Carta do Atlântico
A Carta do Atlântico (Atlantic Charter) foi negociada na Conferência do Atlântico (codename Riviera) pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill e pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, a bordo do HMS Prince of Wales, na Argentia, em Terra Nova e foi emitida como declaração no dia 14 de Agosto de 1941.[1]
A Carta do Atlântico estabeleceu uma visão Pós-Segunda Guerra Mundial, apesar dos Estados Unidos ainda não estarem na guerra. Os participantes esperaram, em vão, a adesão da União Soviética, que tinha sido invadida pela Alemanha Nazista em 1941.
Em resumo, os oito pontos eram:
- Nenhum ganho territorial seria buscado pelos Estados Unidos ou pelo Reino Unido;
- Os ajustes territoriais devem concordar com os desejos das populações afectadas;
- Reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos;
- Barreiras comerciais devem ser excluídas;
- Há de ser uma cooperação econômica global e avanço do bem-estar social;
- A garantia de se viver livre de medos e de privações;
- Há de ter a liberdade dos mares;
- Desarmamento das nações agressoras em comum após a guerra seria feito.
No subsequente encontro Inter-Aliado em Londres no dia 24 de Setembro de 1941, os governos da Bélgica, Tchecoslováquia, Grécia, Luxemburgo, os Países Baixos, Noruega, Polônia, a URSS e a Iugoslávia, e os representantes do General Charles de Gaulle, líder da França Livre, aderindo unanimemente aos princípios comuns da política estabelecida na Carta do Atlântico.
Os países do Eixo foram interpretados, nesses acordos, como potencial aliança após a guerra. Em Tóquio, a Carta do Atlântico reuniu apoio para os militaristas no governo japonês, que forçou uma postura mais agressiva contra os Estados Unidos e a Inglaterra.
Por outro lado, esse acordo provou ser um dos primeiros passos para a formação da ONU (Organização das Nações Unidas).[2]
Declarações oficiais e documentos governamentais indicaram que Winston Churchill e Franklin D. Roosevelt assinaram a Carta do Atlântico. Eles estavam tão íntimos que se chamavam pelo primeiro nome e brincaram de jogar pedras uns nos outros. Ninguém sabe onde estão, e nem se há copias assinadas. Porém, Henry Morton, que era do partido de Churchill, disse que não existe uma versão assinada. O documento foi discutido por muitos projetos de lei, diz Morton, e o texto foi telegrafado de Londres para Washington. O Gabinete Britânico de Guerra respondeu com aprovação semelhante ao que lhe foi telegrafado de Washington. Durante o processo, um erro apareceu no texto londrino, mas foi rapidamente corrigido.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Johnson e Biden renovam acordo assinado por Churchill e Roosevelt; entenda». CNN Brasil. Consultado em 10 de fevereiro de 2023
- ↑ «A Carta das Nações Unidas | As Nações Unidas no Brasil». brasil.un.org. Consultado em 10 de fevereiro de 2023