Aksaray Malaklisi
Aksaray Malaklısı | |
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Malakli | |
Nome original | Aksaray Malaklısı |
Outros nomes | Malakli |
País de origem | Turquia |
Características | |
Peso do macho | 65–85 kg |
Peso da fêmea | 55–68 kg |
Altura do macho | 80–95 cm |
Altura da fêmea | 80–88 cm |
O Aksaray Malaklısı, também conhecido como mastim turco[1] ou mastim da Anatólia[2], é uma grande raça molossóide de cães guardiões de rebanhos. A raça provém da Anatólia central, mais concretamente da província de Aksaray, Turquia.[3] O Aksaray Malaklısı é o maior cão turco, superando o Kangal em tamanho.[4][5][6]
História
[editar | editar código-fonte]As origens do mastim da Anatólia não são claras. O malaklisi será certamenta o resultado do cruzamento moderno entre o mastim e o pastor-da-Anatólia por molde a obter um melhor cão de combate[7]. Com efeito, o pastor-da-Anatólia não é a melhor raça de combate, porquanto cessa de lutar assim que repare em quaisquer sinais de submissão do adversário, ao contrário de outras raças mais implacáveis, como o Staffordshire Terrier americano.[3]
Para certos autores, sem embargo, trata-se de um molosso de guerra, originário já dos tempos da antiguidade mesopotâmica, respaldando-se em relevos assírios, alusívos cães de guerra, encontrados na antiga cidade de Nínive, como fundamento[8]. Em todo o caso, segundo Orhan Yilmaz e Gökhan Aslım, especialistas em pastores-da-Anatólia e em mastins turcos, a primeira destas teses será a mais verosímil.[9][2] Isto porque, a aceitar-se o postulado da segunda tese, o mastim turco teria necessariamente de já ser conhecido há séculos, coisa que, de acordo com a Federação canina Turca (KIF)[10] e a Federação cinológica Internacional, não corresponde há verdade.[11]
O mastim da Anatólia ter-se-á criado na província de Aksaray, uma região da Anatólia central que abarca localidades como a Cónia e Niğde. Daí que esta raça também dê pelo nome de Malaklisi de Aksaray.[2][7] Pelo que o seu nome, além de alusivo a essa região da Anatólia, ainda comporta o étimo turco «malak», que significa «búfalo»[12], sob a forma do termo derivado «Malaklısı», que significa «como búfalo», sendo que, por seu turno, esta expressão também pode assumir o significado de "com lábios de búfalo; beiçudo", por remissão aos notáveis lábios negros pendentes desta raça de cão, que lembram os de um búfalo[13].
Veja também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Hancock, David (2014). Dogs of the Shepherds : A Review of the Pastoral Breeds. [S.l.]: Crowood. 240 páginas
- ↑ a b c Aslım, Gökhan (2017). Breeding Aksaray Malaklısı in folklore of Aksaray Province. Aksaray, Turkey: Eurasian Journal of Veterinary Sciences. pp. 148–156
- ↑ a b Serpell, James (1995). Origins of the dog: domestication and early history. In: The domestic dog, its evolution, behaviour and interactions with people. Cambridge, UK: Cambridge University Press. pp. 7–20. ISBN 0521415292
- ↑ «Aksaray Malaklısi Doge Features (em turco)». Consultado em 14 de fevereiro de 2018. Arquivado do original em 14 de fevereiro de 2018
- ↑ Aksaray Malaklısı yavru ve yetişkin Malaklı köpekleri
- ↑ Raças de cães da anatólia (em inglês)
- ↑ a b ZEDER, MELINDA; BRADLEY, DANIEL (2006). Documenting Domestication: New Genetic and Archaeological Paradigms. Oakland, Ca, USA: University of California Press. 375 páginas
- ↑ «::.Karabash.eu.:. Berger d'Anatolie, Kangal, Karabash - tous chiens de protection de troupeaux ?.::». www.karabash.eu. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ Yilmaz, Orhan (2015). TURKISH KANGAL (KARABASH) SHEPHERD DOGS RAISED IN EUROPE. Ankara, Turkey: Department of Animal Science, Faculty of Agriculture, Ankara University
- ↑ «Köpek Irkları ve Kinoloji Federasyonu». www.kif.org.tr. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ «FCI - Fédération Cynologique Internationale». web.archive.org. 11 de fevereiro de 2011. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ «Malak >> Sözlük İngilizce Türkçe Çeviri Fransızca Almanca Rusça İspanyolca İtalyanca - TurkceSozluk.NET». www.turkcesozluk.net. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ «EN-5». web.archive.org. 15 de maio de 2016. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Hancock, David (2014). Dogs of the Shepherds: A Review of the Pastoral Breeds. [S.l.: s.n.] ISBN 9781847978097
- Kojima, Toyoharu (2005). Legacy of the Dog: The Ultimate Illustrated Guide. [S.l.: s.n.] ISBN 9780811851138