Bernard Appy
Bernard Appy | |
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Bernard Appy em 2017. | |
Ministro da Fazenda do Brasil (interino) | |
Período | 3 de janeiro de 2007 a 14 de janeiro de 2007 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Guido Mantega |
Sucessor(a) | Guido Mantega |
Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda do Brasil | |
Período | 1º de janeiro de 2003 a 18 de abril de 2007 |
Ministro |
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Antecessor(a) | Amaury Bier (interino Everardo Maciel) |
Sucessor(a) | Nelson Machado |
Secretário-Extraordiário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda do Brasil | |
No cargo | |
Período | 1º de janeiro de 2023 a atualidade |
Ministro | Fernando Haddad |
Dados pessoais | |
Nascimento | 19 de fevereiro de 1962 (62 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Profissão | economista |
Bernard Appy GOMM (São Paulo, 19 de fevereiro de 1962) é um economista brasileiro, mentor da proposta de reforma tributária (PEC 45/2019) em tramitação no Congresso. Entre 2003 e 2008 comandou a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda e a Secretaria Extraordinária de Reformas Econômico-Fiscais no primeiro governo Lula (PT). Em dezembro de 2022 foi nomeado secretário especial de reforma tributária no terceiro governo Lula.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Bernard Appy nasceu em São Paulo, formando-se em economia pela Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-USP), em 1985, obtendo depois o grau de mestre pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).[2]
Ministério da Fazenda
[editar | editar código-fonte]Foi para Brasília em 2003 para trabalhar na equipe econômica do governo Lula como secretário-executivo, chegando a ser o segundo na hierarquia do Ministério da Fazenda do ministro Antonio Palocci e depois Guido Mantega.[3][4][5] Em 2005, foi admitido pelo presidente Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Em janeiro de 2007, durante uma vacância de Mantega, Appy foi nomeado ministro interino da Fazenda.[6][7] Em 18 de abril do mesmo ano, foi exonerado do posto de secretário-executivo pelo presidente Lula.[8]
Em setembro de 2008 foi nomeado assessor especial do presidente Lula nos trabalhos de preparação da reforma tributária e fiscal, considerada prioritária.[9] Chegou a ser filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas desligou-se do partido.[4]
Depois de deixar o governo, Appy foi diretor de Estratégia e Planejamento da BM&F Bovespa, de 2010 a 2011. Em 2015 foi cofundador do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), uma think-tank independente, criada com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do sistema tributário brasileiro. A CCiF passou a ser financiada por empresas como Vale, Itaú, Braskem, Votorantim e Natura.[10] Colaborou com a formulação do programa econômico na candidatura de Marina Silva (REDE) à presidência da República nas eleições de 2014 e durante a campanha para as eleições presidenciais de 2018 conseguiu apoio da maioria dos candidatos para sua proposta de reforma tributária, que passou a fazer parte dos seus programas de governo.[4]
Reforma tributária
[editar | editar código-fonte]Em 2007, quando trabalhava com o Ministro da Fazenda Guido Mantega, Appy elaborou um Projeto de Reforma Tributária, que não foi aceito pelo Congresso.[11][4] Em 2009, Appy apresentou novamente o projeto no Seminário Internacional sobre o Projeto de Reforma Tributária.[12] O trabalho foi depois apresentado pelo deputado federal por São Paulo, Baleia Rossi (MDB), na forma do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) n.º 45/2019,[13] que teve o texto aprovado em 2019 pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, com o apoio do seu presidente Rodrigo Maia (DEM).[14][15]
Appy foi nomeado secretário especial de reforma tributária no terceiro governo Lula. A nomeação foi feita em dezembro de 2022 por Fernando Haddad, ministro da Fazenda indicado por Lula.[16][17]
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
- ↑ «Quem é: Bernard Appy - Política». Estadão. 20 de junho de 2009. Consultado em 19 de agosto de 2021
- ↑ BRASIL, Decreto de 1º de janeiro de 2003.
- ↑ a b c d Shalders, André (26 de agosto de 2019). «Quem é o economista que faz a cabeça de candidatos nas eleições com a ideia de um imposto único». BBC Brasil. Consultado em 19 de agosto de 2021
- ↑ «Unicamp na Mídia». Jornal da Unicamp. 2006. Consultado em 19 de agosto de 2021
- ↑ BRASIL, Decreto de 29 de dezembro de 2006.
- ↑ BRASIL, Decreto de 14 de janeiro de 2007.
- ↑ BRASIL, Decreto de 18 de abril de 2007.
- ↑ «Appy é nomeado assessor de Lula para não ter de deixar o governo». Economia - iG. 2 de setembro de 2008
- ↑ «Itaú financia centro de estudos de autor da reforma tributária». Época. 29 de julho de 2019
- ↑ «Proposta de reforma tributária está pronta, diz Lula». https://politica.estadao.com.br/. Consultado em 19 de setembro de 2020
- ↑ «Apresentação do secretário de Reformas Econômico-Fiscais, Bernard Appy, durante o "Seminário Internacional sobre o Projeto de Reforma Tributária", no salão de eventos da CNI». Ministério da Economia. 18 de março de 2014. Arquivado do original em 4 de agosto de 2019
- ↑ «Mentor da reforma tributária no Congresso participará do 23º Congresso Brasileiro de Economia». Conselho Federal de Economia. 1.º de agosto de 2019
- ↑ «Maia se reúne com Rogério Marinho e Bernard Appy na manhã desta quarta-feira». EM Economia. 5 de junho de 2019
- ↑ «Bernard Appy defende devolução do imposto pago por famílias carentes». Correio Brasiliense. 15 de julho de 2019
- ↑ Quem é Bernard Appy? Economista é nomeado por Haddad para cuidar da reforma
- ↑ Economista Bernard Appy será secretário especial para a reforma tributária, anuncia Haddad
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Como escapar da Armadilha do Lento Crescimento – Centro de Debate de Políticas Públicas, 2018 – Bernard Appy et al
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Entrevista no programa Roda Viva – TV Cultura, 29 de julho de 2019