [[Maria Teresa da Áustria|Maria Teresa]] o sucedeu como Rainha da Hungria e da Boêmia e Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não tivesse sido eleita para o Sacro Império Romano, o qual foi assumido por [[Carlos VII do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos VII]]. |
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Revisão das 00h08min de 18 de março de 2024
Carlos VI (Viena, 1 de outubro de 1685 – Viena, 20 de outubro de 1740) foi o Imperador Romano-Germânico, Arquiduque da Áustria e Rei da Hungria, Croácia e Boêmia de 1711 até sua morte.[1] Ele também foi em diferentes momentos Rei da Sardenha, Rei de Nápoles e Rei da Sicília, além de soberano de outros territórios. Era filho do imperador Leopoldo I e sua terceira esposa Leonor Madalena de Neuburgo.
Vida
Educado por Antônio Floriano de Liechtenstein, foi o herdeiro contratado pelos Habsburgos espanhóis, ramo em extinção. Carlos II da Espanha fez seu herdeiro o duque de Anjou, que subiu ao trono espanhol como Filipe V, violando o contrato. A guerra pela coroa levou à Guerra da Sucessão Espanhola, nos anos finais do Século XVII.
Carlos chegou a Portugal, como arquiduque pretendente ao trono espanhol, em março de 1704. Foi recebido com muitos agasalhos: declaração de guerra à Espanha. Havia entretanto desordem, bulhas, anarquia nas tropas, rivalidade entre os comandantes. Desde 1674, D. Pedro II de Portugal não convocara mais as Cortes Gerais — instituição que outrora representara a nação perante o rei —, uma consequência do absolutismo. O pretendente veio na armada do almirante Rook, usando nome de Carlos III da Espanha. Um mês depois Filipe d'Anjou iniciou hostilidades contra Portugal, ocorrendo as primeiras investidas na Beira e no Alentejo. A invasão continuou até o exército português criar, em território espanhol, uma segunda frente, o que significava encontrar-se completo o exército, com auxiliares neerlandeses, comandados pelo barão Fagel, e ingleses chefiados pelo Conde de Galloway.[2]
Como seu irmão, o imperador José I morrera subitamente, Carlos retorna à Áustria, assume o trono austríaco e, em 1711, é eleito imperador romano-germânico em Frankfurt.
Embora com pouco talento político, em seu reinado a Áustria atinge sua maior expansão. Talvez em consequência dos anos que passara na Espanha, introduziu na corte de Viena o cerimonial espanhol (Spanisches Hofzeremoniell) e mandou construir a famosa Escola Espanhola de Equitação. Além do mais, construiu em seu reinado o Reichskanzlei ("chancelaria do Estado") e a Biblioteca Nacional. Agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler. Muitos dos prédios barrocos atualmente existentes em Viena foram construídos em seu reinado.
Tinha ambições musicais. Em menino, recebeu lições de Johann Joseph Fux, de modo que compunha e tocava cravo e piano e por vezes se animou a reger a orquestra real.
Tendo apenas duas filhas (do casamento com Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel) e não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a Pragmática Sanção de 1713, pela qual declarou que seu reino não poderia ser dividido, e filhas mulheres poderiam também herdar o trono paterno.
Quando morreu, teve lugar a Guerra de Sucessão Austríaca. Por fim, a Pragmática Sanção predominou, e sua filha Maria Teresa o sucedeu como Rainha da Hungria e da Boêmia e Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não tivesse sido eleita para o Sacro Império Romano, o qual foi assumido por Carlos VII.
Depois de Carlos VII, porém, o marido de Maria Teresa, Francisco III, duque da Lorena, foi eleito Imperador como Francisco I, assegurando a continuação da linha dos Habsburgo.
Ver também
- Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
- Lista de soberanos da Hungria
- História da Áustria
Referências
- ↑ Maltby; Hause (2000). Ie Ess West Civil W/Sty Tips (em inglês). Belmont: Wadsworth. p. 360
- ↑ Cerisier, Antoine Marie. Tableau de l'histoire générale des Provinces-Unies. Volume 9. Utrecht : J. Van Schoonhoven & Comp., 1777.
Precedido por José I |
Imperador romano-germânico 1711 — 1740 |
Sucedido por Carlos VII |
Precedido por José I |
Rei da Hungria 1711 – 1740 |
Sucedido por Maria Teresa |
Precedido por Carlos I |
Duque de Parma e Placência 1735 – 1740 |
Sucedido por Maria Teresa da Áustria |
- Nascidos em 1685
- Mortos em 1740
- Monarcas católicos romanos
- Imperadores do Sacro Império Romano
- Reis da Germânia
- Reis da Boêmia
- Reis da Hungria
- Duques de Milão
- Condes da Flandres
- Casa de Habsburgo
- Cavaleiros da Ordem do Tosão de Ouro
- Naturais de Viena
- Reis habsburgos da Sardenha
- Monarcas da Casa de Habsburgo
- Duques da Caríntia
- Reis de Valência
- Reis habsburgos da Sicília e Nápoles
- Sepultados na Cripta Imperial de Viena