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Bloch Editores

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Bloch Editores
Bloch Editores
Razão social Bloch Editores S.A.
Sociedade anônima
Atividade Mídia impressa
Gênero Editora
Fundação 1952
Fundador(es) Adolpho Bloch
Encerramento 1 de agosto de 2000
Sede Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Presidente Pedro Jack Kapeller
Empresa-mãe Grupo Bloch
Website oficial bloch.com.br [ligação inativa]

Bloch Editores, também conhecida como Editora Bloch, foi uma editora brasileira fundada em 1952 e encerrada em 2000 pertencente ao Grupo Bloch.[1][2][3][4][5] Tinha como carro-chefe a publicação da revista Manchete, uma das principais publicações da mídia impressa da segunda metade do século XX, além de ser a publicação que deu origem a empresa.[1] Atualmente, os títulos da Bloch pertencem a Manchete Editora, que atualmente só publica a revista Pais&Filhos.[6][7]

Foi por décadas um dos mais importantes conglomerados da imprensa no Brasil. O Grupo Bloch começou a ser erguido pelo imigrante ucraniano Adolpho Bloch em 1952, e na sua melhor fase era composto por duas gráficas, uma fábrica de tintas, editora e distribuidora de livros didáticos e revistas, um teatro, que compunham a Rede Manchete.

A revista Manchete, que vendia 120 mil exemplares em 1957, foi sempre o carro-chefe da empresa. Chegou a superar a tradicional concorrente O Cruzeiro e lançou nomes ilustres como Rubem Braga e Fernando Sabino.

História em Quadrinhos

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Nos anos 70, a Bloch publicou quadrinhos dos super-heróis Marvel no polêmico formatinho e criou o Clube do Bloquinho, ideia de Wilson Vianna, o Capitão Aza.[8]

Fim da editora

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A Bloch Editores teve sua falência decretada em agosto de 2000.

Em dezembro de 2002, os principais títulos das revistas da Bloch Editores – Manchete, Pais & Filhos, Ele & Ela e Fatos & Fotos – foram leiloados. O comprador foi Marcos Dvoskin, ex-diretor geral da Editora Globo, que criou a Manchete Editora.

Acervo fotográfico

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O acervo fotográfico da massa falida da Bloch Editores, que reúne as fotografias produzidas pelos profissionais das revistas Manchete, Fatos e Fotos, Amiga, Desfile, Sétimo Céu, Geográfica Universal e Pais & Filhos, não recebeu nenhum lance em seu primeiro leilão, a 22 de novembro de 2009. O acervo contém mais de 12 milhões de fotos de acontecimentos históricos entre 1952 e 2000, das guerras aos concursos de miss, das Copas do Mundo às manifestações contra o regime militar, incluindo algumas não-publicadas, e foi avaliado em 2 milhões de reais. Mesmo partindo-se numa segunda tentativa com lance mínimo equivalente à metade da avaliação, não houve interessados.[9] Finalmente, o acervo fotográfico foi arrematado por 300 mil reais, em um leilão no dia 5 de maio de 2010, no Rio de Janeiro.[10] O comprador atende pelo nome de Luiz Fernando Fraga Barbosa. O arquivo encontra-se em paradeiro desconhecido.[11] Além disso, surgiram questionamentos e processos na Justiça referentes ao modo como foi vendido o acervo e Direitos Trabalhistas.[12]

O Edifício Manchete, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em estilo modernista foi comprado pela BR Properties, em abril de 2010, por 260 milhões de reais, com o objetivo de reformá-lo,[13][14] em outubro de 2011, a BR Properties fez a locação parcial do edifício para a petrolífera Statoil Brasil Óleo e Gás, com um prazo de 120 meses.[15]

O prédio que abrigava a antiga sede da editora Bloch no Centro do Rio de Janeiro, depois de doze anos abandonado e ocupado por 132 famílias, foi implodido em novembro de 2012 para dar lugar a prédios para famílias de baixa renda, com 91 apartamentos de dois e três quartos.[16]

Publicações

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Volumes da coleção História do Brasil (Bloch Editores), editada pela Bloch Editores em 1972, expostas em uma biblioteca pública.

Referências

  1. a b Renan Milanez Vieira. «Rede Manchete: um estudo de caso» (PDF). Consultado em 11 de julho de 2016 
  2. «Bloch Editores pede concordata no Rio». Mercado. Folha de S.Paulo. 27 de julho de 1999. Consultado em 19 de dezembro de 2015 
  3. «Justiça do Rio aceita pedido de concordata da Bloch Editores». Mercado. Folha de S.Paulo. 9 de setembro de 1999. Consultado em 19 de dezembro de 2015 
  4. «Bloch Editores pede a autofalência para evitar fechamento». Mercado. Folha de S.Paulo. 2 de agosto de 2000. Consultado em 19 de dezembro de 2015 
  5. Cristian Klein (20 de março de 2001). «Justiça do Rio confisca obras da Bloch Editores». Ilustrada. Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de dezembro de 2015. [...] Eles pertencem à Bloch Editores, empresa cuja falência foi decretada em 1º de agosto do ano passado. [...] 
  6. Leandro Rodrigues. «De volta às bancas». Portal da Comunicação. UOL. Consultado em 19 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  7. «Quem somos». Pais&Filhos. Consultado em 11 de julho de 2016 
  8. Nos tempos do Clube do Bloquinho Roberto Guedes
  9. «Acervo fotográfico da Bloch Editores não recebe lances em leilão». Portal IMPRENSA - Notícias, Jornalismo, Comunicação (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2021 
  10. «Família do interior do Rio arremata arquivos da Editora Bloch». O Globo. 5 de maio de 2010. Consultado em 26 de abril de 2021 
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 8 de março de 2012. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  12. «Sumiço do acervo de fotos da Bloch chega à grande imprensa». !@ {o polifônico, [Jornalismo de Intervenção # Por Leonor Bianchi]. 22 de abril de 2011. Consultado em 26 de abril de 2021 
  13. «Empresa da GP compra edifício Manchete por 260 milhões de reais, Cristiane Correa, EXAME, 30/06/2010». Consultado em 10 de novembro de 2012. Cópia arquivada em 4 de julho de 2010 
  14. «BR Properties compra edifício Manchete por R$ 260 milhões». O Globo. 30 de junho de 2010. Consultado em 26 de abril de 2021 
  15. «Senador da base propõe referendo sobre tributo - Política». Estadão. Consultado em 26 de abril de 2021 
  16. Folha de S.Paulo (10 de novembro de 2012). «Prédio da extinta Manchete é implodido no Rio» 

Ligações externas

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