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Apeadeiro de Santana - Cartaxo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Santana-Cartaxo
Identificação: 32045 SCA (Sant-Cartaxo)[1]
Denominação: Apeadeiro de Santana-Cartaxo
Classificação: A (apeadeiro)[1]
Linha(s): Linha do Norte (PK 60+300)
Coordenadas:
Mapa
39° 08′ 38,98″ N, 8° 45′ 31,99″ O
Município: CartaxoCartaxo
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Setil
Lis-Apolónia
  R   V.Santarém
Entroncam.to
Tomar
P-Campanhã

Equipamentos: Elevadores
Parque de estacionamento Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: 28 de Abril de 1858 (há 166 anos)
Website:
 Nota: Este artigo é sobre o apeadeiro na Linha do Norte. Para o apeadeiro encerrado no Ramal de Figueira da Foz, veja Apeadeiro de Santana-Ferreira.

O Apeadeiro de Santana - Cartaxo, originalmente conhecido como Ponte de Sant’Anna e posteriormente como Sant’Anna ou Santa Anna e mais tarde Santana, também grafado como Santana-Cartaxo e Santana Cartaxo,[1] é uma interface da Linha do Norte, que serve as localidades de Santana e Cartaxo, no Distrito de Santarém, em Portugal.

Ver artigo principal: História da Linha do Norte
Anúncio de 1874 da Companhia Real, para bilhetes a preços especiais até à Estação de Santa Anna, para uma tourada no Cartaxo.

Inauguração e duplicação da via

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O troço entre Virtudes e Ponte de Santana foi aberto à exploração em 28 de Abril de 1858, sendo então considerado como parte da Linha do Leste; o lanço seguinte, até à Ponte de Asseca, entrou ao serviço em 29 de Junho do mesmo ano.[2]

O troço entre Azambuja e Santana foi duplicado em 19 de Maio de 1891, enquanto que o troço seguinte, até Santarém recebeu a segunda via em 20 de Agosto de 1893.[3][4]

Projecto abandonado para S. Martinho do Porto

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Ver artigo principal: Ramal de Rio Maior

Durante o mandato de António Cardoso Avelino no Ministério das Obras Públicas (1871-1876), foi planeada a instalação de uma via férrea entre Ponte de Santana e São Martinho do Porto, com passagem pelo Cartaxo, Rio Maior, Óbidos e Caldas da Rainha.[5]

Ligação prevista a Vendas Novas

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Um alvará de 13 de Dezembro de 1888 estabeleceu um projecto para uma ligação ferroviária entre Sacavém, na Linha do Leste, e Vendas Novas, então na Linha do Sul.[6] Em finais do ano seguinte, foi realizado um inquérito administrativo, para o público se pronunciar sobre os projectos ferroviários dos Planos das Redes Complementares ao Norte do Mondego e Sul do Tejo; entre as linhas contempladas, estava a ligação a Vendas Novas, mas iniciando-se em Sant’Anna, cuja construção já tinha sido iniciada por uma companhia privada, em via larga.[7] Em 1890, o ponto de entroncamento continuava a ser em Sant’Anna, mas foi modificado para o Setil em 1900, onde acabou por ser construído em 1904.[6]

Composição Sud-Express circulando entre Setil e Santana-Cartaxo, em 2009.

Nos horários de Junho de 1913, a estação de Sant’Anna - Cartaxo era servida pelos comboios entre o Rossio e Santarém, Entroncamento e Porto-São Bento.[8] Nesse ano, a estação era servida por carreiras de automóveis até Almoster e de diligências até ao Cartaxo, Rio Maior e Marmeleira.[9]

Em 18 de Abril de 1975, dois comboios colidiram na estação de Santana-Cartaxo, acidente que se deu por volta das 10:30.[10] Um dos comboios, que fazia o serviço Foguete n.º 2 entre o Porto e Lisboa-Santa Apolónia, embateu na unidade posterior de uma automotora tripla eléctrica suburbana, que estava a viajar entre Coimbra e Santa Apolónia,[11] e que nesse momento estava a arrancar para fazer o resguardo no Setil.[10] Com a violência da colisão, o comboio Foguete descarrilou e foi parar à via oposta,[10] tendo a sua locomotiva ficado muito danificada, enquanto que as duas últimas unidades da automotora ficaram totalmente destruídas.[11] Este acidente fez dois mortos e quarenta feridos, vários deles graves,[11] tendo a maior parte destes sido passageiros da automotora, que se encontrava ocupada até às unidades da cauda.[10] Ambas as vias férreas ficaram temporariamente fora de serviço, tendo os comboios da Linha do Norte sido transferidos para a Linha do Oeste, enquanto que as ligações às linhas do Leste e Beira Baixa foram substituídas por carreiras de autocarros entre Vale de Santarém e Azambuja.[11]

Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 20 de Fevereiro de 2014 
  3. NONO, Carlos (1 de Agosto de 1949). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1479). p. 485-486. Consultado em 11 de Novembro de 2014 
  4. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 11 de Novembro de 2014 
  5. SERRÃO, 1986:238
  6. a b SOUSA, José Fernando de (1 de Março de 1936). «Pontes do Tejo em Lisboa e Vila Franca» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1157). p. 137-139. Consultado em 20 de Fevereiro de 2014 
  7. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 61 (1466). 16 de Janeiro de 1949. p. 112. Consultado em 3 de Novembro de 2014 
  8. «Norte - Lisboa, Entroncamento, Alfarellos, Coimbra, Pampilhosa, Porto». Guia Official dos Caminhos de Ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 82-83. Consultado em 20 de Fevereiro de 2014 
  9. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 13 de Fevereiro de 2018 
  10. a b c d «Dois mortos num choque de comboios». Diário de Lisboa (18743). Lisboa: Renascença Gráfica, S. A. 18 de Abril de 1975. p. 1. Consultado em 7 de Maio de 2024 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  11. a b c d «O acidente ferroviário de Santana». Diário de Lisboa (18744). Lisboa: Renascença Gráfica, S. A. 19 de Abril de 1975. p. 2. Consultado em 7 de Maio de 2024 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
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Ligações externas

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