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Choanoflagellata

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Choanoflagellates
Intervalo temporal: 100,5–0 Ma
Os únicos possíveis fósseis são do Cretáceo (Cenomaniano/Turoniano)[1][2]
Codosiga sp.
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Clado: Amorphea
Clado: Obazoa
(não classif.): Opisthokonta
(não classif.): Holozoa
(não classif.): Filozoa
Clado: Choanozoa
Classe: Choanoflagellata
Kent, 1880–1882[3][4]
Espécie-tipo
Monosiga brevicollis[5]
Ordens
Sinónimos
  • Craspedmonadina Stein, 1878
  • Craspedomonadaceae Senn, 1900
  • Craspedophyceae Chadefaud, 1960
  • Craspédomonadophycidées Bourrelly, 1968
  • Craspedomonadophyceae Hibberd, 1976
  • Choanomonadea Krylov et al., 1980
  • Choanoflagellida Levine et al., 1980, Lee et al., 1985
  • Choanoflagellea Cavalier-Smith, 1997
  • Choanomonada Adl et al. 2005[6]
  • Choanoflagellatea Cavalier-Smith, 1998[7][8]

Os coanoflagelados (Choanoflagellata, Choanoflagellatea ou Choanomonada) são um táxon de protistas aquáticos (marinhos e de água doce) formados por uma célula arredondada que tem num dos polos um flagelo rodeado por um "colar" de microvilosidades. O flagelo provoca uma corrente de água e o colar filtra as partículas nutritivas, que são depois ingeridas por fagocitose.[9]

As 600 espécies de coanoflagelados conhecidas são todas formadas por células muito pequenas que podem viver isoladas, livres ou sésseis, ou na forma de colónias. Possuem, em geral, um revestimento celular de celulose e outros glícidos complexos, embora haja células nuas e outras envolvidas por uma teca rígida. Apenas se conhece a sua reprodução por fissão binária; no entanto, a espécie colonial Proterospongia haeckeli forma células amebóides, que se pensa poderem ter algum papel específico na reprodução.

Estas células são muito semelhantes aos coanócitos das esponjas, o que sugere a existência de um antepassado comum, que poderá ter vivido no final do Pré-Câmbrico, há cerca de um bilhão de anos (mil milhões de anos). Para além disso, estes protozoários podem ser coloniais, agregados por uma matriz gelatinosa; os Acanthoedidae possuem ainda uma teca (um invólucro) rígida, suportada por varetas de sílica, o que permite associá-los às esponjas siliciosas.[9]

Análises filogenéticas indicam que este clado pode ser o "irmão" mais próximo dos animais (Metazoa).

Os coanoflagelados são tradicionalmente divididos em duas famílias[9]:

Referências

  1. Fonseca, Carolina; Mendonça Filho, João Graciano; Reolid, Matías; Duarte, Luís V.; de Oliveira, António Donizeti; Souza, Jaqueline Torres; Lézin, Carine (23 de janeiro de 2023). «First putative occurrence in the fossil record of choanoflagellates, the sister group of Metazoa». Scientific Reports (em inglês). 13 (1). 1242 páginas. Bibcode:2023NatSR..13.1242F. ISSN 2045-2322. PMC 9870899Acessível livremente. PMID 36690681. doi:10.1038/s41598-022-26972-8 
  2. Parfrey LW, Lahr DJ, Knoll AH, Katz LA (agosto 2011). «Estimating the timing of early eukaryotic diversification with multigene molecular clocks». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 108 (33): 13624–9. Bibcode:2011PNAS..10813624P. PMC 3158185Acessível livremente. PMID 21810989. doi:10.1073/pnas.1110633108Acessível livremente 
  3. Saville-Kent, W. (1880). A manual of Infusoria. London, vol. 1, p. 324, [1].
  4. Adl SM, Bass D, Lane CE, Lukeš J, Schoch CL, Smirnov A, Agatha S, Berney C, Brown MW, Burki F, Cárdenas P, Čepička I, Chistyakova L, del Campo J, Dunthorn M, Edvardsen B, Eglit Y, Guillou L, Hampl V, Heiss AA, Hoppenrath M, James TY, Karnkowska A, Karpov S, Kim E, Kolisko M, Kudryavtsev A, Lahr DJG, Lara E, Le Gall L, Lynn DH, Mann DG, Massana R, Mitchell EAD, Morrow C, Park JS, Pawlowski JW, Powell MJ, Richter DJ, Rueckert S, Shadwick L, Shimano S, Spiegel FW, Torruella G, Youssef N, Zlatogursky V, Zhang Q (2019). «Revisions to the Classification, Nomenclature, and Diversity of Eukaryotes». Journal of Eukaryotic Microbiology. 66 (1): 4–119. PMC 6492006Acessível livremente. PMID 30257078. doi:10.1111/jeu.12691 
  5. King N, Westbrook MJ, Young SL, Kuo A, Abedin M, Chapman J, et al. (fevereiro de 2008). «The genome of the choanoflagellate Monosiga brevicollis and the origin of metazoans». Nature. 451 (7180): 783–8. Bibcode:2008Natur.451..783K. PMC 2562698Acessível livremente. PMID 18273011. doi:10.1038/nature06617 
  6. Nitsche F, Carr M, Arndt H, Leadbeater BS (2011). «Higher level taxonomy and molecular phylogenetics of the Choanoflagellatea». The Journal of Eukaryotic Microbiology. 58 (5): 452–62. PMID 21895836. doi:10.1111/j.1550-7408.2011.00572.x 
  7. Cavalier-Smith T (1998). «Neomonada and the origin of animals and fungi.». In: Coombs GH, Vickerman K, Sleigh MA, Warren A. Evolutionary relationships among protozoa. London: Kluwer. pp. 375–407 
  8. Leadbeater BS (2015). The choanoflagellates: evolution, biology, and ecology. [S.l.]: University of Birmingham. ISBN 978-0-521-88444-0 
  9. a b c "Coanoflagelados. Exemplos vivos do que poderá ter sido o antepassado de todos os Animais.", no site da Almargem – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve acessado a 4 de junho de 2009


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