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Contágio emocional

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Contágio emocional é uma forma de contágio social que envolve a disseminação espontânea de emoções e comportamentos relacionados.[1][2] Essa convergência emocional pode acontecer de uma pessoa para outra ou em um grupo maior. As emoções podem ser compartilhadas entre indivíduos de muitas maneiras, tanto implícita quanto explicitamente. Por exemplo, descobriu-se que o raciocínio consciente, a análise e a imaginação contribuem para o fenómeno.[3] O comportamento foi encontrado em humanos, outros primatas, cães[4] e galinhas.[5]

O contágio emocional é importante para os relacionamentos pessoais porque promove a sincronia emocional entre os indivíduos. Uma definição mais ampla do fenômeno sugerida por Schoenewolf é "um processo no qual uma pessoa ou grupo influencia as emoções ou o comportamento de outra pessoa ou grupo por meio da indução consciente ou inconsciente de estados emocionais e atitudes comportamentais".[6] Uma visão desenvolvida por Elaine Hatfield, et al., é que isso pode ser feito por meio de imitação automática e sincronização das expressões, vocalizações, posturas e movimentos de uma pessoa com os de outra pessoa.[3] Quando as pessoas refletem inconscientemente as expressões de emoção dos seus companheiros, elas passam a sentir reflexos das emoções desses companheiros.[3]

Em um artigo de 1993, os psicólogos Elaine Hatfield, John Cacioppo e Richard Rapson definem o contágio emocional como "a tendência de imitar e sincronizar automaticamente expressões, vocalizações, posturas e movimentos com os de outra pessoa e, consequentemente, convergir emocionalmente".[3]:96

Hatfield et al. teorizam o contágio emocional como um processo de duas etapas: primeiro, imitamos as pessoas (por exemplo, se alguém sorri para você, você sorri de volta). Em segundo lugar, nossas próprias experiências emocionais mudam com base nos sinais não verbais de emoção que emitimos. Por exemplo, sorrir faz com que a pessoa se sinta mais feliz, e franzir a testa faz com que a pessoa se sinta pior.[3]

Referências

  1. Singer, Tania; Tusche, Anita (2014). «Understanding Others». Neuroeconomics. [S.l.]: Elsevier. pp. 513–532. ISBN 9780124160088. doi:10.1016/b978-0-12-416008-8.00027-9 
  2. Paz, Lisiê Valéria; Viola, Thiago Wendt; Milanesi, Bruna Bueno; Sulzbach, Juliana Henz; Mestriner, Régis Gemerasca; Wieck, Andrea; Xavier, Léder Leal (2022). «Contagious depression: Automatic mimicry and the mirror neuron system - A review». Elsevier BV. Neuroscience & Biobehavioral Reviews. 134: 104509. ISSN 0149-7634. PMID 34968526. doi:10.1016/j.neubiorev.2021.12.032 
  3. a b c d e Hatfield, Elaine; Cacioppo, John T.; Rapson, Richard L. (Junho de 1993). «Emotional contagion». Current Directions in Psychological Science. 2 (3): 96–99. JSTOR 20182211. doi:10.1111/1467-8721.ep10770953 
  4. Palagi, E.; Nicotra, V.; Cordoni, G. (2015). «Rapid mimicry and emotional contagion in domestic dogs». Royal Society Open Science. 2 (12): 150505. Bibcode:2015RSOS....250505P. ISSN 2054-5703. PMC 4807458Acessível livremente. PMID 27019737. doi:10.1098/rsos.150505 
  5. Marino, Lori (2017). «Thinking chickens: A review of cognition, emotion, and behavior in the domestic chicken». Animal Cognition. 20 (2): 127–147. PMC 5306232Acessível livremente. PMID 28044197. doi:10.1007/s10071-016-1064-4 
  6. Schoenewolf, G. (1990). «Emotional contagion: Behavioral induction in individuals and groups». Modern Psychoanalysis. 15: 49–61 
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