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Discípulos de Emaús: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Michelangelo Caravaggio 011.jpg|thumb|300px|'''Cristo em Emaús'''. Caravaggio, 1601.]]
[[Imagem:1602-3 Caravaggio,Supper at Emmaus National Gallery, London.jpg|thumb|''[[A Ceia em Emaús (Caravaggio)|A Ceia em Emaús]]''. <br><small>1601. Por [[Caravaggio]], atualmente na [[National Gallery (Londres)|National Gallery]], em [[Londres]].</small>]]
[[Imagem:La cena de Emaús, by Diego Velázquez.jpg|thumb|direita|''Jantar em Emaús''.<br><small>1618. Por [[Diego Velázquez]], atualmente no [[Metropolitan Museum of Art]], em [[Nova Iorque]].</small>]]
'''Discípulos de Emaús''' é uma das primeiras [[aparições de Jesus após a ressurreição]], logo após a [[crucificação de Jesus|sua crucificação]] e à descoberta do [[túmulo vazio]].<ref>''Luke'' by Fred B. Craddock 1991 ISBN 0-8042-3123-0 page 284</ref><ref>''Exploring the Gospel of Luke: an expository commentary'' by John Phillips 2005 ISBN 0-8254-3377-0 pages 297-230</ref> Tanto o "Encontro na estrada para Emaús" quanto o subsequente '''Jantar em Emaús''', que relata uma refeição que Jesus teve com os dois discípulos após o encontro na estrada, se tornaram temas muito populares na arte. Adicionalmente, o evento se tornou um ponto de inspiração para batizar diversos movimentos religiosos, serviços e atividades cristãs.


O episódio está descrito em {{citar bíblia|Lucas|24|13|35}}, onde se lê também a expressão “fica conosco, Senhor” ({{lang-la|''Mane nobiscum Domine''}}), que inspirou diversos textos, orações e canções.
'''Discípulos de Emaús''' é um episódio narrado no [[Evangelho de Lucas]] (24, 13-35). Este trecho das Sagradas Escrituras é ponto de inspiração para diversos movimentos religiosos, serviços e atividades cristãs.


== Narrativa bíblica ==
O episódio dos discípulos de [[Emaús]] foi tema de pintura de [[Caravaggio]], [[Diego Velázquez|Velázquez]], [[Veronese]] [[Rembrandt]] e outros.
O [[Evangelho de Lucas]] descreve um encontro na estrada e uma refeição posterior, narrando como um discípulo de nome [[Cléopas]] estava viajando em direção a [[Emaús]] com um colega quando eles se encontraram com [[Jesus]]. A princípio, eles não o reconheceram e discutiram a tristeza que sentiam com os eventos recentes (a [[morte de Jesus]]). Eles o convenceram então a segui-los e a juntar-se a eles numa refeição, durante a qual eles o reconheceram.


Em {{citar bíblia|Marcos|16|12|13}} há um relato similar, que descreve a aparição de Jesus a dois discípulos enquanto eles estavam andando numa zona rural, quase que no mesmo ponto da narrativa evangélica,<ref>''Catholic Comparative New Testament'' by Oxford University Press 2006 ISBN 0-19-528299-X page 589</ref> embora [[Marcos Evangelista|Marcos]] não nos dê o nome e nem o destino destes discípulos:
A expressão “fica conosco, Senhor” (em latim: ''Mane nobiscum Domine''), inspirou diversos textos, orações e canções.
{{citação2|{{citar bíblia|Marcos|16|12|13|citação = Depois disto manifestou-se sob outra forma a dois deles que iam a caminho para o campo. Eles foram anunciá-lo aos mais, mas nem a estes deram crédito.}}}}


O [[Evangelho de Lucas]] afirma que Jesus ficou com os discípulos e jantou com eles após o encontro na estrada:
==Trecho do Evangelho de Lucas==
{{citação2|{{citar bíblia|Lucas|24|28|29|citação = Aproximando-se da aldeia para onde iam, deu ele a entender que ia para mais longe. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica em nossa companhia, porque é tarde e o dia já declinou. Ele entrou para ficar com eles.}}}}
:(Lc 24, 13-35)
[[Imagem:Jan Wildens - Landscape with Christ and his Disciples on the Road to Emmaus - WGA25745.jpg|thumb|300px|esquerda|''Estrada para Emaús''.<br><small>1640. Por [[Jan Wildens]], atualmente no [[Museu Hermitage]], em [[São Petersburgo]].</small>]]
Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada [[Emaús]], distante de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado. Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.
A narrativa detalhada deste episódio é geralmente considerada como uma das melhores narrativas de uma cena bíblica no Evangelho de Lucas.<ref>''Luke for Everyone'' by Tom Wright, 2004 ISBN 0-664-22784-8 page 292</ref> No relato, quando Jesus apareceu a Cléopas e o outro discípulo, a princípio os ''"olhos deles não o puderam reconhecer"''. Posteriormente, quando Jesus, ''"estando com eles à mesa, tomando o pão, deu graças, e, partindo-o, dava-lhes"'', eles o reconheceram. B. P. Robinson argumenta que isto significa que o reconhecimento ocorreu durante a refeição,<ref>B. P. Robinson, "The Place of the Emmaus Story in Luke-Acts," ''[[New Testament Studies|NTS]]'' 30 [1984], 484.</ref> mas Raymond Blacketer nota que ''"Muitos, talvez a maioria, comentaristas, antigos, modernos e entre eles, enxergaram na revelação da identidade de Jesus durante a quebra do pão como tendo alguma forma de referência ou implicação [[Eucaristia|eucarística]]"''.<ref>Raymond A. Blacketer, "Word and Sacrament on the Road to Emmaus: Homiletical Reflections on Luke 24:13-35," ''[[Calvin Theological Journal|CTJ]]'' 38 [2003], 323.</ref>


Muitos dos [[gnósticos]] acreditavam que Jesus, não sendo de fato humano, seria capaz de mudar sua aparência à vontade e que estes relatos, juntamente com outros nos [[apócrifos do Novo Testamento|apócrifos]] gnósticos, suportam essa crença.<ref>Hoeller, pp. 64-65</ref>
Perguntou-lhes, então: "De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?" Um deles chamado Cleófas, respondeu-lhe: "És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?" Perguntou-lhes ele: "Que foi?" Disseram: "A respeito de Jesus de Nazaré... Era um profeta poderoso em obras e em palavras, diante de Deus e de todo o povo. Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele que havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam. É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol; e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram."


== Na arte ==
Jesus lhes disse. "Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas! Porventura não era necessário que o Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?" E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras.
Tanto o encontro na estrada como o subsequente jantar foram representados na arte, mas este último recebeu mais atenção. A arte medieval tende a mostrar o momento antes do reconhecimento de Jesus; Cristo geralmente veste um grande e pomposo chapéu para ajudar a explicar a falha em reconhecê-lo dos discípulos. Este é em geral um grande chapéu de [[peregrino]] com um [[broche de peregrino|broche]] ou, mais raramente, um [[chapeu judeu|chapéu judeu]].


A pintura do jantar de [[Rembrandt]] (1648), atualmente no [[Louvre]],<ref>[[:Ficheiro:Rembrandt Harmensz. van Rijn 023.jpg]]</ref> se desenvolve sobre um rascunho que ele fez seis anos antes, no qual o discípulo a sua esquerda havia levantado com as mãos juntas em oração. Em ambas, os discípulos estão espantados, maravilhados, mas não com medo. O servo ignora completamente o momento [[teofania|teofânico]] que ali acontece.<ref>''The Biblical Rembrandt'' by John I. Durham 2004 ISBN 0-86554-886-2 page 144</ref>
Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante. Mas eles forçaram-no a parar: "Fica conosco, já é tarde e já declina o dia." Entrou então com eles. Acontecendo que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho. Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapereceu.


Ambas versões de [[Caravaggio]], a de Londres<ref>[[:Ficheiro:Michelangelo Caravaggio 011.jpg]]</ref> e a de Milão,<ref>[[:Ficheiro:Supper at Emmaus-Caravaggio (1606).jpg]]</ref> que têm seis anos de diferença entre si, imitam a cor natural muito bem, mas foram criticadas por falta de decoro. O pintor mostrou Jesus sem a barba e a pintura de Londres mostra frutas sobre a mesa que estariam fora de estação. Além disso, o estalajadeiro aparece servindo vestindo um chapéu.<ref>''Art, creativity, and the sacred: an anthology in religion and art'' by Diane Apostolos-Cappadona 1995 ISBN 0-8264-0829-X page 64</ref>
Diziam então um para o outro: "Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os onze e os que com eles estavam. Todos diziam: "O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão. Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão."


Entre outros artistas que pintaram o jantar estão [[Jacopo Bassano]], [[Pontormo]], [[Vittore Carpaccio]], [[Philippe de Champaigne]], [[Albrecht Dürer]], [[Benedetto Gennari]], [[Jacob Jordaens]], [[Marco Marziale]], [[Pedro Orrente]], [[Tintoretto]], [[Ticiano]], [[Diego Velázquez|Velázquez]] e [[Paolo Veronese]]. O jantar também foi tema escolhido por um dos mais bem-sucedidos falsários de [[Vermeer]], [[Han van Meegeren]].
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=={{Ver também}}==
== Ver também ==
* [[Movimento de Emaús]]
{{Commonscat|Supper at Emmaus|Jantar em Emaús}}
* [[A Ceia em Emaús (Caravaggio)|A Ceia em Emaús]] (por Caravaggio)
* [[Abbé Pierre]]
* [[Abbé Pierre]]
* [[Harmonia evangélica]]
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{{Referências|col=2}}


=={{Ligações externas}}==
== Ligações externas ==
* [http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_20041008_mane-nobiscum-domine_po.html Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, de João Paulo II]
* [http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_20041008_mane-nobiscum-domine_po.html Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, de João Paulo II]
* {{citar web|url=http://www.clfc.puc-rio.br/emaus.html|publicado = A Pedagogia de Jesus no Caminho de Emaús, com Prof. Dr. Francisco Orofino| título=Mini curso do Centro Loyola de Fé e Cultura / PUC-Rio - 2012| língua = português|}}


{{esboço}}
{{Portal3|Arte}}


[[Categoria:Evangelhos]]
[[Categoria:Evangelho de Lucas]]
[[Categoria:Evangelho de Marcos]]
[[Categoria:Eventos narrados nos Evangelhos]]
[[Categoria:Jesus na arte]]
[[Categoria:Aparições de Jesus]]

Edição atual tal como às 20h06min de 21 de outubro de 2021

A Ceia em Emaús.
1601. Por Caravaggio, atualmente na National Gallery, em Londres.
Jantar em Emaús.
1618. Por Diego Velázquez, atualmente no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque.

Discípulos de Emaús é uma das primeiras aparições de Jesus após a ressurreição, logo após a sua crucificação e à descoberta do túmulo vazio.[1][2] Tanto o "Encontro na estrada para Emaús" quanto o subsequente Jantar em Emaús, que relata uma refeição que Jesus teve com os dois discípulos após o encontro na estrada, se tornaram temas muito populares na arte. Adicionalmente, o evento se tornou um ponto de inspiração para batizar diversos movimentos religiosos, serviços e atividades cristãs.

O episódio está descrito em Lucas 24:13–35, onde se lê também a expressão “fica conosco, Senhor” (em latim: Mane nobiscum Domine), que inspirou diversos textos, orações e canções.

Narrativa bíblica

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O Evangelho de Lucas descreve um encontro na estrada e uma refeição posterior, narrando como um discípulo de nome Cléopas estava viajando em direção a Emaús com um colega quando eles se encontraram com Jesus. A princípio, eles não o reconheceram e discutiram a tristeza que sentiam com os eventos recentes (a morte de Jesus). Eles o convenceram então a segui-los e a juntar-se a eles numa refeição, durante a qual eles o reconheceram.

Em Marcos 16:12–13 há um relato similar, que descreve a aparição de Jesus a dois discípulos enquanto eles estavam andando numa zona rural, quase que no mesmo ponto da narrativa evangélica,[3] embora Marcos não nos dê o nome e nem o destino destes discípulos:

«Depois disto manifestou-se sob outra forma a dois deles que iam a caminho para o campo. Eles foram anunciá-lo aos mais, mas nem a estes deram crédito.» (Marcos 16:12–13)

O Evangelho de Lucas afirma que Jesus ficou com os discípulos e jantou com eles após o encontro na estrada:

«Aproximando-se da aldeia para onde iam, deu ele a entender que ia para mais longe. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica em nossa companhia, porque é tarde e o dia já declinou. Ele entrou para ficar com eles.» (Lucas 24:28–29)
Estrada para Emaús.
1640. Por Jan Wildens, atualmente no Museu Hermitage, em São Petersburgo.

A narrativa detalhada deste episódio é geralmente considerada como uma das melhores narrativas de uma cena bíblica no Evangelho de Lucas.[4] No relato, quando Jesus apareceu a Cléopas e o outro discípulo, a princípio os "olhos deles não o puderam reconhecer". Posteriormente, quando Jesus, "estando com eles à mesa, tomando o pão, deu graças, e, partindo-o, dava-lhes", eles o reconheceram. B. P. Robinson argumenta que isto significa que o reconhecimento ocorreu durante a refeição,[5] mas Raymond Blacketer nota que "Muitos, talvez a maioria, comentaristas, antigos, modernos e entre eles, enxergaram na revelação da identidade de Jesus durante a quebra do pão como tendo alguma forma de referência ou implicação eucarística".[6]

Muitos dos gnósticos acreditavam que Jesus, não sendo de fato humano, seria capaz de mudar sua aparência à vontade e que estes relatos, juntamente com outros nos apócrifos gnósticos, suportam essa crença.[7]

Tanto o encontro na estrada como o subsequente jantar foram representados na arte, mas este último recebeu mais atenção. A arte medieval tende a mostrar o momento antes do reconhecimento de Jesus; Cristo geralmente veste um grande e pomposo chapéu para ajudar a explicar a falha em reconhecê-lo dos discípulos. Este é em geral um grande chapéu de peregrino com um broche ou, mais raramente, um chapéu judeu.

A pintura do jantar de Rembrandt (1648), atualmente no Louvre,[8] se desenvolve sobre um rascunho que ele fez seis anos antes, no qual o discípulo a sua esquerda havia levantado com as mãos juntas em oração. Em ambas, os discípulos estão espantados, maravilhados, mas não com medo. O servo ignora completamente o momento teofânico que ali acontece.[9]

Ambas versões de Caravaggio, a de Londres[10] e a de Milão,[11] que têm seis anos de diferença entre si, imitam a cor natural muito bem, mas foram criticadas por falta de decoro. O pintor mostrou Jesus sem a barba e a pintura de Londres mostra frutas sobre a mesa que estariam fora de estação. Além disso, o estalajadeiro aparece servindo vestindo um chapéu.[12]

Entre outros artistas que pintaram o jantar estão Jacopo Bassano, Pontormo, Vittore Carpaccio, Philippe de Champaigne, Albrecht Dürer, Benedetto Gennari, Jacob Jordaens, Marco Marziale, Pedro Orrente, Tintoretto, Ticiano, Velázquez e Paolo Veronese. O jantar também foi tema escolhido por um dos mais bem-sucedidos falsários de Vermeer, Han van Meegeren.

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Jantar em Emaús

Referências

  1. Luke by Fred B. Craddock 1991 ISBN 0-8042-3123-0 page 284
  2. Exploring the Gospel of Luke: an expository commentary by John Phillips 2005 ISBN 0-8254-3377-0 pages 297-230
  3. Catholic Comparative New Testament by Oxford University Press 2006 ISBN 0-19-528299-X page 589
  4. Luke for Everyone by Tom Wright, 2004 ISBN 0-664-22784-8 page 292
  5. B. P. Robinson, "The Place of the Emmaus Story in Luke-Acts," NTS 30 [1984], 484.
  6. Raymond A. Blacketer, "Word and Sacrament on the Road to Emmaus: Homiletical Reflections on Luke 24:13-35," CTJ 38 [2003], 323.
  7. Hoeller, pp. 64-65
  8. Ficheiro:Rembrandt Harmensz. van Rijn 023.jpg
  9. The Biblical Rembrandt by John I. Durham 2004 ISBN 0-86554-886-2 page 144
  10. Ficheiro:Michelangelo Caravaggio 011.jpg
  11. Ficheiro:Supper at Emmaus-Caravaggio (1606).jpg
  12. Art, creativity, and the sacred: an anthology in religion and art by Diane Apostolos-Cappadona 1995 ISBN 0-8264-0829-X page 64

Ligações externas

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