Arquitetura eclética: diferenças entre revisões
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A expressão {{PU-AO45|arquitetura eclética|arquitectura ecléctica}} refere-se a um período de transição da [[arquitetura]] predominante desde meados do [[século XIX]] até as primeiras décadas do [[século XX]]. |
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Além do uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética, de maneira geral, se caracterizou pela [[simetria]], busca de grandiosidade, rigorosa [[Hierarquia|hierarquização]] dos espaços internos e riqueza decorativa. |
Além do uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética, de maneira geral, se caracterizou pela [[simetria]], busca de grandiosidade, rigorosa [[Hierarquia|hierarquização]] dos espaços internos e riqueza decorativa. |
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==Variações do estilo eclético== |
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Pode-se distinguir ao menos três correntes principais do ecletismo, em termos de princípios arquitetônicos: a da '''composição estilística''', a do '''historicismo tipológico''', e a dos '''pastiches compositivos'''.<ref>PATETTA, 1987, p. 14-15.</ref> |
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Quanto aos estilos, podem ser citados durante o proto-ecletismo, dois revivalismos, o neoclassicismo e o neogótico. Depois, durante o ecletismo propriamente dito, vieram o neogrego, neorromano, neorrenascimento, neobarroco, neogótico (enquanto estilo em si, não revivalismo), neorromânico, neoegípcio, neomourisco, neoindiano.<ref>COLIN, 2010.</ref> Outros estilos associados incluem o [[pitoresco]] (chalés, bangalôs),<ref>CAMPOS, 2008; AMOROSO, 2009.</ref> o ''art nouveau'' e o neocolonial.<ref>LEMOS, 1987.</ref> |
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No [[Brasil]], a arquitetura eclética foi uma tendência dentro do chamado [[academicismo]] propagado pela [[Academia Imperial de Belas Artes]] e pela sua sucessora, a [[Escola Nacional de Belas Artes]], ao longo do século XIX. Assim, o ensino arquitetônico acadêmico no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], que, inicialmente, privilegiou o [[Arquitetura neoclássica|neoclassicismo]], mais tarde adotou o ecletismo de origem europeia. Em paralelo, surgiram instituições artísticas em outros lugares do Brasil também comprometidas com a arquitetura eclética, como o [[Liceu de Artes e Ofícios |
No [[Brasil]], a arquitetura eclética foi uma tendência dentro do chamado [[academicismo]] propagado pela [[Academia Imperial de Belas Artes]] e pela sua sucessora, a [[Escola Nacional de Belas Artes]], ao longo do século XIX. Assim, o ensino arquitetônico acadêmico no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], que, inicialmente, privilegiou o [[Arquitetura neoclássica|neoclassicismo]], mais tarde adotou o ecletismo de origem europeia. Em paralelo, surgiram instituições artísticas em outros lugares do Brasil também comprometidas com a arquitetura eclética, como o [[Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo]]. |
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Em [[São Paulo]], o ecletismo arquitetônico teve, em [[Ramos de Azevedo]], seu principal nome. Azevedo foi responsável pelos projetos do [[Theatro Municipal de São Paulo]] e da Pinacoteca do Estado. |
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No [[Recife]], cidade que abriga importantes monumentos ecléticos, o arquiteto italiano Giácomo Palumbo e o francês Gustave Varin se destacaram. |
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Já em [[Porto Alegre]], o ecletismo encontrou um grande representante na figura de [[Theodor Wiederspahn]]. |
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⚫ | No estado de [[Minas Gerais]], o ecletismo aparece também nos traços da edificação do [[Palácio da Liberdade]], situado em [[Belo Horizonte]]. O espaço abriga várias obras de arte e é a atual sede do governo estadual, e faz parte do Circuito da Liberdade, considerado grande expoente da cultura brasileira. |
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Na cidade do Rio de Janeiro, um grande exemplar da arquitetura eclética era o [[Palácio Monroe]]. Este era a antiga sede do Senado Federal, que foi demolida na década de 70, durante a ditadura militar. |
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== Galeria da arquitetura eclética brasileira == |
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Ficheiro:Palácio da Liberdade (Antiga sede do Governo de Minas) - panoramio.jpg|[[Palácio da Liberdade]], Belo Horizonte |
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Ficheiro:Museu Nacional de Belas Artes 02.jpg|[[Museu Nacional de Belas Artes (Brasil)|Museu Nacional de Belas Artes]], Rio de Janeiro |
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Ficheiro:Tribunal de Justiça de Pernambuco - Recife, Pernambuco, Brasil(2).jpg|[[Palácio da Justiça (Recife)|Palácio da Justiça]], [[Recife]] |
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Ficheiro:Webysther 20150907164050 - Palácio Rio Branco.jpg|[[Palácio Rio Branco (Salvador)|Palácio Rio Branco]], em [[Salvador]], [[Bahia]] |
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== Em Portugal == |
== Em Portugal == |
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Após um ciclo de grande estabilidade, inicia-se, com a questão do [[mapa cor-de-rosa]], nova fase de instabilidade onde se sucedem os governos em regime de rotativismo, a ditadura de [[João Franco]], o [[Regicídio de 1908|regicídio]], [[Implantação da República Portuguesa|implantação da república]] e [[primeira guerra mundial]]. Nesta fase, assiste-se à curiosa justaposição de tendências. O século XX tem início ainda com o [[neoclassicismo]], nas obras do [[Palácio de São Bento]] – actual [[Assembleia da República]]; e o [[romantismo]], na construção da [[Quinta da Regaleira]]. Ambos, na fase final, a par do ecletismo, das grandes edificações em ferro, mas já com sinais de uma arte nova confusa e das primeiras tentativas de modernizar a arquitetura. |
Após um ciclo de grande estabilidade, inicia-se, com a questão do [[mapa cor-de-rosa]], nova fase de instabilidade onde se sucedem os governos em regime de rotativismo, a ditadura de [[João Franco]], o [[Regicídio de 1908|regicídio]], [[Implantação da República Portuguesa|implantação da república]] e [[primeira guerra mundial]]. Nesta fase, assiste-se à curiosa justaposição de tendências. O século XX tem início ainda com o [[neoclassicismo]], nas obras do [[Palácio de São Bento]] – actual [[Assembleia da República]]; e o [[romantismo]], na construção da [[Quinta da Regaleira]]. Ambos, na fase final, a par do ecletismo, das grandes edificações em ferro, mas já com sinais de uma arte nova confusa e das primeiras tentativas de modernizar a arquitetura. |
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Em [[Portugal]], o ecletismo segue a grande corrente internacional. Como é, também, uma época de grandes fortunas burguesas, torna-se o estilo mais utilizado por esta classe social, como forma de ostentação econômica. Existem numerosos exemplos por todo o país, mas são de destacar [[Lisboa]], [[Porto]] e [[Estoril]]/[[Cascais]]. |
Em [[Portugal]], o ecletismo segue a grande corrente internacional. Como é, também, uma época de grandes fortunas burguesas, torna-se o estilo mais utilizado por esta classe social, como forma de ostentação econômica. Existem numerosos exemplos por todo o país, mas são de destacar [[Lisboa]], [[Porto]] e [[Estoril]]/[[Cascais]]/[[Sintra]]. |
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Imagem:France Paris Petit Palais renove Entree 02.jpg|Entrada do [[Petit Palais]] (1896-1900), [[Paris]], [[França]] |
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Imagem:Rtwinter.jpg|[[Palácio do Reichstag]] (1884-94), [[Berlim]], [[Alemanha]] |
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Imagem:Glass dome - Galleria Vittorio Emanuele II - Milan 2014.jpg|Galleria Vittorio Emanuele II, [[Milão]], [[Itália]] |
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Imagem:Madrid-BancoRioDeLaPlata.jpg|"Edificio de las Cariátides" (à direita) (inaugurado em 1918), em [[Madrid]], [[Espanha]] |
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Imagem:PC060484-bis.jpg|"Edificio Metropolis", em [[Madrid]], [[Espanha]] |
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Imagem:Av Aliados 5 (Porto).jpg|Edifícios na [[Avenida dos Aliados]], [[Porto]], [[Portugal]] |
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Imagem:Rua do Duque de Loulé Porto.jpg|Rua do Duque de Loulé (Porto) |
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Imagem:Bucharest, Romania.jpg|Palácio C.E.C. (1897-1900), [[Bucareste]], [[Romênia]] |
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===Américas=== |
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<gallery>Imagem:Palácio da Liberdade BH.jpg|[[Palácio da Liberdade]], construído entre [[1896]]-[[1897]] e inaugurado em 1898 em [[Belo Horizonte]]. Recebe visitações, abriga obras de arte e é a atual sede do Governo de [[Minas Gerais]] |
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Image:AH Custom house dusk jeh.JPG|Alexander Hamilton U.S. Custom House (1902-07), [[Nova Iorque|Nova York]], [[Estados Unidos]] |
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Ficheiro:AH Custom house dusk jeh.JPG|Alexander Hamilton U.S. Custom House (1902-07), [[Nova Iorque|Nova York]], [[Estados Unidos]] |
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Ficheiro:Metropolitan museum of art 2.jpg|[[Metropolitan Museum of Art]], [[Nova Iorque|Nova York]], [[Estados Unidos]] |
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Ficheiro:Mcclennan courthouse.jpg|Tribunal em [[Waco]], [[Texas]], [[Estados Unidos]] |
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Imagem:Casa Rosada, frente.jpg|[[Casa Rosada]], [[Buenos Aires]], [[Argentina]] |
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Imagem:Palacio Legislativo.JPG|Palácio Legislativo (1908-25), [[Montevidéu]], [[Uruguai]] |
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Ficheiro:Palacio de bellas artes 1.jpg|[[Palacio de Bellas Artes]] (1904-34), [[Cidade do México]] |
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Imagem:CapeTown CityHall.jpg|Prefeitura da [[Cidade do Cabo]] (inaugurada em 1905), [[África do Sul]] |
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Imagem:RSA Pretoria 2.jpg|Ou Raadsaal (antiga sede do Conselho da Câmara sul-africano), [[Pretória]], [[África do Sul]] |
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|Edifício "Consolidated Building", em [[Joanesburgo]], [[África do Sul]] |
|Edifício "Consolidated Building", em [[Joanesburgo]], [[África do Sul]] |
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Imagem:Egyptian Museum 19.JPG|[[Museu Egípcio (Cairo)|Museu Egípcio]] (1900), obra do arquiteto francês Marcel Dourgnon, [[Cairo]], [[Egito]] |
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Imagem:Alexandria Opera House.jpg|[[Teatro de ópera|Teatro de Ópera]] "Mohamed Aly" (1918-21), em [[Alexandria]], [[Egito]] |
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Imagem:Bank of Japan headquarters in Tokyo, Japan.jpg|Sede do [[Banco do Japão]] |
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Imagem:Nara national museum01s3200.jpg|[[Museu Nacional de Nara]], [[Japão]] |
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Imagem:Tokyo station05s3872.jpg|[[Estação de Tóquio]] (inaugurada em 1914), [[Japão]] |
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Imagem:Opéra de Sài Gòn.jpg|Ópera de [[Cidade de Ho Chi Minh|Saigon]], [[Vietname|Vietnã]], construída pelos [[França|franceses]] |
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== Ver também == |
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*[[Arquitetura historicista]] |
* [[Arquitetura historicista]] |
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*[[École des Beaux-Arts]] |
* [[École des Beaux-Arts]] |
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*[[Ecletismo em Portugal]] |
* [[Ecletismo em Portugal]] |
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*[[Arquitetura do Brasil#Romantismo e Ecletismo|Ecletismo no Brasil]] |
* [[Arquitetura do Brasil#Romantismo e Ecletismo|Ecletismo no Brasil]] |
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*[[Romantismo em Portugal]] |
* [[Romantismo em Portugal]] |
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{{referências}} |
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== Bibliografia == |
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* AMOROSO, Maria Rita Silveira de Paula. ''Arquitetura campestre na obra de Ramos de Azevedo. A arquitetura rural campineira: a Fazenda São Vicente em Campinas''. 2009. 296 p. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2009. [http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/77 link]. |
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* CAMPOS, Eudes. Chalés paulistanos. ''An. mus. paul.'', São Paulo, v. 16, n. 1, p. 47-108, 2008. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142008000100003&lng=en&nrm=iso link]. |
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* COLIN, Silvio. Ecletismo na arquitetura I. ''Coisas da Arquitetura'', 28/09/2010a. [https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/28/ecletismo-na-arquitetura-i/ link]. |
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* ______. Ecletismo na arquitetura II. ''Coisas da Arquitetura'', 28/09/2010b. [https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/28/ecletismo-na-arquitetura-ii/ link]. |
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* ______. Ecletismo na arquitetura III. ''Coisas da Arquitetura'', 28/09/2010c. [https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/28/ecletismo-na-arquitetura-iii/ link]. |
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* ______. Ecletismo na arquitetura IV. ''Coisas da Arquitetura'', 18/11/2010d. [https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/11/18/ecletismo-iv/ link]. |
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* FABRIS, Annateresa. Arquitetura eclética no Brasil: o cenário da modernização. ''An. mus. paul.'', São Paulo, v. 1, n. 1, p. 131-143, 1993 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47141993000100011&lng=en&nrm=iso link]. |
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* LEMOS, Carlos. Ecletismo em São Paulo. In: FABRIS, Annateresa. ''Ecletismo na arquitetura brasileira''. São Paulo: Ed. USP/Nobel, 1987. p. 68-103. [Cf. [https://repositorio.unesp.br/handle/11449/117999 ALMEIDA, 2012, p. 16-17].] |
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* PATETTA, Luciano. Considerações sobre o ecletismo na Europa. In: FABRIS, Anatereza. ''Ecletismo na arquitetura brasileira''. São Paulo: Nobel/Ed. da USP, 1987. pp. 8-27. [https://web.archive.org/web/20180124135541/https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3123286/mod_resource/content/1/52189160-3-Ecletismo-L-Patetta.pdf link]. |
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{{Commons|Category:Eclectic architecture}} |
{{Commons|Category:Eclectic architecture}} |
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{{Arquitetura no modernismo}} |
{{Arquitetura no modernismo}} |
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{{Portal3|Arquitetura}} |
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[[Categoria:Arquitetura eclética| ]] |
[[Categoria:Arquitetura eclética| ]] |
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[[sk:Eklekticizmus (umenie)]] |
Revisão das 00h53min de 7 de setembro de 2024
A eclética Estação da Luz em São Paulo | |
Série de artigos sobre História da arquitetura |
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Por geografia | |
Portugal | Brasil | Américas | África | Europa | Islão | Oriental | |
Por tipologia | |
Civil | Militar | Religiosa | Vernacular |
A expressão arquitetura eclética (AO 1945: arquitectura ecléctica) refere-se a um período de transição da arquitetura predominante desde meados do século XIX até as primeiras décadas do século XX.
Em arquitetura, o ecleticismo é a mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica. Apesar de que sempre há existido alguma mistura de estilos durante a história da arquitetura, a expressão "arquitetura eclética" é usada em referência aos estilos surgidos durante o século XIX que exibiam combinações de elementos que podiam vir da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica. Assim, o ecletismo se desenvolveu ao mesmo tempo e em íntima relação com a chamada arquitetura historicista, que buscava reviver a arquitetura antiga e gerou os estilos "neos" (neogótico, neorromânico, neorrenascença, neobarroco, neoclássico etc.). Do ponto de vista técnico, a arquitetura eclética também se aproveitou dos novos avanços da engenharia do século XIX, como o que possibilitou construções com estruturas de ferro forjado.
Uma das grandes influências da arquitetura eclética foi a arquitetura praticada na Escola de Belas Artes (École des Beaux Arts) de Paris, então a cidade mais importante no campo das artes. O chamado estilo "Beaux-arts", muito ornamentado e imponente, que mesclava o renascimento, o barroco e o neoclassicismo, foi influência obrigatória por todo o mundo ocidental. Entre as realizações mais grandiosas da arquitetura acadêmica parisiense, contam-se a Ópera de Paris (1861-1875), de Charles Garnier; o Grand Palais (1897-1900); o Petit Palais (1896-1900); e a Gare d'Orsay (1898).
Além do uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética, de maneira geral, se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa.
Variações do estilo eclético
Pode-se distinguir ao menos três correntes principais do ecletismo, em termos de princípios arquitetônicos: a da composição estilística, a do historicismo tipológico, e a dos pastiches compositivos.[1]
Quanto aos estilos, podem ser citados durante o proto-ecletismo, dois revivalismos, o neoclassicismo e o neogótico. Depois, durante o ecletismo propriamente dito, vieram o neogrego, neorromano, neorrenascimento, neobarroco, neogótico (enquanto estilo em si, não revivalismo), neorromânico, neoegípcio, neomourisco, neoindiano.[2] Outros estilos associados incluem o pitoresco (chalés, bangalôs),[3] o art nouveau e o neocolonial.[4]
No Brasil
No Brasil, a arquitetura eclética foi uma tendência dentro do chamado academicismo propagado pela Academia Imperial de Belas Artes e pela sua sucessora, a Escola Nacional de Belas Artes, ao longo do século XIX. Assim, o ensino arquitetônico acadêmico no Rio de Janeiro, que, inicialmente, privilegiou o neoclassicismo, mais tarde adotou o ecletismo de origem europeia. Em paralelo, surgiram instituições artísticas em outros lugares do Brasil também comprometidas com a arquitetura eclética, como o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
Em São Paulo, o ecletismo arquitetônico teve, em Ramos de Azevedo, seu principal nome. Azevedo foi responsável pelos projetos do Theatro Municipal de São Paulo e da Pinacoteca do Estado.
No Recife, cidade que abriga importantes monumentos ecléticos, o arquiteto italiano Giácomo Palumbo e o francês Gustave Varin se destacaram.
Já em Porto Alegre, o ecletismo encontrou um grande representante na figura de Theodor Wiederspahn.
No estado de Minas Gerais, o ecletismo aparece também nos traços da edificação do Palácio da Liberdade, situado em Belo Horizonte. O espaço abriga várias obras de arte e é a atual sede do governo estadual, e faz parte do Circuito da Liberdade, considerado grande expoente da cultura brasileira.
Na cidade do Rio de Janeiro, um grande exemplar da arquitetura eclética era o Palácio Monroe. Este era a antiga sede do Senado Federal, que foi demolida na década de 70, durante a ditadura militar.
Galeria da arquitetura eclética brasileira
-
Antigo Palácio Monroe, Rio de Janeiro
-
Palácio da Liberdade, Belo Horizonte
-
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
-
Santander Cultural, Porto Alegre
Em Portugal
A segunda metade do século XIX em Portugal é caracterizada por um período de grande desenvolvimento econômico e de franca melhoria das condições de vida. Com o impulso de Fontes Pereira de Melo e o fontismo, as ultimas décadas do século assistem à execução de grandes infraestruturas, como a rede de caminhos-de-ferro e as comunicações, tentando recuperar do atraso imposto pelas invasões francesas e posterior guerras liberais.
É o ambiente propício ao desenvolvimento do ecletismo e da arquitectura do ferro, a par do ainda presente romantismo. As novas classes privilegiadas e o ambiente burguês que se vive em Portugal propiciam o desenvolvimento da arquitectura historicista, para ostentação pessoal, em simultâneo com a moderna arquitectura do ferro nos grandes espaços como as estações de caminho-de-ferro, mercados e salas de exposição.
Após um ciclo de grande estabilidade, inicia-se, com a questão do mapa cor-de-rosa, nova fase de instabilidade onde se sucedem os governos em regime de rotativismo, a ditadura de João Franco, o regicídio, implantação da república e primeira guerra mundial. Nesta fase, assiste-se à curiosa justaposição de tendências. O século XX tem início ainda com o neoclassicismo, nas obras do Palácio de São Bento – actual Assembleia da República; e o romantismo, na construção da Quinta da Regaleira. Ambos, na fase final, a par do ecletismo, das grandes edificações em ferro, mas já com sinais de uma arte nova confusa e das primeiras tentativas de modernizar a arquitetura. Em Portugal, o ecletismo segue a grande corrente internacional. Como é, também, uma época de grandes fortunas burguesas, torna-se o estilo mais utilizado por esta classe social, como forma de ostentação econômica. Existem numerosos exemplos por todo o país, mas são de destacar Lisboa, Porto e Estoril/Cascais/Sintra.
Galeria
Europa
-
Ópera de Paris (1861-75), França
-
Rua do Duque de Loulé (Porto)
Américas
-
Alexander Hamilton U.S. Custom House (1902-07), Nova York, Estados Unidos
-
Palacio de Bellas Artes (1904-34), Cidade do México
-
Palácio Legislativo (1908-25), Montevidéu, Uruguai
África
-
Prefeitura da Cidade do Cabo (inaugurada em 1905), África do Sul
-
Ou Raadsaal (antiga sede do Conselho da Câmara sul-africano), Pretória, África do Sul
-
Estação do Caminho de Ferro de Maputo, construída entre 1913-1916. Maputo, Moçambique (ex-colónia portuguesa em África)
Extremo Oriente
-
Sede do Banco do Japão
-
Estação de Tóquio (inaugurada em 1914), Japão
Ver também
- Arquitetura historicista
- École des Beaux-Arts
- Ecletismo em Portugal
- Ecletismo no Brasil
- Romantismo em Portugal
Referências
Bibliografia
- AMOROSO, Maria Rita Silveira de Paula. Arquitetura campestre na obra de Ramos de Azevedo. A arquitetura rural campineira: a Fazenda São Vicente em Campinas. 2009. 296 p. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2009. link.
- CAMPOS, Eudes. Chalés paulistanos. An. mus. paul., São Paulo, v. 16, n. 1, p. 47-108, 2008. link.
- COLIN, Silvio. Ecletismo na arquitetura I. Coisas da Arquitetura, 28/09/2010a. link.
- ______. Ecletismo na arquitetura II. Coisas da Arquitetura, 28/09/2010b. link.
- ______. Ecletismo na arquitetura III. Coisas da Arquitetura, 28/09/2010c. link.
- ______. Ecletismo na arquitetura IV. Coisas da Arquitetura, 18/11/2010d. link.
- FABRIS, Annateresa. Arquitetura eclética no Brasil: o cenário da modernização. An. mus. paul., São Paulo, v. 1, n. 1, p. 131-143, 1993 link.
- LEMOS, Carlos. Ecletismo em São Paulo. In: FABRIS, Annateresa. Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo: Ed. USP/Nobel, 1987. p. 68-103. [Cf. ALMEIDA, 2012, p. 16-17.]
- PATETTA, Luciano. Considerações sobre o ecletismo na Europa. In: FABRIS, Anatereza. Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo: Nobel/Ed. da USP, 1987. pp. 8-27. link.