Eletrobras CGT Eletrosul
Eletrobras CGT Eletrosul | |
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Razão social | Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil |
Nome(s) anterior(es) | Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A. (1969-2020) |
Slogan | Energia para novos tempos |
Atividade | Energia Elétrica |
Fundação | 23 de abril de 1969 (55 anos) |
Sede | Florianópolis, Santa Catarina |
Área(s) servida(s) | Região Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Pará |
Proprietário(s) | Eletrobras |
Presidente | Cleicio Poleto Martins |
Produtos | Geração e Transmissão de Energia Elétrica |
Acionistas | Eletrobras (99,89 %) |
Lucro | R$ 1,8 bilhão (2020) |
Antecessora(s) | CGTEE |
Website oficial | www.cgteletrosul.com.br |
A Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil - Eletrobras CGT Eletrosul é uma empresa brasileira subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras e que atua no segmento de geração e transmissão de energia em alta e extra-alta tensão.[1]
A Eletrobras CGT Eletrosul tem seu sistema de transmissão localizado nos estados da Região Sul e no Mato Grosso do Sul, área que abriga um contingente populacional da ordem de 28 milhões de habitantes e que responde por 16% do PIB e 17% do mercado de energia elétrica do Brasil.
É resultado da fusão das duas subsidiárias da Eletrobras na região Sul (Eletrosul e CGTEE), ocorrida em 2020.[2]
Eletrobras CGT Eletrosul
[editar | editar código-fonte]Para o perfeito desempenho de suas funções, a empresa conta com uma infraestrutura de 12,5 mil km de linhas de transmissão nas tensões de 69, 138, 230 e 525 kV; além de 49 subestações e uma conversora de frequência em Uruguaiana, na fronteira do Brasil com a Argentina, que possibilitam uma capacidade de transformação de 30.189 MVA.[3]
No setor de geração, a CGT Eletrosul tem uma matriz energética diversificada, proveniente das fontes hídrica, térmica, eólica e solar, totalizando 2 GW de capacidade instalada.[4]
A estrutura operacional e financeira da CGT Eletrosul e a capacidade e experiência de seu corpo funcional nas áreas de estudos, projetos, operação e manutenção de sistemas de potência em alta e extra-tensão a credencia a participar de novos empreendimentos do setor elétrico.[4]
O sistema de transmissão da CGT Eletrosul tem como funções principais interligar as fontes de energia elétrica aos mercados consumidores, integrar os mercados consumidores de energia elétrica, garantir o livre acesso ao sistema de transmissão, viabilizar a importação de energia elétrica dos demais países do Mercosul e garantir a qualidade da energia nos pontos se suprimento.
Eletrosul
[editar | editar código-fonte]A Eletrosul (Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A.), controlada da Eletrobras, foi constituída em 23 de dezembro de 1968 e autorizada a funcionar pelo Decreto nº. 64.395, de 23 de abril de 1969, iniciando suas atividades de geração e transmissão de energia elétrica nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.[5]
Em 1973, foi inaugurada a Usina Hidrelétrica de Passo Fundo. Em 1975, foi inaugurada a Usina Hidrelétrica de Salto Osório e, em 1980, a Usina Hidrelétrica de Salto Santiago, ambas no rio Iguaçu.Também foi realizada a construção do sistema de transmissão interligando os três estados da Região Sul, além de incorporação de termelétricas, como o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em 1972.[5]
Em 1995, a Eletrosul foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND).[5]
No dezembro de 1997, todo o parque gerador da Eletrosul passou a pertencer a outra empresa, a Centrais Geradoras do Sul do Brasil (Gerasul). Com isso, a Eletrosul transformou-se numa empresa de transmissão, alterando sua denominação para Empresa Transmissora de Energia do Sul do Brasil. A Gerasul foi vendida ao grupo franco-belga Tractebel em 15 de setembro de 1998 na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro por 947 milhões de reais.[5]
Em 1999, a rede de transmissão da Eletrosul passou a integrar o Sistema Interligado Nacional (SIN), com a implantação da linha Norte-Sul.[5]
Retorno à geração de energia elétrica
[editar | editar código-fonte]Em 2004, 6 anos após ter seu parque gerador totalmente privatizado, a CGT Eletrosul voltou a ter autorização do governo federal para investir na área de geração de energia elétrica.[6]
Seu retorno à geração de energia elétrica se consolida com um total de 14 empreendimentos na área; sendo 07 usinas hidrelétricas, uma termelétrica, um complexo eólico e uma usina solar, totalizando mais de 2.000 MW de potência instalada.[4]
Em julho de 2020, foi vendido parte do parque eólico no Rio Grande do Sul para Omega Geração, no valor de cerca de R$ 1,5 bilhão, com a aquisição dos complexos de Santa Vitória do Palmar, Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e Chuí IX.[7]
CGTEE
[editar | editar código-fonte]A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) foi criada pela Lei Estadual do Rio Grande do Sul nº 10.900/1996 e iniciou suas operações em 1997, por meio da reestruturação societária e patrimonial da CEEE. Em novembro de 1998, foi transferida para a União em troca de dívidas do Governo Estadual com o Governo Federal.[8]
A partir dos anos 2000, passou a ser controlada pela Eletrobras, constituindo-se numa sociedade de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME).[8]
A sede administrativa da empresa foi transferida, em 2017, para o município de Candiota, no Rio Grande do Sul.[8]
O parque gerador da CGTEE era composto por quatro usinas termelétricas. Três empreendimentos foram desmobilizados e encerraram as operaçõesː a Usina Termelétrica Presidente Médici (UPME), pertencente ao Complexo Termelétrico Candiota; a Nova Usina de Porto Alegre (Nutepa); e a Usina de São Jerônimo (UTESJ). A Usina Termelétrica Candiota III (Fase C) prosseguiu as atividades.[8]
Fusão
[editar | editar código-fonte]Em 02 de janeiro de 2020, foi aprovada a reestruturação societária das duas subsidiárias da Eletrobras na região Sul (Eletrosul e CGTEE), o que resultou na criação da Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (CGT Eletrosul), com sede em Florianópolis (SC). [2]
Participações societárias
[editar | editar código-fonte]Entre outras participações em Sociedades de Propósito Específico (SPEs), a CGT Eletrosul possui 20% da Jirau Energia e 24,72% Teles Pires Participações S.A..[9]
A empresa possui ainda 49% no Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, o qual explora a UHE Governador Jayme Canet Junior.[9]
Em março de 2023, a Eletrobras informou que adquiriu a participação de 22% da Brasil Energia Renovável na Sociedade de Propósito Específico (SPE) Livramento Holding S.A, da qual a CGT Eletrosul já detinha 78% do capital social. A SPE é proprietária das usinas eólicas de Cerro Chato IV, Cerro Chato V, Cerro Chato VI, Cerro dos Trindade e Ibirapuitã (a única operacional no momento).[10]
Privatização da Eletrobras
[editar | editar código-fonte]Em 14 de junho de 2022, foram vendidas 802,1 milhões de ações da Eletrobras, com um preço base de R$ 42, em uma operação que movimentou R$ 33,7 bilhões. Com isso, a participação da União no capital votante da estatal foi reduzida de 68,6% para 40,3%.[11]
Entre os principais acionistas estão o GIC, fundo soberano de Singapura, o veículo de investimentos de fundo de pensão canadense CPPIB e a gestora brasileira 3G Radar, ligada ao 3G Capital.[11]
Transmissão de energia elétrica
[editar | editar código-fonte]O sistema de transmissão da Eletrobras CGT Eletrosul é composto por:[12][3]
- Linhas de transmissão - 12.500 Km
- Subestações próprias - 49
- Subestações operadas de terceiros - 46
- Transformação - 30.189 MVA
- Conversora - 1
- Torres próprias - 19.675
- Torres operadas de terceiros - 2.832
- Público atendido - 29 milhões de pessoas
Transformação de energia elétrica
[editar | editar código-fonte]O sistema de transformação de energia elétrica da Eletrobras CGT Eletrosul é composto por:[3]
- 525 kV
- SE Blumenau - 525/230/138/13,8kV - 2634 MVA
- SE Campos Novos - 525/230/138/13,8kV - 2466 MVA - Inaugurada em Setembro de 1982
- SE Gravataí - 525/230/13,8kV - 2016MVA - Inaugurada em Setembro de 1982
- SE Nova Santa Rita - 525/230/13,8kV - 2016 MVA
- SE Caxias - 525/230/13,8kV - 2016 MVA
- SE Londrina - 525/230/13,8kV - 2016 MVA
- SE Biguaçu - 525/230/138/13,8kV - 1794 MVA (era 972 MVA até Fevereiro de 2012 e 1644 MVA até Junho de 2012)(está sendo ampliada para 1944 MVA)
- SE Santo Ângelo - 525/230/13,8kV - 1344 MVA
- SE Curitiba - 525/230/13,8kV - 1344 MVA
- SE Areia - 525/230/138/13,8kV - 672 MVA - Inaugurada em 1977
- SE Candiota – 525/230/13,8 kV - 672 MVA
- SE Salto Santiago - 525/69/13,8kV
- SE Ivaiporã - 525/13,8kV
- SE Itá - 525/13kV
- 230 kV
- SE Joinville - 230/138/69/13,8kV - 799MVA (724MVA até 24 de julho de 2021) (691MVA até 15 de junho de 2021)
- SE Xanxerê - 230/138/13,8kV - 600MVA
- SE Palhoça - 230/138/13,8kV - 384MVA - Inaugurada em Novembro de 1983
- SE Canoinhas - 230/138/13,8kV - 375MVA
- SE Siderópolis - 230/69/13,8kV - 414MW (364MVA até 8 de novembro de 2020)
- SE Joinville Norte - 230/138kV - 450MVA (sendo ampliada para 600MVA)(300MVA até 26 de outubro de 2013) - Inaugurada em Junho de 2009
- SE Charqueadas - 230/69/34,5/13,8kV - 254MVA
- SE Atlântida 2 - 230/69/13,8kV - 249MVA
- SE Dourados - 230/138/13,8kV - 225MVA
- SE Caxias 5 - 230/69/13,8kV - 215MVA
- SE Farroupilha - 230/69/13,8kV - 176MVA (está sendo ampliada para 264 MVA até maio/2020)
- SE Passo Fundo - 230/138/13,8kV - 168MVA
- SE Tapera - 230/69/13,8kV - 166MVA
- SE Desterro - 230/138/13,8kV - 150MVA (sendo ampliada para 300MVA)
- SE Anastácio - 230/138/13,8kV - 150MVA
- SE Salto Osório - 230/69/13,8kV - 33,3MVA
- SE Campo Mourão - 230/13,8kV
- SE Jorge Lacerda B - 230kV
- 138 kV ou menos
- SE Florianópolis - 138/69/13,8kV - 75MVA
- SE Alegrete - 138/68/13,8kV - 72MVA
- SE Mimoso - 138/69/34,5/13,8kV
- SE Campo Grande - 138/13,8kV
- SE Nova Santa Rita - 2016MVA
- SE Caxias - 2016MVA
- SE Caxias 6 - 230/69/13,8kV - 330 MVA (RS Energia)
- SE Lajeado Grande - 230/138/13,8kV - 83 MVA (RS Energia)
- SE Nova Petrópolis 2 - 230/69kV - 75 MVA (RS Energia)
- SE Ijuí 2 - 230/69kV - 166 MVA (RS Energia)
- SE Foz do Chapecó - 230/138kV - (RS Energia)
- SE Povo Novo - 525/230kV - 672 MVA
- SE Marmeleiro - 525kV
- SE Santa Vitória do Palmar - 525/138kV - 75 MVA
- SE Camaquã 3 - 230/69kv (Consórcio Sul Brasileiro)
- Em construção
- SE Curitiba Leste - (Consórcio Marumbi)
Geração de energia
[editar | editar código-fonte]A capacidade de geração instalada e projetada é de 2.000 MW.[13]
- Usinas hidrelétricas - 1583,8MW[13]
- UHE Jirau - Rio Madeira, 3.750 MW - Rondônia participação de 20% (750 MW), em operação desde 2013[13]
- UHE Teles Pires - Rio Teles Pires, 1820 MW - Mato Grosso participação de 24,5% (445,9 MW); em operação desde 2015[13]
- UHE Governador Jayme Canet Junior - Rio Tibagi, 361 MW - Paraná (participação de 49% (176,9 MW))[13]
- UHE Passo São João - Rio Ijuí, 77 MW - Rio Grande do Sul (em operação desde 2012)[13]
- UHE São Domingos - Rio Verde, 48 MW - Mato Grosso do Sul (em operação desde 2012)[13]
- Pequenas centrais hidrelétricas
- PCH João Borges - Rio Caveiras, 19 MW - Santa Catarina (em operação desde 2013)[13]
- PCH Barra do Rio Chapéu - Rio Braço do Norte, 15 MW - Santa Catarina (em operação desde 2013)[13]
- Empreendimentos eólicos
- Complexo Eólico Cerro Chato 138 MW - Santana do Livramento - Rio Grande do Sul[13]
- Parques Cerro Chato I, II e III, 90 MW - Santana do Livramento - Rio Grande do Sul[13]
- UEE Capão do Inglês, 10 MW - Santana do Livramento- Rio Grande do Sul[13]
- UEE Coxilha Seca, 30 MW - Santana do Livramento- Rio Grande do Sul[13]
- UEE Galpões, 8 MW - Santana do Livramento- Rio Grande do Sul[13]
- UEE Ibirapuitã, 25 MW - Santana do Livramento- Rio Grande do Sul[13]
- Complexo Eólico Cerro Chato 138 MW - Santana do Livramento - Rio Grande do Sul[13]
- Empreendimentos em projeto
- UEE Coxilha Negra (I a XVIII), 356 MW - Rio Grande do Sul (Projeto)[13]
- Empreendimento de geração fotovoltaica - 1MW[13]
Referências
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 3 de julho de 2012. Arquivado do original em 28 de outubro de 2011
- ↑ a b «Incorporação da Eletrosul pela CGTEE é aprovada por acionistas». G1. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ a b c «CGT Eletrosul». www.cgteletrosul.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ a b c «CGT Eletrosul». www.cgteletrosul.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ a b c d e Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «ELETROSUL». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 3 de julho de 2012. Arquivado do original em 28 de outubro de 2011
- ↑ «Eletrobras aprova ofertas da Omega de R$ 1,5 bilhão por fatias em eólicas no RS». G1. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ a b c d «CGT Eletrosul». www.cgteletrosul.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ a b «CGT Eletrosul». www.cgteletrosul.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ «Venda não avança e Eletrobras é obrigada a comprar resto de SPE gaúcha»
- ↑ a b «Cingapura, Canadá e Lemann vão controlar Eletrobras». ISTOÉ DINHEIRO. 16 de junho de 2022. Consultado em 18 de junho de 2022
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 3 de julho de 2012. Arquivado do original em 28 de outubro de 2011
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r «CGT Eletrosul». www.cgteletrosul.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2022
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- CGT Eletrosul. Website oficial.
- Projeto Megawatt Solar